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Tópico: A Cadeira de Cristal

  1. #41
    Avatar de Thomazml
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    MT Roooxxxx CoNtiNua PLZZZZZZ

    +fake

    Gostei bastante da sua história manteiga. Eu já disse, na outra narrativa que você NÃO acabou, que só por ter sido escrita por você e por se tratar de Tibia, já tenho garantia de uma boa história. Alguns erros ortográficos normais (que logo esqueço) que não comprometem a beleza do todo. Gosto do Tibia "aumentado", também o uso em minhas histórias.

    Nunca gostei da Ângela, e continuo não gostando. Personagem pouco carismática, mas fazer o que?

    No último capítulo, porém, a parte final - quando eles são atacados - ficou bastante confusa para mim.

    Esperando novo capítulo...



    EDIT
    Obrigado, lendo sua história, me deu uma imensa vontade de continuar "A História de Ralf Greenwood". Vou tentar continuar a escrever.... só não vai desistir e deixar esta história inacabada!

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    Última edição por Thomazml; 04-08-2009 às 16:42.
    Quer participar de uma alta aventura com essa turma do barulho? Quer escrever sobre Tibia, ser enganado por um monge pra lá de pestinha? Achas que tens o que é preciso para esma... digo, para entrar no Hall da fama? Passa lá na Biblioteca-imensa-cheia-de-coisa-e-mundialmente-conhecida!

    Escritos no TebeaBeerre

    -=R.I.P =-
    Aqui já Lucius Cath
    Eterno troll

  2. #42
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    Atualização O próximo capítulo deve sair só semana que vem, estou postando agora para recuperar o tempo perdido, bem como vocês sabem. Este é um capítulo com menos ação e potencialmente inútil. PLanejei umas mil coisas pra ele, mas preferi deixar desse jeito. Serve mais para tentar salvar Angela. Esse capítulo faz um avanço que permite o capítulo seis, sendo que os dois falam mais de Angela como personagem. Espero ter humanizado mais ela. E espero que vocês gostem um pouquinho mais dela depois que esses dois capítulos passarem :x

    Capítulo Cinco
    A Face Nua

    Trevas eram emanadas de todos os cantos da escura e picotada sala circular de terra onde eles estavam. Por razões desconhecidas um frio espectral e uma sombra eterna e depressiva vagavam pela mente e pela alma daqueles aprisionados ali. Aquela dimensão sombria era habitada apenas pelos sons de um tilintar metálico de correntes colidindo-se umas com as outras e com as pedras pontudas das paredes.

    Resmungando, Angela foi lentamente abrindo os olhos cinzentos. Foi registrando a forma circular do ambiente, o solo barrento e alguns móveis e objetos irreconhecíveis pela ausência quase completa de luz. A única iluminação era feita por duas tochas secas tomadas por um fogo azul pálido e contido, que tinha vergonha de impor-se naquele ambiente hostil. Ela sentiu um gosto agridoce na boca que fazia a cor púrpura entrar com força em sua cabeça. Meio desnorteada, virou a cabeça para os lados com uma lentidão tediosa em busca do companheiro meio humano e meio besta. Encontrou-o ao seu lado esquerdo, acorrentado pelas mãos à parede, exatamente como ela. Sentiu o metal cortando seus pulsos e o desconforto finalmente tomou conta dela. Foi despertando para a consciência aos poucos, até perceber-se completamente lúcida.

    Forçou a visão para algo grande no centro de todo o lugar e constatou ser um grande balcão provavelmente de madeira, passado transversalmente ali. Sobre ele haviam coisas que pareciam ser livros, pergaminhos e uma pilha de quinquilharias irreconhecível. Exceto pelo seu chapéu, completamente discernível no topo da pilha. Mas que droga! Nada disso deveria ter acontecido! Já fora aprisionada antes, mas algo dentro dela dizia que dessa vez as coisas poderiam ser muito piores. Por alguma razão o Pentágono estava atrás dela. O que acabou mudando completamente sue jeito de ser, pensar e viver. Queria a calmaria do pântano de novo... Queria evitar essa guerra e poder voltar aos meus trabalhos!

    As correntes de Zoroast colidiram com a parede provocando um som alto e que ecoou longamente. O minotauro despertou e resmungou, falando algo em sua língua logo em seguida. Tentou soltar-se à força, mas após perceber que era inútil, bufou alto e começou a chutar algumas pedrinhas próximas.
    - Zoroast! Pare com isso! – Repreendeu Angela em um sussurro quase inaudível. Sua sorte era que os minotauros tinham uma boa audição. Ele parou e rezingou baixinho.
    - Estou com raiva. Quero sair. Vou arrancar correntes! – Trovejou ele tentando soltar-se novamente, como se fosse um ser irracional. Talvez seja, maldosamente pensou a bruxa enquanto soltava um longo suspiro. De fato, seus amplos conhecimentos sobre quase tudo não chegavam ao estilo de pensamento dos minotauros, o que poderia ser uma perda lastimável. Devo pesquisar sobre isso depois que tudo isso acabar. Só não posso agora ficar depressiva! Procurou analisar o material das correntes por um tempo enquanto o companheiro ficava se remexendo debilmente. Decorreram longos minutos até a fera se cansar e, ofegante, voltar-se para a humana.

    - Pode tirar nós daqui? Usar magia. – Disse ele, demorando um pouco antes de proferir a última palavra, como se evitasse pronunciá-la. Angela encarou-o longamente enquanto lambia o céu da boca. Após certo tempo, chegou a uma triste conclusão que demorou em anunciar a Zoroast.
    - Não. Me deram uma Poção de Anulação Mágica. Posso tentar mil vezes, mas feitiço algum vai se realizar enquanto eu não beber um antídoto. – O minotauro ouviu tudo e fez uma expressão de espanto quando a bruxa terminou de falar.
    - Como saber disso?
    - Acredite em mim. De poções eu entendo. O gosto na minha boca e a cor que ele me lembra são bem característicos deste tipo de poção. Ou é isso ou eu bebi suco de limão com beterraba, mas acho improvável. – Ela deu uma risadinha que não foi compartilhada. Preciso me acostumar com a seriedade dele. Mas uma ironiazinha não faz mal a ninguém!
    - O que nós fazer? – Indagou o minotauro enquanto tentava pela milésima vez se libertar usando a força.
    - Não faço idéia. Mas pode parar de ficar forçando as algemas. Devem ser enfeitiçadas. Pelo menos seria bem a cara do Pentágono fazer isso, não acha? Apesar de conviver a pouco tempo com essa realidade, fica bem óbvio o que eles são e o que não são capazes de fazer. Se ao menos eu pudesse usar magia...

