
Postado originalmente por
GrYllO
Como eu sempre digo (e as Escrituras também):
"Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." - Tiago 1:19
Vocês vivem cravando opinião sobre os mais diversos aspectos desse governo antes de irem no fundamental: dar tempo ao tempo. Liberais que somos não podemos esperar (mas sim, sonhar) que o país tome consciência da sua força e de que não precisa das rédeas do Estado para se desenvolver da noite pro dia. Período de transição é isso. Além disso, é preciso dar tempo para que as políticas públicas aplicadas gerem frutos. Isso também não vai ocorrer da noite pro dia.
Temos que formar profissionais de humanas por convicção e não por que é, teoricamente, mais fácil adentrar nesses cursos. A universidade não pode ser um fim em si mesma. É necessário sofrer essa mudança cultural, de valorizar cursos técnicos e deixar o mercado fluir, produzindo vagas de conhecimento de acordo com as necessidades de cada região.
Que a busca pela formação seja por afinidade vocacional e não por um mero formalismo imposto artificialmente. Deixa o mercado fluir.
Dar tempo não é dar carta branca, Gryllo. Tem que criticar, tem que questionar, trazer para debate. Por mais que esse governo corresponda mais à sua opinião e te eleve ao
status quo da política, ainda é Estado. Ele não "te representa" melhor do que você mesmo e é totalmente passível de atitudes que vão contra o ideal de liberdade do indivíduo que você diz acreditar. O problema é que, para ver alguns desses erros é preciso se ver do lado de fora mas muita gente, para evitar "ser de esquerda", se esconde no conforto de ser situação.
Se eu sou chato com esse governo, se eu tenho medo do autoritarismo que vejo no Bolsonaro, se eu bato nas burrices e loucuras desse governo é exatamente por ser liberal, não por ser de esquerda ou isento, como já insinuaram ou falaram aqui no tópico. Aliás, é a esquerda que está dando mole se resumindo à críticos de internet. Eles deveriam estar se organizando para tomar o Estado de volta.