Por favor leia o RP abaixo............................................ O que ? Ainda aqui ? Ta esperando o que ? LEIA !!!
Lásvia
Cap anterior
Como sempre quando a situação complica, ele sai de fininho, o que será mais importante do que isso ? Olhei ao meu redor e fiquei muito mais tranqüilo, no chão onde tinha um homem ferido agora só uma poça de sangue provava a sua existência, o barulho que antes existia foi trocado pelo suave canto das cigarras, o desespero que ali existia foi engolido pelos soldados que agora estavam nos seus respectivos lugares. Tudo voltará ao normal, já podia relaxar e pensar no melhor meio de se tomar as devidas providências.
Capítulo 2 - Bem-vindo
- Vamos soldado Rich, vamos voltar pro meu quartel, nós somos os únicos que ainda não se apresenta nos devidos lugares.
- Sim Coronel Dosan, vamos voltar para torrezinha.
Eh... ele nunca perde essa mania, nem ele e nem o resto dos soldados, sempre chamando ela assim deste alguns anos atrás quando essa cidade sofreu um grande terremoto causando o derrubamento de vários quartéis e das duas principais torres da cidade, a majestade rapidamente contratou vários arquitetos para começarem a reconstrução, só que o problema é que eles deixaram a parte principal da cidade por ultimo, que era justamente a única entrada da cidade que inclui duas altas torres ao lado do portão principal e um quartel ao lado de uma das torres, só que o problema maior é que os gastos passaram do previsto tendo como saída cortar-los causando assim o cancelamento da reconstrução do quartel e do contrato de um mendigo como arquiteto, esperadamente por mim a torre esquerda foi reconstruída errada, um pouco mais baixa do que a sua irmã da direita, exatamente um metro mais baixa causando em mim uma certa curiosidade pois o mesmo arquiteto mancava por ter sua perna esquerda um centímetro menor que a outra. Deste então fiquei sem meu quartel fazendo-a dele e ate hoje os soldados a chamam assim, a torrezinha.
Cada degrau que eu avançava naquela torre me ajudava a compreender do porque deles não ficarem nessa torre, realmente quase todos os cantos da parede mostravam rachaduras, diferentemente da sua irmã que esta muito mais conservada fazendo essa ser desconfiada de sua estabilidade e segurança, tornando ela solitária a não ser pelo Rich e eu que todas as noites quebramos o silêncio com mais variados assuntos fazendo dele o soldado em que mais tenho afinidade e confiança.
Finalmente no topo, fui direto para minha cadeira, como sempre já me apresentava sobre ela com os pés sobre o para-peito da torre, o lugar não é muito grande tendo apenas espaço para Rich, eu e a cadeira fazendo com que a falta de vários materiais que um coronel precisaria ter como por exemplo mesas e moveis seja tolerada, mas mesmo assim não sei porque era um lugar especial que sempre me relaxa e me fazia tomar as decisões certas, talvez seja o silêncio que lá em cima existia causado pela distância das ruas movimentadas ou talvez fosse apenas a bela vista que lá de cima me proporciona com belos campos esverdeados e tulipas amareladas que pareciam ter sido cuidadosamente plantadas formando uma espécie de caminho que começava do portão da cidade e ia se estendendo até ao horizonte, se vigiasse o horizonte atentamente, com um pouco de sorte veria famílias inteiras de lebres se descansando no suave tapete da grama, os filhos sempre pulando e rolando uns encima dos outros, já os pais sempre atentos com suas orelhas levantadas, a pouco tempo mesmo tinha uma toca de lebres bem próximo a muralha, infelizmente alguns soldados esfomeados descobriram a e se pós a destruí-la, realmente um lugar especial.
A primeira coisa que um coronel iria fazer seguindo o regulamento padrão seria mandar uma equipe de busca atrás de sobreviventes, mas não sabendo o que teria a espera dos meus homens não pude fazer, mandar meus homens naquela noite escura onde mal podia se ver a três metros de distância sem o conhecimento da quantidade do inimigo e nem das suas forças causaria só mais corpos para recolher no outro dia. Como sempre a voz do Rich me desperta dos pensamentos.
- Senhor permissão para falar.
- Permissão concedida.
- Senhor não queria contestar seu trabalho mais creio eu que seja a hora certa para acender as tochas externas da muralha.
- Acha mesmo Rich ?
- Sim senhor, com elas acessas a área de visão aumentaria ajudando assim a ver qualquer ação do inimigo, não concorda senhor ?
- Eh... interessante pensamento Rich, com certeza assim se tornara um sargento bem rápido.
.......
- Senhor ?
- Ah é mesmo te devo uma resposta... não.
........
- Senhor permissão para falar novamente.
- Fala Rich, eu sei que mesmo não concedendo você falaria.
- Mas senhor eu não te entendo, como não, só vejo vantage...
