Capítulo 2 - Alca, Um Gênio Misterioso
- Alca... Que lugar! - disse ela impressionada.
- Diferente e belo, não acha?
- Sim!
- Mas por que tem tudo isso aqui?
- Gosto disso, tudo me faz sentir bem esquecer do meu passado.
Lwuida se lembra outra vez da pergunta. Ela queria saber de qualquer jeito:
- Desculpa perguntar outra vez mas quem é Salid Patrön? Eu já sei que não é seu irmão... Deu pra perceber quando você falou aquela mentira.
- Esse é o meu passado! E como eu disse, quero esquecê-lo! Sim, é mentira o que disse sobre ele, porque na verdade...
- Na verdade?
- Falei demais. Esqueça tudo, por favor. - falou o homem, quase chorando.
Mas por pouco tempo foi quase chorando. Depois, Alca derrama sua primeira lágrima. O choro de homem era frio, fazia sentir pena. Parecia que ele carregava uma forte culpa, uma angústia tremenda. Seu choro passava tristeza.
Mas como? Como um homem aparentemente tão inteligente, sensato, de coração limpo, pode carregar tamanha culpa, tamanha angústia, tamanha tristeza? Lwuida, cada vez mais interessada pelo homem e seu mistério tentou o ajudar.
- Alca, me conte tudo sobre seu passado. Desabafar com alguém pode ser o começo pra arrancar tudo de ruim que está aí, dentro de você.
- Se eu te contar... Vai ser a primeira pessoa a querer me matar para não correr riscos.
- Riscos? Que riscos?
- Você não querer saber. Você só vai ter vontade de me matar e me matar, assim como todas as pessoas que sabem sobre esse nome
- Alca, me fale tudo, tudo que te atormenta, tudo que te faz sentir mal.
- Mas...
- Mas nada, seu não me contar, você vai ficar aí chorando pelo resto da vida! E outra... Se não contar, irei embora, irei para Barmstrad, volto para Asemorfät mas aqui eu não fico!
O homem, que estava encostado numa das mesas, abaixou a cabeça, enxugou as lágrimas e começou a falar.
- Está bem... Você ganhou! - dizia ele ironicamente.
- Então vamos, diga!
- Por favor, agora intenda meu lado. Eu irei te falar, mas não posso te garantir que falarei agora. Isso meu causa uma enorme dor no peito! Quando lembro disso, não consigo pensar em mais nada! Foi por isso que não durmir hoje, foi por isso que em quase todas as noites eu não durmo!
Lwuida pareceu entender o sofrimento de Alca. Ela olhou para a cara do homem, que estava de olhos fechados. Podia se perceber algumas lágrimas nela também.
O homem ainda chorava. Dois braços se estenderam. Ela o consolou.
Lwuida o abraçou forte e ele tremendo, fez o mesmo. Mas que seria esse mistério? Por que seria Alca, um homem tão triste, solitário e odiado? O que ele poderia ter feito de ruim, se ele relamente fez algo de ruim?
- Alca, se não quiser me contar agora, não precisa... Acho que falei aquilo da boca pra fora. - disse Lwuida
O homem apenas enxuga mais uma vez suas lágrimas e subia as escadas, calado, cabisbaixo.
Lwuida ainda ficou em baixo, mas logo depois subiu, derramando poucas lágrimas. Alca deitou e apagou, dessa vez era de verdade, ele conseguiu dormir. Ela também já estava meio cansada e se deitou.
O dia amanheceu, logo que acordou, um bom cheiro entrava pelas narinas de Lwuida. Ela se levantou e foi até cozinha. O homem fazia a comida.
- Pão caseiro? - perguntou ela.
- Nossa, Acordou? Sim, é um pão caseiro, uma velha receita que aprendi com minha mãe.
- E você tem mãe? - disse ela brincando.
Ele soltou uma leve risada enquanto mechia no fogão a lenha.
