Capitulo I - O Viscoso
Edron 1689, o barco alcança a terra onde alguns passageiros desembarcam.
Nota-se uma tripulação estranha ao mesmo tempo famíliar, vestidos de preto com calçados amarelos, os tripulantes cuidam da aparência do barco, e limpam o hall com alguns esfregões e baldes.
Faz frio, na calada da noite.
Caminho lentamente até a escada, cujo os passos me confortam com o barulho do assoalho de madeira.
Estou em terra firme. A cidade não muda, mesmo depois de tanto tempo sem voltar, aqui estou de novo, passando pelos guardas da cidade cujo o olhar é firme e permanente apontando para o castelo.
Vago pelas ruas estreitas da cidade, procurando algum abrigo e comida para saciar a minha fome, e descansar da viagem longa e cansativa.
trajeto eu me recordo do quanto a cidade era grande, e espantosa com os monumentos e grandes muros onde eu costumava subir para observar os arredores da cidades, especilamente os estranhos Gigantes de um olho só que vagavam pelo plano mata a dentro.
Eu estava esgotado, e só queria um canto para me deitar e o minimo para comer.
Me deparo com uma casa que era familiar, marcada com as iniciais C.Shop 1.
Conhecia aquele lugar, onde na minha juventude costumava conversar com o morador, nomeado Zalpni, gentilmente apelidado como Macaicon.
As luzes da casa estavam apagadas, e eu não queria acordar este velho conhecido, que costumava ser conhecido por seu temperamento impulsivo e brigas que sempre causára.
Resolvi por curiosidade me erguer pelas pontas dos pés, até a janela da casa onde saía uma fumaça, sem sucesso em enxergar algo, apesar de sentir um cheiro característico, acompanhado por uma ponta faíscada que estava no fundo da casa, onde uma fumaça nitidamente subia também pela outra janela.
O cheiro me causara tontura, e resolvi seguir o meu caminho.
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Minhas forças ja estavam se esgotando, e precisava obviamente de um lugar para ficar, ou dormiria alí mesmo, no velho banco de madeira a uma quadra de lá, no Central Circle.
Resolvi continuar a caminhada na esperança de encontrar algo para enganar o meu estômago.
Dobrei a rua Central Circle Shop, onde avisto um estranho e ligeiro movimento repetitivo na janela da casa 6, onde na minha juventude morava a pequena Yanilin.
Nitidamente dava para ver que era uma pessoa, seu braço subia e descia de uma forma extraordinarimanete rápida, ele observava algo dentro da casa, e os movimentos e sua respiração ofegante estavam nitidamente expostos.
Me escondi atrás de um poste onde sabia que não estava sendo observado.
Aquela pessoa estava me assustando, eu não entendia o que, e nem o porque ela estava fazendo isso, só sabia que aquela pessoa era aparentemente um homem de estatura mediana, e troncudo.
Em uma explosão ele gritou, e os movimentos que anteriormente eram ligeiros, agora se acomodaram em pulsações lentas e silenciosas.
Aquela pessoa nitidamente não estava bem, resolvi então me aproximar.
Fui me aproximando, e ele em um movimento brusco, ele virou na minha direção aparentemente assustado com a minha presença.
Seu rosto era grande e redondo, estava suado, e seus olhos esbugalhados.
Perguntei a ele o que acontecera, ele então gaguejando me disse "Naa na nada meu caro, eu es..tava exercitando"...
Sem eu entender, eu estendi a mão para cumprimentalo... ele sem pensar, avançou para pegar minha mão, onde instantaneamente eu percebi um liquido viscoso e estranho entre os seus dedos, em que me esquivei ligeiramente.
Fiquei atento e assustado com aquela cena bizarra, então tomei uma distância de 3 passos e perguntei o nome deste estranho homem.
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"Toduro Aleon Bronha, mas meus amigos me chamam apenas de Bronha ou Gordo, e você?" disse ele.
"Paul, mas costumam me chamar de Cabeça de Osso", respondi.
Notei que sua vestimenta era escura e seus sapatos eram amarelos, semelhante ao que os estranhos tripulantes usavam no barco.
Bronha parecia ser boa gente, me ofereceu um pedaço de Bife que estava em seu bolso, em que eu mesmo fiz questão de apanhar, mesmo Cru, eu não pensei em nada, e devorei aquela carne em 5 segundos.
Satisfeito agora eu precisava só de um lugar para passar a noite.
O simpático cidadão me ofereceu um canto para ficar, junto as fruteiras que estavam de frente para casa, em que anteriormente ele espiava e passava por aquela situação inédita aos meus olhos.
Bronha, costumava passar as noites alí, com a justificativa de estar sendo pago para vigiar aquela casa numero 6, dos lobos selvagens que saltavam janela a dentro procurando por comida.
Me deitei ao meio da fruteira, e me cobri com pele de lobo para me proteger da noite fria e promover a mim um pouco mais de conforto, pois o local além de ser explicito, o cheiro também era forte e me lembrava suor.
Bronha durmia a apenas 4 metros de mim, adormeci mesmo assim, pois estava esgotado, e naquela circunstância, o ambiente e o mal cheiro não iria atrapalhar o meu sono.
Amanheceu, com o canto dos pássaros e a meio da luz que vinha de encontro ao meu rosto, eu levantei tranquilamente, satisfeito com a boa noite de sono.
Pensava apenas em vagar por estas velhas terras e reencontrar pessoas importantes pra mim, que civilizavam aqui, na minha infância e juventude.
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Procurei minha mochila onde estáva o restante da mínima econômia que eu guardava para futuras necessidades.
Havía deixado logo abaixo da pequena laranjeira, onde difícilmente alguém iria encontrar, a não ser o Gordo, que havia visto eu esconde-la anteriormente.
Ela havía sumido, e Bronha também.
Alimentado pela raiva, e confuso ao mesmo tempo, eu deduzi e tive daquele instante, a certeza de que Bronha tería me roubado, e isto me fez ter ódio do quanto a cidade de população honesta havia mudado, abrigando vandalos e ladrões nesta nova década.
Minha única vontade era acha-lo e empala-lo com o cajado que eu sempre carrego junto ao meu braço.
Minha sede de vingança começava alí, naquela hora, estava focado em um caminho confuso, e sabia que não iria ser fácil derrotá-lo sozinho sabendo de seus artifícios e ligeiro movimento braçal...
Continua...
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