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Tópico: Terras Distantes

  1. #31
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    Muito boa a história Parabéns!
    No Prólogo e nos capítulos 1 e 2 todos os "erros" ja foram ditos. E nesse 3 capítulo não houveram erros "gritantes", apenas os pequenos como já foi dito acima.
    Mais uma vez PARABÉNS! e vou continuar acompanhando! :riso:

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  2. #32
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    Eu gostei, desenlace dos fatos regular, isso é bom. Não sei se só eu notei, mas nesse capítulo surgiram muitos nomes - vários de grafia complicada - de uma só vez, o que me deixou um pouco confusa. Agora, como de costume aos errinhos ortográficos e de coerência:

    e semi-envolto por uma capa branca, Balrez, o conselheiro pessoal do rei.
    Acho que aí tem uma vírgula.

    Haviam outras duas pessoas a quem Isac nunca havia visto.
    Primeiramente, o verbo "haver" no sentido de "existir" nunca é flexionado, tendo sua forma correta como havia. Observei também que o verbo em destaque se repete, tente mudar isso que fica esteticamente melhor.

    -Os convoquei aqui para novamente servirem a coroa.
    Penso que seria melhor convoquei-os

    fez uma pausa afim de procurar novas palavras
    Nesse caso deveria ser a fim, separado ;]

    Bem, é isso. A narrativa está boa, salvo esses pontos que ressaltei. Continue, estou acompanhando ;D
    Bela~
    Última edição por Bela~; 01-11-2009 às 19:02.

  3. #33
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    Capítulo 4 - Um aviso


    Antes de o sol nascer, Isac já estava caminhando pelas vazias ruas de Telo. Queria guardar na mente o lugar que um dia foi o seu lar, antes de embarcar no navio para Vanor. As imponentes construções feitas de tijolos e ornadas de ouro e prata, que representavam a área nobre da cidade, eram rodeadas de bosques e praças agradáveis, onde os cidadãos passavam grande parte do tempo admirando a beleza do lugar. A ,outrora grandiosa, fonte que fora presente de Krop agora estava seca.
    - Problemas de encanamento - uma voz foi ouvida às costas de Isac.
    - É o que eles dizem. Sabe o que eu penso disso - disse Isac sem se virar - O que faz aqui, Eon?
    - Eu é que lhe pergunto. Pensei que estivesse cansado - Eon se sentou num dos espaçosos bancos de madeira e cruzou as pernas - Estou fazendo o mesmo que você, guardando recordações. Só espero que Balrez não venha fazer o mesmo.
    Isac riu como não fazia há tempos. Depois se espreguiçando sentou-se no banco, ao lado de Eon.
    - Onde está Roy?
    - Dormindo. Não achei justo acordá-la - Isac lançou os longos cabelos para trás e recostando a cabeça na parte mais alta do banco, começou a olhar as numerosas estrelas.
    - Você viu as carroças paradas perto do castelo? Estão cheias de ouro.
    - Vi.
    - Triconia - disse Eon. Depois um silêncio pairou sobre o lugar, algum morcego chiou distante, antes de Eon recomeçar - O que acha disso? Essa guerra não é nossa.
    - Realmente... O rei está sendo precipitado, novamente...
    - Sinto muito Isac... Mas veja, se enviarmos pelo menos um quarto do nosso exército, como ficarão as coisas contra os orcs?
    - Simples... - E Isac se virou para Eon e apontou a cicatriz no rosto e depois o peito - Essas feridas terão sido em vão... Não podemos contra aquelas hordas e nunca poderemos sem desperdiçar vidas inocentes - Isac se desencostou à tempo de esquivar de uma faca que havia fincado na terra, às suas costas.
    Os dois se levantaram com espadas tentando enxergar além do breu, à procura do atacante. Uma figura solitária havia parecido ante o velho lampião. Sua capa, esvoaçando pelo vento, exalava um horrível cheiro de peixe. Seu nariz e sua boca eram cobertos por um pano negro, deixando somente à mostra dos olhos para cima.
    - Isac, venho trazer-lhe uma mensagem.
    - Em forma de texto ou de uma adaga? - perguntou Eon.
    - Calma - Isac colocou a mão sobre o amigo impedindo-o de correr - Quem é você e o que tem a dizer?
    - Me chame apenas de Zenn - Silenciou por um longo minuto - Isac, você é uma das chaves de uma cadeia de eventos que ocorrerá em breve. Que mudará o mundo do jeito que o conhecemos.
    - Você bebeu, cara? - gritou Eon, mas foi silenciado pelo amigo.
    Isac deu dois passos para a frente e com a voz vacilante perguntou:
    - Você é aquele homem que... me salvou de Goark?
    - Inteligência é uma de suas virtude. A minha mensagem vem de alguém querido... - e sua voz assumiu um tom diferente - Por favor, cuide-se, pois o mundo mudará em breve. E você precisará ser forte.
    Um vento forte passou por toda a praça, enchendo os olhos de Isac e Eon de areia. Ao abrirem novamente o estranho não estava mais lá. Isac se ajoelhou perante à adaga fincada no chão. Havia um velho medalhão preso ao redor da arma.

