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Tópico: Relatos De Um Sombrio Dia De Inverno

  1. #1
    Avatar de Steve B
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    Padrão Relatos De Um Sombrio Dia De Inverno

    É, eu ando meio parado na escrita. Depois de perceber que nunca consigo continuar uma história, embore eu consiga formar um bom "roteiro base" (mais ou menos o caso do Wakka...), eu fui ler mais. Mas, é claro que saiu uma histórinha ou outra.

    Quando eu fui reler essa história pela décima vez, antes de postar aqui, reparei de sua semelhança narrativa com O Diário De Um Noob. Talvez meu inconsciente estivesse pensando nela, mas essa definitivamente não era a intenção.

    É um só um continho 4fun, espero que gostem.


    Relatos De Um Sombrio Dia De Inverno


    Estava lá eu. Enchendo meus pulmões. Buscando coragem dos lugares mais inimagináveis (ui). Até meus longos cinco anos de vivência, nunca havia tido uma experiência tão excitante. Ela na minha frente, tirando vagarosamente sua roupa.

    - Pode terminar o dever, Joãozinho! – disse ela, ao tirar finalmente o casaco, deixando seu braço gordo e irregular à mostra. Eu não fazia idéia do nome dos “pneusinhos” do braço, mas os achava bastante sexy.

    - Erm.. Fessora... – disse eu, em uma inútil tentativa de declarar o que eu realmente sentia.

    - O que, Joãozinho? – ela perguntou, movendo seus lábios de maneira cativante.

    - Nada não... – respondi. Aquele ainda não era o momento. Eu sentia que não era. Precisava adquirir mais auto-estima, até o final da aula.

    “AH, vai Joãozinho, pode chupar, toma” “Ah, fessora, valeu... Que gosto bom... Nossa! Posso chupar outra vez?” “Ah, pode sim, Joãozinho. Pode chupar quantas você quiser!”

    - Joãozinho! Acorda menino! – meu momento de prazer durou pouco, fui logo acordado. Porém, agora eu estava mais confiante. Não sei se necessariamente por causa do sonho com a bala de menta. Talvez fosse.

    - Professora, tenho algo para te dizer. – falei, todo animado.

    - Que foi...? – ela silabou para si mesma, mas não teve a oportunidade de dizer. Fora interrompida por um apagador que caiu bruscamente ao chão. Aquilo não era bom. Cheirava a mau presságio. – Que foi, Joãozinho? – ela disse, finalmente.

    - Não, nada não. – Eu continuei olhando para minha folha de exercícios, compenetrado. Será que eu realmente devia falar? Estava me dando vontade de fazer cocô, para completar. Aquele ainda não era o momento.

    - Fessora, posso ir no banheiro fazer cocô?

    - Pode, Joãozinho, pode. – ela parecia estar corrigindo provas, porém, quando passei por sua mesa, posso jurar que vi uma revista de homem pelado. Afinal, o que aquela professora pretendia com aquilo? Já estava decidido a contar aos meus pais.

    Chegando ao banheiro, algo não cheirava bem. Fui rapidamente para uma cabine , me sentei, e comecei a cagar. As mensagens desenhadas nas portas das cabines me assustavam. Algumas falavam de mortes. Mas, a maioria, falava de pessoas que foram comidas por outras. Naquele colégio, as pessoas deviam ser todas canibais sem escrúpulos. Voltei então a pensar na professora. Como eu poderia lhe dizer o que sinto? Pensei em uma infinidade de possibilidades, e, quando me dei conta, o tempo já havia passado. Quarenta minutos desde que entrei naquele recinto, para ser mais preciso.

    Não me limpei direito, apenas levantei as calças e fui embora daquele maldito lugar. Caminhei calmamente pelos longos corredores que levavam à minha sala. Passei por várias portas. Podia jurar ouvir pessoas gemendo de dentro delas. Em uma das vezes, minha curiosidade falou mais alto e eu adentrei uma daquelas portas. Quem quer que estivesse sendo maltratado, eu não poderia deixar aquilo acontecer.

    - Vai embora, porra! – disse um homem, assim que entrei. Não posso negar, me caguei (novamente) de medo. Acho que o vi pelado, sobre uma mulher. Devia ser a forma com que faziam sacrifícios humanos. Não me arrisquei nem mais um segundo ali, saí rapidamente e corri para minha sala, passando pelos terríveis gemidos.

    - Que foi que aconteceu, Joãozinho? – perguntou Ela, ao me ver entrar na sala daquele jeito. Eu estava suado, pingando, tremendo “as pampas”, como diria a minha avó. Olhei para seu rosto sedutor. Aquelas rugas não me enganavam. Estava começando a suspeitar de seu envolvimento com os sacrifícios.