    Houve então um leve ruído, quase imperceptível na extremidade oposta da sala. Apenas Zoroast o ouviu, apesar de estar se movendo barulhentamente. Pensou alto na sua língua-mãe e apertou os olhos na direção da sombra sem fim, buscando qualquer indício de presença de caveiras ou qualquer outra coisa capaz de produzir sons. O que viu o deixou desconcertado. Paradas perto de uma escadinha quase que o tempo todo estavam duas caveiras fortemente armadas e protegidas por amaduras pesadíssimas. O que as entregou foram as quase indiscerníveis sombras projetadas na parede pelo fogo fantasmagórico.

    - Ter caveiras lá. – Disse ele indicando o outro lado com a cabeça.
    - Eu suspeitei. Eles não seriam loucos a ponto de nos deixar sozinhos aqui, seriam?
    O minotauro bufou.
    - E agora, que fazer?
    Angela baixou a face e deixou os cabelos negros caírem, ocultando a face. Começou a resmungar e a fitar os sapatos de coco, até que repentinamente ergueu a cabeça e explodiu em palavras.
    - Eu não sei!... EU NÃO SEI DROGA! – O grito ecoou pela sala. Houve uma movimentação anormal do outro lado, causando um tilintar metálico que perdurou por alguns segundos, mas logo se perdeu no mar de frases que saltavam da boca de Angela. – Droga, é tudo culpa minha! Se eu não morasse com Wyda provavelmente o homem-corvo desgraçado nunca teria a matado! Ou se eu tivesse demorado mais na cidade eu poderia chegar lá e ele já ter partido... Eu não precisaria ter fugido então! E se eu não tivesse gritado daquele modo na ponte não estaríamos aqui!

    - Não culpa sua... – Disse baixinho o minotauro que olhava nervosamente de tempos em tempos para o lugar aonde deveriam estar as caveiras, agora imóveis.
    - Você não entende Zoroast. Tudo é culpa minha sim. Tudo graças a essa minha existência maldita e falsa! Eu tive uma longa e dolorosa vida, fada a aceitar a morte de pessoas queridas e a me tornar aquilo que eu não queria! O tempo juntou tudo isso e lapidou em uma máscara maldita, na qual eu lamentavelmente me escondi... E por medo! Medo! Eu me escondi atrás de uma Angela ridícula, metida a sábia e insensível por medo de tropeçar e cair! E sabe por quê? Por que eu não iria conseguir me levantar. Eu sou uma fraca, medrosa e infeliz. E sempre vou ser!

    Pairou um longo silêncio depois que os gritos de Angela finalmente retiraram-se da sala. Ela ficou fungando por algum tempo enquanto o minotauro tentava formar uma frase em sua mente para tentar confortá-la. Quando decidiu-se pelas palavras, começou a proferi-las em um tom mais alto.
    - Pois poder mudar agora. A máscara cair, ser agora outra bruxa. Ser sábia e calma, mas ser sensível. Ser humana.
    - Eis o problema... Eu não consigo expressar o que eu sinto Zoroast... Eu sou muito artificial. Que droga, que merda de vida! – Gritando, ela chutou o chão com força, provocando um baque contido. Tal movimento fez voar uma pedra que estava parada ali na direção de uma das tochas. O projétil improvisado acertou o equipamento derrubando-o sobre uma mesinha de madeira coberta por papéis próxima. O fogo azul e outrora fraco cresceu e consumiu a mesa com vontade, passando depois para algumas estantes e para o balcão principal. Logo, todo aquele pedaço da sala estava mergulhado nas chamas mágicas.

    - Há! Que ótimo, agora eu fiz mais merda ainda! Só eu mesma pra foder com tudo! – Falou Angela em um tom brutal e com os olhos fulminando os sapatos de coco. O minotauro olhava-a com uma expressão mista de confusão de ansiedade estampada na face. Decididamente nunca a vira tão alterada. Ela ficou resmungando e falando coisas auto-depressivas por algum tempo, até que o ser que a acompanhava encheu-se de tanta falação e urrou.
    - Calar a boca, sim?! Ter que pensar sair daqui, não praguejar você! Quer ferrar mais coisas?
    A bruxa parou o que estava fazendo e virou-se para o minotauro, encarando-o sem vida por alguns instantes. Foi revistando ele pelo olhar até perceber que o estava analisando profundamente, como se o visse pela primeira vez. Lembrou-se de como lidara com ele completamente desumana nos últimos tempos, como fora ingrata pelo fato de ter sido salva por ele e como pensara demais antes de fazer qualquer coisa. Viu nele um bom ser que só queria ajudar, do seu jeito rústico e irracional, de fato. Então começou a lembrar-se de toda sua vida. Das coisas difíceis, do incontável tempo que passara entre os elfos e como tentara se espelhar neles. Parou e começou a pensar. Eu sou humana. Não posso ser perfeita ou indiferente ao que ocorre aos meus semelhantes... Não posso fugir dessa guerra pois há muito tempo já me meti nela. Devo lutar... Por mim. Por Zoroast. Por Wyda.

    - Tem razão. – Disse ela acordando de seu transe. Não podia mais submeter-se a fraquezas ou se esconder em sua máscara medíocre por medo de errar. Errar é humano, assim como sentir. E assim como eu! – Eu estava distraída demais vendo o lado pessimista de tudo. Mas eu não sou assim. Eu na verdade nem sei quem sou. – Ela soltou um risinho. - Mas eu sei que não posso fraquejar!
    - Grande filo... Filosofia?! Mas como sair nós daqui?!
    Houve um grande alvoroço do outro lado da sala e ambos viram quando o fogo avançou sobre uma das caveiras, consumindo-a. A outra rapidamente alarmou-se e saiu correndo escada acima, em um desespero notável.
    - Não sei, e não estou me sentindo fraca por causa disso! – Angela disse animada, como se o fato de estar prestes a morrer carbonizada não significasse nada. – Mas eu vou nos tirar daqui. E rápido.

    Ela voltou-se então para o resto do ambiente, buscando algo que pudesse ajudá-los a escapar. Encontrou o objeto de libertação pousado em cima da mesa, meio escondido embaixo do seu chapéu. Sua varinha branca estava apenas há alguns metros do fogo, e seu brilho costumeiro agora estava mais forte do que nunca.
    - É isso. A varinha. – Ela indicou-a para Zoroast. – Se eu puder pegá-la, posso estourar essas algemas malditas e nos livrar daqui. Só não faço idéia de como fazer isso.
    Mas ela não precisou pensar muito. As línguas de fogo azul tomaram as pernas do grande balcão e transformaram-nas em cinza. Com um forte rangido, o móvel cedeu, erguendo uma longa cortina de poeira. Os utensílios que estavam sobre ela foram arremessados em todas as direções, alguns até mergulharam nas chamas. A varinha simplesmente saltou no ar e cair no chão poucos metros à frente de Zoroast. Este alcançou a arma com uma das patas e chutou-a para Angela, que parou-a com um dos sapatos de coco. Enquanto o fogo dominava o ambiente, ela calmamente foi colocando – ou pelo menos tentando – a varinha entre os dois pés, erguendo-a em direção à sua cabeça.

