Obrigado, Izan! Aguardo pelos demais comentários.
Abraços.
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
https://taleon.online
Obrigado, Izan! Aguardo pelos demais comentários.
Abraços.
Jason Walker e o Retorno do Príncipe
Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?
Este fórum exige que você aguarde 120 segundos entre posts consecutivos. Por favor, tente novamente em 1 segundos.




Háááá! Jamais esquecerei que você foi o autor de O Incubo
Então, esta história tem vários detalhes para serem levados em conta, é necessário prestar a atenção para imaginar de que forma você usaria aquele fato futuramente. É claro que, para apresentar situações futuras, você abre um leque de possibilidades logo no começo da história, possibilitando aquela imaginação sobre o que pode acontecer, e aquela tentativa de nosso instinto de tentar adivinhar de que forma você usará aquilo.
E é claro que, renomado aqui na área, você já cuidou disto.
Parabéns. Talvez você coloque no seu currículo, além do sensacional O Incubo, um "O Exército Esmeralda" não menos sensacional? Você já abriu as portas, e sei que você tem toda a capacidade para isso.
Bom trabalho, brother.
"Ou você morre como um herói, ou vive tempo o suficiente para se tornar um vilão".
Meu amigo, que história. Estou aqui, empolgado, esperando um novo capítulo.
Não posso deixar de comentar sua excelente escrita, seria ótimo se metade das pessoas que falam nesse fórum escrevessem igual você.
@Gold Hamlet
Meu guri, você não tem ideia da nostalgia que me acometeu agora, pontuando minha visão com expurgações lacrimosas! Fico feliz que tenha aparecido por aqui, é muito empolgante ver cidadãos da velha guarda ainda visitando este canto do fórum.
Tamo junto!
@Zebrinho Matador
Faz um favor, então, ardiloso amigo? Continua acompanhando, por mim!
@Topic
Pessoal, já terminei esta história e já comecei a escrever a segunda, que será toda narrada na visão do personagem principal. Vou compartilhar com vocês o capítulo 8, agora, certo?
E amanhã todos torcendo para o Boca Juniors e, na quinta, pelo Palmeiras! Avante, esquadra!
CAPÍTULO 8 - O Acampamento Fantasma
Jacob e Jack caminharam em marcha atlética, deixando para trás a escuridão da caverna e saindo num desfiladeiro, à beira do precipício. Parecia vazio. Porém, conforme caminharam, magicamente tendas e mais tendas muito bem estruturadas foram surgindo à sua visão, revelando, também, um grupo de moradores que ficavam na beira do penhasco.
Ao fim, era possível ver o vale da cadeia montanhosa que caracterizava as Planícies Fantasma.
- Com cautela – alertou Jack, que achou por bem embainhar sua espada e orientar o amigo a fazer o mesmo.
Um jovem, que não devia ter mais do que a idade deles, aproximou-se, usando roupas simples de camponês.
- Boa noite – disse, a voz cordial mas estranhamente andrógina, como se fosse reproduzida por algum eco de caverna. – O que os senhores desejam?
- Desculpe, somos Jack e Jacob – Jacob apontou para o amigo e para ele próprio, na sequência. – Somos viajantes de Jarrah, com o objetivo de chegar às Planícies Fantasma.
- Planícies Fantasma? Denominamos as planícies como Ghostland, A Ilha dos Zumbis.
Jack revirou os olhos.
- Como quiserem chamar. Precisamos de um lugar para repousar, pode ser ao relento.
- Não tratamos mal nossos visitantes – ele sorriu, e seu sorriso era sincero. – Se vocês se levantam contra o mal que aflige o continente, estamos com vocês.
- Dreader vai matá-los.
- Não se pode matar o que já está morto.
Eles caminharam ao longo da campina, e Jack achou que era válido aceitá-los. Pareciam cordiais. Muito mais estranhos do que os índios que eles haviam acabado de deixar para trás, mas igualmente bem hospitaleiros.
- Somos mortos-vivos, como os que vocês querem destruir, lá embaixo – o rapaz apontou para o fim do desfiladeiro. – Sou Michael O’Connel, ou apenas Mike. Somos zumbis rebelados, mas apenas em astral.
Jack olhou para Jacob, que disse “Astral?” sem emitir som.
- Quero dizer que estamos presentes apenas de alma – esclareceu Mike, como se tivesse apreendido a confusão dos rapazes. – Nossos corpos descansam no fundo do Tártaro. Somos crias de Hades.
