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Tópico: Infantilmente... (Historias, contos e poesias dos meus amores quase perdidos)

  1. #1
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    Padrão Ingrid

    Infatilmente... (Historias, contos e poesias dos meus amores quase perdidos)


    Resolvi por fim que Bianca não se resume a minha vida inteira. O somente-nada não é por inteiro uma teoria, mas parte de outra maior. Cabelos ruivos são encontrados a pilheias por entre as ruas manauaras de casarões antigos e harmonizantes.

    Seja então que a vida não para resolvi começar a ajuntar minhas coisas, principalmente meus amores jogados por aí. Penso que montarei um grande livro com as mulheres de minha vida, então que comece a organização e como benéficio a todos vocês mais uma historia dos amores do teu escritor ultra-romantico.

    As mulheres de minha vida:
    Livro I - Bianca
    Livro II - Ingrid
    Ingrid

    Prólogo -

    A folha é cálida, não me diz nada além do que já sei. Fiz de conta que poderia escrever mais uma historia de amor, uma historia ficcional, obra de minha imaginação fértil. Mas descobri que em mim não mora dessas idéias totalmente novas, eu sonho o que quero viver, e não o impossível das mãos sempre impassíveis. Enfim, só posso contar o que é nosso, não fique triste. Eu mesmo ainda me pergunto se este é o correto, o melhor pra nós dois...

    Individualizando sentimentos? Infantilidade, minha pequena? Sempre! Tu sabes que não passo de um garoto tenso dos beijos quentes e das brincadeiras amorais que enlouquecem o mais puro de um ser e pervertem o coração mais virgem do latim católico dos homens. Teus abraços sempre ternos são também nossos arrepios sentimentais. Minha obra já não é somente minha, mas obra do nosso.

    Começamos então numa manhã de sexta-feira, uma manhã iluminada, numa rua de grandes árvores chorosas e verdes. Eu com a velha bolsa verde-musgo de alça atravessada ao tronco, com a calça jeans quase nova e a minha pólo de linhas horizontais. Olhando-me melhor ao espelho acho-me não tão bonito quanto naquele dia, os cabelos um pouco encaracolados e um pouco lisos sobre a testa não me parecem os mesmos, nem a barba mal-feita parece dar a conotação masculina que tinha de mim naquele dia. Não aquela barba azulada. Há que tu gostas em que a barba não fica na mesma direção, nem parece totalmente bagunçada. Enfim me sentia inteiro, numa paz de estranhar inicialmente, deveria estar ansioso como sempre, não?


    Capitulo I – A vida é engraçada, não?

    Como a vida é engraçada, crescemos tanto em tão poucos segundos. Na verdade penso que o crescimento não vem do tempo, nem das verdades que ouvimos porque nossos ouvidos normalmente só funcionam para ouvir e não para admitir uma coisa ou outra coisa. Crescemos em função de outrem, não é um fato do cotidiano que nos faz melhor, apenas nos adaptamos a tais. Mas as pessoas, elas nos fazem melhor ou pior pro melhor, e isso só vem de análises quebradiças e não dá ordem natural das regras. O pior, ou melhor, vai de tu, e somente. Mas a suspensão da alma, a mudança e enfim crescimento vem dos tantos outros que te iluminam numa noite, como se um longo estalo fosse audível em tua cabeça e enfim entendesse tudo, sempre em favor de outros.

    Talvez seja isto a sabedoria: O baque surdo dos ouvidos da mente quando os outros já se calaram de tanto repetir.


    Capitulo II – Á um Otorrino.

    Talvez diga isso ao meu otorrino na próxima consulta, consta aqui que não sou muito chegado em médicos, então que fique apenas em favor das idéias isto. Ah! Continuemos.

    Ergui meus olhos por entre os carros, do outro lado da rua. Enxerguei, analisei, era estranha. Vestido verde escuro, óculos de armação escura com detalhes em rosa, magra, amarela. Sim, como era estranha! Mas gostei, gostei e sabia que assim era. Pensei comigo, era menina. Riríamos do tudo, beberíamos o vinho que trouxe, riríamos mais um tanto e resto fica no mundo escuso das idéias. Por favor, releve, eu tenho esta mania feia de estereotipar as pessoas sem as conhecê-las de prévio, não como sinal de orgulho, mas como simples brincadeira de menino que perde o tempo nessas travessuras mentais. Certo que quando criança era menos pensativo, mas isso sim, se conquista com o tempo.

    Parei ao seu lado. Ela olhava sentada para o outro lado, tive o ímpeto de chutar seu tênis, ao passo que me olhou pouco assustada e não menos sorridente. Na verdade levantou-se com certa naturalidade e me cumprimentou numa formalidade tal que me senti até um tanto receoso.

    Ela olhando a garrafa em minha mão sorriu. Disse que não trouxera o seu corpo da sorte. Mais digo hoje, exceções são mais comuns que imaginamos e que o que parece latente não é exatamente. Menina hoje, amanhã mulher...

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    Última edição por zack746; 26-04-2010 às 20:23.

  2. #2
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    Logo teremos a primeira biografia do Histórias.

    Apesar de certos exageros, acredito que você não se esforça para disfarçar o contexto juvenil da história, e isso é um ponto positivo. O estilo empregado também é notável, mas os pensamentos só servem como base para o texto quando estão conexos, um problema quando boa parte das palavras soam gratuitas. O mistério e o lirismo são bons aliados, mas você pode ir além.