    - Ter certeza que funcionar? – Indagou o minotauro, que agora só assistia.
    - Não. Eu posso errar e estourar a minha cabeça. E isso ia doer pra caramba. Mas não se preocupe, eu não vou errar. Não posso deixar você aqui para apodrecer por causa de um erro meu. Eu vou nos tirar daqui. – Ela então concentrou-se na arma e sentiu seu fluxo de magia. Virou a cabeça para a esquerda e deixou um espaço mínimo entre ela e a outra algema. Vamos Angela, você pode conseguir! A vida de Zoroast está em suas mãos! Ela soltou um berro quando uma mínima espiral arroxeada de energia pura saltou das argolas da arma, rodopiando com velocidade exemplar até a algema, acertando em cheio. O item soltou um chiado e estourou, libertando o pulso direito da bruxa. Ela comemorou e agarrou a arma com a mão livre, destruindo a outra algema. Massageou os pulsos e sentiu-se aliviada ao perceber que não estavam de fato cortados. Depois correu e soltou o minotauro, que agradeceu timidamente.

    Com um calor infernal às suas costas, a dupla correu até o que sobrava do balcão principal e recolheu suas coisas apressadamente. Antes de partir, Angela pegou um certo livro de capa negra que estava ao lado de sua mochila. Eu e minha curiosidade! Depois correu junto com o minotauro para fora dali, emergindo pela escadinha tosca em um longo corredor de barro, que vinha a terminar em outra escadaria, esta feita na própria pedra. Subiram-na e sentiram-se reconfortados quando o sol banhou-os por completo. Ofegantes e suados pararam para respirar, enquanto olhavam ao seu redor. Estavam em uma grandiosa formação de pedra e barro com grama verde e viva por todos os lados. Era uma longa montanha cheia de barrancos e vales profundos. Distante, ao sul, estava clara a formação rochosa que era a Grande Velha. Olhando para o norte era possível ver uma grande floresta fechada e próxima do litoral.
    - Vamos, temos que sair logo daqui. As caveiras podem voltar, ou até mesmo o necromante que nos atacou. – Ela então começou a correr para o leste, tentando chegar até a borda da montanha. Zoroast estava empacado.
    - Não ir. Minotauros estar para o oeste. Ter de ir agora.
    - Eu lamento muito Zoroast. – Disse Angela prontamente, como se esperasse tamanha teimosia do companheiro. – Mas eu não posso arriscar mais. Algo está me dizendo que será pior se você seguir para Carlin sozinho. E eu não posso permitir que algo ruim aconteça a você, não depois de tudo que fez por mim. – Ela fez uma pausa longa enquanto encarou o outro complacentemente. – Me desculpe meu caro amigo. Mas eu vou ter que te levar aos elfos.
    Manteiga.
    Última edição por Manteiga; 05-08-2009 às 01:12.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  3. #43
    Avatar de Emanoel
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    O que é uma sala "picotada"? Não consegui imaginar.


    Deus ex machina. Expressão utilizada para designar – entre outras coisas – acontecimentos artificiais e altamente improváveis que ocorrem em obras de ficção.

    Primeiro, a pedra acidentalmente "voa" – isso significa que era bastante leve – e derruba uma tocha (objeto que poderia estar preso em um suporte metálico [fixado ao chão ou parede], mas isso não fica claro no texto). Logo depois, as pernas (apenas as pernas) de um móvel são velozmente e convenientemente consumidas pelo fogo... e ele cede... e isso ocasiona no arremessamento de objetos em todas as direções (?).

    Enfim, genuíno Deus ex machina, com os protagonistas sendo salvos por uma série de eventos forçadíssimos. Desculpe-me pela sinceridade, mas para uma história que possui a aventura como foco central, artifícios do tipo acabam sendo os grandes vilões: desestimulam e subestimam o leitor.


    (O quote facilitará a explicação...)

    Fiquei muito confuso com o balcão e a mesa. Cheguei a pensar que eram o mesmo objeto, mas depois percebi a incoerência...

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    Forçou a visão para algo grande no centro de todo o lugar e constatou ser um grande balcão provavelmente de madeira, passado transversalmente ali. Sobre ele haviam coisas que pareciam ser livros, pergaminhos e uma pilha de quinquilharias irreconhecível. Exceto pelo seu chapéu, completamente discernível no topo da pilha.
    O chapéu está no balcão.

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    O fogo azul e outrora fraco cresceu e consumiu a mesa com vontade, passando depois para algumas estantes e para o balcão principal.
    A mesa foi consumida pelo fogo.

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    Encontrou o objeto de libertação pousado em cima da mesa, meio escondido embaixo do seu chapéu. Sua varinha branca estava apenas há alguns metros do fogo, e seu brilho costumeiro agora estava mais forte do que nunca.
    O chapéu está na mesa (contradição).

    A varinha está na mesa (e não foi consumida pelo fogo!).

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    As línguas de fogo azul tomaram as pernas do grande balcão e transformaram-nas em cinza. Com um forte rangido, o móvel cedeu, erguendo uma longa cortina de poeira. Os utensílios que estavam sobre ela foram arremessados em todas as direções, alguns até mergulharam nas chamas. A varinha simplesmente saltou no ar e cair no chão poucos metros à frente de Zoroast.
    A varinha está no balcão (contradição).


    Erros de continuidade, objetos trocando de lugar. Lembrou-me uma cena do clássico A Clockwork Orange, além de tomadas psicodélicas que Lars von Trier adora filmar.


    Não é uma crítica nem nada, só para comentar mesmo... Zoroast falando "praguejar" foi estranho.

    Creio que esse foi o capítulo com a maior quantidade de pequenos erros. Por exemplo, assim como no anterior, você trocou "seu" por "sue".

    E, na minha opinião, também foi o mais fraco. Realmente não gostei de nenhum aspecto. Torço para que você supere essas situações nonsense. Até o próximo.

  4. #44
    Avatar de zack746
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    Que bom que Emanoel me poupou do trabalho braçal, me resta então pegar a parte menos trabalhosa porém mais angustiante.

    A personagem por nome Angela era até o momento intrigante, tinha um porque dentro de tudo o que ela dizia, no entanto acho que por causa dos comentários acabou-se colocando uma culpa sem tamanho sobre a personagem que acabou forçando-te a pensar que ela precisava de tal humanização.

    Só que você acabou deixando-a forçada, muito mais robotica que minha maquina de lavar. Parece-me que ela tinha num momento enlouquecido quando na verdade de um momento pra outro ela tinha tudo em suas mãos. Minha dica é que você edite o capitulo e tente fazer outro de preferência totalmente diferente.

