Admito que gostaria de ver mais comentários nesta humilde história, mas já que a vizitação está boa, por hora não irei reclamar 
Acho que este capítulo voltará a apimentar a história, que ficou chata com a conversa do Rei.
O Campo das Amazonas
Passaram pelos portões sob um sol escaldante e um céu límpido e os adeuses de Robin. Se dirigiram á trilha a direta do cemitério da cidade. Continuaram seguindo em silêncio até que um dos dois rapazes perguntou:
_Afinal. Pra onde estamos indo? – perguntou Cloud confuso.
_Para o Campo das Amazonas. Bom, pelo menos é oque diz aqui no mapa. – falou Trek enquanto retirava um mapa um pouco surrado, marcado pelo tempo, mas com seus caminhos nítidos.
_Hm, realmente o primeiro ponto é o Campo das Amazonas. Já vi este local em um Atlas. Vamos ter problemas lá. – resmungou Cloud.
_Porque diabos teríamos problema em atravessar um campo? – perguntou Trek.
_Por que não é apenas um campo. É o Campo das Amazonas, um local onde está estabelecida uma tribo de mulheres guerreiras. Dizem que lá tem até bruxas! – respondeu Cloud com um brilho nos olhos.
Trek estava preocupado demais para pensar em bruxas. Afinal, iria ter uma invasão de Minotauros em Thais e ele poderia não estar lá para presenciar e ajudar. Alguma coisa poderia acontecer à família dele. Alguma coisa poderia acontecer com ele! Afastou os maus pensamentos e concentrou-se no mapa. A tinta era vermelho-sangue e parecia ser nova, porém o pergaminho dizia o contrário. Um longo traçado demarcava o caminho para o Portal, e ao longo deste traçado havia inscrições apontando alguns locais.
_Acho que tentarei falar com a bruxa. Ela deve ter muito o que ensinar, afinal, é uma bruxa! – falou Cloud enquanto se virava para olhar Trek – Ei Trek, ta acordado?
_Ãh? Ah sim, estou, me desculpe. O que estava falando? – perguntou Trek zonzo.
_Ah, deixa pra lá. – respondeu Cloud mal-humorado.
Continuaram andando durante uma tarde inteira, passaram por bosques e trilhas encantadoras porém não viram nenhuma criatura. Passaram também perto de um deserto, que segundo disse Cloud se chamava Jakundaf.
_Como é mesmo o nome desse deserto? – perguntou Trek enquanto atirava em um Leão belo e com uma grande juba.
_Jakundaf!! – respondeu Cloud sem fôlego enquanto lançava uma maldição – Ah! Eu acho que estamos com sorte! Este é o primeiro animal que encontramos.
Finalmente chegaram a uma região pantanosa próxima a cidade pesqueira de Venore. Já era noite e por isso resolveram montar as barracas e passar a noite ali mesmo, próximo ao pântano e próximos as perigosas criaturas que ali habitavam. O local era nojento e fedia, mas também era possível ver pequenos animaizinhos, como coelhos.
_O que está fazendo Cloud? – perguntou Trek com interesse enquanto caçava alguns coelhos.
_Bem. Uma magia que o vô Torion ensinou. Eu consigo criar um lobo para lutar ao meu lado. – falou Cloud com orgulho.
_Bom, acho que não iremos lutar agora – disse Trek entre risos.
_Sim, mas ele pode vigiar! Se você não percebeu estamos no meio de um pântano! – respondeu Cloud enérgico seguindo para a barraca.
Trek e Cloud dividiam a mesma barraca, que era grande e confortável, e também leve e fácil de transportar. Lá dentro eles prepararam um pequeno lanche e foram dormir, enquanto o Lobo conjurado por Cloud ficava de guarda do lado de fora.
_Cloud, você realmente acha que este Lobo está do nosso lado? – perguntou Trek com medo.
_Tenho certeza meu caro amigo, tenho certeza. – respondeu Cloud cansado.
Já era manhã. Trek tinha sido acordado por um incrível uivo de um lobo, alto e claro, e então pegou seu arco e uma flecha e dirigiu-se para fora da barraca.
_O que foi lobo? O que está acontecendo? – perguntou Trek inquieto.
_Calma Trek. Ele apenas está avisando que está de manhã. – respondeu Cloud com sono.
Voltaram para dentro da barraca e se vestiram. Guardaram seus pertences e pegaram alguns ovos para fritar.
_E agora, ainda falta muito para o Campo das Amazonas? – perguntou Cloud ainda sonolento.
_Não, não falta, apenas uma milha e chegamos. – respondeu Trek com entusiasmo enquanto comia um dos ovos fritos.
