Desculpem pela demora.
Não tenho muitas considerações sobre este capítulo. Só peço para postarem.
ClownS
Obs: Cavalos existem!!!

:yelrotflm
A Volta do Cavaleiro
- Durin, o que é isso? - disse Loxir ao notar uma bota saindo do monte de pedras onde estava escavando.
A perna se mexeu:
- Durin, isso está vivo! - gritou Loxir, surpreso. Logo se pôs a trabalhar, retirando as pedras de cima do corpo desconhecido. Primeiro uma perna, depois a outra. O tronco. Era um humano. Quando o anão acabou, o desconhecido se levantou.
- Humpf! Obrigado anão. Meu nome é Eldred. - Disse o rapaz, que era alto e loiro.
- O meu é Loxir. Agora que raios me fulminem, como foi parar ali?
A pergunta acionou a memória de Eldred. Sem responder ao anão, correu pelo túnel até se deparar como muitas pedras caídas. Todos seus companheiros estavam ali, queimados por um explosão. Avistou seu pai, caído sob uma pedra. Morto. Eldred se debruçou sob o cadáver de seu pai. Não podia se deixar levar pelas emoções. Disse:
- Vou vinga-lo. Você e a todos os outros. - uma única lágrima caiu de seu rosto, sob a face paterna de sua única família.
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O guerreiro sentiu a grama ressequida roçando em seus lábios. Observou a estrada ao lado do rochedo onde se posicionava. A estrada era de terra batida, e ia do norte até o sul, até os limites de sua visão. O homem baixou o visor de seu elmo negro com chifres, e virou na direção norte. À um quilômetro ao norte podia-se ver vinte vultos de armaduras roxas se deslocando para o sul. Soldados de Carlin.
Calmamente se virou e gritou:
- Eles estão vindo! - quinze figuras saíram das moitas uns dez metros a sua frente.
As figuras estavam inteiramente de negro exceto pelos olhos e pela cintura, onde pendia um cinto vermelho, segurando uma espada larga embainhada.
Quinze minutos depois os soldados estavam passando pelo rochedo:
- Agora! - gritou o homem de armadura negra.
Os homens vestidos de negro saltaram do rochedo, colidindo com o flanco direito da patrulha. Os soldados não tiveram tempo de se defender. Foram massacrados.
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Eldred e Loxir corriam pelo túnel:
- Uma conspiração para matar o rei? - arfou Loxir. - Eu conheço um atalho para o palácio, pois já trabalhei lá. Chegaremos em menos de uma hora!
- Ótimo! Mas mesmo assim é grande a chance deles chegarem primeiro. Não lembro por quanto tempo eu fiquei preso.
Uma hora depois, chegaram a uma passarela de madeira e Loxir estacou e olhou para cima. No teto mais adiante havia um buraco quadrado de pelo menos um metro de largura. Foi até uma criação de cogumelos adiante e segurou um cogumelo do tamanho dele, um metro e meio de altura, e o torceu. Do buraco no teto sai uma escada, que desceu até o chão.
A escada dava num cubículo de mármore branco, de onde saía um corredor pelo qual os dois companheiros seguiram. Pararam a frente de uma cortina vermelha, que Loxir moveu, mostrando o escritório, basicamente uma mesa de carvalho e alguns armários, do Rei Khogra:
- Usavam esta passagem como saída de fuga, casa houvesse algum ataque de ogros.
Abriram a porta a direita e adentraram em um recinto bastante grande, ricamente decorado, em detalhes de ouro e pedras preciosas. O rei estava sentado em seu trono de granito, olhando atônito para eles. Eldred foi rápido:
- Rei, precisa sair daqui! Vão mata-lo hoje se não fugir!
- Como ousam, entram aqui como ladrões e ainda me ameaçam! Guardas! - gritou o rei, empunhando um martelo vermelho como magma, com detalhes em ouro.
Dez guardas anões vestidos com armaduras de bronze entraram no salão, brandindo machados e gritando. Os dois amigos fugiram por outra porta, a do escritório estava atrás dos guardas, à direita do trono. O corredor fez duas curvas e parou diante de outra porta. Eldred pegou sua espada, amassada pelas rochas, e a quebrou contra a maçaneta. A porta se abriu ele entraram numa câmara que parecia um sonho. Pedras preciosas, ouro e prata empanturravam o local. Mas o mais impressionante eram as armas e armaduras. Elas eram tão belas que Eldred não resistiu e tirou de uma pilha uma espada e a encaixou na bainha vazia, perfeitamente.
Os dois estavam cercados pelos guardas, contra a parede:
- Há uma janela atrás de nós, Loxir. - sussurrou Eldred.
- Está doido, Eldred! São quinhentos metros de altura!
- Pule logo! - não era tempo para medo.
Os dois saltaram pela janela, com o vazio abaixo deles. Eldred segurou seu companheiro pelo pescoço e gritou:
- Exana Velox!
A velocidade de queda dos dois diminuiu drasticamente. Permitindo a queda sem complicações graves. Exausto, pela energia usada na magia, Eldred se permitiu cair ao chão de pedra. Uma explosão soou no ar, e quinhentos metros acima deles, uma parte da montanha voou. Da origem da explosão saíram vultos enormes, maiores que um ciclope. Soltaram urros de frustração e jogaram objetos indefinidos morro abaixo. Logo depois voltaram de onde tinham vindo.
Eldred e Loxir estavam comprimidos contra a parede, se protegendo do desabamento decorrente da explosão. As pedras pararam de rolar, e por cima delas caíram vinte e uma cabeças. Todas estavam distorcidas em feições de medo. O Rei Khogra de Kazordoon estava morto.
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O guerreiro de negro e seus subordinados erguiam-se sobre os vinte cadáveres. Muito fácil. Droga, pensou ele, agora tenho que matar a todos. Pegou a espada suja de sangue no chão. Calmo como um profissional, rasgou o tórax de três com um só movimento. Os outros foram lentos demais. Ele gritou e se lançou ao ar dando um giro, matando mais sete. Os cinco restantes já estavam preparados. O guerreiro pegou uma espada no chão e a arremessou, atravessando a garganta de dois. Os três que sobraram, loucos de medo, se arremessaram contra ele, sem sucesso. O espadachim era tão veloz que em um piscar de olhos os três estavam no chão, com as mãos sobre o peito, tentando deter a profusão de sangue.
O Cavaleiro Negro limpou sua espada e a guardou. Foi até cada um de seus ex-aliados e retirou as roupas negras que os cobriam, revelando armaduras Thaianas, vermelho e amarelas. Sorriu com o trabalho bem-feito e voltou ao acampamento. Pegou sua mochila e subiu em seu cavalo negro:
- Vamos, Zathroth! A guerra está para começar e eu me vingarei de todos que me traíram!