    Um dos piores capitulos que eu já vi de sua pessoa.

    Espero que retorne aos seus conceitos e concerte tudo novamente.

  5. #45
    Avatar de Steve B
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    Desvendando a Sala Picotada, por Steve Do Borel.

    Mapa da dita cuja:




    Começando do começo.

    A única iluminação era feita por duas tochas secas tomadas por um fogo azul pálido e contido, que tinha vergonha de impor-se naquele ambiente hostil.

    Você não especificou aonde exatamente estavam as tochas. Vou supor que estejam perto dos dois prisioneiros.

    A = Angela
    Z = Zorak

    M’s vermelhors = tochas

    Forçou a visão para algo grande no centro de todo o lugar e constatou ser um grande balcão provavelmente de madeira, passado transversalmente ali.

    L deitado e marrom = balcão de madeira.

    Exceto pelo seu chapéu, completamente discernível no topo da pilha.

    Seu chapéu está em cima do balcão. Não colocarei-o no desenho.

    Observe que nesse ponto a descrição inicial acabou.



    Depois de um diálogo entre os dois:

    Paradas perto de uma escadinha quase que o tempo todo estavam duas caveiras fortemente armadas e protegidas por amaduras pesadíssimas.

    C = caveira.
    C = caveira.
    Escada = escadinha.

    Depois do ataque de TPM de Angela, outros objetos surgiram na sala.

    O fogo azul e outrora fraco cresceu e consumiu a mesa com vontade, passando depois para algumas estantes e para o balcão principal. Logo, todo aquele pedaço da sala estava mergulhado nas chamas mágicas.

    Quadrado marrom = mesa.
    Retângulo marrom = estantes.

    Vamos prosseguir:

    Houve um grande alvoroço do outro lado da sala e ambos viram quando o fogo avançou sobre uma das caveiras, consumindo-a. A outra rapidamente alarmou-se e saiu correndo escada acima, em um desespero notável.

    Observe que as caveiras esperaram o fogo chegar até elas. Mas deixa, elas são burras mesmo. E, como bons guardas, deviam estar dormindo. O que importa é que uma pegou fogo e a outra rapidamente fugiu e nunca mais foi vista (ou não).

    Encontrou o objeto de libertação pousado em cima da mesa, meio escondido embaixo do seu chapéu. Sua varinha branca estava apenas há alguns metros do fogo, e seu brilho costumeiro agora estava mais forte do que nunca.

    Em meio às chamas, Angela conseguiu avistar sua varinha embaixo do chapéu em cima da mesa. Mas não conseguia pegá-la, um empecilho que logo foi resolvido, como podem ver:

    Mas ela não precisou pensar muito. As línguas de fogo azul tomaram as pernas do grande balcão e transformaram-nas em cinza. Com um forte rangido, o móvel cedeu, erguendo uma longa cortina de poeira. Os utensílios que estavam sobre ela foram arremessados em todas as direções, alguns até mergulharam nas chamas. A varinha simplesmente saltou no ar e cair no chão poucos metros à frente de Zoroast.

    Eis a parte mais confusa e comprometedora do capítulo. O balcão se transformou em cinzas, utensílios voaram e a varinha, que estava na mesa, caiu perto de Zorast. Só para lembrar, havia ainda estantes entre o balcão e a mesa.

    Antes de partir, Angela pegou um certo livro de capa negra que estava ao lado de sua mochila.

    Enfim, Angela, que não havia notado nem onde estava sua varinha, no meio da confusão repentinamente achou um livro de capa negra e resolveu o pegar. E ele estava ao lado de sua mochila.

    Nesse caso, eu teria que ler o capítulo todo pela quarta vez, coisa que não vou fazer. Mas não tenho certeza se a mochila já havia sido mencionada. Acho que não, embora possa estar errado.


    E então a nossa dupla de heróis consegue enfim sair do conturbado recinto, pela escadinha.

    Espero ter elucidado qualquer dúvida sobre a sala supracitada.


    @Outros pequenos erros

    Devo pesquisar sobre isso depois que tudo isso acabar.
    Repetição.

    - Você não entende Zoroast.
    Não faltou uma vírgula antes de Zorast?

    - Eis o problema... Eu não consigo expressar o que eu sinto Zoroast...
    Denovo?

    fada a aceitar a morte de pessoas queridas e a me tornar aquilo que eu não queria!
    Fadada?


    @No geral
    Tirando a confusão da sala e os pequenos erros, o capítulo está inegavelmente bem escrito. Mas, dessa vez, a confusão foi grande.

    Gastei tanto tempo pensando na sala que fiquei com preguiça de falar sobre Angela. De qualquer modo, esperarei outros capítulos para que sua personalidade se desenrole mais. Só quero dizer que não, você não salvou Angela, longe disso.

    E também que, apesar de meus outros comentários, não acho que você deva salvar Angela, ou pelo menos não fazer um capítulo somente para isso. Um personagem sem carisma não necessariamente compromete uma história.

    Em Senhor dos Aneís, por exemplo (e novamente esse exemplo), os personagens demoraram um bocado para adquirir carisma, e eu não larguei o livro nos primeiros capítulos por causa disso.

    Até.




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    Última edição por Steve B; 06-08-2009 às 16:39.

  6. #46
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    Fica até difícil comentar depois do Emanoel, mas...

    Mesmo depois de tirar o atraso, achei que Ângela ainda ficou devendo. Você já deve estar de saco cheio de ouvir isso, mas sinto muito, repetirei até deixar de ser verdade.

    Além disso, não se esqueça de trabalhar melhor os espaços dentro do Tibia. Olhe o mapa como se fosse de um mundo real, não de um jogo em que você cruza o mundo inteiro em 10 minutos.

    Vou ter que ressaltar também a descrição de alguns cenários, como essa última sala, que me deixaram confusos.

    E, aí é muito mais uma questão pessoal, não vejo os habitantes do mundo do Tibia usando os mesmos palavrões que nós. "Foder" e "ferrar" são, na minha cabeça, muito nossos. Mas lógico que isso pode ser piração...

    Espero o próximo

    ··Hail the prince of Saiyans··

  7. #47
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    Primeiramente, obrigado pelos comentários. Em segundo lugar, estou sem um monitor (os meus a Idade da Pedra Lascada têm o péssimo hábito de pifar) e então por tempo indeterminado terei de me afastar da seção. Creio que semana que vem eu consigo postar o cap 6, mas não garanto.