    O sol veio tão rápido quanto o corte de uma espada. Isac foi pegar suas coisas e se despedir de Roy. Logo estava no movimentado cais da cidade. Eon e Balrez o esperavam lá, sob a sombra de uma gigantesca embarcação. Era um navio magnífico, o Lork, um dos melhores da frota do rei, tinha capacidade para cento e dez a cento e trinta passageiros, sendo escolhido por nobres e pessoas ricas, que dependendo da época do ano, o lotavam. Balrez explicou que em Vanor mudariam de barco para ir à Triconia.
    Isac adentrou o lugar que mais parecia um palácio por dentro. Alguns soldados que estavam à entrada cumprimentaram-nos e lhes mostraram os quartos.
    Logo o navio estava em movimento, e Isac em seu aposento, olhava atentamente o medalhão que havia encontrado. Era dourado e ornado de safiras que formavam a letra "K".
    - Será que... - Isac balançou a cabeça espantando suas esperanças, e pôs-se a dormir um pouco do sono perdido durante a noite.



    <><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><>


    Bela~ Eu gostei, desenlace dos fatos regular, isso é bom. Não sei se só eu notei, mas nesse capítulo surgiram muitos nomes - vários de grafia complicada - de uma só vez, o que me deixou um pouco confusa. Agora, como de costume aos errinhos ortográficos e de coerência:

    Citar:
    e semi-envolto por uma capa branca, Balrez, o conselheiro pessoal do rei.
    Acho que aí tem uma vírgula.

    Citar:
    Haviam outras duas pessoas a quem Isac nunca havia visto.
    Primeiramente, o verbo "haver" no sentido de "existir" nunca é flexionado, tendo sua forma correta como havia. Observei também que o verbo em destaque se repete, tente mudar isso que fica esteticamente melhor.

    Citar:
    -Os convoquei aqui para novamente servirem a coroa.
    Penso que seria melhor convoquei-os

    Citar:
    fez uma pausa afim de procurar novas palavras
    Nesse caso deveria ser a fim, separado ;]

    Bem, é isso. A narrativa está boa, salvo esses pontos que ressaltei. Continue, estou acompanhando ;D
    Bela~
    Obrigado, que bom que está gostando, irei corrigir esses erros que você citou. Obrigado também por apontar eles.

    Dih Arkblux Muito boa a história Parabéns!
    No Prólogo e nos capítulos 1 e 2 todos os "erros" ja foram ditos. E nesse 3 capítulo não houveram erros "gritantes", apenas os pequenos como já foi dito acima.
    Mais uma vez PARABÉNS! e vou continuar acompanhando!
    Obrigado, que bom que gostou também. Espero que goste do novo capítulo. Até mais.
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  4. #34
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    Capítulo 5 - Quarto Cinza



