Primeiro capítulo
Pensamentos confusos! Me sinto tonto! Escuridão!A dúvida se ainda estou vivo. Onde estou? .
...
Um cheiro bizarro invade minha narina, o cheiro inconfundível de carne queimada, carne humana, misturado com a umidade da caverna ainda inexplorada.
...
Já não faço idéia se ainda estou em pé, a única coisa que sei é apenas que meus olhos estão fechados, o meu corpo e a minha alma estavam dilacerados pela dor.No momento sou inundado por lembranças da minha vida, mas especial da manhã de hoje. Fora magnífica, havia encontrado meus amigos, e logo pela manhã ja bebemos cerveja em comemoração de alguma coisa,mas não me lembro bem ao certo do que comemorávamos... a partir daí so esquecimento! Será o esquecimento do mortos?
...
Meu corpo começa a reagir vagarosamente, meus sentidos voltam ao normal. Não estou morto! Tudo esta voltando, as coisas voltam a pesar, a dormência está passando, já sinto o peso da minha armadura sobre meu peito, fincadas de dor percorrem meu corpo neste instante. As coisas começam a fazer sentido outra vez. Tento abrir meus olhos, com a vista embaçada percebo que ainda pende ao meu braço o resto de um escudo.
...
Sinto que as dores aumentam cada vez mais. Meu corpo não responde aos meus comandos, estou ferido! Estou vulnerável! Preciso de curar-me ! Respirando profundamente tento abrir meus olhos mais uma vez. Percebo uma mancha azul na minha mão, no mesmo braço aonde pende os restos do escudo, sem nada a perder aperto a pedra em minha mão com toda as forças e rezando por uma salvação dos deuses!
Meus corpo é repentinamente invadido por uma força extraordinária, a pedra fizera efeito! Sinto-me revigorado, minha vista começa a se clarear.
Uma ponta de esperança, uma luz no fundo do túnel. A coragem está correndo em meu sangue, tento me levantar, inutilmente, a única coisa que fiz foi observar a raiz da maldade, a traição , a morte estava bem na minha frente. A criatura era gigantesca, tinha o tamanho de três humanos em pé e sua cor eu nunca havia visto antes, era vermelho como o sangue, sua pele parecia carne viva, seu chifres eram irregulares e suas extremidades cresciam para o lado oposto uma da outra...
Um demônio!
Ainda incrédulo penso que estou no inferno. Será que mereço estar no inferno? Será essa minha punição? Lutar contra um demônio pela eternidade? Não, isso não é possível.
...
“A tranquilidade é uma das maiores virtudes dos guerreiros”, essa frase vagava pela escuridão da minha mente, mais um pensamento sem nexo que me vem a mente, mais uma artimanha de Zathroth.
…
Não! Agora me lembro, fora uma das várias lições que eu aprendi com meu pai! Tranquilidade.... tranquilidade, essa era a chave. Levanto minha cabeça lentamente, percebo que nada saiu do lugar, tudo esta da mesma forma que estivera esse tempo todo. Estou com um joelho apoiado no chão, com o braço ,aonde meu escudo está, bem acima da minha cabeça. O demônio ainda erguido a minha frente com as garras para o alto.
Ele estava conjurando uma magia, um ciclo de fogo estava se formando a minha volta... o desespero me invade mais uma vez...tudo esta perdido!
...
Virtudes..calma..tranquilidade... Estava repetindo essas palavras em minha mente várias vezes. O tempo era curto.
...
O resultado seria determinado por um único golpe, eu teria que ser certeiro e ágil, se alguma coisa falhasse significaria minha morte!
...
Mas quando aplicar o golpe?
...
A oportunidade estava bem ali, o momento em que a criatura se distraíra da sua presa, o momento em que ela pensava que já havia vencido, no momento final em que conjurava a magia!
Me levanto em pernas que mal me aguentam em pé, tudo se passava lentamente.Jogo os restos do meu escudo no chão,e quando dou por conta já estava correndo em direção ao demônio.
Passando pelo ciclo de fogo, tudo virou inferno,pensei mais uma vez pensei que morreria, fechei meus olhos e emiti um grito durante minha corrida, um grito de coragem, medo e dor.
Levanto minha espada com as duas mãos, mas não sozinho... do meu lado uma figura feminina me acompanhava com a mão em cima da minha. Ela tinha cabelos longos e loiros, sua face era delicada como um anjo,mais ou menos da minha altura, trajando uma armadura prateada com detalhes de flores douradas, parecia que nunca poderia ser tocada e bem atrás dela duas asas que a seguiam, mas não era presas ao seu corpo, ficavam pouco atrás do corpo, flutuando no ar. No momento em que meus olhos percorreram essa criatura uma paz descomunal invadiu meu corpo ferido. Eu estava sendo ajudado pelo deuses, só podia ser. Eles enviaram um anjo em meu socorro!
Com forças unidas avançamos rapidamente na direção do demônio. Em um movimento tão rápido como eu nunca havia feito antes,desfechei um golpe na vertical, de cima para baixo, acertamos a criatura em cheio.
Após o golpe larguei a espada, não sei aonde ela foi parar,e muito menos o anjo que me seguia! Ainda com velocidade cai no chão completamente sem energias!
Atrás de mim ouço um grunhido diabólico, como se almas tivessem sido libertadas , como se a ordem resurgisse...ainda no chão, a escuridão aparece, tudo fica escuro...escuro...
...
Curtir: 
Postado originalmente por wicht'druid
Responder com Citação
....Pacarelas?Passarelas seria o correto...E expressao...Nem, expressão...