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Tópico: Os Oito

  1. #11

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    Cara, sinceramente eu não curto muito histórias de fantasia medieval. Mas o texto está melhorando conforme os capítulos e vez por outra passo aqui para prestigiar sua obra.

    Parabéns.

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  2. #12
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    Fiquei perdido. Deu tudo a enteder que era uma história medieval no prólogo, e agora no primeiro capítulo você deixa claro que está no presente,numa realidade alternativa.

    No final, você citou uma característica específica de cada um, e Bravak foi apenas "a forte timidez". Pô, eles são oito caras fodas, e é ressaltada somente uma característica psicológica de média importância de Bravak.

    Bem, não fiquei confuso ao decorrer do texto. Não percebi nenhuma vírgula fora de um lugar razoável e você conseguiu introduzir os personagens e dar mais algumas características para que nos localizemos na história.

    - Claro que são. Seu irmão se entrega e livra a cara dos outros que traiu.
    - Ele não traiu ninguém!
    - Claro que traiu! - gritou Bravak.
    - Acalme-se - pediu Edgar olhando para os lados - seja discreto, por favor.
    O diálogo ficou um pouco robótico, talvez porque não esteja bem situado nesse lance de traição. Mas não se preocupe, vem com o tempo uma fluência maior na hora de escrever os diálogos. Ler bastante também ajuda.

    O capítulo ficou bom. Teve o efeito desejado, de dar mais informações sobre a história e introduzir os personagens. Mas faltou um pouco mais de naturalidade e situar um pouco mais essa história de futuro-passado no presente.

  3. #13
    Avatar de O Bardo Frustrado
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    Padrão Hum.

    Bem, eu fiquei confuso quando comecei a ler o primeiro capítulo, pensei que se passasse na idade média, e pensei que a questão da imprensa e da televisão fossem apenas uma comparação. É claro, existe Final Fantasy e sabemos que é possível misturar tudo.

    Fora a fantasia medieval que eu não gostei muito, o texto parece simplesmente escrito, contendo um assunto fácil de entender e fácil de passar - não levando a quantidade de nomes.

    Acompanharei. Boa sorte.

  4. #14
    Avatar de Meltoh
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    Capítulo 2 - Amigos



    Karen olhou para o relógio pela terceira vez seguida. Afastou o cabelo do rosto e forçou um sorriso para o homem à sua frente. Estavam sozinhos no único restaurante da Estação 5.
    - Por favor espere. Você sabe que ele costuma se atrasar às vezes - Karen era dotada de uma beleza estonteante. Longos cabelos loiros e olhos azuis penetrantes, destacavam-na facilmente no meio de uma multidão. Era animada e bastante empenhada no que fazia. E agora tentava ser o mais símpatica possível, mesmo com toda a atmosfera do lugar.
    - Sente. Não canse a sua beleza - disse o homem. Seu rosto seria comum, se não fosse a pequena cicatriz na face direita, ocultada por, bem cuidados, cabelos negros. Vestia um sobretudo preto que exalava um odor agradável de perfume.
    Estavam no que parecia ser a cozinha do restaurante. Vários pratos limpos estavam cuidadosamente empilhados do lado de um grande forno a lenha aceso. As chamas crepitantes iluminavam o lugar e esquentavam o frio subsolo de Cina. Aquilo parecia aborrecer Karen, que preferia utilizar-se da confortável energia elétrica. Entretanto resolveu guardar a queixa para si mesma, pois evitava ao máximo trocar palavras com o estranho homem que cantarolava baixinho enquanto folheava as páginas de um jornal antigo.
    Subitamente um rangido do lado de fora da cozinha fez ele sobressaltar-se da cadeira. Apanhou uma pistola de dentro do sobretudo e se aproximou lentamente da porta. O som de passos ecoando pelo corredor vazio foi seguido por um tilintar característico de talheres. O homem abaixou a arma e destrancou a porta, encontrando um sorridente Bravak. Sem se cumprimentarem, entraram apressadamente para a cozinha.

