"Eu não sou engenheiro."

[Ninja Dragon]

O auto-escalão da USP é nojento, quem conhece sabe. O reitor, os diretores, e tudo o mais. Um monte de politicagem e hipocrisia, ética do povo paulista é o meu ovo.

Curti o texto. Desde que eu entrei no curso eu sempre penso se não vale à pena sair dele. Mas eu não estou nem de longe tão insatisfeito quanto o autor. Eu gosto de algumas matérias de engenharia, eu não sinto necessidade de colar e eu acho que alguma vocação pra engenheiro eu tenho.

Eu vejo problemas no curso e nesse caminho, mas também não existe nenhuma outra carreira com a qual eu me identifique tanto. Por enquanto fico com engenharia.

Mas a estrutura dessa universidade tinha que mudar. Os professores e diretores são movidos pelo ego, e as provas realmente não avaliam muito.

E eletrônica digital é coxa.

Lendo essa frase e vendo meus amigos estudantes de engenharia, fico com medo do que acontece nas universidades. Parece que os estudantes sofrem uma lavagem cerebral que os fazem acreditar que estão no curso mais foda do mundo, são as pessoas mais fodas do mundo, vão ganhar 20k no primeiro estágio e comer todas as menininhas. Esse é o DNA de engenheiro de universidade pública.

Na minha faculdade (USP de Sao Carlos) eu te garanto que isso não acontece, a insatisfação com a universidade é geral. Deve ser coisa da Poli isso.

[Dome Fu]

Claro, nunca que vão admitir que o erro pode estar na poli. Com certeza é falta de persistência desses 30% de alunos que desistem.

Me falaram que se formam 500~ alunos todo ano na POLI, de 750 que entram.
Só ouvi falar, não tenho o dado oficial.
Sem contar que tem muito aluno que está com dependências e que mesmo assim passa em 5 anos.

Desses 30%, deve ter gente que não gostou do curso em si (vai estudar em outra área), gente que realmente não aguentou, seja por conta do ensino, seja por conta da própria pessoa.
Eu não reclamo muito, acho que a POLI é boa, sim. E sim, é difícil, mas isso só ajuda o aluno a crescer.

O estudante politécnico é muito diferente do Sr. Jotagá Crema. Sua
postura ética, lutadora, que procura desafios inovadores, faz parte do
DNA dos que passaram por nossa escola.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Só ouvi dizer, não to falando que é verdade, mas foi o que um veterano uma vez comentou quando eu disse que a POLI faz você praticamente aprender sozinho: as empresas adoram os politécnicos porque eles sabem se virar e serem independentes na hora do aperto.
E eu acho até válido isso, já que muitas vezes você tem que se virar pra aprender uma matéria mais difícil, professores não estão disponíveis o tempo todo etc. Então você acaba pegando um livro, lê, pega exercícios, resolve e vai aprendendo na marra.

Geralmente se esforçam pra passar nas matérias, do jeito que for. E saber resolver seus problemas de forma eficiente é algo que as empresas gostam, principalmente as de consultoria.

E pra quem acha que colando é fácil: tem matéria que dão formulário na prova e mesmo assim a galera vai muito mal, tem matéria que você pode saber todas as fórmulas e mesmo assim não faz os exercícios.
Não sei quão difícil vai ser, mas na minha prova de estatística eu posso levar uma folha A4 escrita frente e verso com o que eu quiser, por exemplo.

P.S.: Se você for responder o post, saiba que:
- Não é a maioria dos politécnicos que colam.
- Sim, existem aulas que são muito ruins, mas também existem aulas MUITO boas.

[Gëik]

Dome Fu, isso pode até ser verdade mas não é via de regra para todas as empresas. Muitas vezes, elas buscam profissionais disciplinados, flexíveis, pró ativos e capazes de se adaptar a diferentes situações. Pensar assim, é ser muito simplista e não é exclusividade da Poli essa é característica. Já participei de um processo seletivo do Itaú e eles avaliam diversos aspectos do candidato, essa capacidade de "se virar" é comum a todos eles, não é decisiva na sua contratação.

[Dome Fu]

Dome Fu, isso pode até ser verdade mas não é via de regra para todas as empresas. Muitas vezes, elas buscam profissionais disciplinados, flexíveis, pró ativos e capazes de se adaptar a diferentes situações. Pensar assim, é ser muito simplista e não é exclusividade da Poli essa é característica. Já participei de um processo seletivo do Itaú e eles avaliam diversos aspectos do candidato, essa capacidade de "se virar" é comum a todos eles, não é decisiva na sua contratação.

Sim, mas tem muita gente que fala mal do ensino achando que isso é 100% prejudicial e acaba tirando potencial do aluno, quando o que pode acontecer é justamente o contrário.

Ter tudo de mão beijada torna a pessoal inflexível, sem iniciativa e sem capacidade de se adaptar ao problema.

Por isso que talvez preferisse estar numa faculdade com nome e com aulas mais ou menos do que estar numa faculdade onde tudo é mastigadinho pra você.

