Capítulo 6
-Querida? Você está bem?
Seu pai tocava-lhe o ombro enquanto Iluminista e sua mãe saíam de casa. Um pouco tonta, a menina se sentou e falou:
-Eu estou bem. Vou buscar minha espada e comer algo rapidamente.
Passando pela cozinha, Taura pegou um pedaço de pão sovado e dirigiu-se ao quarto. Num instante ela já descia para se encontrar com a família. Ela perguntou ao irmão enquanto caminhavam:
-Nervoso?
-Bem, só um pouco. Não acho que esses trolls sejam tão terríveis. Dá pra perceber que você não acha o mesmo, não é?
Taura, ao ver que seu desespero era evidente, falou, com a voz embargada:
-Sim, não estou segura. Mas não sei o porquê.
Iluminista respondeu, consolando-a
-Acalme-se. Eu estava assim quando fomos pela primeira vez aos ratos. Garanto que vai se sair bem.
Realmente as palavras do irmão deixaram-na mais tranquila. A família marchava, adentrando-se cada vez mais na cidade. Caminharam firmemente até chegar a uma escada de madeira. Ao subirem, a mãe falou:
-Este lado da ilha é freqüentado apenas pelos aventureiros mais experientes. O muro – e indicou uma grande parede que era atravessada pela escada – é a fronteira da parte selvagem com a civilização.
Taura tremeu com a menção da palavra selvagem.
Atravessaram uma ponte e desceram uma outra escada, pisando finalmente numa grama verde e macia. O cenário era provido de grandes rochedos e alguns jovens como Taura e Iluminista circulavam por ali, empunhando espadas, arcos ou machados.
Andaram mais um pouco em direção norte e depararam-se com uma pequena casa, totalmente em ruínas. Havia um lance de escadas ali, bem no chão irregular do pequeno monte de tijolos. Herman adiantou-se a falar:
Alguns contam que há muito tempo atrás morava um velho ancião nessa pequena casa. Ele tinha um alçapão com passagem para a caverna, como podem ver. Dizem que foi nesse período que começaram a surgir os trolls, e outras criaturas, supostas criações do ancião. Mas nada disso é comprovado. - Ele manteve seu olhar sombrio no chão por alguns instantes enquanto caminhava e descia as escadas.
O ambiente lá embaixo era bem mais escuro que o esgoto, pois não havia tochas fincadas nas paredes.
Seguiram em frente, os pés afundando alguns centímetros no chão barrento.
Exploraram a caverna até encontrarem uma fogueira acesa, com uma pilha de espinhas de peixe e restos de alimento estragado rodeando-a. A um canto havia uma figura amarronzada, peluda e encurvada. Seus olhos de esmeralda estavam levemente abertos e sua boca escancarada, saboreando um pedaço de carne.
A partir daí Taura quase pôde sentir suas células nervosas trabalhando exaustivamente. O troll finalmente viu o grupo e começou a andar em sua direção. Ele segurava uma lança bem comprida, e projetava-a para frente ameaçadoramente, podendo jogá-la a qualquer momento. Chegara sua vez. Ela escapou por pouco do projétil pontiagudo arremessado pelo oponente, perdendo um pouco o equilíbrio. Recompondo-se do movimento brusco, fez uma manobra para livrar-se de um potente soco do monstro. Finalmente, em sua primeira ação ofensiva, deu-lhe um pontapé na barriga, fazendo-o cair sobre a fogueira. Ao ver seu adversário correndo em chamas, Taura deu um leve sorriso, seguindo assim, a trilha da caverna.
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