Curtir Curtir:  0
Resultados 1 a 8 de 8

Tópico: The Old Road

  1. #1
    Avatar de Steve B
    Registro
    19-05-2007
    Localização
    Maravilhosa
    Idade
    32
    Posts
    1.727
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão The Old Road

    Bah...

    Espero que gostem.


    Capítulo I

    O jovem, de média estatura, estava inquieto. Completamente inquieto. Andava de um lado para o outro às margens do rio, desajeitando seus cabelos franzinos e rebeldes hora ou outra, como forma de mostrar ainda mais sua inquietude. O deserto ao seu redor estava, com perdão do trocadilho, completamente deserto; não se via nenhuma alma viva habitando as intermináveis dunas de areia. E isso o deixava bastante inquieto.

    Passou algum tempo, e nem mesmo o garoto seria capaz de determiná-lo. Talvez duas horas, talvez dois dias... Enfim, cansado de andar de um lado para outro, ele sentou-se na areia, tirou duas pedras do bolso de seu paletó, e começou a esfregá-las uma na outra. Embora estivesse usando um paletó, sua vestimenta não era das mais atuais. Embaixo do mesmo, usava uma blusa social listrada, azul e vermelha, bastante caipira; e na parte de baixo, uma calça jeans rasgada. No pé, um all star preto muito desgastado.

    Um pouco depois de começar a esfregar as tais pedras, o jovem sentiu que havia mais alguém no deserto. Olhou para trás, e viu. Um esquilo. De paletó.

    - Você demorou – disse o garoto, se levantando e guardando as pedras.

    - E por que não demoraria? Estava com pressa? – retrucou o esquilo, dando alguns passos e assim se aproximando dele.

    - Não exatamente... Mas não é muito confortável esperar alguém em um deserto como esse. Se não fosse por esse rio...

    - Que rio?

    - Esse – e apontou para sua frente.

    - Olha, rapaz, receio te magoar, mas não tem rio nenhum aqui.

    - Não...?

    - Eu falo grego por acaso?

    - Você bem que poderia tentar ser mais receptivo... - disse o garoto, sem dar muita atenção ao comentário do animal a sua frente.

    - E você, menos irônico... Ok, mudemos de assunto. Por que diabos você está aqui?

    - Não sei – e então o jovem desajeitou seu cabelo mais uma vez – Espero que você saiba me responder.

    - Eu? Há, filho, olha pra minha cara. – o esquilo ficou encarando o jovem - Vê se eu tenho cara de quem sabe da vida de um reles humano.

    - Bem, não importa. Eu quero sair daqui, o mais rápido possível.

    - Esse problema não é muito difícil de se resolver... – o esquilo se sentou na areia, pensativo – Mas, de qualquer maneira, eu só te tiro daqui se tu me contar o que fez – disse, finalmente.

    - Roubei...

    - Roubou o que? – perguntou ele, em um tom intimidador.

    - Isso. – e então tirou as duas pedras do bolso do paletó – Eu não faço idéia do que seja, e não esperava ser mandado para cá.

    - Pois continuará sem fazer idéia... – e pegou, bruscamente, as pedras da mão do garoto – Fique bem longe do museu...

    - Desculpe, eu realmente...

    - Trabalhos comunitários – interrompeu o esquilo.

    - O que?! – perguntou, assustado.

    - Isso mesmo que você ouviu. – o esquilo ficou em uma posição bem em frente ao garoto, encarando-o, de baixo para cima. Mas, ao invés de parecer ainda mais baixo, o esquilo parecia ter crescido bastante, e estava ficando maior do que garoto. Este, por sua vez, se assustou, e deu dois passos para trás.

    - Capiche? – disse a grande fera, finalmente. Sua sombra cobria completamente o pequeno garoto, que suava de medo.

    - S... Sim.

    - Quer um charuto? – perguntou o esquilo, que, bruscamente, havia se tornado pequeno novamente. Não parecia mais aquele imponente ser, mas sim um carismático personagem de livro infantil, retirando um charuto do bolso do paletó.

    - Hmm... Não, brigado... Quando eu começo?

    - Hoje. – respondeu o animalzinho, dando uma baforada de fumaça.

    - E aonde...?

    - Na vila de... Hmm... Croghan – e soltou outra baforada – A propósito, qual o seu nome?

    - Dan... Dan Harley.

    - Dan, prazer. E bem vindo a Croghan!