    Um único chute foi o suficiente para a porta da residência dos Epoe cair, levantando toda aquela poeira. Cadel entrou rapidamente com arco em punho seguido por outros três homens. Bian vinha logo atrás, até parar ao ver um sinal da mão do comandante.
    - Fique aí - sussurrou ele - Leonel dê uma olhada na cozinha e seja discreto - Cadel deu alguns passos enquanto olhava ao redor. O sol pálido do alvorecer entrava pelas velhas janelas iluminando os móveis desgastados da casa. Aparentemente não havia nada fora do lugar, o que foi confirmado por Bian com um aceno de cabeça. O comandante se aproximou lentamente da antiga escada de madeira e esticou o pescoço para tentar enxergar o que havia em cima. Subitamente um raio de luz o cegou forçando-o a fechar os olhos e olhar para o lado. Fez um novo sinal com a mão e junto de Olav e Loran começaram a subir um a um os degraus. Tomou cuidado para não pisar em alguns buracos enquanto tentava visualizar o andar de cima conforme avançava. Passou pelos últimos degraus e com a flecha armada no arco observou tudo ao redor. Uma cama desarrumada com vários brinquedos de criança que Cadel supôs ser da prima que Bian havia mencionado. Um travesseiro estava encostado junto à lateral de um feio ármario que por sua vez estava aberto e várias roupas estavam espalhadas pelo chão. Olav e Loran haviam acabado de subir quando Cadel chamou a atenção de um corredor mais adiante que levava à uma porta cinza.

    --------------------------------------------------------------------------

    Bian estava apreensivo enquanto esperava o retorno do comandante. Leonel havia voltado e agora montava guarda na porta mas a toda hora levantava a cabeça para olhar a escada com uma cara de preocupação. Foi então que Bian se arriscou a trocar algumas palavras com ele.
    - Você se chama Lionel não é?
    O soldado fez que sim com a cabeça e depois voltou a olhar a escada.
    - Você... Poderia falar um pouco sobre esse Tombas?
    - Thomas - corrigiu Lionel com um quê de desaprovação - tem sorte de estar vivo, garoto - dizendo isso ele levou a mão a coçar a nuca - há até algumas semanas atrás ninguém tinha ouvido falar de seu nome. Até que ele apareceu deixando atrás de si um rastro de crimes. A maioria têm relação com esse veneno que ele usa em suas armas. Ele não mata, mas não conhecemos a cura - suspirou - então é como se suas vítimas estivessem mortas.
    Essa última palavra fez Bian se arrepiar, ia perguntar outra coisa que o estava deixando inquieto, mas foi interrompido por gritos e um estampido forte no andar de cima. Lionel arregalou os olhos e Bian instintivamente correu em direção à escada.
    - Espere! - gritou Lionel em vão.

    -------------------------------------------------------------------------

    Ofegante, Bian havia chegado ao quarto de Erica. Não teve tempo para se preocupar com a bagunça, apenas olhou para a porta cinza no final do corredor que agora estava entreaberta. Apanhou um velho pedaço de madeira debaixo da cama e lentamente caminhou pelo corredor. Foi quando notou que havia pisado em vidro quebrado, olhou para a esquerda e se surpreendeu com a janela quebrada. Do lado de fora deitado no chão de barriga para cima estava Olav. Bian deu um passo para trás e se segurou para não gritar. Sentiu náuseas e escorregou pela parede até sentar no chão. Estava em choque, não conseguia mais sentir as pernas e nem os braços. Fechou os olhos e pediu desculpas ao seu irmão por ter falhado com ele e à Erica por não ter protegido-a, enquanto uma lágrima solitária percorria seu rosto Mais um estrondo foi ouvido, despertando Bian do choque e forçando-o a leventar-se abruptamente. Tentou não olhar para o lado e forçou o seu corpo em direção à porta novamente. Conforme chegava perto, começava a ouvir mais claramente uma conversa entre dois homens, um deles era Cadel. Bian espiou pela fresta da porta e conseguiu ver Cadel de lado, e Loran que estava caído a um canto. Mas o quarto estava escuro, e Bian não conseguia ver de quem era a segunda voz.
    - ...então sugiro a você que o chame logo ou ela vai sofrer as consequência de sua negligência.
    - Não o envolva em seus horríveis atos! Solte-a! - ordenou Cadel.
    - Você pôde se render enquanto podia, mas morreria do mesmo jeito.
    - Do que você está falando?
    Bian ouviu um ruído na escada, e virou-se para olhar. Suas pernas paralisaram ao ver o pálido rosto de Mathias aparecer enquanto subia calmamente a escada. Bian tentou se mexer, tentou avisar... Só o que pôde ouvir foi uma risada fria vinda do quarto cinza.
    Última edição por Meltoh; 07-12-2009 às 19:54.
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  5. #35
    Avatar de Gabriellk~
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    Pensei que você não ia mais continuar essa história =S
    Mas já que continuou posso comentar. A começar pelo tamanho dos capítulos, que pra mim está ideal. Sou preguiçoso e desanimo facilmente diante de capítulos grandes =/
    Não vou comentar sobre história, enredos, personagens e afins, isso deixo para os críticos de plantão. Vou apenas dizer que gostei e que vou acompanhar.