- Rich vamos faze um jogo.
- Como senhor ? Um jogo ?
- É, um simples jogo. Te demonstrarei três motivos para não acender as tochas, se você apontar me mais erros do que acertos nos meus motivos você poderá acender as tochas, senão terá que ficar uma hora em pé fora da torre ao ar livre, combinados ?
- Ficar uma hora em pé fora da torre ? Só isso ?
- Sim, simplesmente isso.
- Combinados então, mas antes tenho algo a propor a mais, se eu ganhar terá que também deixar me sentar na sua cadeira até o final da noite.
- Esta bem, combinados.
- Hahaha sempre quis ver essa cena, eu sentado na sua valiosa cadeira que parece mais um trono e você do meu lado em pé como meu subordinado hahaha.
- Calma não precisa de animar, bom o primeiro motivo Rich é simplesmente o desespero, mandar nesse momento um soldado para fora da muralha é como mandar tortura-lo, de uma boa olhada em sua volta que você verá crianças e não soldados, sim crianças transpirando gotas de suor em forma de medo, crianças que nem se quer por um breve momento se distrai tirando atenção de seus olhos daquele escuro horizonte onde qualquer simples ruído transforma-se no som do surgimento de um inimigo, e você Rich sabe exatamente que o desespero não é um bom aliado.
- Realmente nunca vi uma noite tão bem vigiada como essa. Mais senhor mesmo assim acho que eles engoliram o medo e seguiram suas ordens com coragem.
- Se for uma ordem Rich com certeza seguiram pois eles não tem outra escolha, mas se for voluntária terá um resultado diferente. Pois bem sendo que toda acusação tem que andar juntamente com provas eu provarei. Irei propor para meus soldados uma missão voluntária externa, se pelo menos um aceitar você provara que eu estou errado mais senão demonstrará que estou certo.
- Soldados atenção ! Estou montando uma equipe voluntária para uma missão além dessas muralhas, algum voluntário ?
.........
Eh.... Como esperado ninguém se propôs como voluntário, apesar do silencio dava se para notar facilmente em suas faces a vontade deles responderem - Sim senhor iremos como desejar, mesmo se não voltarmos com vida - mas mesmo assim essas palavras se alojaram no canto de suas bocas deixando apenas passagens para seus medos causando assim aquele maldito silencio, são bons homens, medrosos, mas bons homens.
- Tudo bem, dispensados.
- Pois bem Rich parece que isso esclarece as suas duvidas, um à zero para mim.
- Não senhor um à zero para mim.
- Como ?
- Eu estou disposto a servi-lo nessa missão e não estou com medo, já que sou um soldado e estou sobre seu comando eu me encaixo na descrição.
- Eh... bem... Como sempre Rich suas artimanhas te salvam.
- Hahahahaha te peguei senhor, só mais um acerto, só mais um acerto, só mais um acerto.
- Bem mais dessa vez creio que suas artimanhas não valerá para nada. O segundo motivo Rich apesar de ser bem simples e óbvio é o mais importante pois logicamente o fogo se distinguira na presença da água.
- Como ? Não entendi senhor.
- Preste atenção nesse imenso horizonte que se apresenta em sua frente, o que você vê ?
- Vejo o que todos vêem senhor, um imenso e escuro horizonte.
- Engraçado prestasse atenção no que a noite enfeia mais deixando de lado no que ela mais embeleza, o céu. Se prestasse mais atenção veria nuvens chuvo...
Impressionantemente junto com as minhas palavras o leve som da chuva me interrompe ao tocar nos mais variados materiais fazendo um agradável barulho que rapidamente aumentava conforme a chuva.
- Bom ainda preciso explicar ?
Deixei escapar juntamente com essas palavras um leve sorriso no canto da boca ao imaginar no que Rich estaria pensando nesse momento.
- Como imaginei... Sua proposta estava gentil demais, já vi que hoje depois de dias tomarei um banho.
- Bom isso deixa a situação empatada Rich.
- Pois é.... Mas isso me preocupa, logo essa noite que provavelmente estamos sobre intenções de ataque não poderemos acender as tochas externas.
- Não se preocupe não fará falta, um grande exército capaz de derrotar o nosso também será grande o suficiente para não aproximar despercebido das nossas muralhas, apesar dessa intensa escuridão um grande exército faz um grande barulho.
- Mais senhor... E se for... Apenas um homem ?
- Não acredito nessa história Rich, não importa a habilidade, a técnica ou o treinamento que ele possuir não mudara a impossibilidade de ser feito por um homem, mesmo que eu acredite nessa história garanto para você que esse homem seria visto a milhas de distancia e causaria tremor no solo ao se mover.
- Hahahaha tem razão.
..............
- Senhor o ultimo.
- Ultimo ?