- Hades – repetiu Jake. – É razoável.
Ele sorriu.
- Você tem bom coração para um semideus, Jacob Kniss.
Jake olhou para Jack, assustado, e o amigo devolveu-lhe o olhar. Semideus? Que história era aquela?
- Somos crias de Hades, mas temos aqui, no acampamento, filhos de Hefesto, Ares, Atena e até mesmo Afrodite. Nosso patrono é Hades, certamente, e não seremos hostis, mesmo que o de vocês seja Zeus.
Os dois assentiram, sentindo-se cada vez mais confusos.
- Pernoitem – disse ele, enquanto as duas últimas almas, duas mulheres muito sensuais, acenaram e desapareceram dentro de uma cabana. – Pode ser um pouco frio, mas temos cabanas materiais, assim como cobertores, no final do desfiladeiro. Estejam à vontade.
Com um último sorriso, Mike desapareceu, também, dentro de uma tenda.
- Podemos confiar? – perguntou Jack, num sussurro.
- Podem – disse Mike, aparentando ter um sorriso na voz, de dentro de sua tenda.
Jacob riu, um som anasalado, e acompanhou o amigo até o final da campina. Encontraram a tenda de pano e paus muito resistentes, e cobertores dentro dela.
- Dia engraçado – disse Jacob, feliz, depois de lavar-se em um córrego abundante que desembocava numa cachoeira no fim do penhasco, logo após o amigo, e deitar-se num acolchoado suave de algodão.
- Dia engraçado – repetiu o amigo, mais apreensivo.
Sem conseguir pensar muito, Jacob adormeceu segundos depois, dormindo profundamente, num sono sem sonhos.
* * *
No dia seguinte, a barraca foi sacudida de forma brutal. Jacob piscou duas, três vezes até desanuviar a visão, levantando-se em sincronia com Jack.
- Saiam, viajantes – disse uma voz hostil, do lado de fora, e parecia muito humana.
Jacob empunhou sua espada, ainda com o coração acelerado devido ao susto, e saiu. O sol brilhava a pino sobre eles, um pouco mais à nascente, e o rapaz fez um cálculo rápido – seis da manhã. Dormira muito pouco.
Dois brutamontes quase nus seguravam uma garota pelo cangote, morena, de olhos verdes como as armaduras díspares que usava, rosto muito bonito.
- Selena – reconheceu-a Jack. – O que está fazendo aqui?
- Vocês conhecem esta transgressora? – perguntou um dos brutamontes, irritado.
- O que você fez, Selena?
- Tentou esgueirar-se para dentro do acampamento na surdina – disse o outro gigante, mais irritado que o primeiro. – Pensam em nos saquear?
Jacob olhou em volta como se perguntasse “saquear o quê?”.
- Não banque o engraçadinho comigo, frangote – advertiu um deles.
- Não estou bancando. Está tudo bem, Selena é nossa amiga, e não sabia que viríamos até aqui. Seguia-nos para nos acompanhar em nossa missão.
Os dois gigantes se olharam, como se analisassem a veracidade do que havia sido dito. Depois, eles a largaram, deram de ombros e marcharam a passos rápidos até uma das demais cabanas materiais, desaparecendo na sequência.
- Por Zeus, Selena, entre, você está congelando.
A garota sentou-se, rancorosa, massageando o cocoruto, como se tivesse recebido vários cascudos que fizessem seus olhos lacrimejar. Contou aos dois sobre como fugira de Pajé e sua tribo, e ofereceu-se para auxiliar na missão.
Jacob observou atentamente seus lábios amendoados mexerem-se enquanto ela falava, de forma até a deixá-la ruborizada e constrangida. O próprio Jake desviou os olhos várias vezes, envergonhado.
- E isso é tudo – finalizou.
- Pajé está com medo de ser caçado por Dreader – disse Jack, chateado. – A culpa é nossa. Matamos Rangel em sua campina.
- Ei, cara, não tínhamos escolha.
- Não tinham mesmo – Selena argumentou. – Se o demônio nos tivesse localizado sozinhos, teria dizimado a tribo toda. O Arrebatador deve ter suas razões para escolhê-los, semideuses, de outra forma não poderiam se exibir daquela forma na campina.
Jacob pensou por um instante.
- Por que vocês nos chamam de semideuses?
Selena olhou para ele de forma desdenhosa, como se fosse óbvio.
