- Espere! – disse Thorson – E nossas peles de raposas?
- Esse era o acampamento em que meus irmãos e eu passamos a noite antes de entrar nas Minas.
O dwarf andou até uma árvore. Bateu nela. Passou para a seguinte, e assim sucessivamente. Uma ora bateu em uma árvore oca. Olhou para as raízes e bateu com o pé no chão. Ouviu-se um barulho de madeira. O dwarf se abaixou (não muito) e espalhou a terra que ficava no local onde tinha batido o pé. Ali embaixo da terra, existia um alçapão.
Glóin o abriu e lá dentro havia uma armadura, e escudo. A armadura estava destruída em vários pontos. O dwarf retirou as suas coisas do alçapão e as vestiu dizendo:
- Podem guardas as peles de raposa aqui.
- As acharemos exatamente aqui quando voltarmos, não é dwarf? – disse Fardons num tom acusador.
- Claro humano.
A tensão entre Fardons e Glóin incomodava Araell, Thorson e Ulrich.
- Está tudo muito bom, mas vamos para as Minas? – disse Araell
- Sim. – disse Fardons e Glóin. Glóin encarava Fardons.
- Fardons, - disse Ulrich – pode ir na frente iluminando o nosso caminho?
- Acho que não. – respondeu – Não sei se precisaremos usar minhas magias durante a exploração, então é melhor acendermos a tocha.
- Claro. – murmurou Araell – Principalmente se você as usar para fugir.
- O que disse? – perguntou Fardons com sua voz sinistra e calma
- Principalmente se você as usar para ajudar o grupo!
- Então é melhor eu acender a tocha. – disse Thorson
E assim foi feito.
Caminharam durante um longo tempo. Thorson segurava a tocha e ia à frente com o irmão ao seu lado. Araell ia ao lado de Glóin, logo atrás dos irmãos. Fardons como sempre ia atrás.
Em determinado momento Glóin olhou para o lado e viu a mão de Araell.
- Então é verdade! – disse
- O que? – perguntou Araell
- Meu povo vive sob as montanhas, por isso poucas vezes vemos humanos. Alguns exploradores voltam e contam as histórias de suas aventuras, muitas das vezes com humanos.
- E?
- Uma vez ouvi dizer que vocês humanos tinha cinco dedos!
Araell olhou para a mão.
- É... temos realmente cinco dedos. Vocês não?
O dwarf abriu a mão e mostrou os seus sete dedos.
- SETE DEDOS? – exclamou Araell
- Sim. É um número perfeito! – disse e começou a explicar porque o número era perfeito – Cinco é muito pouco e não dá para contar os dias da semana, seis é par e não dá para se levantar o dedo médio para se insultar alguém; mas sete, se pode contar os dias da semana e levantar o dedo médio – disse levantando o dedo
Araell achou o raciocínio meio lógico.
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Depois de algumas horas de caminhada chegaram em frente a uma gigantesca montanha. Nada havia nela. Nem árvores, nem nada. Apenas a montanha feita de pedra. Um gigantesco portal se abria no meio da montanha revelando uma passagem escura. As bordas do portal era feita com aço e incrustado de diamantes e pedras preciosas.
- Bem vindos às Minas Tiras. – disse Glóin
- Já passei por aqui. – disse Fardons – Há muito tempo.
- Acho melhor entrarmos. – disse Ulrich
Thorson foi na frente ainda com a tocha (uma segunda, porque a outra já tinha se apagado). Conforme iam entrando viam que colunas de mármore se erguiam aos lados, e iam até o teto.
Andaram por horas sempre em linha reta para não se perder. Num certo momento começaram a ver sangue coagulado no chão. Parecia que havia tido uma batalha ali a pouco tempo.
- Foi aqui que minha jornada acabou. – disse Glóin
- O que fazemos? – perguntou Thorson
Araell se agachou e observou o sangue. Era mais escuro. Um rastro sujo se estendia em frente.
- Em frente – disse
- Como sabe? – perguntou o dwarf
- Aqui tem pegadas. – disse apontando para o rastro de sujeira
- Pegadas? – disse Glóin começando a ficar irritado – Que pegadas? Parece mais que uma lesma suja foi seguindo em frente.
- É. No principio pensei nisso também, mas depois vi que eram váááááárias pegadas juntas.
- Os que levaram meus irmãos! – exclamou
- Pode ser.
- Então vamos em frente. – disse Thorson
Continuaram em frente até ver outro portal, só que apresentava uma porta escancarada.
- Entramos? – perguntou Ulrich
- Os rastros se estende até através da porta. – disse Glóin
- Pode ser uma armadilha. – disse Fardons – Eles podem estar esperando do outro lado da porta.
- Nah! – resmungou Glóin – Goblins fazem um barulho infernal. E além do mais não conseguiriam ficar todos juntos no mesmo ambiente por muito tempo. Ia ter algum tipo de briga...
- Então vamos! – disse Ulrich
Ele empurrou a porta com o ombro direito e ela se abriu com um rangido.
Dentro do portal tinha uma câmara. Ela era mais iluminada, por isso apagaram a tocha. A câmara era quadrada, com quatro portas em cada lado: a que tinham acabado de entrar e mais três. No centro tinha uma coisa curiosa.
Tinham três estátuas uma ao lado da outra. A do meio era uma cobra com asas, a da esquerda era uma Hidra, e a da direita era um dragão. Em frente a elas havia uma fonte.