Coletânea Contos de Natal:
Uma Questão de Fé
Muitas vezes algumas pessoas perdem a fé em relação ao Natal. Dizem que milagres e tais coisas só existem em filmes. Muitos chegam a acreditar em Papão Noel, já crianças, e nunca mais escrevem uma cartinha ao bom velhinho.
Outras pensam que Natal, é época de gastar dinheiro com crianças interesseiras, que se comportam só no fim do ano, para ganhar um presentinho... Mas falando a verdade, nenhuma criança se importa muito com o real significado do Natal. Elas ainda tem na cabeça uma certa inocência, e só querem um brinquedinho...
Já alguns adultos, são amargurados com o tempo, e só pensam em dinheiro. Exemplo seria Ebenezer Scrooge, quem originou o nome inglês do Tio Patinhas (Uncle Scrooge). Para quem não o conhece, ele é o foco principal da famosa historinha: “Conto de Natal”, de Charles Dickens.
Já outros adultos gostam do sentido do Natal em seu todo. Adoram dar presentes as pessoas e as vezes parte o coração não dar...
E é disso que lhes contarei. Uma história sobre um milagre de Natal. Aconteceu com uma pessoa da última descrição...
***
Andando pelas ruas do Centro da cidade do Rio de Janeiro, Roberto, sua esposa Juliana e seu filho de 3 anos Lucas, iam olhando as vitrines. Época de Natal, elas estavam bem decoradas. Brinquedos eram postos à amostra, luzes chamavam a atenção do pequeno Lucas, enfeites e uma música de Natal do filme infantil “Alvin e os esquilos” era repetida em inglês:
Christmas, Christmas time is near
Time for toys and time for cheer
We've been good, but we can't last
Hurry Christmas, hurry fast
Want a plane that loops the loop
Me, I want a hula hoop
We can hardly stand the wait
Please Christmas, don't be late!
Roberto era um homem sucedido. Era um famoso acionista da famosa empresa Money’s.
Juliana balançava Lucas em seu colo. Ele dava aquele riso de criança. “O melhor som do mundo” segundo Roberto.
Passaram em frente à uma loja de brinquedos. Um carro verde e amarelo de pedal, era exibido na vitrine da loja. Lucas começou a balançar os pequenos braços em direção à vitrine.
- Você quer Lucas? – perguntou Roberto segurando o pequenino em suas mãos. A criança sem entender palavras continuava a balançar as mãos para o carro dizendo:
- Adá! Adá! Adá!
Entraram na loja e Roberto pegou a caixa do carro e levou ao balcão.
- Olá! – disse depositando em cima do balcão – Eu quero comprá-lo.
- Sim senhor. – disse a mulher do balcão – A vista ou em cartão?
- Cartão. – disse Roberto retirando um cartão de crédito da empresa da carteira.
Então seu celular tocou. Retirou o aparelho do bolso e olhou quem era:
Harry – Money’s
URGENTE!!!
Roberto atendeu ao telefone:
- Diga!
- Roberto! – gritou Harry – Você está sabendo?
- O que houve Harry? – perguntou preocupado
- As ações caíram Roberto! O dólar caiu!
Roberto arregalou os olhos. Harry continuava a tagarelar no telefone, mas Roberto não ouvia.
- DINHEIRO ROBERTO! – gritava Harry – A empresa perdeu quase um milhão Roberto!!!
Juliana olhou para o marido e murmurou com os lábios:
- O que houve?
- E agora Harry? – perguntou Roberto
- Roberto. – disse Harry baixando a voz – Eu... você... metade dos acionistas da empresa... fomos...
- Fomos o que Harry?!? – gritou Roberto
- Demitidos... tudo... cartão... contas... foi tudo cortado Roberto... me desculpe.
O celular caiu das mãos de Roberto. A bateria saiu do celular e rolou pelo chão.
- Senhor...? – disse a balconista com o cartão da Money’s na mão – O cartão do senhor está zerado...
Roberto puxou o cartão das mãos da balconista e saiu da loja com sua família quase chorando.
***
Três dias depois desse evento, Roberto e Juliana andavam novamente pelo centro. Roberto estava sem dinheiro algum. Deixaram Lucas em casa com a avó. Era 23 de Dezembro. Um dia antes da véspera de Natal. A música que tocava havia sido trocada, e a gora era em português:
Noite feliz! Noite feliz!
Oh, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na Lapa Jesus nosso bem
Dorme em paz, oh, Jesus
Noite feliz! Noite feliz!
Oh, Jesus, Deus da luz
Quão afável é Teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores os Anjos do Céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
- Eu tenho que comprar um presente para o Lucas. – disse Roberto que estava calado até então
- Não temos tanto dinheiro assim Roberto... – disse Juliana
- Mas eu TENHO que comprar! – exclamou o marido – Ele não pode acordar no Natal, ir até a árvore e não ter um presente de Papai Noel!
- Mas o que nós vamos fazer? O cartão está zerado!
- Eu tenho que tentar! – disse e entrou em uma loja de brinquedo.
Escolheu um robô que andava e brilhava e tentou passar o cartão.
- O cartão está zerado senhor. – disse a balconista.
E ele foi de loja em loja tentando tudo e sempre recebendo a mesma resposta:
- O cartão está zerado senhor!
Então ele chegou na loja onde tudo havia começado. Viu o carro de pedal que seu filho Lucas tanto queria.
Entrou na loja com determinação. Pegou o carro e o levou até o balcão. A balconista era a mesma. Ela olhou para Roberto com uma cara de quem sabe o que vai acontecer e suspirou. Pegou o cartão da Money’s de Roberto.
Juliana já saía da loja. Roberto se virou de costas e passou os dedos indicadores na testa.
E então... o melhor som do mundo. Não. Não era Lucas rindo, e sim o barulho da maquininha imprimindo o recibo.
- Senhor! – chamou a balconista
Roberto se virou e recebeu o cartão e o recibo. Levou a caixa do carro para fora e pôs na mala do carro com o coração aos pulos.
Era impossível esse cartão ter passado.
- Bom. – disse Roberto – Lucas vai ganhar presente de Papai Noel.
Juliana riu.
- Não! – disse Roberto – É sério! Ju... era impossível esse cartão ter passado! Isso foi um verdadeiro milagre de Natal! Isso foi... Papai Noel.
***
Baseado em fatos verídicos.
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