- Ora, vocês não acham que Claude e Yuri sejam seus pais legítimos, não é? Olha como guerreiam, está no sangue e na aparência de vocês.
- O que quer dizer? – perguntou Jack, nervoso.
- Jack, por Zeus! Vocês são irmãos de sangue, ambos são filhos de Ares com mortais. Combatem de uma forma intangível, não é possível comparar com nada que já tenha sido visto.
Jacob tentou apreender a informação, sem sucesso.
- Selena, Roma e Grécia já caíram há muito tempo – argumentou ele, como se a chamasse para a razão. – Os deuses eram fictícios.
- É mesmo? E por que você ora a Zeus todos os dias?
Jacob abriu e fechou a boca várias vezes, possivelmente sem achar um argumento válido o bastante.
- O.k., você venceu. Suponhamos que sejamos filhos de Ares.
- Vocês são – ela insistiu.
Jack olhou para ele como quem diz “é melhor você não contrariar”.
Selena continuou, nos segundos seguintes, muito silenciosa, como se tivesse mais informações que quisesse compartilhar mas não conseguisse. Isso, entretanto, escapou aos olhos dos amigos, que continuaram fazendo planos.
- Acho que teremos melhores hipóteses se seguirmos por aquelas passagens que encontramos por dentro das rochas, Jacob – Jack argumentou. – Não sei se sobrevivo a novas tribos.
- Provavelmente é melhor – disse Jake, um pouco distraído com Selena. – Temo encontrarmos Teronus antes da hora, se quer saber.
- Acho que podemos lidar com ele – Jack deu-lhe uma piscadela. – Vamos conversar com o pessoal daqui. Preciso muito comer.
* * *
Dreader encarou os quatro homens que haviam sido selecionados por Travers, às oito da manhã. O comandante parecia muito cansado, mas estava disposto a seguir as ordens do Imperador, sem restrições.
- Estes são os melhores homens que temos no exército, senhor – dizia, parado em frente a eles e de frente para Dreader. – São combatentes fantásticos.
- São filhos divinos?
- Locke e Joe são filhos de Apolo – disse Travers, satisfeito com o evidente interesse de seu superior. – São arqueiros formidáveis.
- E quanto aos outros dois? – Dreader apontou-os com o queixo fino e de aparência instável.
- Ambos são filhos de Ares. São espadachins de qualidade.
Dreader assentiu, apreciando seu novo arsenal. Se fosse apropriado, empreenderia, ele mesmo, buscas incessantes pelos desertores.
- Não os ataquem até que estejam de posse das Relíquias do Olimpo – disse, mordaz. – É uma ordem.
- Será acatada, meu senhor.
- E traga as Relíquias para mim, Travers. Com sorte, dominaremos o que sobrou do exército romano e, posteriormente, usaremos os desertores como troféus na cidade.
Travers sorriu de forma maldosa.
- Vão. Quero os cinco empreendidos na busca. Não voltem sem o que lhes solicitei. E matem todos que tiveram contato com os dois.
Os cinco homens bateram continência e saíram, deixando atrás de si um Dreader cheio de dúvidas.
* * *
Josh desceu rapidamente da árvore do lado de fora, sentindo-se mais tenso do que já havia sentido em qualquer outro momento da vida. Desenrolou o pergaminho novamente e pôs-se a escrever febrilmente, na intenção de avisar os amigos.
Jason Walker e o Retorno do Príncipe
Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?
Este fórum exige que você aguarde 120 segundos entre posts consecutivos. Por favor, tente novamente em 1 segundos.
Cara que capítulo massa, poxa se sempre se superando, é acho que os problemas deles estão só começando, prevejo guerras![]()
Crendeuspai! Faz dez dias que eu não apareço aqui!
Desculpa, galera, eu pretendia postar o capítulo 9 no dia 11 deste mês, mas acabei me entretendo muito com o título do Palmeiras pela Copa do Brasil. Estive no estádio, assisti ao jogo na torcida visitante e depois fui ao hotel acompanhar os jogadores campeões! Dio mio! Somos os maiores campeões nacionais! Scoppia!
Bom, vamos adiante. Tive pouca popularidade pelo capítulo 8, talvez por tê-lo postado muito rápido, mas vá lá. Já ultrapassamos mais da metade do conto e eu agradeço a quem o tem acompanhado.
Capítulo 9!