    Gostei do primeiro capítulo, da ideia, das frases.

    Veremos no que dá. Prossiga, senhorito.

  3. #3
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    Capitulo III – Sussurro da chuva

    Vinho meu, copo dela...

    Sorrimos e sorrimos mais vezes. Entramos no ônibus e seguimos sentados conversando sobre o ambiente, sobre a noite anterior, quem sabe sobre as estrelas? Sim, sobre as estrelas e os anéis de saturno. O ônibus seguiu seu curso natural, nos o de aproximarmos, conhecermos e concluirmos quem seria aquele ao nosso lado. Mas a parada chegou, a nossa parada...

    Caminhamos pelos caminhos reclusos de uma antiga universidade. Mata adentro pássaros estridentes e flamejantes, macacos-prego e outros pulando de galho em galho, era a vida. Sentamos num canto calmo, não muito mais aconchegante que um lance de escadas. Abrimos a garrafa de vinho e bebemos calmamente enquanto conversávamos. Um gato de cores amareladas aproximou-se de nós. Disse que éramos tolos, afinal o que um homem e uma mulher fazem juntos e bebendo vinho se não para se divertirem juntos e mais que amigos? Não concordamos nem discordamos, dissemos que sim, talvez fosse e sem querer insistir em mais nada mudamos de assunto.

    Estávamos tontos, resolvemos nos sentar em um lugar mais confortável e caminhando ainda meio aos barrancos até grandes bancos de concreto liso, e que eram para meu assombro maior, confortáveis. Deitei-me em seu colo, a chuva caia devagar do lado de fora, as mãos dela sobre meus cabelos encaracolados. A felicidade motivacional de um homem, a alegria dos cuidados femininos, amo sem a menor sombra de duvida. Ela mexendo em minha cabeça foi curvando-se, deixando a sonolência aproximar nossos rostos e ouvir aos sussurros a palavras afáveis e sorrisos de toda a estirpe. A chuva caia fina e calmamente melancólica lá fora, as gotas formavam uma melodia simples. Disseram-me mais tarde ser esposais, mas eu ouvi apenas: “Será ela? - É ela? - Será Ela?”.
    Como escrevo devagar, meu deus!

  4. #4
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    Na minha opinião, apesar de um ou dois pontos terem ficado fora de contexto ("era a vida"), o texto está bem enxuto, apresenta bons delírios e um ritmo agradável. (Não serei tão chato nesse post.) Gostei.

  5. #5
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    Capitulo IV – Um grande mistério

    E estes questionamentos ecoaram pelo infinito até sumirem numa ponta de concórdia, um simples eu te amo pode bastar, ao menos assim espero. O dia terminou por aí, sem respostas nem perguntas. Apenas tive que me restabelecer, pensar no que eu me permitiria fazer. Entretanto cansei-me logo disto e resolvi não pensar em nada.

    Pergunto se já te amava. Acho que não, era apenas um velho conhecido meu chamado intento. Este sentido que me deixa boquiaberto, que me deixa tonto e nunca me acostumo a ele mesmo que para os outros pareça já tão normal e dizem até faceiros. Faceiros, ora! Posso estar rindo, mas não entendo. As pessoas entendem as coisas de um ponto de vista tão estranho, um grande mistério.


    Capitulo V – A cesta

    Porém mistérios não são todo o mundo. Então que cheguemo-nos a sala, por favor. Parece leitor que já viste esta cena. Eu deitado em seu colo, olhando-a mais de perto com meus longos olhos nela. Ela sentada acariciava levemente meus cabelos com as cortinas tremulantes pelo vento que sussurrava logo atrás do sofá. A televisão desligada lembrava pequenos espelhos mágicos, curvos e que mostravam vagamente duas pessoas e um sofá, nada mais.

    Era domingo. Havíamos almoçado bem, mesmo que ela não tivesse comido lá bem. Achei inicialmente que a comida não lhe agradava, mas deveriam ser seus modos, afinal ela não era uma magra amarela por nada. A conversa caminhava bem, se não porque tínhamos bastante a nos conhecer e peripécias a contar e recontar, tantas vezes quando pudessem ser ditas sem perder o tom alegre.

    Era o ócio, a amizade, a cesta!
    Gostei de escrever estes capitulos. Acho que deixei a suavidade e o tom agradável que desejava, ou assim espero que esteja, não?




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  6. #6
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    Deixou sim (como quase sempre), mas ao mesmo tempo acertou ao afirmar que era uma cena já vista, nada mais. Parte do texto pareceu uma autocrítica bem humorada.

    Um dos grandes problemas com seus vários projetos é que fica difícil distinguir um do outro, pois é sempre com o mesmo protagonista e a mesma dinâmica; às vezes preciso voltar aos primeiros capítulos para lembrar se estamos em Bianca, Ingrid, aquela do Somente-Nada ou se é mais um conto pessimista. Você não quer ou não consegue disfarçar seus próprios pensamentos no texto, para não dizer o próprio nome. Creio que Cabelos Ruivos ganhe o título de mais singular e abrangente (o único que parece tratar de outra coisa que não seja o próprio autor), talvez por isso meu preferido.

    Bem, disso você já sabe...

    Até.
    Última edição por Emanoel; 27-04-2010 às 18:10.



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