    Em terceiro lugar, vou responder os posts. Como quase todo mundo citou esse negócio da Angela, vou falá-lo primeiro. Eu fui sim, e isso é inegável, influenciado pelos seus comentários e opiniões. Eu nem teria feito nada, pois, bem como o Steve citou, personagens podem demorar a criar o carisma (eu até agora não gosto do Frodo ._.). Mas eu vi de repente um nicho na história referente ao passado da Angela que me fez agir. Eram coisas que a tornavam mais contraditória e ruim. Comecei a mudar isso em tempo e pra isso tive de fazer esse exagero todo que lhes foi presenciado. Eu sei que é um saco falar essas coisas, mas os próximos dois capítulos cobrem esse nicho que eu achei e definemk de vez a Angela. E aí não será mais preocupação minha vocês gostarem ou não dela.

    Outro ponto alto dos comentários (gerou até guia) foi a expressão picotada. Eu me expressei mal. Picotada = irregular. Fui mais claro agora? :s
    Pra terminar, Kamus, também achei estranho usar esses xingamentos, tanto é que os evitei muito até então. Mas achei que em um momento de ódio como aquele em que ela interiormente se achava seria apropriado liberar isso. Talvez eu estivesse errado :x E depois que li o seu novo Ferumbras passei a imaginar melhor e farei o possível para trabalhar melhor o universo do jogo.

    Pra terminar de novo (xD), tenho de admitir que a fuga de ambos foi muito forçada. Mas foi o melhor que pude encontrar para solucionar o problema que fiz. Isso que sirva de lição: não criar problemas que eu não saiba resolver lol.

    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  8. #48
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    Eu lamento a demora, mas me foi difícil encontrar um modo de lapidar a rústica história de Angela. Devo dizer que o passado dela será uma incógnita provavelmente o tempo todo, mas que quando for revelado justificará tudo o que ela faz ou pensa. Como já disse, aproveitei seus comentários para preencher a tal brecha existente na lógica da personagem. Essa brecha era uma falta de lógica tremenda no porquê de ela ser tão fechada e insólita. Já costurei as pontas, e tudo deve ficar bem agora.

    Esse capítulo ficou longo e cansativo, com poucos diálogos. Narra a chegada dos dois até a brilhante terra de Ab'Dendriel e apresenta mais um personagem de interesse. Algo sobre o passado de Angela é revelado. Mais comentários a respeito ao fim do post (com spoilers).

    Capítulo Seis
    Ab'Dendriel

    Cada um seguia com seus fantasmas.
    Zoroast ia atrás, fitando o chão e andando mais lentamente do que o habitual. Ora ou outra voltava-se para as árvores e as pequenas criaturas passantes, observando-as com simplicidade e um interesse forçado. Frequentemente resmungava qualquer coisa sobre o dia nublado que era aquele ou sobre seus cascos estarem sujos de lama depois da fuga dos dois. Falavam muito menos agora, e ambos sabiam que um clima tenso se estabelecera ali. Mas nada faziam para reverter a situação.

    O minotauro sentia uma frustração enorme por não ter podido seguir para Carlin. Queria muito estar entre seus iguais mais uma vez e poder lutar contra aqueles que mataram sua tribo. Mas não era tolo. Sabia que jamais conseguiria chegar em segurança lá. As Tropas das Sombras estavam se aglomerando naquelas terras, principalmente naquele instante em que supostamente Catura, o grande rei do Condado do Norte, estaria retornando de uma longa temporada que passara em Ankrahmun. E estaria disposto a finalmente tomar sua porção da terra, fato que ainda não conseguira realizar. Seria burrice seguir sozinho até lá. Se tivesse sorte seria morto no caminho. Se tivesse azar, coisa pior poderia acontecer.

    Passou então a encarar Angela enquanto ambos se embrenhavam na floresta escura que viram da montanha onde foram aprisionados. A bruxa habilmente cortava galhos e abria passagens, como se já conhecesse aquelas terras muito bem. De vez em quando começava a cantarolar como sempre, mas seu tom de voz era vago e sem vida. Não havia mais a alegria costumeira nela. Parecia ás vezes falar sozinha ou com o além, como se estivesse buscando respostas ou pensando em coisas que não importavam naquele momento. Ele queria poder ajudar. De algum modo, sentia-se tão próximo dela quanto de um irmão minotauro.

    Já Angela evitava pensar no minotauro. Sabia que não tinha o direito de manipular o destino de alguém como estava fazendo, mesmo sem querer. Sabia que era insensatez levá-lo aos elfos, mas não tinha outra opção. Ou era isso ou ele morreria, e isso ela não poderia suportar. Desde que escaparam da sala irregular ela sentia uma bomba de sentimentos dentro dela, louca para explodir. Sua máscara de solidão e irresponsabilidade havia caído. Era agora alguém sem face. Esperava que Faluae pudesse a ajudar a encontrar seu eixo de novo.

    O regresso à cidade dos elfos lhe era perturbadoramente reconfortante. Estaria de novo entre amigos indiferentes assim como ela. Veria seres reservados e potencialmente insensíveis, que buscam a perfeição acima de tudo sempre que fazem qualquer coisa. Estaria novamente entre seus semelhantes. Ou talvez não.

    Queria poder voltar no tempo. Fugir de tudo aquilo. Do Pentágono, da guerra, das mortes, da confusão... Queria voltar aos tempos da calmaria. Voltar a viver no pântano. Um medo crescente e inexplicável, medo que ela nunca antes sentira, rondava-a, devorando lentamente sua lucidez. O medo se transformava em culpa, e então em fraqueza. Começou a reviver toda a crueldade que vira nos últimos dias, a perceber como evitara se importar. Pessoas estavam abandonando suas casas, deixando parentes para trás. Estavam abandonando histórias particulares e que podiam nada representar para ela, mas com certeza significavam muito em suas vidas. Pessoas comuns que nunca antes haviam lutado estavam agora morrendo e vendo a terra que achavam conhecer mudar, transformando-se em um antro de terror. Como pudera relevar tanta dor ao seu redor?

    As pessoas desesperadas fugindo de Venore aos prantos, tentando buscar uma calma naquela tempestade mortal. A falsa calmaria na face de Ahamed que acreditava fortemente que podia lutar e vencer, pois sabia que se não fosse capaz de fazê-lo iria perder tudo que tanto amava. A solidão torturante de Zoroast quando se conheceram, como ele sofria calado pela morte de todos os seus companheiros e como devia estar sofrendo ainda mais por ter de partir com ela. Ela já não sabia mais o que sentir.

    De repente, parou. A floresta fechada e verde que estavam percorrendo sumiu abruptamente em uma clareira plana e iluminada. Ela imediatamente reconheceu o lugar, enchendo-se de alegria. Da clareira erguia-se imponentemente um portão de madeira grosso e reforçado com diversos metais. Várias palavras estavam entalhadas em sua forma, todas elas em élfico. Raízes nodosas se enroscavam pelas toras que o formavam, brotando elas de uma grande e longa parede vegetal, que penetrava na floresta e desaparecia. Era rígida e verde como tudo por ali. Flores vermelhas e amarelas de várias pétalas e tamanhos enfeitavam a parede e o portão, exalando um aroma único e incontestavelmente calmante. Esporos amarelos rodopiavam naquele lugar de vento calmo e levemente gelado, varrendo as coisas ruins para longe. Angela foi sentindo-se invadida por memórias de sua infância passada ali, na cidade de Ab’Dendriel. A alegria e desejo de regresso aos tempos de ingenuidade eram fortes. Sua confusão cessou.