    O jovem olhou ao seu redor, incrédulo. O antes tão vasto deserto se transformara agora em uma vila. Na sua entrada, havia um pequeno aglomerado de casas rústicas de madeira, cercadas por inúmeras árvores, e uma linda vegetação. Mais a norte, havia uma grande ladeira de barro, cujo destino não podia ser visto daquela distância.

    - Você tem trabalho a fazer. – disse o esquilo, estendendo-lhe um esfregão. Somente agora Dan olhara para o chão... Estava coberto de pássaros, todos mortos.

    - Você só pode estar de brinc... – protestou Dan, em um mesclado de temor e insatisfação, mas já não havia ninguém lá.

    Olhou para o céu, e viu o Sol se pondo, vagarosamente, ao som do farfalhar das árvores. Pensou em resmungar algo para si mesmo, mas não conseguia. Aquele cheiro o deixava com náuseas, e a sensação de que era a única pessoa naquela vila não era das melhores.

    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online
    Última edição por Steve B; 28-11-2007 às 20:12.

  2. #2

    Registro
    02-05-2007
    Localização
    Goiania
    Idade
    32
    Posts
    7
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    WOW :eek:, pelo primeiro capítulo ta muito show, envolvente
    a história e parece q contém muitos mistérios, parabéns
    e esperando pelo próximo capítulo

  3. #3
    Avatar de Pernalonga
    Registro
    21-09-2004
    Posts
    1.439
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Que... surreal
    ahuahuahuahuhuha

    Não tem muito a dizer e, se tiver algo a corrigir, que outro faça =x... Vo continuar lendo pra ver o destino dessa viajem toda.

    Tenta não demorar pro prox cap :o

  4. #4

    Registro
    04-05-2006
    Posts
    420
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Bem, eu não vou precisar te falar que não deu pra imaginar o ambiente, e corrigir alguma coisa nesse sentido, certo? Imagino que você saiba o que fazer para arrumar isso. (Quase deu pra visualizar o ambiente do final, mas o deserto nem isto.)

    Então vou dizer outras coisas (não me leve a mal, apenas não estou muito disposto a escrever sobre o assunto citado acima.):

    Olha, ficou bom o capítulo em matéria de diversão. Como eu imagino que você esteja interessado em torná-lo ainda mais divertido, vou te dar algumas dicas sobre aproveitar situações para torná-las ainda mais inusitadas. - O que eu quero dizer com isso?

    -Que, em primeiro lugar, o esquilo não tem jeito de esquilo. E você me diz: "Claro que não! Ele até usa paletó... Eu justamente queria fazer um esquilo que não parece... um esquilo. Até fumar o bicho fuma...”.

    Ah, certo. Ok. Mas me diga uma coisa... Você está valorizando muito o inusitado na sua obra, certo? A loucura, o sem sentido. E o que é ainda mais sem sentido que um esquilo que usa paletó e fuma charutos?

    Um esquilo que, mesmo usando paletó e fumando charutos, ainda tem remanescentes de esquilo. Entende? Imagine o seu personagem roedor, com seu modo de agir. Agora imagine o mesmo personagem, com a diferença que, ao falar de um jeito mais severo, acabasse cuspindo sem querer no menino umas migalhas de noz que estavam na sua boca. Para finalizar, ainda falaria alguma coisa como "Ah, perdão. São essas malditas nozes, não consigo me livrar desse vício..." (sim, usei o estereótipo da noz e o esquilo. mas entenda que não precisa ser necessariamente isso, basta que o personagem faça alguma coisa que o identifique como o animal que ele finge não ser.)

    Ou seja, se pretende ser inusitado, procure criar todas as situações estranhas que puder (ou, pelo menos, as que forem mais convenientes). Use a natureza dos teus personagens e do cenário a teu favor. Se o animal "humanizado" é um esquilo, explore a sua natureza para que ele se contradiga ainda mais...

    Outro caso em que tu não explorou o que tinha em mãos... A cena final. Se o chão estava coberto de pássaros, você poderia ter tomado alguns rumos na descrição, de acordo com o tipo de ambiente que tu quer criar. Por exemplo:
    Se tu quisesse fazer o menino ficar ainda mais desapontado em ter que limpar, que cobrisse o chão ou as casas com cocô de pássaro também, ou penas, por que não? Se a intenção fosse fazer a cena ser mais bizarra ou mais terrível, que fizesse com que alguns pássaros não estivessem totalmente mortos, que o garoto visse asas se movendo, ou sons das aves agonizantes. Dependendo da intensidade do "terrível/bizarro" que você desejasse, até poderia descrever a maneira como eles aparentemente haviam morrido, descrevendo vísceras, sangue, etc.