- O ultimo motivo para eu obedecer suas ordens de não acender as tochas.
- Ah é.... O ultimo motivo... Bem o ultimo motivo é a hierarquia, você sabe muito bem que sou um coronel e você um soldado, sendo assim você tem a obrigação de obedecer minhas ordens sendo elas tolas ou não. Como sempre ganhei, dois à um para mim.
- Que !? Você sabe que isso não é justo !
- Não deixa de ser um motivo. Agora para de reclamar e vai pro lugar combinado, uma chuva te espera.
Observava a chuva juntamente com o barulho que Rich causava ao descer os degraus da torre, cada segundo que se passava via me admirando cada vez mais aquela chuva, elas sempre me acalmaram, não só eu mas parece que todos os meus soldados se desligaram um pouco do medo ao desfrutarem dessa linda chuva, os poucos que estavam em lugares descobertos correram para as torres tentando não se molharem ou enferrujarem suas armaduras, os que já estavam em lugares protegidos brincavam com a água que escorria do céu, deste em lavar seus rostos com a água até em tacar na face dos seus companheiros, até o Rich que já se apresentava todo molhado na chuva parecia não se importa. Realmente a chuva lavou esse lugar levando o medo e a preocupação, até o rastro e a poça de sangue que existia a chuva levou, melhor assim, não terei que explicar amanha cedo para os cidadãos de que corpo sairá todo aquele sangue.
Sempre fui de observar a chuva e tudo que dentro dela se movia, essa noite foi um beija-flor que ia de flor em flor nas quais se formava em frente à muralha lutando contra as grossas gotas que caiam do céu, nunca vi um beija-flor em tão estranha viagem.
Quando me despertei dos meus pensamentos me dei conta que muito tempo já tinha se passado, Rich... É mesmo já deve ter se passado uma hora, tenho que tira-lo da chuva. Fui descendo a escadaria da torre calmamente, degrau por degrau, pretendendo ter tempo suficiente para imaginar a provável fala que ele iria pronunciar, quando meu primeiro pé se tocou no solo automaticamente meu olhar se dirigiu em sua direção que já o via muito bem, o suficiente para perceber o quanto molhado estava seu uniforme que pingava constantemente, seu cabelo todo caído tomando um olho e parte de sua face, em um rápido olhar em minha direção abrira sua boca lentamente acompanhado de um leve sorriso.
- Mas que sol esta fazendo senhor.
Eh... Como imaginad... Um alto e forte grito interrompe meus pensamentos ganhando a atenção de minha cabeça que já se encontrava virada para cima em direção a torre da direita.
- Senhor, senhor, senhor, um homem.
Parecia que o medo tinha tomado conta novamente dos meus soldados.
- O quê que tem um homem soldado ?
- Um homem no portão sanguentado senhor e não é do nosso exército.
- Então abra o portão.
- Tem certeza senhor ? Ele parec...
- Claro que tenho soldado, todos que vierem até nós precisando de ajuda serão ajudados.
- Sim senhor.
A chuva estava muito pesada naquele instante com aparecimentos freqüentes de relâmpagos que iluminavam o céu e uma parte do solo, realmente me arrependi de ter dito aquelas palavras sem ter dado pelo menos uma breve olhada no homem que se encontrava do outro lado do portão, o mesmo homem que devolveu o medo na face dos meus soldados que já se encontravam distante de mim, encima da torre, seguros e protegidos por qualquer força maligna, onde dava-se só para ver suas cabeças e seus olhos arregalados de medo deixando assim a situação só para mim, que justamente estava em frente ao portão, e ao Rich que se posicionava uns metros atrás de mim, causando me novamente aquele sentimento de solidão. O portão foi se abrindo lentamente junto com freqüentes relâmpagos que faziam instantaneamente os músculos dos soldados saltarem, realmente eu passei a compreender seus medos depois de ver uma parte do seu corpo por uma pequena brecha que o portão fizera, seu tamanho corresponderia a dois homens e seus braços da mesma grossura e proporção que um homem daquela altura precisaria ter, seu corpo totalmente cortado, cortes que ainda eram recentes demonstrado pelo escoamento de sangue, pronto agora já estava a sua frente sem o forte portão de madeira nos impedindo, podia velo totalmente bem próximo a mim, tão próximo que não podia ignorar o cheiro de sangue que ele liberava, apesar dos meus esforços inclinando levemente minha cabeça para frente e apertando meus olhos mal podia se ver sua face causada pela escura noite, rapidamente me arrependi dessa ação quando um relâmpago se criou perto dali iluminando uma parte de sua face e de seus olhos que imediatamente percebi que esses mesmos constantemente vigiavam os meus, no ímpeto causado pelo espanto ou talvez até pelo medo saiu apenas essas simples e banais palavras.
- Bem-vindo a Lásvia.
Continua...