    - Bom te ver novamente, Rick.
    - Também. Pensei que não vinha mais - respondeu ele.
    - Encontrei Edgar no meio do caminho.
    Os olhos de Richard se estreitaram e viraram-se para Karen. Bravak compreendeu o sinal e voltou-se para sua irmã:
    - Karen, eu esqueci de você, também é um prazer te ver.
    - Já entendi, seu ingrato - disse ela mostrando um sorriso sincero. Logo depois saiu da cozinha fechando com força a porta às suas costas fazendo os pratos tremerem em cima da mesa.

    Bravak caminhou pela cozinha e parou diante do forno - Porque esse troço tá ligado? Não seria melhor acender uma lâmpada e um aquecedor?
    - Cortei a energia do prédio - disse Richard - Foi apenas uma precaução. Viu se estava sendo seguido?
    - Só pela minha sombra.
    - Mesmo assim, não baixemos a guarda - disse Richard se dirigindo à uma pequena caixa de isopor. Abriu-a e retirou de dentro uma garrafa de refrigerante e jogou-a na direção de Bravak - Só não está muito gelado - completou.
    - Você está se arriscando muito em aparecer num local público - comentou Bravak.
    - Porque acha que marquei esse encontro numa estação de metrô exatamente às sete horas? Nós teríamos quinze minutos para conversar, antes que as primeiras pessoas chegassem para pegar seus transportes. Mas você resolve atrasar quatro minutos...
    Bravak riu e tomou um gole do refrigerante - e você acha que vai conseguir se misturar à multidão com essa cicatriz inconfundível, e esse sobretudo luxuoso?
    - Não - Richard apontou para Bravak - mas com essa jaqueta que você está usando... - Bravak fez uma careta e quase cuspiu o refrigerante no chão - e quanto à cicatriz - apontou a caixa de isopor - carregarei aquilo no ombro.
    - E como eu vou sair daqui? Pelado? Não seria melhor você ter vindo com uma roupa mais simples? - perguntou Bravak.
    - Considere-se sortudo de ganhar um sobretudo novinho - Richard ficou subitamente mais sério - Vamos falar do que interessa. O que Edgar lhe disse?
    Bravak explicou toda a conversa transcorrida poucos minutos antes. Richard permaneceu impassível, mesmo ao ouvir sobre a morte de Narrant. E quando Bravak terminou a história, esperou alguma manifestação por parte de Richard. Este pigarreou e disse:
    - E você acha mesmo que Eza matou Narrant?
    - E quem mais teria sido? - indagou Bravak.
    Richard se levantou e apanhou o jornal sobre a mesa - A foto que você mencionou. Tem certeza da data mostrada nela? É de quatro dias atrás?
    - Estava desfocada, mas isso era claro. Mas o que têm a ver?
    Richard abriu o jornal mostrando o seu cabeçario. Era datado de dois dias atrás - Foi Narrant que me entregou este jornal.