CAPÍTULO 9 - A filha de Zeus
Os três agradeceram muito a hospitalidade muito qualificada dos espíritos da montanha, que responderam amigavelmente, atarefados com seus afazeres diários. O que, pensou Jacob, espíritos poderiam ter como afazeres, ele não gostaria de saber; entretanto, parecia englobar coisas simples, como cortar o tronco de espíritos de árvores e construir fogueiras fictícias, além de abater a alma de animais para assá-la.
- Precisamos chegar lá embaixo depressa – Jake parecia bastante preocupado, e algo o incomodava, embora ele não soubesse exatamente o quê. – Acho que Dreader está nos seguindo. Ele é o diabo em pessoa.
- Sim, é filho de Hades – observou Selena, os olhos grandes e serenos.
Jacob fez uma careta para Jack por trás da garota, e o amigo riu.
- Não, esperem – disse ela, olhando, levemente curiosa, para a depressão da montanha. – Vocês não esperam chegar lá andando, não é? Até chegarem, Dreader já nos terá capturado.
- Como assim nos? Você não vai, Selena. É muito arriscado.
- Mas evidentemente que vou – ela fechou a cara para Jack. – Arriscado ou não, é a subsistência da minha tribo que está em jogo. Vou com vocês.
- Poxa vida, é uma pena que eu tenha perdido o último pterodáctilo – observou Jake, ironicamente. – Mas não há como descer, exceto pela montanha.
Selena balançou a cabeça, incrédula e desgostosa.
- Por Zeus, só nos mandam semideuses limitados. Por favor, segurem-se em mim.
Jack e o amigo trocaram um olhar divertido, mas resolveram obedecer.
- Quando digo para segurar, é para segurar mesmo. Não apenas tocar.
Eles apertaram, cada um, um braço de Selena e, então, tudo girou.
Dois segundos depois, os dois rapazes arquejavam e tinham ânsia de vômito, forçando-se contra o chão de um lodo que, dois segundos atrás, não existia sob seus pés. O rosto de Jacob estava atolado na lama. Jack, por sua vez, levantou-se devagar, tossindo muito e encarando a figura tranquila de Selena.
- Que diabo...
- Sou filha de Zeus, protetora-mor do Acampamento dos Celestes – disse ela, e não parecia estar brincando. – Zeus nos colocou ali para guardar a passagem da montanha até que alguém com alguma sensatez aparecesse para tomar as Relíquias. Parece que o Olimpo confia em vocês, semideuses, ou, de outra forma, eu jamais os ajudaria. Acho que os mataria.
Jacob levantou-se e cuspiu um punhado de grama com lama.
- Engenhoso. Agora conte a verdade.
Selena balançou a cabeça, desgostosa.
- Não seja limitado.
- Sabe, você não é a primeira pessoa que me acusa de limitações, hoje.
- Talvez porque você seja mesmo.
Jack resolveu intervir.
- Onde estamos?
- Ghostland – anunciou ela, apresentando o lugar com um movimento pouco preciso com os braços. – Bem vindos ao berço da morte.
* * *
No castelo, Dreader encarou seu vasto contingente.
- Soldado Yumi – ordenou, ao que um rapaz alto e ruivo deu um passo à frente. – Você conhecia os foragidos?
Ao seu lado, Josh estremeceu.
- Sim, senhor – disse. – Como bem sabe.
- Como pode ajudar Travers?
- Como o senhor já bem sabe, Imperador.
- Vá – disse ele, e, em seguida, olhou para Josh. – Siga-o, Josh. Você nos tem sido muito útil. Como está a família?
Josh levantou a cabeça.
- Bem – respondeu, engolindo em seco.
- É bom que esteja jogando para o nosso lado, ou todos eles perderão a vida. Você entre eles. Vão.
Os dois bateram continência e deixaram o castelo, Josh sentindo-se muito mal. Estava pronto para demonstrar, verdadeiramente, qual era seu lado, mas temia que tudo desse errado.
* * *
Travers limpou o fio da espada, que segundos antes estivera coberto de muito sangue. Havia cumprido seu propósito. O cacique da tribo precisou ser assassinado para que ela entregasse a posição ou o paradeiro da dupla que havia passado por ali.
- Miseráveis – gritou uma jovem, debruçando-se, soluçando, sobre o corpo inerte de Pajé. – Desgraçados! Demônios.
Travers sorriu.
- Crave-lhe uma flecha na testa para que se cale, Locke.
