Guuk e Pyuda continuaram descendo as montanhas em direção à floresta onde vivia Velho Bento. Ele tinha fama de ser um grande curandeiro, vidente, bruxo, filósofo e matemático, mas Guuk achava que ele não passava de um velho senil. Para descontrair, Guuk contava piadas para Pyuda, mas ela não ria. Ou porque não via graça ou porque aranha não ri mesmoDe repente, ouviu-se um barulho bem forte. Não era uma tempestade para a sorte de todos. Era o estômago de Guuk que já havia digerido o urubu e estava precisando de mais
SUSTANÇA!
Nada de urubus na montanha. Não era um lugar tão deserto quanto o deserto mas não havia frutas suculentas ou pequenos animais saborosos. Em breve Guuk ficaria nervoso. Preocupado com a aranha, ele resolveu se meter em uma trilha por entre as pedras, onde o vento não estava tão forte. E qual não foi sua surpresa quando, em uma parte perto da parede da montanha crescia aquela estranha coisa de aparência fálica que poderia salvar seu dia. E, acreditem, coisas fálicas não faltavam na Montanha Quebra-Costas. Guuk imediatamente reconheceu um grande cogumelo, que parecia saboroso, crescendo ali entre as pedras em uma região sem sol. Ele só não conhecia aquela espécie, nativa das montanhas. Bom... O pior que poderia lhe suceder era o cogumelo ser daqueles comestíveis apenas uma vez. Com isso, Guuk e Pyuda comeram o cogumelo, na esperança de reporem suas energias. E estava muito bom, com um sabor levemente terroso. Gosto de terra molhada; coisa que eles não viam há um tempo.
Só nos resta torcer para que o quitute não seja muito venenoso. Ou a história de Guuk por aqui.