    Bravak demorou algum tempo para digerir o que havia escutado - Então Edgar estava mentindo?
    - Não necessariamente - observou Richard - Ezachs tem um talento para enganar pessoas. Edgar é um bom homem, mas acredita demais no irmão - Richard sentou-se e olhou para o relógio na parede - Storm está fechando o cerco contra os outros.
    - Rick, você não já pensou em se entregar? Eles vão acabar direcionando as suspeitas para você e Narrant, que estão foragidos.
    - Eu sou inocente.
    - Eu sei. Mas veja Eza... Ele reapareceu e nem por isso está preso. Está sob observação.
    Richard riu. Uma risada fria e desdenhosa - Storm é patético. Não vê que isso é só uma estratégia para atrair à mim e a Narrant? Quem era o dono daquela cicatriz filmada pelas câmeras no dia do assassinato? - Bravak não respondeu, achou ter dito algo errado. Richard então prosseguiu - Eles têm provas suficientes para acreditar que fui eu que matei Loonta. As câmeras, a arma, as testemunhas. Tudo conspira contra mim. E o que Eza tem contra ele? O fato de ter estado com ele momentos antes da morte. Vocês são todos suspeitos. Claro que Storm quer esclarecer tudo para a mídia. Não quer deixar nenhuma ponta solta. E na cabeça dele ele já deve ter a resposta... Errada - Richard tomou fôlego e abaixou a cabeça - conversei com Narrant, mas tudo o que consegui arrancar dele é o que já sabemos, sobre o diamante e Eza.
    Essas duas últimas palavras pareceram despertar um mecanismo na cabeça de Bravak - Tive um sonho com Narrant e Eza. Ele ia entregar um saco. E tinha algo muito importante dentro dele. Depois Eza... - Bravak parou de falar.
    - Tive esse mesmo sonho... Acho que Narrant quis nos mandar alguma mensagem. Mas pode ser uma armadilha - Richard se levantou novamente da cadeira - de qualquer maneira, saberei disso à noite. Narrant disse que se encontraria com Joel e Thomas. E parece que Eza também já sabe desse encontro - Richard fechou o isopor e colocou-o no chão - Hora de sairmos.
    - Eu não vou ter que me trocar na sua frente não, né? - indagou Bravak.
    - Claro que não. Eu estava brincando - Richard se dirigiu à uma maleta que estava jogada num canto. Tirou de dentro dela um velho casaco surrado de couro - Achou mesmo que iria ganhar um sobretudo? - os dois riram - Pode ir, agradeça à Karen por mim.
    - E você? Vai ficar aqui?
    - Não podemos sair juntos. Seria melhor você ir na frente. E ainda tenho que restaurar a energia do restaurante.
    Bravak abraçou Richard - Te cuida, cara - disse Bravak - Vê se não desaparece de novo.
    - Não se preocupe. Por favor avise Lorena que estou bem e diga que estou sentindo a sua falta.
    - Pode deixar.

    Na saída da Estação 5, em meio à multidão, Bravak deu uma última olhada para o restaurante, antes de presenciar a sua explosão.

    "...Bravak acreditava fielmente em Richard. Era o seu único amigo dentro da Guarda dos Oito e também era o único que havia conhecido antes de ingressar no grupo. Haviam frequentado a mesma escola durante o ginásio e ali cultivaram uma amizade que viria a durar a vida toda. Richard sempre foi o queridinho dos professores. Não era raro ver o seu boletim recheado de notas azuis. Ao contrário de Bravak que penava para se sair melhor em biologia, que era a sua pior matéria. Saíam juntos com suas namoradas. Bravak adorava recordar esses tempos. Foi assim até a paz se quebrar..."



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    Gabriellk~ : Obrigado pelo comentário e pelos elogios. Espero que continue acompanhando a história.

    Emanoel : Sobre essa questão de misturar períodos medievais e tecnológicos... Eu irei especificar isso mais à frente. A história se passa num mundo moderno, no qual além de existirem países também persistem impérios. Mas eu admito que a história terá alguns toques de fantasia, futuramente. O erro na fala da entrevista já foi corrigido. Obrigado por apontá-lo.

    Drasty : Sobre essa coisa de passado e futuro, peço que leia acima, a resposta do Emanoel. Sobre a questão da luta de "anime", talvez você encontre a resposta neste capítulo.

    Lucius Cath : Que bom que você gostou. Sobre os personagens genéricos, tentei desenvolver melhor dois dos personagens neste capítulo. E tentarei fazer isso aos poucos para não cansar os leitores. Mas como é uma história de suspense, acredito que algumas informações sobre certos personagens, acabarão sendo escassas. E sobre Terras Distantes. Tentarei conciliar as duas histórias, mas acredito que Os Oito será um pouco mais rápido.

    Lord Sauron : Obrigado pelo comentário. Sobre essa história de medieval, por favor leia a resposta ao Emanoel. Espero que goste deste e dos próximos capítulos. Até mais.