_Ainda bem! Estou louco para falar com a bruxa daquela tribo! – falou Cloud abandonando sua sonolência enquanto jogava um pedaço de carne crua para o Lobo, que estava ao lado da fogueira deitado.
Após tomarem o café da manhã, guardaram a barraca na mochila e continuaram seu caminho, sempre seguindo fielmente o mapa que tinham recebido.
_Muito coisa pode ter mudado. Será que este mapa ainda serve? – perguntou Cloud.
_Tenho uma leve impressão que ele ainda pode ser usado. – respondeu Trek pensativo – Epa! Aquela árvore ali com dois troncos é a mesma do mapa! Já estamos perto! Agora é só virar para a direita e...
_Parados! – disseram três amazonas e duas valquírias enquanto observavam Trek e Cloud presos em uma grande rede armada pelas mulheres guerreiras.
_Vende os olhos deles Kyara. Tire-os da rede Tina. Vamos garotas, vamos voltar para o acampamento! – disse uma valquíria que parecia ser a líder.
Após vendarem os olhos dos dois rapazes, as guerreiras seguiram por um caminho obscurecido pelas vendas para Trek e Cloud. Porém era um caminho bonito, apesar do pântano, com árvores grandes e arbustos frutíferos. Após algum tempo sendo empurrados e forçados a andar, Trek e Cloud finalmente tiveram suas vendas retiradas e eles puderam ver um amplo local com árvores, arbustos e fogueiras. Havia também barracas e até casas feitas de pedra. Muitas Amazonas e Valquírias vieram ver os intrusos, várias vaiavam e outras tantas jogavam pedras e gravetos até que uma se aproximou.
_O que vocês vieram fazer aqui, intrusos? – perguntou uma Valquíria que aparentava ser a mais velha do local e a líder.
_Bom, nós estávamos procurando criaturas para matar até que nos perdemos e viemos cair na armadilha de vocês – respondeu Cloud, inventando uma mentira antes que Trek abrisse a boca.
_Eu os ouvi falando de um mapa! – gritou uma Amazona detrás da multidão.
_Revistem-nos – falou a Valquíria mais velha enquanto duas Amazonas se dirigiam até os dois amigos.
_Achei! Aqui está o mapa! – falou uma das Amazonas, enquanto erguia o mapa e o entregava para a Valquíria.
_Hm, perdidos não é? – perguntou a Valquíria enquanto examinava o mapa – Isto aqui mostra como chegar a nosso acampamento. Não me parece que estavam perdidos.
_Charach! – disse Trek espantado enquanto todos no local se silenciavam e se entreolhavam.
_Que foi que você disse? – perguntou Cloud ainda mais espantado.
_Levem-os até a bruxa! Um humano que sabe a linguagem dos Ogros está entre nós! Levem-os até a bruxa! – gritava a Valquíria preocupada.
_Que? Quando você aprendeu a maldita linguagem dos Ogros? – sussurrou Cloud impressionado.
_Não sei! Apenas pronunciei a palavra que estava do lado do nome do Campo das Amazonas no mapa! – respondeu Trek em um sussurro.
Novamente foram empurrados por uma trilha, desta vez no meio do acampamento e sem vendas nos olhos. Desceram por uma escada de pedra, e se dirigiram para uma sala ampla e escura, com paredes de pedra, livros e pergaminhos por todos os lados, um terrível cheiro de defuntos, e um horrível chiado de rato que vinha de um caldeirão no centro da sala. Um enorme caldeirão preto com caveiras, pedras preciosas e, pelo que parecia ser, pele humana envolta. Lá havia Valquírias, Amazonas e uma bruxa, vestida de preto, com um longo chapéu pontudo e preto e um grande cajado também preto com uma caveira incrustada na parte superior do cajado. As Valquírias pareciam narrar alguma coisa para a bruxa, até que perceberam a presença dos intrusos e se viraram, calando-se.
_Então finalmente vocês chegaram. – disse a bruxa com uma voz fina e terrível enquanto erguia o cajado, fazendo todos do local se retirarem, deixando ela e os dois amigos a sós.
Nota do Autor:
¹Como pode um cara que acabou de ser formado em Magia, invocar um lobo? Simples. Para mim, não é o level ou ML (Tibia), ou idade ("vida real") que define se o cara pode ou não usar certa magia, e sim sua perícia e sua capacidade de aprendizagem.
Cores:
Cloud
Trek
Galatéia, A Bruxa
Outros Personagens
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Postado originalmente por Claudio Di Martino
bem legal este capítulo, só acho que que você deveria prestar mais atenção nos erros gramaticais.
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