Se você realmente quiser entrar nessa discussão de saneamento: quem ajeitou a economia (e as empresas públicas) do desastre Dilma 1 + e, principalmente, Dilma 2 (que, incrivelmente, foi populista, culpou a imprensa, tentou baixar preço na canetada, segurou preços, dentre inúmeros outras atitudes deletérias para a economia, que o governo bolsonaro repetiu!) foi o governo Temer.
O governo bolsonaro pegou um país com uma inflação controlada, com os juros selic caindo constantemente (saíram de 14,25% para 6,5%), emprego crescendo (ainda com dificuldade em ser formalizado e apresentar ganho real ao trabalhador), câmbio controlado, regras fiscais balizando as expectativas do mercado (mesmo com n problemas do teto de gastos, que jamais foi respeitado no governo bolsonaro e não será, pelo visto, no governo lula também).
Desculpa, mas você jogar números aleatórios aqui e dizer que com isso prova que eu fui manipulado (ou manipulador), não me convence nada. O desastre petista nas empresas públicas foi corrigido (de novo) no governo Temer. Lei das Estatais, Paridade de Preço da Petrobrás, etc... permitiram essas empresas a controlar suas contas e começar um "turnaround". Mostrar o ebtida e lucro da Petrobrás em anos que, por conta da pandemia + guerra o preço da energia (logo petróleo) subiu e todas as empresas desse ramo tiveram um boom (boom das commodities, também teve no lula).... Enfim, é preciso saber de contabilidade de empresa, assunto que a gente pode entrar aqui sem problemas.
O que eu falei (e parece que você não respondeu) foi o uso indevido do CAIXA das empresas públicas para financiar a União, principalmente ao ano eleitoral (
https://valor.globo.com/politica/not...videndos.ghtml ). Nesse ano, a União, além de pressionar as empresas públicas para o aumento do repasse de dividendos (independente da necessidade de caixa das mesmas, principalmente BNDS, Petrobrás, BB e Caixa), decidiu-se por "dividendos retroativos" aos anos de 2019,2020, 2021. Tudo para tentar financiar (ilegalmente, contra as leis eleitorais) as aventuras reeleitoreiras do sr. Bolsonaro (que mesmo assim, não conseguiu se reeleger). E, como, mesmo com todas as manobras para gerar caixa, foi tanto gasto desenfreado, a União está sem dinheiro até o fim do ano, fazendo contingenciamento em farmácia popular, no repasse à educação, saúde, seguridade social e até setores da segurança pública. Olha que nem falei do uso das empresas (principalmente a Caixa) com óbvios motivos eleitorais, como aumento de concessão de crédito de forma irresponsável a 20 dias da eleição, dentre outros.
Quanto ao desemprego: eu disse que estava caindo, mas que seria insustentável, principalmente porque o ano de 2022, para maquiar as contas e a situação no país (e tentar se reeleger) o governo adotou uma série de medidas (PEC Precatório, PEC Kamikaze, etc..), que de forma irresponsável, estourou o futuro da economia. Vôo de galinha (muito característico do Brasil e de governos populistas). Os juros e o câmbio não deixam mentir. O PIB já está desacelerando (mais rápido que previsto) e a inflação já está subindo de novo (
https://www1.folha.uol.com.br/mercad...o-brasil.shtml ). No começo de 2022 estávamos com inflação a dois dígitos, desemprego a dois dígitos e juros a dois dígitos (igual argentina e turquia, dois ótimos exemplos de gestão). Emprego precário é um argumento real e usado por qualquer economista ou gestor público. Emprego informal e precário é melhor que nada, mas subtiliza a mão de obra e diminui a produtividade média. Onde eu falei que a diminuição do desemprego é ruim? E que eu preferiria pessoas desempregadas? Criação de espantalho...
Compartilhar propaganda do governo como argumento... Parece que tenho de explicar o B-A-BA: Arrecadação com inflação alta (chegando a dois digitos) e arrocho salarial (com desvalorização de mais de 25% nos salários públicos) GERA superávit. É mais uma forma, e talvez a mais perversa, do governo tungar os cidadãos. É insustentável. A não ser que você ache que não haverá reposição salarial, e que todo servidor vai aceitar ter seu poder de compra reduzido em quase um terço e ficar de braços cruzados. Ou vão fazer greve, ou vão simplesmente sair (e o Estado ficará incapaz de prover serviços, como inclusive já esta acontecendo devido ao orçamento falacioso). Cortar impostos a canetada, sem previsão de impacto e recomposição de receitas, é inconstitucional e causa graves problemas. Nem vou falar aqui do pacto federativo rompido, com a União decidindo sem consultar ninguém e sem negociar, os impostos estaduais (causando problemas na arrecadação em outras esferas). Pelo que lembro, o mote era Mais Brasil e Menos Brasília, mas parece que foi só estelionato eleitoral mesmo assim como o aumento da isenção até 5k no Imposto de Renda, o fim da reeleição, a indicação de ministros e quadros "técnicos" (Ciro Nogueira muito técnico! Assim como Pazuello, o ministro do meio ambiente que está envolvido em esquema de madeireira ilegal e o ministro pastor das barras de ouro. Fora todos os militares que assumiram cargos nas empresas públicas para engordar o salário
https://www1.folha.uol.com.br/mercad...-260-mil.shtml ).
Agora, sinceramente, vou parar de comentar sobre o Bolsonaro.. a partir de agora é só criticar o próximo governo. Inclusive porque o atual tomou um chá de sumiço e já entrou de férias (assim como o seu filho que está no Quatar assistindo jogo, "batendo ponto", ganhando o salário e mil penduricalhos, enquanto a gente tem de continuar trabalhando). Abraços!