    Elementals : Sobre a forte timidez, colocarei uma observação ao final deste post. Obrigado por me dar este toque das características. Sobre os diálogos, procurei deixá-los de forma mais natural neste capítulo, mas ainda não sei se está ideal. Obrigado pelo comentário e pela ajuda.

    O Bardo Frustrado : Sobre a questão da idade média, eu também peço que leia a resposta ao comentário do Emanoel, que está logo acima. Agradeço também os elogios e espero que continue acompanhando a história.

    ----------------------------------------






    Atenção : Foi mudado um pequeno trecho no capítulo um:

    De :

    "...Conheça o passado de cada um. O talento de Richard, a genialidade de Ezachs, a forte timidez de Bravak, a infância conturbada de Joel..."

    Para :

    "...Conheça o passado de cada um. O talento de Richard, a genialidade de Ezachs, o carisma de Bravak, a infância conturbada de Joel..."


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    Última edição por Meltoh; 19-12-2009 às 23:57.
    Leia minha roleplay :Terras Distantes

  5. #15
    Avatar de O Bardo Frustrado
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    Padrão Bom.

    Achei bem bacana, um diálogo extrovertido e bem simpático. Um capítulo de continuação direta sem novidades.

    Gostei mesmo, mesmo não sabendo o motivo exato.
    Não achei nada que o português discorde.

    Parabéns, continue.




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  6. #16
    Avatar de Emanoel
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    Mais uma vez, serei bem sincero com o senhor e espero que entenda: simplesmente não consigo me interessar por essa história.

    Não que a ideia seja ruim (se é que existe ideia ruim no campo da arte), mas acredito estar sendo mal aproveitada. Nada tenho contra o suspense ou mistério, mas seu texto aparenta ser o simples forçando meandros desnecessários. Os personagens me parecem vagos e os diálogos não são nada empolgantes; some isso ao fato da ambientação medieval-contemporânea que costumo admirar ainda não ter me conquistado.

    Pode ser birra da minha parte, pois já faz tempo que me aborreço com esse estilo rápido e descompromissado de contar um conto aventuresco. Veremos se consigo entrar no clima.
    Última edição por Emanoel; 20-12-2009 às 07:20.

  7. #17
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    Capítulo 3 - Os Oito



    Edward Storm brincava com uma moeda, enquanto, em devaneio, pensava na sua confortável cama, num relaxante banho de espuma, e na sua esposa vestindo aquele atraente vestido azul.
    Sacudiu a cabeça e virando-se para a janela começou a apreciar a vista panorâmica do escritório. O sol acabara de nascer, lançando sobre a cidade seus raios de luz alaranjados, enquanto as pessoas acordavam para um novo dia de trabalho. A Ponte de Vidro, ponto turístico da cidade, representava visualmente a calma e a serenidade da arquitetura bela de Cina. Do seu lado, um contraste, o gigantesco prédio chamado de A Pérola.

    Enquanto que, para Storm, A Ponte de Vidro representava a calma e a beleza. A Pérola representava a sujeira e a feiúra que havia em Cina. Ali ficava a sede de governo da cidade. Onde todos os nobres se reuniam para conspirar sobre a vida política e admnistrativa.
    Cina era comandada por um conselho de dez nobres. E todas as decisões que diziam respeito ao funcionamento da cidade deveriam passar por eles e deveriam ter a sua aprovação ou rejeição.
    Acima dos nobres ficava somente “O Observador”. Ele tinha poder para contestar. Seu papel era observar as ações dos nobres e relatar tudo ao imperador que poderia intervir, se fosse o seu interesse, através do Observador.
    Era assim que o imperador tinha controle sobre todas as suas cidades.

