Infatilmente... (Historias, contos e poesias dos meus amores quase perdidos)
Resolvi por fim que Bianca não se resume a minha vida inteira. O somente-nada não é por inteiro uma teoria, mas parte de outra maior. Cabelos ruivos são encontrados a pilheias por entre as ruas manauaras de casarões antigos e harmonizantes.
Seja então que a vida não para resolvi começar a ajuntar minhas coisas, principalmente meus amores jogados por aí. Penso que montarei um grande livro com as mulheres de minha vida, então que comece a organização e como benéficio a todos vocês mais uma historia dos amores do teu escritor ultra-romantico.
Ingrid
Prólogo -
A folha é cálida, não me diz nada além do que já sei. Fiz de conta que poderia escrever mais uma historia de amor, uma historia ficcional, obra de minha imaginação fértil. Mas descobri que em mim não mora dessas idéias totalmente novas, eu sonho o que quero viver, e não o impossível das mãos sempre impassíveis. Enfim, só posso contar o que é nosso, não fique triste. Eu mesmo ainda me pergunto se este é o correto, o melhor pra nós dois...
Individualizando sentimentos? Infantilidade, minha pequena? Sempre! Tu sabes que não passo de um garoto tenso dos beijos quentes e das brincadeiras amorais que enlouquecem o mais puro de um ser e pervertem o coração mais virgem do latim católico dos homens. Teus abraços sempre ternos são também nossos arrepios sentimentais. Minha obra já não é somente minha, mas obra do nosso.
Começamos então numa manhã de sexta-feira, uma manhã iluminada, numa rua de grandes árvores chorosas e verdes. Eu com a velha bolsa verde-musgo de alça atravessada ao tronco, com a calça jeans quase nova e a minha pólo de linhas horizontais. Olhando-me melhor ao espelho acho-me não tão bonito quanto naquele dia, os cabelos um pouco encaracolados e um pouco lisos sobre a testa não me parecem os mesmos, nem a barba mal-feita parece dar a conotação masculina que tinha de mim naquele dia. Não aquela barba azulada. Há que tu gostas em que a barba não fica na mesma direção, nem parece totalmente bagunçada. Enfim me sentia inteiro, numa paz de estranhar inicialmente, deveria estar ansioso como sempre, não?
Capitulo I – A vida é engraçada, não?
Como a vida é engraçada, crescemos tanto em tão poucos segundos. Na verdade penso que o crescimento não vem do tempo, nem das verdades que ouvimos porque nossos ouvidos normalmente só funcionam para ouvir e não para admitir uma coisa ou outra coisa. Crescemos em função de outrem, não é um fato do cotidiano que nos faz melhor, apenas nos adaptamos a tais. Mas as pessoas, elas nos fazem melhor ou pior pro melhor, e isso só vem de análises quebradiças e não dá ordem natural das regras. O pior, ou melhor, vai de tu, e somente. Mas a suspensão da alma, a mudança e enfim crescimento vem dos tantos outros que te iluminam numa noite, como se um longo estalo fosse audível em tua cabeça e enfim entendesse tudo, sempre em favor de outros.
Talvez seja isto a sabedoria: O baque surdo dos ouvidos da mente quando os outros já se calaram de tanto repetir.
Capitulo II – Á um Otorrino.
Talvez diga isso ao meu otorrino na próxima consulta, consta aqui que não sou muito chegado em médicos, então que fique apenas em favor das idéias isto. Ah! Continuemos.
Ergui meus olhos por entre os carros, do outro lado da rua. Enxerguei, analisei, era estranha. Vestido verde escuro, óculos de armação escura com detalhes em rosa, magra, amarela. Sim, como era estranha! Mas gostei, gostei e sabia que assim era. Pensei comigo, era menina. Riríamos do tudo, beberíamos o vinho que trouxe, riríamos mais um tanto e resto fica no mundo escuso das idéias. Por favor, releve, eu tenho esta mania feia de estereotipar as pessoas sem as conhecê-las de prévio, não como sinal de orgulho, mas como simples brincadeira de menino que perde o tempo nessas travessuras mentais. Certo que quando criança era menos pensativo, mas isso sim, se conquista com o tempo.
Parei ao seu lado. Ela olhava sentada para o outro lado, tive o ímpeto de chutar seu tênis, ao passo que me olhou pouco assustada e não menos sorridente. Na verdade levantou-se com certa naturalidade e me cumprimentou numa formalidade tal que me senti até um tanto receoso.
Ela olhando a garrafa em minha mão sorriu. Disse que não trouxera o seu corpo da sorte. Mais digo hoje, exceções são mais comuns que imaginamos e que o que parece latente não é exatamente. Menina hoje, amanhã mulher...
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