    Já não havia mais porque fingir. Não havia mais porque ser uma bruxa reservada e que busca a perfeição, uma marionete de uma entidade maior que vivia dentro do seu peito. Vivera indiferente a tudo e todos por muito tempo, e sentia que ficaria louca se não rompesse seu casulo de hipocrisia logo. Viviam nela agora duas Angelas: a bruxa do pântano, séria e sábia, mas que não liga para nada. E a verdadeira Angela, que não se deixa abater, que sente e erra. Essa era quem ela queria ser. E era quem ela se tornaria ali, perante o portão de Ab’Dendriel.

    - Me desculpe. – Disse ela virando-se para o companheiro que jazia quieto, encarando com certo desdém a parede viva. Ele não a encarou quando ouviu sua voz, mas ela insistiu em olhares até que ele retribuiu. Seus olhos negros estavam tempestuosos. – Não sabe como é difícil pra mim dizer essas coisas. Eu... Eu não costumo ser assim. Sabe, eu cresci aqui, no meio dos elfos. Não gosto de falar disso mas... Mas eu fui feliz aqui. Só que eu acho que... Sabe... Que um vazio cresceu comigo, mas dentro de mim. Eu nunca soube de verdade o que é viver, porque eu, humana, tentei por mais tempo do que posso contar viver como elfa.
    Ele encarou-a com silêncio. O som de grama sendo amassada veio do outro lado do portão. Alguém escalou alguma coisa. Uma sombra apareceu entra algumas das raízes que formavam a parede viva.

    - Sabe, eu não consegui me afirmar. Não sou a mais carismática das criaturas, e muito pouco sociável. É complicado pra mim liberar meus sentimentos. Eu prefiro assim. Mas quero que saiba que fico muito feliz por você estar perto de mim e... Queria lhe agradecer por aceitar vir até aqui e por salvar minha vida. É um amigo de verdade.
    Ele resmungou e não disse mais nada, virando-se para examinar a trilha por onde haviam vindo. Angela suspirou e adiantou-se em direção ao portão. Confusa, examinou-o bem em busca de qualquer coisa que pudesse explicar sua existência. Isso não estava aqui no meu tempo. Passou os dedos carinhosamente pela madeira, exatamente onde estava escrito algo em élfico. Significa “Amigos são bem-vindos”. Ponderou por um tempo antes de se afastar da parede e olhar na direção da parede vegetal, confiante.

    - Eu sou Angela, uma antiga bruxa que vivia na quietude do Pântano da Pata Verde. Parti daquelas terras distantes enfrentando muitos perigos em busca de abrigo e afirmação. Sou uma antiga moradora da cidade e grande amiga de muitos elfos que já viveram aqui. Peço permissão para regressar ao seio da terra onde cresci uma vez mais. Juntamente com o minotauro Zoroast. Peço que relevem qualquer indiferença entre as raças que possa ter existido, pois devo minha vida a este ser aqui presente. Peço do fundo de minha alma que o deixem entrar nestas terras. – Seu tom foi o mais formal possível. Falava e apontava, mas jamais retirava seus olhos cinzentos da parede. Até que houve um farfalhar do outro lado e o portão rangeu levemente. Uma voz leve como uma pluma e musical falou em um tom alto e imponente, saindo sabe-se lá de onde:

    - Angela amiga-dos-elfos, sua presença nesta cidade é bem aceita por todos nós, mesmo nesses tempos difíceis e de desconfiança. Mas não podemos aceitar que o ser que traz consigo penetre em nossa floresta sagrada. Ele pode ficar nesta clareira, mas do portão não passará.
    Sem nem pensar, ela simplesmente ficou rígida. Pegou a varinha e virou-se, aproximando-se do minotauro. Cochichou alguma coisa e então se virou uma vez mais para a parede, gritando:
    - Então eu não quero ficar. Não irei dividir meu espaço com seres indiferentes e insensíveis como vocês. Prefiro ficar aqui e apodrecer.

    Prolongou-se um longo momento de silêncio. O farfalhar cessou e então nenhum outro ruído foi ouvido do outro lado do portão. Angela fez uma careta e Zoroast cutucou-a, encarando fixamente a entrada de Ab’Dendriel.
    - Não precisar isso. Poder ir, eu bem. Achar meu rumo. – Disse ele calmamente, em um tom mais carinhoso do que o habitual.
    - Não diga isso. Eu não o irei abandonar aqui fora, é muito perigoso. Agentes de Yöer podem aparecer e matá-lo, ou fazer coisa pior. Eu não vou deixá-lo aqui fora para morrer.

    Houve então uma movimentação anormal do outro lado. Não ouviram-se vozes, mas sons cortantes que interrompiam o vento. Houve então um grande rangido vindo do portão e este começou a dividir-se em dois, abrindo-se para o lado de fora. As recém-formadas portas de madeira ganhavam campo rapidamente, até que abriram-se ao máximo que podiam, deixando uma generosa abertura na parede vegetal. Angela e Zoroast afastaram-se um pouco e olharam fixamente para dentro da cidade no exato instante em que dela saía um elfo alto e de ombros largos, com braços e pernas compridos e uma cabeça triangular com um queixo redondo e orelhas pontudas. Seu nariz avançava imponentemente para frente até se dobrar minimamente para baixo. Tinha longos cabelos de cores adversas, sendo os fios ora dourados, ora prateados. Este estava transformado em uma longa trança presa com cipós que descia suavemente por suas costas. Tinha a pele muito branca e olhos verdes tal como são as árvores. Andava elegantemente com um suave balançar de ombros, como se dançasse interiormente em um ritmo calmo e eterno. Avançava com uma expressão de paciência tediosa pela clareira, até parar perante a bruxa de laranja. Ele usava vestes simples: uma túnica verde e longa que caía até os joelhos, calças de couro sem qualquer rasgo ou remendo, sandálias de madeira aparentemente desconfortáveis e que exibiam seus dedos. O que quebrava sua simplicidade era um monóculo com detalhes em ouro e extremamente limpo que cobria seu olho esquerdo. Angela reconheceu aquela peça de imediato.