    Se a situação fosse cômica, um último pássaro retardatário poderia ter caído morto ao lado do garoto, assustando-o e soltando penas no chão...

    Está vendo como tu não usou todas as cartas que tinha na manga? Use-as. Ou não. Isso que eu falei não é bem uma crítica, mas uma "dica" meio canalha, pois é um pouco de imposição do meu jeito de ver as possibilidades de escrita - na sua história.

    Sendo assim, achar que o que eu falei é besteira ou não, depende de você. (eu não acho, e por isso acabei ficando com uma sensação de "desperdício" de oportunidades ao ler o teu texto)


    Próximo Capítulo?



    A.E. Melgraon I

  5. #5
    Avatar de Steve B
    Registro
    19-05-2007
    Localização
    Maravilhosa
    Idade
    32
    Posts
    1.727
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Citação Postado originalmente por Melgraon I Ver Post
    Bem, eu não vou precisar te falar que não deu pra imaginar o ambiente, e corrigir alguma coisa nesse sentido, certo? Imagino que você saiba o que fazer para arrumar isso. (Quase deu pra visualizar o ambiente do final, mas o deserto nem isto.)

    Então vou dizer outras coisas (não me leve a mal, apenas não estou muito disposto a escrever sobre o assunto citado acima.):

    Olha, ficou bom o capítulo em matéria de diversão. Como eu imagino que você esteja interessado em torná-lo ainda mais divertido, vou te dar algumas dicas sobre aproveitar situações para torná-las ainda mais inusitadas. - O que eu quero dizer com isso?

    -Que, em primeiro lugar, o esquilo não tem jeito de esquilo. E você me diz: "Claro que não! Ele até usa paletó... Eu justamente queria fazer um esquilo que não parece... um esquilo. Até fumar o bicho fuma...”.

    Ah, certo. Ok. Mas me diga uma coisa... Você está valorizando muito o inusitado na sua obra, certo? A loucura, o sem sentido. E o que é ainda mais sem sentido que um esquilo que usa paletó e fuma charutos?

    Um esquilo que, mesmo usando paletó e fumando charutos, ainda tem remanescentes de esquilo. Entende? Imagine o seu personagem roedor, com seu modo de agir. Agora imagine o mesmo personagem, com a diferença que, ao falar de um jeito mais severo, acabasse cuspindo sem querer no menino umas migalhas de noz que estavam na sua boca. Para finalizar, ainda falaria alguma coisa como "Ah, perdão. São essas malditas nozes, não consigo me livrar desse vício..." (sim, usei o estereótipo da noz e o esquilo. mas entenda que não precisa ser necessariamente isso, basta que o personagem faça alguma coisa que o identifique como o animal que ele finge não ser.)

    Ou seja, se pretende ser inusitado, procure criar todas as situações estranhas que puder (ou, pelo menos, as que forem mais convenientes). Use a natureza dos teus personagens e do cenário a teu favor. Se o animal "humanizado" é um esquilo, explore a sua natureza para que ele se contradiga ainda mais...

    Outro caso em que tu não explorou o que tinha em mãos... A cena final. Se o chão estava coberto de pássaros, você poderia ter tomado alguns rumos na descrição, de acordo com o tipo de ambiente que tu quer criar. Por exemplo:
    Se tu quisesse fazer o menino ficar ainda mais desapontado em ter que limpar, que cobrisse o chão ou as casas com cocô de pássaro também, ou penas, por que não? Se a intenção fosse fazer a cena ser mais bizarra ou mais terrível, que fizesse com que alguns pássaros não estivessem totalmente mortos, que o garoto visse asas se movendo, ou sons das aves agonizantes. Dependendo da intensidade do "terrível/bizarro" que você desejasse, até poderia descrever a maneira como eles aparentemente haviam morrido, descrevendo vísceras, sangue, etc.

    Se a situação fosse cômica, um último pássaro retardatário poderia ter caído morto ao lado do garoto, assustando-o e soltando penas no chão...