[Esponjudo]

Me falaram que se formam 500~ alunos todo ano na POLI, de 750 que entram.
Só ouvi falar, não tenho o dado oficial.
Sem contar que tem muito aluno que está com dependências e que mesmo assim passa em 5 anos.

Desses 30%, deve ter gente que não gostou do curso em si (vai estudar em outra área), gente que realmente não aguentou, seja por conta do ensino, seja por conta da própria pessoa.
Eu não reclamo muito, acho que a POLI é boa, sim. E sim, é difícil, mas isso só ajuda o aluno a crescer.

Claro que a poli é boa, e não é a toa que carrega o nome de uma das melhores escolas de engenharia do país. Mas 30% (se o número estiver correto) é um número muito grande, tinha que ver alguma coisa pra diminuir essas desistências.

[Gëik]

Sim, mas tem muita gente que fala mal do ensino achando que isso é 100% prejudicial e acaba tirando potencial do aluno, quando o que pode acontecer é justamente o contrário.

Ter tudo de mão beijada torna a pessoal inflexível, sem iniciativa e sem capacidade de se adaptar ao problema.

Por isso que talvez preferisse estar numa faculdade com nome e com aulas mais ou menos do que estar numa faculdade onde tudo é mastigadinho pra você.

Mas aí que tá a diferença. Essa cultura que você adquire na universidade, pode te ajudar profissionalmente(ou não) e buscar soluções nesses tipos de situação é algo completamente equivocado( na minha opinião). Quem pensa em trabalhar com consultoria ou bancos, em primeiro lugar deve procurar a experiência certa e é para isso( e que reside o diferencial) que existem as empresas junior( e a FEJESP, Brasil Junior etc).

É nesse tipo de experiência que você tira proveito pra ser o seu diferencial no mercado. Saber trabalhar com gestão, lidar com pessoas, marketing, eventos e projetos é o que pesa no seu currículo. A JrFei(empresa junior da fei) se eu não me engano é muito forte e até onde eu sei eles prestavam serviços a preço de mercado(além de capacitar o pessoal que trabalha nela). Isso é buscar ferramentas certas pro mercado de trabalho.

Concluindo, o que quero dizer que aguentar pressãozinha ou data/prazo de professor pode não te ajudar em nada no mercado de trabalho(acreditar nisso, acho que é muito ilusório).

[Ninja Dragon]

Só ouvi dizer, não to falando que é verdade, mas foi o que um veterano uma vez comentou quando eu disse que a POLI faz você praticamente aprender sozinho: as empresas adoram os politécnicos porque eles sabem se virar e serem independentes na hora do aperto.
E eu acho até válido isso, já que muitas vezes você tem que se virar pra aprender uma matéria mais difícil, professores não estão disponíveis o tempo todo etc. Então você acaba pegando um livro, lê, pega exercícios, resolve e vai aprendendo na marra.

Geralmente se esforçam pra passar nas matérias, do jeito que for. E saber resolver seus problemas de forma eficiente é algo que as empresas gostam, principalmente as de consultoria.

Conheço essa conversa. E concordo que saber aprender sozinho é importante.

Mas eu tenho certeza que, quando pensaram nessa filosofia, a ideia não era fazer o ensino ser tão ruim que o aluno não aprendesse nada na sala e tivesse que se virar em casa.

Se existem 8 horas de aula por dia, se existem professores, e se existe presença obrigatória, isso tem que servir pra alguma coisa. O aluno tem que aprender na faculdade sim, senão pra que ela serve? O certo é ele aprender o básico em sala, depois usar o estudo em casa pra fixar a matéria, e se aprofundar.

Essa conversa de aprender sozinho é pra esconder o fato de que o ensino nas faculdades públicas está longe de ser a maravilha que a sociedade diz.

[Vasconcellanor]

Depois de ler esse texto, nem vou ler os comments.
Estava pensando, minha paixão foi sempre a ciência, queria ser um cientista, por outro lado, queria ser um astronauta, tanto quanto eu quero publicar minha historia de Alta Fantasia, sem falar na minha pequena paixão pelas forças armadas.

O problema é: até o final do ano, eu tenho que escolher alguma coisa, e não me arrepender.

Ah, ótimo texto, não tinha visto. +rep aí.

[Dome Fu]

Claro que a poli é boa, e não é a toa que carrega o nome de uma das melhores escolas de engenharia do país. Mas 30% (se o número estiver correto) é um número muito grande, tinha que ver alguma coisa pra diminuir essas desistências.

Considerando que tem matéria com 70%, 80% de reprovação logo no primeiro ano, eu vejo 30% como um número baixo.

Mas aí que tá a diferença. Essa cultura que você adquire na universidade, pode te ajudar profissionalmente(ou não) e buscar soluções nesses tipos de situação é algo completamente equivocado( na minha opinião). Quem pensa em trabalhar com consultoria ou bancos, em primeiro lugar deve procurar a experiência certa e é para isso( e que reside o diferencial) que existem as empresas junior( e a FEJESP, Brasil Junior etc).