    - Faluae! Não tem noção de como é bom vê-lo! – Disse ela partindo para cima dele, abraçando-o energeticamente. Sorria de orelha a orelha e balançava o amigo enquanto o envolvia em seus braços curtos. Ele limitou-se a soltar um risinho e examiná-la com seus olhos calmos como uma tempestade em alto-mar. Os olhos verdes faiscaram como fazem as esmeraldas ao serem lapidadas após certo tempo.
    - A alegria que tenho em mim é tão grande que mal posso narrá-la! – Disse o elfo em um tom contido e cortês, sem emoção evidente. Mas apesar disso, o modo musical com que falou e seu olhar denunciavam a sinceridade contida em suas palavras. Esse é o Faluae que eu conheço. Mestre nas palavras, nas entradas triunfais e na falta de emoção. Ela sorriu largamente e apresentou o minotauro ao amigo de longa data. Estes se cumprimentaram de modo frio e distante, como se pertencessem a mundos diferentes. Mas mesmo assim um grande avanço político ali foi dado, pois elfo algum ousaria dirigir a palavra a um minotauro. E Faluae o fez. Era um grande diplomata, vivendo isolado em sua casa na árvore com seus ideais revolucionários que só Angela sabia.

    - Peço desculpas pelo modo hostil com que foram gratuitamente tratados ao chegarem até essas terras outrora tão acolhedoras. Mas peço também alguma compreensão, pois vivemos tempos tempestuosos nos quais não sabemos onde depositar nossa confiança. – O elfo fitou longamente o horizonte como se buscasse uma esperança longínqua. Se sentiu alguma coisa forte pelo reencontro ou pela sua terra, nada demonstrou. Depois de um momento de comoção contida, virou-se para o minotauro. – Conversei com os guardas e os convenci a permitir sua passagem para a nossa cidade. Não serei hipócrita de fingir que tudo estará bem, mas não quero que sinta-se mal pelos olhares que receberá; és meu convidado para entrar, e deverá ser tratado como um igual. Não deves ser punido por erros de antepassados, da mesma forma com que espero que não insulte-nos por nossos antigos. E saiba ainda que se és amigo de Angela, és meu amigo, e amigo ainda de toda essa terra. O que precisar, peça, sem acanho. Será-lhe dado com louvor.

    Ele virou-se e passou a andar triunfantemente rumo ao interior da cidade. Os dois seguiram-no, Zoroast sentindo-se um pouco mais confortável, mas ainda desaprovando mentalmente a idéia de compartilhar do mesmo pedaço de terra que os elfos. Angela narrou detalhadamente tudo sobre os acontecimentos, desde que viu Wyda morta até a fuga dos dois do Monte Fêmur. Faluae ouvia tudo atentamente, ora ou outra fazendo alguma observação boba. Enquanto avançavam pelo território verde, enchiam-se com a graça e o esplendor da cidade-árvore: havia campos floridos, pastagens, pomares e plantações por todos os cantos. As casas eram esculpidas habilmente nos grossos troncos das árvores que ali cresciam, ou construídas sobre as menores. A grama era escura e alongada, curvando-se em seu auge. Pássaros brancos e insetos mínimos brincavam por ela, ora ou outra parando para observar os passantes, como se indagassem a si mesmos o porquê de toda aquela movimentação naquela terra de gigantes. Um doce aroma floral emanava-se de todos os cantos, e uma explosão de cores era detectada em cada paisagem.

    Por todos os lados da cidade, fosse cuidando de animais ou flores, arrumando lares ou simplesmente apreciando a leve brisa daquela tarde estavam os elfos. Eram todos perturbadoramente iguais: altos, elegantes e de cabelos longos e louros. Tinham sempre expressões ilegíveis cravadas na face como estacas no chão. Seus olhares frios e inflexíveis eram tenebrosamente aprisionadores, contendo uma silenciosa inquisição descuidadamente camuflada em uma aceitação imparcial, como se aquilo ora ou outra tivesse de acontecer. Felizmente eles não acompanhavam os viajantes com aqueles malditos olhos. Examinavam-nos lenta e completamente de modo a constatar tudo o que pudessem para dissertar sobre aquilo depois, colocando todas as suas críticas, opiniões e preconceitos na mesa. Mas logo voltavam aos seus afazeres, relevando a presença deles ali. Outrora Angela achara aquela frieza estranhamente acolhedora, alimentando dentro de si a esperança de um dia ser indiferente como eles. Mas agora via-os como estranhos sem alma, como marionetes de um perfeccionismo errôneo e infundado. Como pudera algum dia sentir-se tão integrada àquela cultura agora tão distante?

    Caminharam até chegar em um ponto próximo da irregular costa leste da cidade. Era uma pequena campina verdejante e clara com alguns arbustos cercando-a. Não havia flores sobre ela, nem insetos, nem aves. O que havia era o que outrora fora um fogueira, bem no centro, e algumas esteiras de bambu seco, semelhantes a que Angela usara na casa de Zoroast, espalhadas ao seu redor. Existiam ainda algumas caixas e pacotes grandes e amarelados empilhados perto de alguns arbustos verdes e cheios de frutinhas azuis. Não havia elfos por ali.

    Os três pegaram cada um uma esteira e sentaram-se nela, aproximando-se do que fora a fogueira. Faluae escolhera uma ao lado dos pacotes, bem em frente à Angela. Zoroast pegara uma e se afastara um pouco, ficando mais perto de alguns arbustos. Após acomodarem-se, Faluae iniciou a curta conversação que se manteria:
    - Fico feliz que tenham conseguido escapar da mão negra do Pentágono. Escolheram sabiamente quando decidiram vir até aqui. Estarão seguros. Os elfos os protegerão mesmo sendo contrários à estada de Zoroast nestas terras.
    - Obrigado por persuadir os guardas. Nunca teríamos entrado sem sua ajudinha. – Disse Angela sorrindo em seguida. Depois disso percorreu os locais próximos com os olhos e foi sentindo-se invadida por lembranças acolhedoras da infância passada ali. – Parece que foi ontem que vivi aqui. Mas já faz mais de duzentos anos...
    Faluae sorriu complacentemente.
    - No entanto pareces apenas ter quarenta. Decididamente a magia é uma coisa muito, muito estranha. Mas pelo menos temos a ela para nos auxiliar nesses tempos de necessidade. Precisaremos fazer muitas preces ao primeiro dos magos quando tudo isso acabar.

    - Bem, como já lhe disse, eu já não conto com essa magia... Pelo menos não até fazer um antídoto que recupere minha energia mágica. Eu vou precisar de...
    O elfo encarou-a secamente, fazendo-a calar-se.
    - Não pense em problemas agora. Descanse. Despertaremos cedo amanhã para partirmos uma vez mais.
    - O que...? Mas... Levamos dias para chegar aqui! Como assim? – Angela balbuciava as indagações atropelando as sentenças frequentemente. Faluae nada disse, apenas indicando as caixas e o que todos os elfos estavam fazendo: organizando-se para uma ida sabe-se lá para onde. Espero que eu não tenha cometido um erro. Aprendera a confiar nos elfos, o que de certo modo a deixou mais calma em saber que fizera uma longa e perigosa viagem para nada.