E o arqueiro obedeceu, ao que o corpo frágil da mulher despencou sobre o do cacique. Os índios emitiram exclamações e se retesaram, assustadíssimos.
Com um pouco de relutância, o comandante dirigiu seu olhar para o corpo morto de Rangel, em cuja volta as folhas da grama haviam morrido. O animal enorme fedia demais, e Travers sentiu uma pontada de suscinto desespero ao vê-lo entregue. Se aqueles dois o haviam abatido, suas chances eram um pouco mais reduzidas de os capturarem.
- Vai pagar por isso, Travers – murmurou um índio forte e muito musculoso, os olhos injetados de ódio. – Não esqueceremos da morte dos filhos de Zeus.
- Zeus – debochou Travers, achando muita graça. – Onde está Zeus, que não os protege, nativos inúteis?
O índio olhou para ele, raivoso.
- Quer que crave uma flecha na testa dele também, comandante?
Travers sorriu.
- Não, não é necessário. Deixe-o aí. A dor da perda vai ser recompensada pelo sofrimento.
Os cinco homens iam passando pela fenda na rocha quando foram abordados por outra pessoa, que entrava pelo outro lado da campina. O homem era alto, esguio e forte, e usava a armadura com o distintivo da Red Sky.
- Ah, senhor informante – disse o comandante, com o maior desprezo que pode. – Veio se juntar a nós?
- Será interessante vê-los morrer – disse.
- Traidor – gritou um dos índios. – Traindo a Coroa! Como pode fazê-lo?
- Ahm... Locke? – chamou ele, suavemente. – Flecha na testa, por favor.
O arqueiro tombou o último índio, antes de se juntar aos outros cinco homens que atravessaram a fenda.
[center]* * *[/crenter]
Jacob tinha feito sua vida se tornar um borrão inexplicável nos últimos minutos. Selena, que dizia-se ser descendente – filha – de Zeus, os havia mostrado muito mais do que a magia básica que se aprendia nas escolas de Jarrah. Era magia avançada, muito poderosa, e, agora, seu aviso de que ele e o amigo eram filhos de Ares ressoava, retumbante, em seu ouvido.
Jack, por sua vez, parecia mais relaxado, como se estivesse conformado com seu potencial destino.
- Creio que a entrada da tumba seja naquela direção – Selena apontou para noroeste, e Jacob resolveu não contestar. Levantou a cabeça e tentou olhar através do cemitério de ossos ressecados e gigantescos, a névoa baixa que impedia ainda mais a visão, e a vegetação rasteira em estado terminal. – Fica a poucos minutos de caminhada.
- O que poderemos encontrar, Selena?
- Nos primeiros andares, creio que nada, Jack. Nada além de lebres e alguns ratos gigantes. Entretanto, os dois últimos andares revelam tudo que há de horroroso na planície.
- Como o mago Teronus – observou Jacob.
- Arrisco-me a dizer que Teronus não é nosso maior problema – sentenciou Selena, misteriosa. – Toda sorte de mortos-vivos e esqueletos pode nos atacar, precisamos estar preparados.
- Temos sua magia – Jack observou.
- Teronus não é tolo – Selena estava muito séria. – Provavelmente, minha magia será anulada em seu reduto mágico. Espero que vocês possam aflorar seus poderes logo, visto que o mago já me conhece e deve ter se preparado avidamente para a oportunidade.
Jacob e Jack ficaram quietos.
- Vamos andando – disse ela, empunhando seu arco e liderando o grupo.
Os dois caminharam atrás dela, silenciosos e muito cautelosos, as espadas em punho. Repentinamente, entretanto, uma pomba desceu dos céus, descrevendo um arco sobre o grupo.
- Uma mensagem – disse Selena, admirada.
Jacob tomou-a, o coração aos saltos.
- Leia em voz alta – disse Jack, aflito.
- “Ele sabe da morte da besta. Mandou um batalhão de elite. O traidor vai estar entre eles. Estejam atentos.”
Jack e Jacob entreolharam-se, mas Selena não pareceu se impressionar.
- Quem é o traidor?
- Josh tem nos dito que há um traidor no exército, mas não fazemos ideia de quem é – explicou Jacob. – Pelo que nosso amigo nos tem relatado, existe apenas uma pessoa que conhece nossas habilidades e que se enquadra no medo que eventualmente venhamos a sentir.
- Yumi – Jack cuspiu, na hora.