    Achei uma passagem estranha: "Você pôde se render enquanto podia", bem no final do texto. Sei lá, ficou estranho
    No mais, notei só alguns erros de vírgulas, e na parte "...uma lágrima solitária percorria seu rosto Mais um estrondo foi ouvido..." faltou um ponto depois do mais, acho.
    Btw, aguardo o próximo capítulo =>




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  6. #36
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    Pois é, também pensei que ia parar de escrever essa história, mas aí resolvi continuar a história e ver se o fórum tava mais movimentado dessa vez, espero que outras pessoas tenham paciência e leiam os capítulos anteriores e comentem também!

    É, eu optei por fazer capítulos curtos para atrair a atenção das pessoas, principalmente aquelas que não tem muito tempo parar ficar lendo, embora acho que haverão capítulos mais a frente que ficarão maiores devido à grande quantidade de eventos que acontecerão.

    Sobre os erros que você citou, essa primeira frase que você citou realmente ficou meio estranha. Na segunda frase acho que não precisa de vírgula, pois se trata de "mais" e não "mas"

    Agradeço pelo comentário e pelas correções, obrigado!
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  7. #37
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    Capítulos anteriores:

    Isac, um jovem comandante de Telo, após uma campanha bem-sucedida contra o líder dos orcs, Goark, retorna à sua cidade e ao falar com o rei se depara com uma nova tarefa. Agora junto de Eon, comandante da cavalaria e sob o comando de Balrez, conselheiro real, eles tem a missão de reconhecer uma cidade distante no continente de Eastora, e ajudá-los em sua guerra longíqua. Juntos os três telanos embarcam no Lork, um gigantesco navio.







    Capítulo 6 - Engano



    O balançar monótono das ondas estava causando enjôos em Isac, que não via a hora de pisar em terra firme, embora ainda tivesse que pegar uma nova embarcação em Vanor. "Mas que raios, porque será que não usam o mesmo navio?" pensou Isac. Apenas algumas horas haviam se passado desde que o Lork havia deixado Telo, mas para ele essas horas passavam tão lentamente quanto os dias de uma semana.

    Balrez estava acostumado com os efeitos das ondas, antes de ser conselheiro do rei, foi um diplomata que passava a maior parte do tempo viajando pelos quatro cantos do mundo, conhecendo lugares, pessoas e novos costumes. Ele tinha um dom, ou talento que despertou a atenção de Askie, o rei. Sua forma de falar encantava a nobres e de certa forma conseguia persuadi-los a entender o que bem quisesse. Era um talento sem dúvida nenhuma, esplêndido.

    Já Eon adorava ler, e se viu fascinado ao encontrar a biblioteca particular do Lork. Achou romances, crônicas e até clássicos que já havia lido na infância, entre eles um livro que contava os feitos dos primeiros homens que fundaram Telo.
    Estava lendo-o quando a porta da sala se abriu e um homem velho de longa barba branca entrou e se sentou numa mesa distante.
    - Está um belo dia lá fora, não é Kecyan? – perguntou Eon com um sorriso amigável.
    - Está, mas não gosto de navios, prefiro ficar perto dos livros que são grandes amigos.
    Eon concordou e voltou a ler.