    Storm deu alguns passos e começou a admirar o quadro de avisos que tinha no escritório. Afixado neles haviam oito fotos, e vários pedaços de papéis com rascunhos. Rostos que não seriam esquecidos por um longo período. Oito homens brilhantes e habilidosos no que sabiam fazer de bom.
    Storm pigarreou e desafixou a primeira foto da esquerda para direita. A que estava mais coberta de informações.
    “Richard. Richard. Quando você for pego, poderá provar do amargo doce da derrota. Pelo menos uma vez...” pensou Storm.
    Richard era conhecido pela sua habilidade como líder. Sabia como ninguém coordenar as ações de todos os seus companheiros. Tinha uma inteligência indiscutível e um carisma sem igual. Storm fazia dele o principal suspeito do assassinato de Loonta. Tudo parecia apontar para ele, tão certamente, que Storm ainda estranhava isso.

    Ele e os outros sete haviam sido vistos no apartamento de Loonta por testemunhas e câmeras. Loonta ia os reunir para dissolver o grupo, foi o que Ezachs, outro dos oito, havia afirmado.
    Pareceu que Richard não havia gostado da idéia e fora pessoalmente tirar satisfações com Loonta, sendo filmado pela câmera do andar do quarto do duque. Foi o único que foi filmado entrando e saindo do quarto dez minutos depois, ensanguentado e com uma arma em punho.
    Storm se arrepiou. Parecia tão simples que havia sido ele o assassino, que imediatamente após a descoberta do cadáver, foi expedida uma ordem de prisão à Richard, que já se encontrava foragido junto de Ezachs e Narrant, outros membros do octeto.
    A medida que se envolvia mais com o caso, Storm percebia que não era uma coisa fácil. Não havia motivo para suspeitar da maioria dos outros. Porém ele sabia que naquele grupo existiam tensões entre os membros. Principalmente entre Ezachs e Richard.

    Alguém batia à porta. Storm sacudiu a cabeça e, numa voz rouca, pediu para que a pessoa entra-se.
    Um homem de quarenta e poucos anos e aspecto cansado, cumprimentou o colega Storm. Seu nome era Alex Rain.
    - Algum progresso? – perguntou ele.
    - Na mesma... Como foi sua folga? – perguntou Storm.
    - Na mesma – sorriu Rain – o que faz com a foto de Richard? Olhar para o rosto dele não vai lhe ajudar a encontra-lo.
    - Me poupe de suas piadas. Não estou com humor para elas hoje.
    - Sinceramente, Edward... Você continua achando que o Richard é o assassino? – perguntou Rain se sentando numa cadeira de madeira à frente da escrivaninha.
    - Só o fato de ele continuar foragido não é suficiente? E todas as provas...
    - Bah... Estamos falando de oito gênios. Qualquer um deles poderia ter a capacidade de arquitetar um plano no qual poderia incriminar outra pessoa, ou eu poderia estar errado? Pelo que sabemos, Ezachs possuía um desafeto grande por Richard, e ele estava foragido também, não estava?
    Storm sorriu sarcasticamente – Ele mesmo se entregou.
    - Mas isso não tira o fato de que ele já ficou foragido, e foi imediatamente após a chegada da polícia no prédio de Loonta.
    - É, já pensei nisso. Mas também tem aquele cara. O Narrant.
    - Nome esquisito para alguém esquisito. Falam que ele tem “poderes”... Sinceramente, você acredita que Narrant tenha algo a ver com essa história?
    - Veja bem – Storm puxou sua cadeira e se sentou – Você lembra daquela história do diamante não é?
    - De que Loonta possuía um diamante guardado em algum lugar secreto do seu apartamento? Sei, sei. E de acordo com as suas anotações, somente Narrant sabia a sua localização.
    - Como não conseguimos acha-lo ainda, então não temos certeza se ele foi levado ou não. Mas e se fosse? Narrant se tornaria um forte suspeito. Mesmo porque segundo as mesmas anotações, Narrant não descobriu esse segredo de bom grado de Loonta, mas através dos seus “poderes”
    - E você acredita nisso? – perguntou Rain.
    - Não. Loonta provavelmente foi descuidado e deixou a informação escapar. De qualquer jeito Narrant não sairia por aí dando com a língua nos dentes. Não com um tesouro dessa magnitude...