- Sim, é claro que tive!
- Não me diga!?
- Hum, aposto que se você conhecesse me mãe ia se dar bem com ela, ela era brincalhona como você... Mas ao contrário de todos da minha família que eram faladeiros, gostavam de sair para praias, eu sempre fui quieto e caseiro.
Dizendo isso, Alca tira o pão do fogão. Parecia apetitoso.
- Bom... Eu não bebo café, desculpe-me se não tenho.
- Que nada, nem se preocupa, não. Também não sou muito chegada!
- Ainda bem! Melhor que não passo vergonha!
E eles foram comendo e conversando, pareciam velhos amigos.
- Ah, uma coisa. Me conte mais sobre você, a única coisa que sei foi que você é uma ladra que veio parar por aqui nua. - Disse o homem brincando e sorrindo.
- Hmmm, será que é eu que devo falar mais sobre mim? Tem certeza disso? - Repondeu ela brincando, com uma pergunta.
- Ah, você já sabe que eu moro aqui, tenho muitos livros, um laboratório, e mais
um monte de coisas!
- Mas mesmo assim não sei muito sobre você. E... Eu também nao tenho muito pra falar de mim. Nossa, esse pão é maravilhoso! O que colocou nele?
- Trigo, água e tudo que se põe num pão. O negócio é que eu faço diferente.
- Você cozinha muito bem!
- Cozinho nada! Isso é o que eu como todos os dias sozinho aqui falando com os animais, às vezes acho que alguém ter mandado você aqui foi um milagre!
- Milagre? Milagre foi eu ter parado aqui e ter me desapegado de coisas materiais. Você acredita que antes eu era um tanto supérfula?
- Você não me pareceu assim...
- Realmente, Quando me vi com essa roupas, machucados curados e esses pontos na cabeça, inconsientemente, eu fui me acostumando que não é só de dinheiro que se é feliz.
- Hmmm, e se acostumou rápido pelo jeito.
- Hehe, sim. - Disse ela com um lindo sorriso.
E eles riam. O homem, nesse dia, parecia estar mais divertido. Para um homem que vive solitário, ele era muito informado. A vida de Alca era simples, o que aquele homem poderia fazer se ruim? Por que alguém queria matá-lo?
Lwuida já havia comido. Alca estava arrumando a mesa quando a porta da casa foi derrubada. Lwuida ficou subitamente espantada. Alca quando olhou para a porta, teve um susto tremendo.
Ela, que estava na frente dos homens, foi jogada para o lado enquanto os homens de grande porte e bem armados pegavam Alca.
A ladra, meio tonta, viu pouca cosia. Sua última visão foi vendo Alca sendo levado algemado pelos homens nas costas, dizendo.
- Barmstrad, vá para lá!!!
O corte na sua cabeça era profundo, o que fez ela desmaiar.
Sua visão outra vez foi habilitada, assim como todos os outros sentidos. A dor na cabeça era mais forte apesar dos pontos, que não se desfizeram.
- Caramba!
Xingou muitos palavrões por causa da dor.
- Merda! Tava muito bom pra ser verdade. Agora to perdida...
Ela olhou para a porta, estava aberta. A casa, organizada porém a cozinha estava totalmente fora do lugar. Estantes!? Sim! Livros, altas, mapas! Ela poderia se localizar e sair dali. E começou a procurar.
Chegando em Barmstrad, sendo carregado num carro da milícia, Alca estava indignado. Fora preso e sem ninguém para ajudá-lo. Onde está Lwuida, será que ela virá?
- Vamos,homem! Ninguém mandou fazer tantas coisas contra nós! - Dizia um dos guardas.
- Eu não fiz nada!
- Ha! Pare de mentir, homem!
- Eu não fiz nada!
- Bom, não vou discutir com você, quem vai te interrogar vai ser o delegado! E se prepare, ele não tem andado de bom humor!