    - Só lamento ter arrastado Zoroast para cá. Ele teria encontrado seu caminho para os minotauros mais rapidamente sem mim. – Disse ela por fim, deitando-se na esteira para encarar o céu cinzento e escuro daquela tarde tenebrosa. Logo irá entardecer. Prolongou-se um momento de silêncio em que nada se ouvia. A bruxa virou a face para encarar o local onde estava o minotauro e constatou que ele havia sumido.
    - Foi andar pela floresta enquanto falávamos. – Disse Faluae então. Angela agora voltou-se para ele, encarando-o nos olhos misteriosos. – Quanto ao que disse agora a pouco, não creia nisso. Chegou até essas terras há uma noite a notícia de que os minotauros sumiram dos Campos do Norte, onde estavam escondidos. Rumores dizem que foram vistos aglomerando-se naquele lugar horroroso a leste daqui, a Pedra de Ulderek, aonde vivem os orcs. Talvez estejam formando uma aliança ou simplesmente buscando um refúgio. Ouvi alguns elfos comentarem que acham que os minotauros estão pegando barcos de lá para o continente de Darama. Eu acredito fortemente nisso... Há muitos minotauros vivendo naquelas terras, especialmente no norte do deserto. Deve ser o lugar mais seguro para eles agora. Não se preocupe. Conversarei com ele depois.

    Após esta brecha da conversa, Angela fechou os olhos e procurou acalmar a mente em turbilhão. Tudo que ela se empenhara para realizar e evitar nos últimos tempos não existia mais. Ela mergulhara em um oceano profundo que um dia já conhecera, mas que agora era um mistério para ela. Não sabia dizer o que aconteceria em seguida, apenas que seria algo grande e inesperado. Deixou-se levar pelos espectros do cansaço até chegar ao reino dos sonhos, onde reviveu toda sua dor dos últimos tempos. O céu estava caindo bem em cima de sua cabeça, e não havia para onde correr ou se esconder. Talvez uma força maior estivesse comandando todo aquele jogo, manipulando cada um como se fosse um peão em um tabuleiro de xadrez. Angela chorou. Deixou as lágrimas descerem pelos dois lados de sua face como uma enxurrada enlouquecida. E enquanto isso acontecia e sua mente mergulhava no sono profundo e inconsciente, a bruxa lembrou-se de sua antiga amiga. E a última coisa que se passou em sua mente antes de o sono dominá-la de vez deixou-a mais humana.

    Oh Wyda, será que é muito tarde para chorar por você?
    Notinha: "Faluae" lê-se como "Falue"

    --
    Bom, só quero pedir que não se façam comentários sobre o fato de Angela ter tal idade ou de ter vivido entre os elfos. Isso será sim explicado algum dia, e eu não creio que crie uma situação insólita com isso, afinal falamos de Tibia. E devemos considerar que os elfos são muito mais propensos a se socializar no Tibia. E que a magia é de fato uma coisa muito estranha.

    Espero que gostem.
    Manteiga.
    Dezesseis anos depois, estamos em paz.

  9. #49
    Avatar de Ldm
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    Parabéns pela história, Margarin...ops, Manteiga.
    Brincadeiras à parte, gostei muito da narrativa.Porém, acho que você deveria evitar a repetição de palavras.Por exemplo:

    tudo atentamente, ora ou outra fazendo alguma
    Ora ou outra voltava-se para
    Pássaros brancos e insetos mínimos brincavam por ela, ora ou outra parando para observar
    uma aceitação imparcial, como se aquilo ora ou outra tivesse de acontecer.

    Seu nariz avançava imponentemente para frente até se dobrar minimamente para baixo.
    Essa descrição me pareceu estranha, talvez redundante.


    Por favor, não abandone a história !
    Aguardando o próximo capítulo.
    Última edição por Ldm; 22-08-2009 às 16:22.

  10. #50
    Avatar de Emanoel
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    Antes de mais nada, peço que deixe todos os comentários sobre o capítulo para o final do post. Algumas considerações adiantam informações sobre a história e até mexem com o subconsciente e prejudicam o julgamento do leitor.


    As passagens com potencial dramático soaram insossas, simplesmente porque pareceram justificativas inadequadas para o comportamento da personagem.

    De qualquer maneira, espero que você não se preocupe tanto com o nível de agradabilidade da protagonista. Forçar aproximação entre personagens e leitores é um erro, apenas esforce-se para criar alguém verossímil e interessante – o suficiente para que não cause aversão aos leitores e consiga sustentar a história que está sendo narrada. (Assim como você, também não gosto do Frodo, mas esse detalhe é irrelevante quando comparado a grandiosidade da aventura que foi protagonizada pelo mesmo.)

    Sinceramente, o capítulo não foi tão animador quanto os quatro primeiros, mas superou bastante o quinto e apresentou ótimas descrições – ficou fácil imaginar a cidade élfica e os próprios elfos. Sinto que a narrativa ainda está fora dos trilhos, mas você possui base para mudar esse quadro em dois tempos.

    Só para comentar: logo no início do capítulo, fiquei me perguntando quais eram as "criaturas passantes". No nosso mundo, seria uma curiosidade ilógica, porém estamos tratando com um universo desconhecido e essa questão acaba ganhando certa relevância.

    Gosto das expressões metáforicas que utiliza, por exemplo: "os olhos verdes faiscaram como fazem as esmeraldas ao serem lapidadas após certo tempo"; "expressões ilegíveis cravadas na face como estacas no chão". Por outro lado, algumas descrições como "deixou-se levar pelos espectros do cansaço" requerem cuidado, pois inspiram sensações perceptíveis, mas, levando definições formais em consideração, não fazem total sentido.


    Infelizmente, repetições que desembelezam a obra apresentaram-se de maneira constante:

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    Ponderou por um tempo antes de se afastar da parede e olhar na direção da parede vegetal, confiante.
    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    o portão rangeu levemente. Uma voz leve como uma pluma
    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    até que abriram-se ao máximo que podiam, deixando uma generosa abertura na parede vegetal.

    E dois (possíveis) erros que encontrei:

    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    Uma sombra apareceu entra algumas das raízes que formavam a parede viva.

    entre
    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    - Então eu não quero ficar. Não irei dividir meu espaço com seres indiferentes e insensíveis como vocês. Prefiro ficar aqui e apodrecer.

    ficar nessa cidade / entrar / (?)


    Citação Postado originalmente por Manteiga Ver Post
    Era uma pequena campina verdejante e clara com alguns arbustos cercando-a.
    Todas as fontes que consultei definem "campina" como planície/terreno extenso ("com vegetação herbácea"). Mesmo a palavra sendo considerada um sinônimo para planície (que permite definição mais abrangente), devo dizer que escrever sobre uma "pequena campina" é comprometedor.


    Até o próximo.

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