- Yumi – concordou Jacob, sentencioso. – Ele é muito habilidoso. Melhor irmos andando.
O grupo fechou os flancos, caminhando com cuidado, o barulho de trituração inevitável enquanto pisavam nos restos de muitos pequenos animais mortos. Chegaram, entretanto, facilmente à entrada da tumba: uma rocha gigantesca no coração de Ghostland, com uma entrada estreita, cuja passagem permitia apenas um homem por vez.
- Vou primeiro – disse Jacob, ao que, sem delongas, alçou-se para dentro, os pés atingindo o chão muito antes do que imaginava.
Jack e Selena vieram na sequência, mas não havia luz alguma. O teto era muito baixo, de modo que Jack e Jacob precisaram se agachar para poder caber ali dentro.
- Pode nos dar um último suspiro, Selena?
A garota abaixou-se, tateou até achar um pedaço grande de pau e, com muita habilidade, estourou sua ponta com um raio certeiro, gerando fogo na sequência. Ao que tudo indicava, sua magia estava intacta.
A antecâmara era pequena. Juntos, com o coração aos saltos, os aventureiros dirigiram-se ao longo do labirinto.
Jason Walker e o Retorno do Príncipe
Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?
Este fórum exige que você aguarde 120 segundos entre posts consecutivos. Por favor, tente novamente em 1 segundos.
Olha eu de novo por aqui, como falei não ia esquecer, mas vejamos, humm esse capítulo me lembrou uma parte massa do um filme que vi, mas não conto, nem se acenderem uma luz, kkkkkkkkkk
Bom essa busca do traidor me intriga, por que só há suspeitas, não dá para ter certeza e tem uma coisa, em caso de dúvida prol réu, vi isso num juri que fui, o cara foi absorvido assim, então a vantagem é do talentoso lá.Brincadeira que eles coloquem ele numa camara de tortura e arranque as tr, ops me empolguei.
Bom aproveitando meus últimos dias de treino no meu novo char, aproveitei pra ler sua história.
Gostei bastante da história até agora. Os leves toques de humor são algo que me agradaram bastante, assim como as descrições dos lugares que eles passam.
A única coisa que me confundiu são os nomes. Por vezes confundi Jake com Jack e me obriguei a reler. Mas foi a única dificuldade.
Outra coisa, o Leviatã não é relatado como uma fera aquática?
@Cavaleiro Calmo
Obrigado por ter aparecido por aqui, foi bom ver um comentador a mais para me estimular. E quanto ao Leviatã, isso vai depender muito: Dan Brown chamou de Leviatã os Illuminati; Jerry Bruckheimer, produtor d'O Piratas do Caribe, chamou de Leivatã o Craken; Thomas Hobbes chamou de Leviatã o Estado Absoluto, na pós-Idade Média.
Eu sempre vi o Leviatã como um monstro implacável, porque é como os autores, atores e produtores que eu conheço o designam. Optei por chamar o monstro de Leviatã pelo fato de que há muitas distinções entre as interpretações sobre o que é e qual é sua origem! =)
@Topic
Estive um pouco afastado e um tanto quanto desmotivado, mas vamos tentar prosseguir. Este capítulo é muito, mas muito curto em face aos demais. Vocês entenderão na sequência.
CAPÍTULO 10 – TERONUS, O MAGO
Logo se viu que a ideia do grupo não tinha dado certo. A câmara era um emaranhado ímpar passagens fechadas, antessalas enganosas e caminhos em círculo. O grupo logo se perdeu, e não conseguiu encontrar, novamente, o caminho do retorno.
Jacob raciocinou. O que poderiam fazer para terem um guia?
Repentinamente, uma voz soou-lhe na mente: o centro é a resposta. Jacob olhou para os lados, procurando o dono dela, mas não havia ninguém, fora os amigos estupefatos olhando para ele.
- Essa voz – murmurou ele, pensativo. – Já a ouvi antes.
- Que voz? – Jack parecia assustado.
- Deu-me uma direção. Disse que o centro é a resposta.
Selena sorriu.
- Foi Ares, menino Jacob. Ele o orientou a buscar o centro do labirinto.
Jacob evitou revirar os olhos.
- Onde estamos, exatamente?
- Acho que a leste – murmurou Jack, um pouco perdido.
- Neste caso, seguimos naquela direção.