    Está vendo como tu não usou todas as cartas que tinha na manga? Use-as. Ou não. Isso que eu falei não é bem uma crítica, mas uma "dica" meio canalha, pois é um pouco de imposição do meu jeito de ver as possibilidades de escrita - na sua história.

    Sendo assim, achar que o que eu falei é besteira ou não, depende de você. (eu não acho, e por isso acabei ficando com uma sensação de "desperdício" de oportunidades ao ler o teu texto)


    Próximo Capítulo?



    A.E. Melgraon I

    Aha, as críticas sempre bem construtivas do Melgra.

    Bem, vamos começar. Eu não descrevi muito bem o deserto, isso é verdade. Mas, o ambiente que eu imaginei, não era muito diferente da primeira imagem de deserto que uma pessoa tem quando lê a palavra "deserto". Não tinha nada demais, e era um simples deserto, cheio de areia. Mas, vou especificar melhor sim.

    Em relação ao esquilo... Eu também não gostei do fato de ele ser um esquilo. Eu descrevi ele como sendo um esquilo, mas realmente não mudaria nada se ele fosse um coelho, uma marmota, ou um coala.

    Pensei seriamente em mudar de "esquilo", para "gnomo". Talvez ficasse mais original. Porém, pensei melhor, e vi que esquilo seria o mais adequado entre os dois. Continuei pensando nessa questão, mesmo depois de ter escrito o capítulo, mas não achei nada melhor.

    Cheguei até mesmo a pensar em um Gremlin, mas ele já faz parte de outro universo e tal.

    Talvez eu mude esse esquilo para outro "ser". Se eu o fizer, aviso, porém provavelmente não mudará nada na narrativa desse primeiro capítulo.



    Em relação às situações perdidas... Realmente.
    Não vou muda-las, pois senão o texto não ficaria completamente com a minha cara, mas vou pensar bem mais antes de postar o capítulo II.

    Valeu mesmo pelas suas críticas!


    E valeu também pelos elogios. O próximo capítulo não tem previsão, mas não deve demorar muito.




    Publicidade:


    Jogue Tibia sem mensalidades!
    Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
    https://taleon.online

  6. #6
    Avatar de Emanoel
    Registro
    04-06-2006
    Posts
    6.851
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Achei interessante, apesar de não fazer muito o meu estilo. Espero que a história se desenvolva, e que não seja apenas um amontoado de situações sem sentido.

    Estou botando fé em um enredo divertido e original. Vê se não demora em postar o próximo capítulo, hein? Boa sorte e não desiste.

  7. #7
    Avatar de Wk~
    Registro
    21-07-2006
    Posts
    1.477
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Post

    Eu gostei, principalmente do dinamismo da falas. Me lembrou, e não estou dizendo que parece, desenhos como "Alice no país das Maravilhas" e também "O Gato Félix".

    Eu tenho uma obra sendo escrita (paralela à Algoz dos Mortos - a qual eu não desisti), que retrata uma cena logo no começo com pássaros mortos no chão. Bom, caso eu venha colocá-la no fórum eu mudo para outra forma de vida, para evitar comentários infelizes.

    Enfim, espero a continuação. Não tenho nada a acrescentar além do já falado.

    Abraços.
    _/_/_/_/_/_/_/_/_/

    Roleplaying: Senhores Bíblicos
    Life thread: Um caminho para o Céu


    Clique Aqui e conheça a Langobardis.
    Roleplay em Neptera!

  8. #8
    Avatar de Drasty
    Registro
    06-08-2005
    Localização
    Rio De Janeiro
    Idade
    33
    Posts
    1.104
    Conquistas / PrêmiosAtividadeCurtidas / Tagging InfoPersonagem - TibiaPersonagem - TibiaME
    Peso da Avaliação
    0

    Padrão

    Concordo com o Wakka, lembrou bastante Alice no país das Maravilhas.

    No mais, achei bem interessante, me prendeu do ínicio ao fim. A única dica que tenho pra te dar é questão dos adjetivos. Além ficarem bem repetitivos no começo, não deram essa sugestão de surreal. Talvez você deve usar algo mais apelativo e sugestivo, como adjetivos bem forçados como: Enorme, Gigantástico (coisas até que não existem) e fantabuloso.

    Boa sorte, esperando o próximo.



Permissões de Postagem

  • Você não pode iniciar novos tópicos
  • Você não pode enviar respostas
  • Você não pode enviar anexos
  • Você não pode editar suas mensagens
  •