É nesse tipo de experiência que você tira proveito pra ser o seu diferencial no mercado. Saber trabalhar com gestão, lidar com pessoas, marketing, eventos e projetos é o que pesa no seu currículo. A JrFei(empresa junior da fei) se eu não me engano é muito forte e até onde eu sei eles prestavam serviços a preço de mercado(além de capacitar o pessoal que trabalha nela). Isso é buscar ferramentas certas pro mercado de trabalho.

Concluindo, o que quero dizer que aguentar pressãozinha ou data/prazo de professor pode não te ajudar em nada no mercado de trabalho(acreditar nisso, acho que é muito ilusório).

Mas aí você levou pra outro nível. O que eu to falando é na questão da faculdade mesmo, aulas e talz. Empresa Júnior acho que já tá meio fora da discussão do tópico, e tudo que você falou é válido mesmo, dá uma experiência absurda na questão de trabalho.

Conheço essa conversa. E concordo que saber aprender sozinho é importante.

Mas eu tenho certeza que, quando pensaram nessa filosofia, a ideia não era fazer o ensino ser tão ruim que o aluno não aprendesse nada em casa e tivesse que se virar.

Se existem 8 horas de aula por dia, se existem professores, e se existe presença obrigatória, isso tem que servir pra alguma coisa. O aluno tem que aprender na faculdade sim, senão pra que ela serve? O certo é ele aprender o básico em sala, depois usar o estudo em casa pra fixar a matéria, e se aprofundar.

Essa conversa de aprender sozinho é pra esconder o fato de que o ensino nas faculdades públicas está longe de ser a maravilha que a sociedade diz.

Até teve uma discussão querendo abolir a presença obrigatória nas aulas, que eu também julgo como algo ridículo.
Tem professor que, mesmo que exijam a presença, acoxambra a lista e diz: acho que vocês têm maturidade suficiente pra decidir se querem ou não vir na aula.
Ouvi falar de professores que passam de carteira em carteira, mas no meu caso, só peguei os que nem passam ou passam mas nem olham.

No caso, eu tava falando que a aula ser ruim não é totalmente prejudicial ao aluno, ainda dá pra tirar um proveito disso.
Mesmo porque, quando você tiver trabalhando provavelmente vai se deparar com uma situação em que tenha que literalmente aprender sozinho alguma coisa.

E tem muita aula ruim porque o professor não tem vontade, realmente as universidades públicas tinham que dar um jeito nisso e tentar melhorar um pouco.

[Nanometro]

E eu acho até válido isso, já que muitas vezes você tem que se virar pra aprender uma matéria mais difícil, professores não estão disponíveis o tempo todo etc. Então você acaba pegando um livro, lê, pega exercícios, resolve e vai aprendendo na marra.

Geralmente se esforçam pra passar nas matérias, do jeito que for. E saber resolver seus problemas de forma eficiente é algo que as empresas gostam, principalmente as de consultoria.

E pra quem acha que colando é fácil: tem matéria que dão formulário na prova e mesmo assim a galera vai muito mal, tem matéria que você pode saber todas as fórmulas e mesmo assim não faz os exercícios.
Não sei quão difícil vai ser, mas na minha prova de estatística eu posso levar uma folha A4 escrita frente e verso com o que eu quiser, por exemplo.

Você tem que se virar a partir do momento que sai da sala de aula. O professor tem a obrigação de te passar o suficiente da matéria pra você aprofundar em casa. Acho uma babaquice extrema esse tipo de professor que deixa tudo correr solto, que não dá suporte e ajuda pros alunos que pedem. É de suma importância estudar sozinho, desenvolver seu raciocínio na matéria sozinho, mas antes disso tem uma quantidade de quesitos bem grande que depende da ajuda do professor.

Sim, tem matéria que dão as fórmulas na frente da prova porque se você não entendeu a matéria, jamais vai aprender a aplicar esse tipo de fórmula. Mas existem alguns professores que acham que se você estudar excessivamente, todas essas fórmulas vão entrar forçadamente na sua cabeça. É o tipo de metodologia que as pessoas sempre reclamaram no Ensino Médio/Vestibular e que é aplicada no Ensino Superior também.

Minha prova de Introdução eu posso levar uma apostila de 8 folhas (Frente com matéria e verso com exercícios resolvidos) e mesmo assim a maior nota foi 6.

# Eu me sinto assim de vez em quando, relacionado com o autor do texto. Existe uma diferença porque eu me associo com algumas matérias da faculdade, eu gosto de estudá-las. Mas existem outras que é a sina de passar só por obrigação. Já vi mil vezes o professor chegar dizendo -Isso aqui vocês aprenderam no período passado ; e outra pessoa chegar e falar - Ah, eu passei sem saber isso mesmo.

É foda, de vez em quando dá aquela vontade de desistir. Toda vez que eu estudo pra caramba (nossa, essa semana que passou eu estudei umas 24 horas em 3 dias, tranquilo) e vem uma nota abaixo das minhas expectativas, isso fode absurdamente com a minha auto-estima. Mas eu continuo porque eu talvez esteja muito duvidoso do que fazer ou porque eu tenho esperanças que lá na frente eu me agradeça por isso.