O grupo, a partir de então, esforçou-se para buscar o centro do labirinto, na direção contrária de onde seguiam. O local causava arrepios nos braços dois dois rapazes, mas Selena aparentava a mesma tranquilidade de sempre. Jacob, entretanto, não conseguia esquecer da voz que recém-ouvira – teria sido Ares, o pai de quem Selena tanto insistia em falar?
Logo à frente, a passagem dobrava à esquerda e, no fim, havia um conjunto de escadarias de pedra que descia de forma bastante íngreme.
- Viu? Ares o guiou, Filho da Guerra.
Jacob achou melhor não contrariar. Parecia, enfim, estar confiando nos instintos da garota, mas algo sobre ela a deixava ligeiramente nervoso. Era estupendamente bonita, mas parecia emanar uma aura estranha.
O rapaz tentou afastar seus pensamentos, centrando-se em sua missão.
- Arma em punho – disse, liderando o grupo à frente.
O andar de baixo da caverna era muito mais simples e muito menor. Terminava, logo à frente, num corredor único de porta fechada. Entretanto, logo que o alívio invadiu o grupo, ele se dissipou – pesadíssimos esqueletos, um para cada membro do grupo, saltaram à frente, bloqueando a passagem.
- Vocês não resolveram o enigma – sentenciou um dos esqueletos, armado fortemente com uma espada serrilhada. Sua voz parecia ter vindo direto das profundezas do inferno.
Jacob, com o coração aos saltos, baixou a espada.
- Que enigma? – sua voz falhou duas vezes.
- Vocês não resolveram o enigma – sentenciaram, desta vez, os três juntos, sem mais nada dizer. Suas órbitas vazias não revelavam nada.
Desesperado, Jacob olhou para os amigos. Jack tinha o mesmo tom branco de sua pele, mas Selena, curiosa, olhava para uma outra cavidade a leste da sala.
- O que é aquilo?
- O Desafio de Anúbis – disse o esqueleto e, se é que era possível, sorria. – Resolvam o desafio de Anúbis, e deixaremos vocês passarem.
- Mas que merda – ralhou Jacob, irritado. – Não temos tempo para uma merda de um enigma. Travers vai estourar esta porcaria inteira a qualquer momento!
Selena, entretanto, olhou para a estátua, que revelava um lobo amamentando duas crianças. Curiosa, ela avaliou cada um dos detalhes. No centro, uma inscrição em latim dizia algo que os garotos não conseguiram entender.
- É simples – disse ela, sorrindo. – Eles querem que desvendemos o conteúdo da estátua. Óbvio.
Os rapazes se olharam, mas os esqueletos não se moveram.
- Trata-se da deusa Lupa, amamentando Rômulo e Remo, os fundadores da cidade de Roma.
De forma repentina, os esqueletos desintegraram-se, restando, apenas, uma porção de ossos jogados ao chão. Suas armas haviam desaparecido, e eles não aparentavam apresentar mais qualquer ameaça.
Selena sorriu, radiante, e fez sinal para que eles a acompanhassem. Ao fim do corredor, a porta se dissolveu e revelou uma escadaria ampla, sem corrimão, que terminava numa clareira gigantesca, de chão revestido de linóleo preto e branco, sem passagens ou portas.
Apenas a parede nua circuncidava a clareira.
Ao fim, havia um baú azul marinho, sem fechaduras. Seu brilho resplandecia, e ele era extremamente valoroso, à distância.
- As Relíquias do Olimpo – murmurou Jack, assombrado.
- Está... muito fácil, não acha? – perguntou Jacob, desconfiado. – Onde está Teronus? Quem guarda o baú? Não é ele?
Selena abaixou a cabeça e fez uma prece muito rápida. Nada aconteceu. Ela beijou seu colar de contas e escondeu-o novamente por baixo da roupa, olhando para todos os cantos da sala.
- Espada em riste – ordenou Jake, ao que Jack sacou sua espada e Selena, seu arco.
Dois passos adiante, entretanto, toda a estrutura da caverna tremeu. O terremoto foi tão intenso que jogou o grupo todo no chão, e eles cobriram suas cabeças, receando que uma rocha lhes atingisse.
Enfim, perceberam.
Havia uma quarta pessoa na sala, entre eles e o baú.
Jason Walker e o Retorno do Príncipe
Sexta história da série de Jason Walker e contando. Quem sabe não serão dez?
Este fórum exige que você aguarde 120 segundos entre posts consecutivos. Por favor, tente novamente em 1 segundos.