Alca estava apavorado porém, tentava não demonstrar.
Lwuida, na casa do homem, procurava os mapas.
- Mapas, mapas! Onde estão vocês?
Ela viu que, procurando com rapidez, ia ser difícil de se achar. Usou mais uma de suas técnicas. Se concentrou, fechou os olhos e procurou de novo. Desta vez, achou.
- Aí!
Era um mapa bem simples, feito de um papel bem frágil e meio amarelado. Ele indicava as posições da casa de Alca, de Asemorfät e de Barmstrad. Lwuida logo entendeu o mapa. Olhou para a cozinha, estava com fome. Comeu umas maçãsn e pegou outras frutas e alimentos, mas onde guardá-los? Foi ao quarto de Alca. Uma estranha foto. Existia foto naquela época. Dois Alcas? Não era possível. Olhou mais de perto. Sim, sim! Dois Alcas! Arrancou a foto da elegante moldura. Procurou alguma bolsa. Abriu o armário e achou. Não era muito grande mas parecia bem resistente. Tinha até um cantil.
Voltando a cozinha, pegou os alimentos. Na sala, olhou mais um pouco para a jeitosa casa. Foi em direção a porta.
- Adeus! - Disse ela já fora da casa.
Saindo da casa, ela pega água no lago e põe no cantil. Ainda estava indecisa. Iria atrás de Alca e descobrir seu mistério, ou voltar a Asemorfät e continuar sua antiga vida? Pensou um pouco. Escolheu a segunda.
Na delegacia de Barmstrad, o homem barbudo e corpulento e aparentemente arrogante, esperava Alca sentado. O fazendeiro, algemado, sentou-se na cadeira, de frente para uma mesa e para um homem.
- Muito bem, Salid Patrön... Pronto para pagar por tudo que fez? - Disse o homem, ironicamente.
- Eu não sou essa pessoa!
- Certo, Salid. Você pensa que eu tenho cara de besta!?
- Eu não sou essa pessoa!
- Então faremos de conta que não.
O homem não sabia mais o que fazer. Só pensou em Lwuida. Ela teria que vir, se não a vida dele, não seria mais vida.
Lwuida andava de volta a Asemorfät. Parou, olhou para cima, estava no entardecer. Céu alaranjado. Pensou em Alca. Pensou em tudo que passou com o fantástico homem. Olhou para baixo, chorou. Olhou para o lado. Correu outra vez porém agora, para Barmstrad.
- Bom, Salid. Você sabe que sua ficha não é nada limpa, né?
Alca se cala. O homem não se contenta em ficar sem resposta.
- Intão nao vai responder? Pois bem, vou lhe falar então. Condenado por: tortura, danos físicos, danos mentais, homicídio culposo, atentado a saúde pública, entra muitas outras coisas. Sabia disso, não sabia? É claro que sim!
- Eu não fiz isso.
- Então o grande sábio e químico, Salid Patrön, não sabe disso?
- Eu não sou essa pessoa! - Gritou Alca.
- Fale baixo, Salid. Agora você está sob meu poder. Você não tem idéia das maldades que fizeste conosco, com o nosso povo.
- Eu não tenho esse nome! Meu nome é Alca Patrön!
- Hahahahahahaha! Alca Patrön?
- Isso mesmo...
- Gente como você me irrita! Bom, Salid, você já deve saber de que quando sair daqui vai ir direto para a cadeia, não?
- Eu não posso ir para a cadeia porque não sou essa pessoa!
A velocidade de Lwuida era tremenda. A técnica utilizada permitiu ela de se locomover mais rápido. Consistia em fazer o vento bater em sua pernas numa grande velociade, que a empurrasse para frente, gastando a mesma energia que uma corrida normal só que com velocidade maior. Já estava vendo Barmstrad.
- Espere, Alca! - Pensava.
Voltando ao interrogatório, que mais parecia briga.