    Rain suspirou e encaminhou-se novamente para o quadro de avisos. Desafixou outras duas fotos.
    - O que está fazendo? – perguntou Storm.
    - O que acha desse Bravack? E desse Joel?
    - Acho inviável. Não consegui levantar nenhuma pista contra os dois.
    - Aqui diz que Bravack estudou com Richard durante o ginásio. Isso os faz amigos não é?
    - Sim, tenho informações de que eram grandes amigos. Bravack era carismático e conseguia fazer amizades fáceis. Nem todas agradáveis, é verdade. Mas não o vejo como assassino, mesmo não podendo excluir seu nome da lista de suspeitos.
    - E Joel? Falam que ele é meio pertubado...
    - Ele teve grandes problemas na infância. Teve o pai morto diante dos seus olhos, e só foi poupado porque o assassino sentiu compaixão.
    - Como assim compaixão? Ele era um assassino!
    - Joel nunca explicou isso claramente. Tinha oito anos na época e ficou traumatizado depois disso.
    Rain se encostou à parede – E qual era o papel dele no octeto?
    - Durante toda a sua vida, Joel começou a caçar o assassino do pai, obtendo contatos com o mundo criminoso de Cina. Loonta viu nele a oportunidade de se livrar de problemas menores.

    O silêncio pairou novamente na sala. Storm começou a fazer algumas anotações, enquanto Rain admirava o quadro de avisos. Haviam sobrado outras três fotos. A primeira mostrava o rosto doentio de um homem. Sua boca formava um sorriso de sarcasmo, e sua aparência não era das melhores. Na segunda foto, um garoto de dezoito anos sorria serenamente para o fotógrafo. A terceira foto mostrava um homem forte e com grandes bochechas.
    - O que acha dos outros três? – perguntou Rain.
    Storm suspirou e bateu levemente na escrivaninha – O que foi agora, Rain? Porque não me ajuda a localizar Richard e não para de se debruçar sobre informações inúteis?
    - Mas que tipo de detetive você é? Estou apenas pedindo que me dê informações. Não me transferiram para este caso para que eu trabalhasse as cegas.
    - Você devia ter lido a ficha deles, enquanto esteve de folga. Mas está bem... Thomas – Storm apontou para o primeiro – age feito louco. Ele gosta de desordem e não mediria esforços em causar o caos.
    - Ótimo motivo para fazer dele um suspeito. Mas porque ele age assim?
    - Ninguém sabe. O passado dele é um mistério. Já pedi para que providenciassem todo o tipo de informações sobre ele, mas só conseguem levantar coisas de depois de quando ele entrou para o Octeto. É como se ele fosse uma sombra até então.
    - Poderia ele estar fugindo de um crime do passado?
    - Isso já não é minha jurisdição. O que importa é que não vi motivos ou provas que possam acusá-lo de algo. Ele não é uma pessoa agradável a qual você gostaria de ter por perto. Ele é sarcástico e cruel.
    - E o que ele fazia no Octeto?
    - Lutar. E lutava bem com espadas. Foi a única coisa que consegui descobrir sobre ele.

    - E os outros dois? – perguntou Rain.
    - Leonard aparenta ser um bom rapaz – disse Storm apontando para a segunda foto – Foi um excelente aluno e se formou cedo. Sabe como ninguém mexer em computadores e máquinas. De todos os oito, ele é o que aparenta ser o mais inocente.
    Rain pigarreou – Mesmo assim ainda é um suspeito. E suspeito são suspeitos até que se prove o contrário.
    - E finalmente, Clowd. Especialista em armas. Não preciso dizer qual é a utilidade dele para o Octeto, não é?
    Rain sinalizou com a cabeça para que Storm prosseguisse.
    - Ele já foi afiliado ao exército do Imperador. Após alguns anos ele se afastou por livre e espontânea vontade, virando um mercenário como os outros.
    - E o que mais?
    - Ora, procure os arquivos e leia, não espere que...