    - Professora, você terá de ser sincera comigo agora! – exclamei, inflado de coragem e justiça.

    - Nossa... Que foi, Joãozinho? – ela perguntou, tirando seus profundos óculos de grau e os colocando em cima da mesa.

    - Até que ponto você está envolvida com os sacrifícios?!

    - An...? Olha, Joãozinho, não sei do que você está falando...

    - Não se faça de sonsa! Sabe muito bem! Os gemidos... as salas...

    - Você está falando... “Daquilo”?

    - Sim! Isso mesmo professora!

    - Bem, Joãozinho, isso é o que nós adultos fazemos...

    - Essa desculpa não cola... Antes eu te amava! Mas não amo mais! Vou contar tudo pros meus pais! – saí correndo dali. Era tudo uma grande conspiração, e, naquele momento, eu só queria poder confiar em alguém. Pensei em meus pais, mas estava começando a desconfiar que eles também realizavam tais sacrifícios... Corri para o mais longe que pude, chorando. Tranquei-me no banheiro. Fiquei lá por mais ou menos cinco minutos, quando comecei a ouvir gemidos vindos de lá também.

    “Mas até aqui!?”

    Arrombei a porta, e me deparei com a imagem mais decepcionante de minha vida. Meus pais. Ali. Fazendo. Sacrifícios.

    - Até tu, mãe! – exclamei, bravamente, antes de voltar à correria. Dirigi-me à entrada do colégio, dei um chutão na porta e fui para a rua, em busca de esperança. Aos gritos e choros, cheguei na esquina, e para minha surpresa, vi mais pessoas realizando rituais. Dessa vez eu nem pensei, me virei bruscamente para o outro lado. Porém, vi a mesma coisa. De repente, o mundo todo realizava sacrifícios, ao mesmo tempo, quase que sincronizadamente. Me ajoelhei no meio da rua e gritei bastante alto. Para minha surpresa, o grito funcionou. Todos interromperam o ritual e olharam para mim. Olharam com uma cara sedenta. Bastante sedenta.

    Já estava na cara, eu seria a próxima vítima.

    Eles me cercaram. Eu tentei correr, mas não pude. Pouco a pouco, eu estava sendo sufocado por todas aquelas pessoas. Meus pais, a professora, o homem que antes havia gritado comigo, e mais milhares delas, peladas. Sedentas. Rasgaram minhas roupas, começavam a passar a mão em mim... Gritei o mais forte que pude, mas fui sufocado novamente.

    “NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!”



    Eu acordei, ofegante. Fora tudo aquilo apenas um sonho? Será mesmo? Era muito real... Olhei o relógio. Duas e sete da manhã. Eu não ia passar o resto de minha noite dormindo ali, sozinho, com medo. Peguei Teddy, meu urso de pelúcia, e levantei-me da cama a passos suaves, incertos. Abri calmamente a porta, e me dirigi ao quarto dos meus pais. Ao chegar lá, o mundo desabou. Larguei Teddy, e ele caiu no chão, quase que sem fazer barulho.

    De uma hora para outra, o meu pesadelo havia se tornado realidade. Meus pais estavam realizando um tremendo de um sacrifício. Naquele momento, eu gelei. Meu pai falou algo como “O que faz acordado a essa hora, filhinho?”. Mas eu nem ao menos prestei atenção. Até hoje, com meus bem vividos sessenta anos, faço terapias psiquiátricas periodicamente. Eu nunca me esquecerei daquele dia. Para vocês que estão lendo, eu desejo sorte em suas vidas. Que não tenham o mesmo destino que eu... Espera aí... Eu ouço gemidos... Preciso me despedir, antes que seja tarde!

    Fim.




    Bem, espero que não haja nenhum tipo de censura quanto a isso, muito menos que o considerem como apologia a pedofilia. o.O


    Abraços!

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  2. #2
    Avatar de Emanoel
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    O texto tem um ar de crônica humorística... Talvez se fosse menos detalhado e um pouco mais curto...

    Eu esperava algo totalmente diferente, depois que li o título. Me preparei para ler algum conto de suspense, terror, por aí. Não faz muito meu estilo, mas achei divertido.

  3. #3
    Avatar de LionBelmolth
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    Cara, eu tive nojo da parte da descrição da professora, da cara enrugada...argg :eek:

    Mais...tirando isso, fico muito legal, parecendo conto erótico..o que eu gosto muito de ler ^^
    Parabéns !
    =D

  4. #4
    Avatar de Pyroslayer
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    xD
    féééra
    faz mais histórias
    gostei
    ^^
    Char: Pyroslayer

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    Skills: 59/48 :sprite10:

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  5. #5

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    Opa... Eu tinha lido essa história há um bom tempo, só que se não me engano foi de madrugada, então deixei pra postar outra hora... E esqueci.