- Você não sabe como tenho nojo de sua cara, Salid. Bom já perdi meu tempo demais te falando tudo isso. Meus guardas disseram que você estava acompanhado de uma mulher na sua casa na floresta, seria ela a esposa de Salid Patrön? Ou apenas mais uma daquelas prostitutas que dormem com criminosos apenas por fama?
- Não fale assim!
- Mmmm, quer dizer que é uma pessoa importante para você? Creio que você ficaria muito triste com a morte dela... Talvez somente assim você entregaria tudo e poderíamos te prender sem maiores preocupações. Aliás, qual o nome dela?
- Não vou responder!
O homem pegou um chicote. Nas costas de Alca, depois do estalo, apareceu o vermelho.
- Aahhhh! - Gritou o fazendeiro de tanta dor.
- Qual o nome dela?
- Não vou responder!
- Quer outra dessa?
- Não vou responder!
- Você é quem sabe! - Outra vez ergueu o chicote, desta vez, no abdômem de Alca. - Vai responder ou não?
- Aahhhh! Ka-Katarine...
- Katarine? E o sobrenome?
- Louret.
- Katarine Louret?
O homem andou até porta.
- Guarda, veja se Katarine Louret tem ficha criminal aqui em Barmstrad. Se não tiver, procure de outras cidades.
Depois o homem volta a escura sala com o homem chicoteado duas vezes.
- Não precisa procurar a Lwuida!
- Mmmmm, então ela tem até apelido? Espere mais um pouco.
O homem voltou a porta. Falou com o guarda novamente dessa vez do apelido "Lwuida".
Lwuida estava na entrada de Barmstrad. O luar da cidade era lindo. As casas muito belas, feitas de madeira e pedra basicamente. Um clima bem aconchegante. Se via no morro a periferia, que dava um toque mais especial.
Viu uma senhora. Tinha uma cara bondosa apesar de parecer triste e cansada.
- Ei senhora!
A velha olhou para trás.
- Diga minha filha?
- Onde fica o centro militar de Barmstrad?
- Va andando pela direita nessa rua, depois siga reto na quarta entrada para a esquerda.
- Obrigada. - Lwuida já ia se distanciando da senhora, sua triste face deixou Lwuida emocionada - Senhora?
- Sim, filha?
- Precisa de ajuda?
- Ah minha filha, muito obrigada mas não preciso, não... A única coisa que eu queria era que Salid patön fosse preso e condenado a prisão perpétua. Dizem que ele chegou na cidade há algumas horas.
- Salid Patrön?
- Sim, Pôr que? Conhece-o?
- Não, não, achei parecido com o nome de outra pessoa que conheço. - Disse Lwuida disfarçando.
- Bom, muito obrigada. Vou ir se não, não dou os parabéns ao meu filho hoje, é aniversário dele. Adeus garota.
- Adeus senhora...
Ela estava pasma. A senhora falou de Salid Patrön. Lwuida cada vez mais precisava achar Alca.
- Ah, Alca, preciso te achar, homem! - Pensava em voz alta.
Na escura sala, o homem olhava atentamente para Alca. A porta se abrira revelando um feixe de luz fraca. Ele se levanta e vai em direção a porta. Pega os papéis.
- Katarine Louret? Vejamos... - Ele lê as folhas - Bom, Salid, acho que sua amiga não é uma boa companhia... Ladra de Nível 7 de 10, mais conhecida como Lwuida, costuma roubar joalherias e museus com crimes quase perfeitos...
- Ela não é mais assim! Você por acaso já pensou no que leva alguém a roubar?
- E você já pensou no que leva alguém a ser comparado com um monstro? Pois eu acho que sim, não é? - Dizia o homem, ironicamente.
- Não, você tá errado! Nunca pensei nisso! - Disse Alca, enfrentando o homem.
- Cale-se! - outra vez o chicote acerta o fazendeiro, em sua perna.