    Durante a noite, um homem baixinho e careca anunciou que na noite seguinte fariam uma pequena comemoração em homenagem à um nobre que estava à bordo e estaria completando seus oitenta anos. Ao descer do palanque improvisado no salão, o pequeno homem foi em direção à Balrez e com um sorriso de satisfação, perguntou:
    - Você é o famoso Balrez, o Língua de Aço?
    Balrez acentiu e bebeu um pequeno gole de sua taça de vinho - E você, presumo, que seja Jant o dono do Lork.
    - Exato. Exato - pulou de excitação o pequeno homem - Normalmente não faria isso de convidar estranhos ao dono da festa, mas eu gostaria que você estivesse aqui na festa de amanhã a noite, claro, se você trouxer esse casaco de couro que você está vestindo.
    Balrez olhou calmamente para as suas vestes e com um olhar de desprezo fitou Jant que continuava a sorrir sonhadoramente - E porque faria isso? - retrucou ele.
    - Ora, eu gostei dele. E me parece que você adoraria ganhar uns bons trocados por ele.
    - E se eu não quiser me desfazer dele?
    - Isso não importa, apenas venha vestido com ele amanhâ e quem sabe mudará de idéia. Ah, e se quiser pode trazer os seus companheiros. Quanto mais gente famosa melhor - dito isso Jant deu as costas e, saltitando, se afastou para falar com um casal de nobres.
    - Cara estranho, não?
    Balrez se sobressaltou e olhando para o lado, encontrou um sorridente Eon.
    - Se estava escutando - resmungou Balrez - contente-se em saber que está convidado para a festa, pois eu não me daria ao trabalho de avisá-lo - depois saiu a passos largos do salão.
    Eon bebeu um gole de vinho e enxugou os lábios com a mão - E você também não é nada normal, cara.

    -----------------------------------------------------------------

    No segundo dia de viagem, avistaram um navio ao longe que vinha de encontro ao Lork, possuía a bandeira de Vanor, e pelo porte era apenas um navio mercante. Devido ao vento que soprava na direção contrária, navegava lentamente.
    Balrez olhava para o mar quando uma mão tocou o seu ombro, virou-se rapidamente e ao reconhecer o homem, o cumprimentou com um aperto de mãos.
    - Pensei que gostasse de ficar lendo, Kecyan
    -Um ocorrido despertou a minha curiosidade – a voz de Kecyan era rouca e muito baixa tornando-se quase inaudível quando misturada ao som do mar – Preciso falar com você urgentemente.
    -Sobre?
    -Sobre aquilo que conversamos em Telo.

    -----------------------------------------------------------------

    A noite chegou depressa e os preparativos para a festa estavam quase concluídos, faltavam duas horas para que os convidados chegassem ao grandioso salão de festas. O navio de Vanor estava agora cada vez mais perto, as bandeiras estufadas mostrando que o vento agora estava favorável à ele.
    Finalmente os convidados começaram a chegar ao salão com o vento castigando as vestes e despenteando os cabelos dos presentes. Isac estava com um manto branco bordado com detalhes prateados, uma de suas melhores roupas inclusive, e também a única roupa de cerimônias que levava consigo.
    Balrez estava vestindo seu casaco de couro, na sua mão, segurava uma taça de cristal contendo vinho. Tinha um olhar preocupado e longínquo. As palavras de Kecyan ainda ecoavam em sua cabeça.
    Eon estava sentado a um canto, com o antigo livro da biblioteca, escondendo seu rosto, usava um manto listrado de preto e azul e estava distraído na leitura.
    Os músicos começaram a tocar uma serenata fazendo os casais de nobres começarem a dançar. Isac suspirou e lembrou-se de Roy. O que ela estaria fazendo agora? A lua ainda estava do mesmo jeito de quando a deixou em Telo, estaria sua amada assim também?

    - Isac, eu gostaria de... – uma voz interrompeu os pensamentos e ele se virou abruptamente, sentiu um líquido gelado derramando-se em suas vestes, seguido do barulho de vidro se quebrando. Levantou a cabeça e olhou para o dono da voz, não gostando nada do que viu.
    - Balrez – sussurou Isac enquanto tentava limpar a enorme mancha de vinho que tinha sido deixada na requintada roupa. Aos seus pés, estavam os restos da taça quebrada.
    - Não foi intencional, você bateu no meu braço e...
    - Esta era a única roupa formal que eu havia trazido.
    - Pegue isso – Balrez retirou o casaco de couro e estendeu-o à Isac.
    Incrédulo este olhou para o valioso tecido que balançava diante de seus olhos – Mas você sempre gostou muito desse traje.
    - È o mínimo que posso fazer, trouxe outras roupas comigo - suspirou Balrez - não se preocupe.
    - O que queria falar comigo? – perguntou Isac desconfiadamente, após alguns segundos.
    - Oh, era a respeito de nossas diferenças e também dessa rivalidade absurda - Balrez tossiu, e desviando o olhar continuou - seria bom se deixássemos de lado isso...
    - E quem falou em rivalidade? – perguntou Isac sem acreditar no que estava ouvindo e começando a achar toda aquela conversa estranha.
    Balrez fez menção de responder quando ouviu-se uma voz chamando pelo seu nome, virou-se e avistou Kecyan que estava na escada acenando.
    - Desculpe... - disse Balrez virando-se rapidamente para sair, deixando Isac sozinho.