    Certo, esse conto ficou interessante. É bom variar de vez em quando, e fazer contos assim é ótimo pra ampliar um pouco os seus próprios limites, sair daquela sina de ficar em função de uma história só, com um grupo limitado de personagens, entende?

    Então, escrevendo um textinho pequeno como esse, mas usando um personagem que não tem nada a ver com os que tu está dando a principal atenção no momento, e ainda mais em uma situação exótica como essa que tu criou... É um ótimo exercício, te permite ser mais dinâmico.


    Eu só vejo alguns problemas sobre esse conto:

    O primeiro, que não é exatamente um problema, é que, como você deve ter notado nos comentários anteriores, dependendo do leitor, se ele tiver uma mente mais "suja", vai encarar esse texto como um semi-erótico, quando na verdade não é. Eu, pelo menos, se fosse resumir a história a um tema, seria a loucura, o devaneio. Porém, provavelmente uma outra pessoa veria o tema como sendo o sexo, ou alguma coisa com conotação sexual. E isso é resultado das brincadeiras no meio do texto, onde tu finge que as próximas linhas tratarão de alguma coisa sexual.
    O que eu quero dizer não é que isso seja ruim, apenas tenha em mente que coisas assim podem tirar a atenção de certos leitores da história em si. Veja, por exemplo, que ninguém até agora comentou sobre o final, na minha opinião a parte mais importante e intrigante da história.

    Outro problema é que dificilmente uma criança teria o vocabulário que o homem descreve como tendo usado na sua infância. Ok, eu entendo que era um adulto lembrando de quando era menor, e ele certamente tem um vocabulário mais elaborado. Porém, desde o início do texto as lembranças sugerem que estão sendo totalmente fiéis aos fatos, mostrando o que o menino disse e pensou.
    Portanto, tu deveria ter usado um vocabulário mais simples. Observar um primo, um irmão menor ou algum outro parente com idade parecida com o seu personagem teria ajudado. Não é difícil fazer uma criança falar. Basta puxar um assunto relacionado com algum esporte, jogo de videogame ou programa de tv - E isso teria enriquecido o teu texto.

    Só para deixar mais claro, dou exemplos de palavras ou expressões que o garoto falou ou pensou, e que não condizem com a sua idade:
    ("Até que ponto você está envolvida...", "...você terá de ser sincera...", "auto-estima")

    Viu como ficou estranho? O garoto não fala como criança, nem pré-adolescente. Essas são expressões de uso de adultos ou adolescentes em transição. No máximo, poderia sair da boca de um adolescente que lê bastante, mas não de uma pessoa tão jovem.



    Próxima História?


    A.E. Melgraon I




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  6. #6
    Avatar de Undead Dragon
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    Pelo nome eu realmente esperava algo do tipo terror/suspense e me deparo com um conto humorístico :yelrotflm. Achei interessante...posso jurar que se eu mostrar esse texto para algumas pessoas muitas vão pensar o que não devem na parte da bala ._.' . O final me lembra muitas séries onde o filho acaba ouvindo algo no quarto dos pais e coisas afins :x. Muito boa 8)
    Última edição por Undead Dragon; 15-11-2007 às 17:53.

  7. #7
    Avatar de Pernalonga
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    Coitado, ficou traumatizado.
    =x
    ahuahuahuahua

    Bem legal cara! Diferente. xDD

  8. #8
    Avatar de Steve B
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    Bem, eu estava meio (ok, completamente) afastado dessa sessão, e só agora que pude ver os últimos comentários.


    Melgraon I, valeu mesmo pelas dicas, o problema sobre o vocabulário da criança eu tinha mesmo deixado passar batido; nem reparei.

    Eu começei a ler, na casa de um amigo, o livro O Apanhador no Campo de Centeio, ou alguma coisa assim. A narração é de um pré-adolescente, e eu reparei mesmo que o autor usa um vocabulário menos complexo propositalmente. Aliás, é uma leitura agradável, recomendo.


    Já o primeiro "problema" que você citou... Bem, a história foi saindo conforme eu fui escrevendo. Enquanto eu escrevia o primeiro parágrafo, por exemplo, eu achava que a história fosse tomar outro rumo... Mas aí vieram idéias mais apropriadas, que "limparam" a minha mente, e a história ficou desse jeito aí mesmo, completamente diferente do que eu havia imaginado inicialmente.



    Valeu aí todo mundo pelos elogios e críticas!



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