- Se pensas que com o poder da força bruta pode ser a sua glória, faça sua glória em você mesmo!
Barulhos são ouvidos de dentro da sala, parecia alguma coisa estar se quebrando. Espere, não só uma coisa mas sim um construção inteira se quebrando. O delegado se levantou espantado. O tumulto parecia ter se acabado, mas ele foi verificar. Abriu a porta. Um aperto no pescoço, seguido de uma cotovelada na cara fez o delegado desmaiar.
- Katarine?
- Lwuida! Quantas vezes já pedi para me chamar de Lwuida?
- C-como entrou aqui?
- Sem tempo para perguntas. Vamos fugir!
Ela pegou as chaves de cima da mesa e abriu as algemas do homem. Assim
ele sairam correndo, indo para a periferia da cidade.
- Alca, sugiro que vamos para a parte florestal da cidade... Se ficarmos por aqui ainda podem nos achar... Aguenta correr?
- Sinceramente não... A chicoteada na perna ta doendo demais.
- Caramba! Espere... - Olhou nos arredores - Merda! Não conheço essa cidade.
- O que tá tentando achar?
- Um esconderijo.
- Podemos dormir numa taverna-hotel. Não é de uma qualidade boa mas é que podemos ter.
- Como não temos outra opção...
Haviam várias tavernas na periferia de Barmstrad. A que eles escolheram era bem simples. Feita de pedra com uma porta de madeira. Na entrada, um balcão típico do lugar e as mesas e cadeira de paraju. Atrás, iluminado pelo fogo das tochas, estava o balcão do hotel.
Quando entraram foi uma grande gritaria como sempre. Gente jogando, bebendo, dançando, tocando e tudo mais.
Eles foram para o balcão do hotel. Um gentil homem tomava conta.
- Bom dia senhores, procuram um quarto?
- Sim.
- De que tipo?
- Duas camas de solteiro.
- Hmmm. 5 moedas de prata.
- Certo!
Lwuida tirou do bolso as moedas e entregou ao homem. Em troca, ele deu as chaves e o número do quarto.
O acesso aos quartos se dava por uma escada do lado do balcão. Era iluminado por tochas também e tinha um sistema de ventilação. Viraram à esquerda e acharam o quarto. Número 8.
- É aqui.
Um quarto bem simples e assim como o resto da taverna, com paredes de pedra. As camas era bem feitas apesar de simples. Colchões razoavelmente confortável, muito bom para uma taverna. Tinha também pequenas tochas nas paredes.
Lwuida deitou, o dia hoje foi cansativo. Alca também se deitou.
- Boa noite, Alca
- O mesmo para você.
E dormiram.
- Mestre! - Dizia um estranhíssimo ser com uma voz forte.
- Sim?
- Tenho uma boa notícia a lhe dar.
- Sobre?
- Salid Patrön...
Um copo cai no chão. E quebra. O homem se levanta.
- Não acredito! Depois de tantos anos tenho notícias daquilo de novo!
- Quer ouvir o que tenho a dizer?
- Sim, claro. Diga.
- Na baixa floresta de Barmstrad ele foi capturado hoje à tarde. Depois fugiu da delegacia. Isso significa qu...
- Que ele não está muito longe! Aliás aquilo também pode ser chamado de humano, deve estar dormindo agora.
- Ainda tenho mais coisas para falar.
- Fale, fale.
- Os guardas disseram que uma mulher ajudou ele a fugir.
- Uma mulher?
- Sim. Mas também falaram que ela era uma ladra muito perigosa. É conhecida como... "Lwada"... Deixe-me ver... Lwuida, é conhecida como Lwuida.
O homem senta de novo na poltrona.
- Ric, me faça um favor. Mande todos os meus empregados atrás dele agora, neste momento. Mandem eles procurarem em Barmstrad e ao redor de lá.
- Certo.
O estranho homem sai da estranha casa, que tinha uma beleza um tanto quanto diferente.