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Tópico: Os Dois Lados.

Visão do Encadeamento

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  1. #24
    Avatar de Rafael Oliveira
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    Post Capítulo III.

    Capítulo III - A Falha

    A polícia investigava o caso minuciosamente. Considerando-se o tempo, acreditava que não tardaria-se a deixar o caso em pendência. Ou seja, interromperiam-no...
    Os peritos não haviam encontrado nada útil. Minha filha fora assassinada por pura crueldade!? Não tinhamos nada de valioso!
    Não havia nenhum porquê pelo qual isso devesse ter acontecido.
    E uma coisa notável, como a polícia me reafirmara - Os assassinos não roubaram nada - ou seja, o único objetivo foi a morte dela.
    Provavelmente deveria ter mancomunado com aquela laia perigosa de gente...
    É engraçado. Decididamente. Como eu posso me importar tanto com o andamento da investigação de um mal que já foi feito? A vingança só poderia piorar as coisas. Por trás de morte nada de bom posso esperar.
    Engraçado. Hmpf. Nem um milímetro de humor nisso tudo.
    Não sou um homem frio. Estou congelando-me por dentro com esse acontecimento terrível. Minhas lágrimas corroem o pouco do sopro de vida que me restara após esses anos todos. Era como perder a última gota de água do deserto. A gota que era mais vital
    Ficava louco. Um vazio furioso me dominava.
    Começo a ter sensações. Vejo a morte se aproximando. Obscura e impiedosa.
    Perco Liza. E agora Beatriz. Não. Não, não-não. PAM.
    Caiu no chão. Havia sofrido um enfarte.

    ***

    Aquele lugar era a bibiloteca. Um daqueles que mais me fascino.
    As estantes exageradamente polidas, que por sua vez continham livros empoeirados, com páginas amarelas do tempo. Ali encontrava-se uma ampla coleção das obras mais raras que eu podia imaginar.
    Mas agora eu deveria me dirigir a recepção. Não podia conter-me em tão maravilhoso acervo de informações históricas.
    Abri a porta, ou pelo menos tentei. Estava trancada. Eu notara que a chave estava do outro lado... Deveriam ter sido alunos... Á troco de quê?
    Notei algo errado. Uma fumaça preta entrava na sala por debaixo da porta. E eu escutei. Crepitar de fogo. Havia um incêndio no lugar, e tinham me deixado preso!?
    Não ia ficar lá parado. Dirigi-me a janela. Não havia janelas naquela sala!
    Forçei a porta. Forçei de novo. Empurrei-a. Me joguei contra ela.
    Reuni todas as minhas forças. Não houve resultado.
    A porta estava sendo queimada. Droga.
    Revirei a sala á procura de algo que me ajudasse na fuga desesperada. Tudo tinha acontecido tão repentinamente. Porque tinha que acontecer aquilo, logo quando encontro emprego após tanto tempo... era estranho. Mas eu tinha que sobreviver.
    Derrubei a estante de livros e soquei-a contra a porta. Ela cedeu. Tudo estava coberto em fogo e fumaça. Não parecia haver ninguém ali. A área havia sido evacuada.

    ***

    Empurrava e chutava a porta freneticamente. Não conseguia conter minhas lágrimas emotivas. Logo após a morte de minha mãe, eu ia morrer. Iria reencontrá-la? Nunca acreditei nesse tipo de coisas.
    Mas na hora o que eu queria era sair dali. Estava quente e insuportável. Cambaleava para o lado.

    - Cuidado com os explosivos!
    - Você acha que é facil instalar isso, Prewett?
    - Só sei que se você errar nós vamos morrer agora.
    - Não estou fazendo nada de errado!
    - O pessoal inteiro já sabe do erro que você cometeu, idiota.
    - CALE A BOCA OU EU TE MATO AQUI MESMO!
    - E vai morrer por causa deles.
    - Cale a boca, infeliz. Está pronto.

    Ouvi um barulho de tiro.

    - Não vou perdoar esse rapaz pelo que fez. Pense duas vezes antes de errar.
    - Sei que vai me matar. Porque não faz isso logo?
    - Não vou te matar se você for útil para mim. Também estou sendo manipulado. Ele já fez o trabalho dele e recebeu o pagamento pela falha. Com outra falha quem vai levantar as asinhas sou eu.
    - Te mandaram matar ele?
    - Não, seu animal, eu achei que ele fica mais bonito quando está morto, sabe?
    - Saia da minha frente!

    Abriu-se a porta. Prewett (reconheci pela voz) estava vestido de bombeiro. Ele me avistou, e falou impetuosamente.