    - Senhor Edward - gritou alguém do lado de fora.
    - Entre, a porta está aberta – respondeu Storm claramente irritado.
    Rain quase pulou para trás ao visualizar a pessoa que acabava de entrar. Cabelos negros e um rosto doce. Era a mesma pessoa que ostentava aquele sorriso sereno da foto.
    - Bom dia, senhor Edward. Bom dia, senhor...
    - Rain. Alex Rain – respondeu ele incrédulo.
    - Alex Rain. Certo. Prazer em conhecê-lo. Meu nome é...
    - Leonard. – disse Rain.
    - Prazer – respondeu Leonard encabulado.
    Storm se levantou e conduziu Leonard até a cafeteira – O que o traz tão cedo até o escritório?
    - O senhor não assistiu ao jornal da manhã?
    - Não tenho tempo a perder com isso. Só temos notícias de corrupção e...
    - Senhor, houve uma explosão na Estação 5.
    - Mas essa não é minha jurisdição – comentou Storm.
    - Bravack e Richard estavam lá.

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    Última edição por Meltoh; 07-02-2010 às 00:36.
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  8. #18
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    Quanto ao capítulo 2:
    Nos primeiros parágrafos é notável uma evolução descritiva. Sua escrita está melhorando. Em algumas falas ainda se nota uma certa falta de emoção, mas houve também progresso.

    Subitamente um rangido do lado de fora da cozinha fez ele sobressaltar-se da cadeira.
    Fez ele saltar da cadeira, não? Quando olhei essa frase senti que tinha algo errado, e acredito que esse sobressaltar-se está sendo utilizado de maneira errônea, mas não posso dizer com certeza.

    Bravak riu e tomou um gole do refrigerante - e você acha que vai conseguir se misturar à multidão com essa cicatriz inconfundível, e esse sobretudo luxuoso?
    A cicatriz pode ser inconfundível, mas o cabelo cobre ela. Não?

    e quanto à cicatriz - apontou a caixa de isopor - carregarei aquilo no ombro.
    Falho em entender como a caixa de isopor pode ajudar a disfarçar uma cicatriz.

    Richard abriu o jornal mostrando o seu cabeçario. Era datado de dois dias atrás - Foi Narrant que me entregou este jornal.
    Cabeçalho.

    Acredito que você se prendeu demais a contar partes da história como diálogo (passado dos personagens, itens misteriosos, etc), o que pode tanto ser bom quanto ruim, dependendo de como você aproveitar. Tome bastante cuidado com os diálogos pois podem se tornar maçantes e é sempre bom tentar sempre deixá-los mais naturais e críveis.

    Você tem bastante potencial e dá pra notar uma ligeira melhora (pelo menos na minha opinião) do início da sua história até esse ponto (segundo capítulo).

    Abraços.

  9. #19
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    Li tudo agora, menos o prólogo. O que vi foi uma melhora na escrita. Tanto na precisão descritiva quanto nos diálogos. Os personagens já estão mais encorpados também. Contudo, esse monte de nome me confunde tremendamente. Não há muitas características fixadas em cada personagem ainda, e, o texto passa muito rápido, entregando muitas informações, sem tempo do leitor assimilar quem é quem.

    Mas a melhora é visível. Vou acompanhar e fazer comentários mais específicos, agora que vou comentar a cada capítulo, muito provavelmente.

    Acompanhando.
    Quer participar de uma alta aventura com essa turma do barulho? Quer escrever sobre Tibia, ser enganado por um monge pra lá de pestinha? Achas que tens o que é preciso para esma... digo, para entrar no Hall da fama? Passa lá na Biblioteca-imensa-cheia-de-coisa-e-mundialmente-conhecida!

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    Concordo com Thomaz que são muitos nomes sendo apresentados e citados ao mesmo tempo, realmente fica um pouco difícil de acompanhar. De qualquer forma, acho que a história está sim boa, esperarei pelos próximos capítulos.

    PS: Faltou colocar o capítulo 3 no índice.

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