“... Quadrilha é presa por tentar seqüestrar jogador para roubar seu personagem.” – Site: Alma do Negócio
“...Discussões, desentendimentos e brigas leva organizadores dos encontros de jogo online a excluir capital paulista da agenda” – Notícias dentro deste fórum.
Ultimamente, temos notícias de alguns casos que vem ocorrendo com os internautas de plantão. Casos freqüentes de brigas entre jogadores dos mais conhecidos jogos disponibilizados na internet, levando os mesmos a discussões banais, brigas por ‘furtos’ dentro dos próprios jogos. A questão é: Até que ponto pode levar uma pessoa a agir por algo ‘virtual’?
Dentre os jogos existentes, muitos destes seguem um padrão simples, girando em torno da ‘hierarquia’. Ter poder, ser o mais forte e bravo entre os outros. Possuir as melhores armas, roupas, nível, popularidade. De fato, é como ser alguém reconhecido, mas por trás de uma máscara, onde não é possível saber exatamente quem está por trás da tela.
Hoje em dia, a internet já virou um lazer ‘compacto’ e ilusório. Temos inúmeras diversidades como música, livros, filmes e até mesmo os jogos, levando a pessoa a ter uma “segunda vida”, uma escolha que pode levar-nos a apenas utilizar a agilidade dos dedos e a criatividade para crescer, ser reconhecido e popular. Porém, por ser essa ‘máscara’, temos voz ativa, não medimos palavras nem esforços e ainda assim, fazemos social com amigos e parentes até mais do que uma conversa de rua. Debatemos assuntos variados, rimos, damos conselhos ou até mesmo, ameaçamos quando presenciamos um ocorrido não muito tolerável. Assim, vem acontecendo com alguns jogadores dos chamados MMORPG (Massively multiplayer online role-playing games - Jogo de interpretação online e massiva para múltiplos jogadores) que transformam sua diversão em um ‘trabalho’ de muito empenho, levando discussões fúteis e sem fundamento, conflitos ridículos e ameaças desnecessárias.
Começa gerando um suposto “laço de amizade”, onde em momentos podemos citar que se torna um companheirismo, em outros casos apenas interesse. Em seguida, um dos jogadores tende a querer ficar mais forte que o ‘amigo’ que fez, tendo interesse no que o próprio possui, acabando a trair o colega para obter os mesmos itens dentro do jogo, e assim começa as discussões e ameaças. O sujeito, traído pelo outro, começa a falar desde os momentos vividos até as acusações absurdas, chegando a citar o local onde reside o ‘ladrão’, tentando assim, com essas afirmações, obter o que acabara de perder. Em outros casos, notamos também os “namoros virtuais” dentro do próprio jogo. Jogadores que se conhecem apenas através do jogo e combinam de encontrar-se em algum lugar como shopping, cinema, barzinho. No entanto, através do lazer as pessoas conseguem transformar em algo bom, e também ruim. Já existem casos de namoro duradouro que se iniciou a partir de um bate-papo dentro dos jogos online. Ocorre também de brigas no colégio, em eventos organizados pelos fãs dos jogos. Atritos irrelevantes não conseguindo fazer um sujeito pensar que é algo inútil, se o mesmo compreender que de alguma forma, não existe uma finalidade no que era (ou é) para ser uma diversão momentânea.
Um caso importante em citar é sobre a quadrilha “La Firma”, que seqüestrou um dos grandes jogadores do game ‘Gunbound’, onde diz segundo as fontes que os ladrões iriam vender o personagem por uma boa quantia, tentando obter apenas a senha do sujeito que se negou até mesmo com uma arma na cabeça.
Outros acontecimentos foram às brigas que ocorreu na capital paulista, em 2006, durante um evento organizado pelos apreciadores do jogo Tibia, envolvendo disputa de jogadores e ‘rixas’ dos ‘clãs’ formados dentro do game, sendo motivo para acionar a polícia e até mesmo, a desconsideração e afirmação dos organizadores declarando que não será feito nenhum encontro, devido a esse ocorrido.
É desnecessário levar a sério essa irrealidade, esta ilusão. A internet difere de uma televisão por termos escolhas na forma que utilizamos. Difere de uma conversa com uma turma de amigos, pois podemos ter todos eles, independente de que canto esteja dentro de uma única tela. Mas não é palpável e concreto. Os jogos têm em destaque a hierarquia, mas o sujeito forte dentro de um jogo não é bravo fora dele, mas acredita ser. Acredita ser mesmo, por trás da tela uma pessoa de prestígio, valorizada de alguma forma por citações, por palavras e frases, aumentando seu ego por não ser alguém fora desta segunda vida.
A aceitação de ‘braveza’ dentro do mundo virtual não pode ser tão considerada quanto a nossa vida lá fora. O sucesso deve ser alcançado por um meio concreto, um trabalho digno de reconhecimento onde qualquer esforço aplicado terá seu mérito. Dentro da internet, podemos ser grandes e reconhecidos também de forma amena e reduzida. Podemos trabalhar como “web designer”, como redator de um site, entre outros cargos. Porém, jamais esquecer de que a imagem da natureza como um “protetor de tela” não tem o cheiro de um bosque que está do lado de nossas casas. Devemos lembrar que uma discussão cara a cara é mais interessante e fundamental do que os xingamentos de indignação digitados em um objeto com teclas, e uma imagem projetada em uma tela. Jamais esquecer que os jogos é um divertimento, um lazer que não pode ser absorvido como uma missão em nossas vidas, nos levando desde uma extrema sensação de prazer como um ódio irreconhecível e incontrolável. Nunca ir ao extremo e colocar em mente que algo tão abstrato não pode transformar pessoas em monstros. Enfim, apenas dividir a realidade da ilusão e ter controle de nossos atos.
Qual a sua opinião sobre os jogos online? Como você absorve o seu divertimento? Dê a sua opinião.
Hugo Cesar
10/12/2007
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