    Eon se levantou e veio ao encontro do amigo – O que houve aqui? - perguntou ele.
    - Espere aqui - Isac se apressou em direção à escada do salão que levava para as cabines individuais.

    Eon ficou a observar a grande embarcação, que trazia a bandeira de Varon, começar a se alinhar paralelamente ao Lork.
    "Estranho... Onde está a tripulação?" pensou ele.
    Uma flecha atirada do navio fincou a alguns centímetros do pé de um homem, o que foi seguido de gritos de mulheres.
    - Merda, eu sabia que tinha algo de errado – Eon puxou uma espada da bainha que estava escondida sob seu manto e pulou para trás, vários homens apareceram subitamente no navio e começaram a mover um pedaço de madeira com o objetivo de formar uma pequena ponte improvisada entre os navios. Arqueiros apareciam de vários lugares da embarcação e a vela começava a ser abaixada.
    Balrez e Isac apareceram quase ao mesmo tempo perto da escada e já com espadas em punho. Mais pontes começaram a ser improvisadas pela extensão entre os dois navios enquanto alguns homens usavam ganchos para terem um acesso mais rápido ao Lork. Vários nobres puxavam suas armas e começavam a defender suas esposas.
    - São piratas? – gritou Isac.
    - Não – disse Balrez que investia contra um grupo de dois homens que tinham atacado uma mulher – são mercenários.
    Isac desviou-se de duas flechas e bloqueando um ataque, jogou para longe a arma do combatente e derrubou-lhe no chão com um chute.

    Eon lutava mais distante encostado contra a parede. Um mercenário veio com toda velocidade ao seu encontro, ele esquivou-se e com destreza girou e perfurou o ombro do homem. Mais dois homens se aproximaram, o primeiro tentou estocar com o sabre, mas Eon desviou e se abaixando derrubou-o com as pernas. Lembrou-se de agradecer depois por não estar usando uma armadura. O segundo homem veio com uma espada curta, seus movimentos eram muito mais velozes que o outro. Eon começou a duelar com ele. O contato entre suas espadas produzia faíscas e nenhum dos lados parecia disposto a desistir. Porém ele não era o seu único inimigo. Por pouco uma flecha não acertou sua cabeça, passando zunindo muito perto de seu ouvido. Desarmou o adversário e estocou a espada contra o seu peito. Mais flechas começaram a se fincar na parede às suas costas. Correndo, ele se apressou a se esconder atrás de um mastro largo, para evitar ser atingido pelos arcos.

    Isac lutava contra outros dois, e assim como Eon, se movia com tamanha destreza por não estar portando nenhuma armadura, derrubou os homens e correu para um lugar isolado do salão.

    Balrez estava cercado por quatro mercenários, todos usavam longos e afiados sabres. Um deles tomou a iniciativa do ataque, seguido por um outro. Balrez esquivou-se e decepou o braço do primeiro, e desarmando o segundo, jogou-se no chão, apanhando o sabre em seguida e erguendo-o à tempo para bloquear o ataque do terceiro homem, mas não teve a mesma sorte com o quarto que havia enfiado o sabre no braço esquerdo de Balrez, fazendo-o soltar involuntariamente a espada. Balrez urrou e tirando forças do ódio, levantou-se com ferocidade. Com grande destreza, conseguiu desferir um soco certeiro no rosto do mercenário. Apanhou a espada e investiu-a contra o homem fazendo com que um jato de sangue jorra-se sujando suas vestes. Olhou para o terceiro mercenário que ainda estava de pé, mas este saiu correndo, aterrorizado.
    - Falta você – Balrez olhou para trás e bloqueou um ataque a tempo, do homem que tinha desarmado anteriormente, depois contra-atacou enfiando o sabre em sua barriga.