    - Menina. Vem comigo.
    - Você ouviu tudo menina? Venha cá, vou te contar um segredo!

    Estava paralisada. Me afastei.

    - Eu estava... ensaiando para um filme.

    Ele notou que eu não acreditei, é óbvio. Me agarrou antes que eu pudesse tentar me desvincilhar:

    - Olha aqui garota, desculpe pelo que vou fazer.

    Ele me agarrou com força e tirou de seu bolso uma seringa com um líquido verde-esmeralda, e injetou em minha veia. Senti uma dor horrível no local. A agulha quebrara.

    - Garota maldita! A agulha quebrou. Tanto faz, já fiz o que devia fazer. Agora vem comigo que vai doer menos!
    PAFT. Um machado acertou em cheio a cabeça do homem, que desmaiou.

    Eu reconheci o homem. Eu o tinha visto de relance. Era o novo professor de História. O machado que segurava era para emergências no colégio.

    - Eu percebi que ele estava te matar. Ele te fez alguma coisa?
    - Ele injetou alguma coisa! - Desesperei-me
    - Ah meu deus.
    - O que foi!?
    - Nada, nada... temos que sair daqui ou vamos morrer.

    Ele tinha um extintor de incêndio na mão. Com isso ele conseguiu retardar o fogo para que passassemos em direção á saída de emergência, que dava em um beco. Eu estava fraca.
    O homem me carregou até a enfermaria do aeroporto próximo á escola. Não havia hospitais por perto.

    O setor do aeroporto pelo qual entramos estava deserto. Era um corredor em manutenção. Fios elétricos pendiam e faíscas saiam de alguns.

    A enfermaria estava também deserta.

    - Vamos sair daqui. Não devíamos ter entrado nesse lugar, tem alguma coisa muito errada nisso tudo.

    ***

    A garota estava fraca. Mas um barulho de passos me encomodava.
    Á minha frente apareceu um homem repentinamente, armado com uma faca. Tentei retardá-lo. Sofri um corte, mas todas as minhas forças iam em direção á ele. Tinha que salvar a garota. Ela tinha alguma coisa pela qual queriam matá-la.
    Joguei o extintor de incêndio contra a cabeça do indivíduo.
    Ele cambaleou e caiu, mas o barulho foi ensurdecedor.
    Agarrei-a e corri o mais que pude. Voltei ao beco e notei a tampa aberta do bueiro. Pessoas me perseguiam. Eu havia me envolvido numa trama criminosa...
    Desci as escadas no esgoto. Não haviam muitas alternativas. Meu corpo reclamava junto ao peso da menina, mas não podia deixar ela ali.
    PAM. Ouvi um barulho de gente socando vidro.
    PAM. Havia uma estranha passagem pelo esgoto, que estava sem água. Desci por ela. Havia uma pessoa dentro de um tanque, socando o vidro.
    No espanto, corri imediatamente para tentar abri-lo. PAM.

    Um homem baixinho havia atirado no professor. A bala atingira seu braço.
    Ainda assim, ele conseguiu chutá-lo, e pisou em sua cabeça com toda a força. Ele o liquidara.
    Alguns segundos depois, levantou-se e socou o machado contra o vidro do tanque de água. O vidro parecia ser blindado.

    ***

    Peguei a arma do homem e atirei no vidro. Ele trincou, mas não cedeu. Atirei mais duas vezes no mesmo local, fazendo um furo pelo qual saiu boa parte da água contida.
    A pessoa lá dentro havia desmaiado. Peguei meu celular. Ele não estava no meu bolso! O homem anão havia jogado ele no esgoto.
    Eu não podia andar, ainda que tivesse sido atingido no braço. Eu tinha que sair dali de algum jeito. O que significava tudo aquilo!?



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    Notas do autor
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    Muitos erros dessa vez. Mas creio que corrigi grande parte antes mesmo das pessoas poderem ler. Quem ler, comente ou ficarei zangado. Á esse ponto da história preciso ver se vale a pena continuar, por isso quem quiser que eu continue ou não comente dizendo que sim/não, porque sim/não e sua opinião sobre a história em geral ^^ Só quero ver interesse do pessoal aqui do RP
    Sobre a MINHA OPINIÃO, introduzi um novo personagem nesse capítulo, que vai ser fundamental ao longo da trama. Me foquei muito em ação e fiz coisas meio fictícias/impossíveis. De qualquer jeito a história vai evoluir para outros mares, não só os de drama/ação. Depende da opinião de quem comentar.
    Última edição por Rafael Oliveira; 20-09-2007 às 11:51. Razão: Edit para postagem do capítulo III



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