    Isac tinha derrubado outros três quando foi surpreendido por um homem diferente dos demais, vestia uma cota de malha, tinha o rosto coberto de cicatrizes e portava uma longa espada feita de prata. Do seu lado outros cinco homens brandiam seus sabres anciosamente prontos para atacar. O homem de cicatrizes avançou com espada em punho. Isac chegou a erguer a espada para se defender, mas sentiu uma imensa dor na nuca e caiu no chão desacordado.

    Aqui e ali vários duelos iam sendo travados, por um momento a horda de mercenários parecia infinita, saíam mais e mais homens do navio, até que o inesperado aconteceu: Todos começaram a recuar ao som de uma trombeta, que tocava insistentemente.
    Eon, que estava com um grande corte na barriga, olhou o navio que estava a ponto de deixar o local, as pontes começavam a ser puxadas, e as velas começavam a ser levantadas novamente dessa vez com o símbolo dos Mercenários de Estrin.
    Olhou ao redor, só conseguiu ver vários corpos estendidos, espadas jogadas, sangue derramado. "Porque isso? O que eles queriam?" Começou a se sentir tonto pela perda de sangue, colocou a mão no mastro, encostou-se e começou a escorregar lentamente. Fechou os olhos e desmaiou.

    Balrez, com as vestes encharcadas de sangue, olhou para o navio que rapidamente se distanciava. Depois desabou no chão, e sorrindo, sussurrou algo inaudível.

    -----------------------------------------------------------------

    "Quanto tempo havia se passado? Meses? Dias?" Provavelmente dias, pois ainda podia sentir o incômodo balançar das ondas. O enjôo causava náuseas, e sentia o gosto de sangue. "Sangue?"

    Isac abriu os olhos lentamente, tentando acostuma-los com a luz do sol, que entrava timidamente pela pequena janela de não mais que trinta centímetros, iluminando o aposento que lembrava um quarto. Tentou se levantar mas não conseguiu, percebeu que suas pernas e braços estavam amarrados à uma corrente de ferro presa à parede. Na sua frente se encontrava uma porta pequena com uma escotilha, e... "Olhos?" Alguém o estava observando. Isac tentou falar algo, mas o som não saiu.
    - Ele acordou – disse uma voz animada do outro lado da porta – Balrez acordou.
    "O què?" "Balrez também foi pego?" Alguém destrancou a porta e três homens entraram, um deles Isac reconheceu imediatamente como o homem que tinha o rosto coberto de cicatrizes
    - Chame o chefe imediatamente – ordenou ele para um dos outros homens.
    - Não será preciso Adam - Isac ouviu a voz de uma quarta pessoa por trás dos outros. Então o viu. Era um homem alto com porte nobre, cabelos dourados e olhos azuis, ao ver Isac ele arregalou os olhos e disse – Seus idiotas, vocês se enganaram, pegaram o homem errado!



    ____________




    Gostei. Apesar de uns erros gramaticais e de ortografia ali ou aqui, não houveram grandes falhas que me doessem os olhos. O enredo é legal, apesar de um pouco previsível e clichê, mas o mais importante: a história me prendeu a atenção e posso dizer que espero ansioso os novos capítulos.

    Parabéns e boa sorte.
    Obrigado pelos elogios, e que bom que você conseguiu se prender a história. Espero que goste desse novo capítulo.
    Última edição por Meltoh; 13-12-2009 às 22:16.
    Leia minha roleplay :Terras Distantes

  8. #38
    Avatar de Gabriellk~
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    Tentei comentar mais cedo mas não deu.
    Enfim, gostei do capítulo, achei melhor que o anterior. O rumo que a história tomou no final me surpreendeu.
    Tive algumas confusões com nomes nesse capítulo, mas acho que foi falha minha.
    De erros, só notei um :"...brandiam seus sabres anciosamente prontos para atacar." Ansiosamente é com s. =P
    Parabéns pela história, aguardo o próximo capítulo.
    “The big questions are really the only ones worth considering, and colossal nerve has always been a prerequisite for such consideration”.
    - Alfred W. Crosby

    Gosta de fics tibianas? Leia a minha aqui!

  9. #39

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    Ainda não li tudo que foi postado, mas pelo capítulo inicial e o prólogo, me parece ser uma boa história, assim que possível, pretendo ler o resto.



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