Ainda existe alguém que le a história O.o?¿
Quase dois meses sem postar, por que vontade de escrever não existia...
Tinha parado de frequentar esta seção inclusive...
Porém prometi a mim mesmo terminar um dia este aqui, mesmo não achando essa historia esplêndida... Prefiro Sem Destino, mas aquela ta mais dificil de continuar =x
Mas ta ai novo capítulo, e o próximo não tardará a sair...
Capítulo 13 – Imprevistos - Parte 1
15 de Janeiro, 21h00
Alcançamos nosso mais novo objetivo, a casa de Vanessa. Será que finalmente a encontrarei? Será que finalmente a conhecerei?
Entretanto, parece que minhas dúvidas haviam sido retorquidas. A casa se encontrava numa escuridão total, porém havia um carro parado à frente, estranhamente com as portas abertas...
- Pois é, rico é outra coisa... Olha só Bruno, que casa enorme. Só mesmo roubando que nem o Guilherme para eu conseguir comprar uma dessas, por que se depender do salário que recebo...
- Como assim “roubando que nem o Guilherme”?
- Nada não Bruno, nada. – Novatos...
Mas de fato, a casa era esplêndida. Dois andares, com um pequeno terraço no segundo. Era toda pintada de tons rosados, como se fosse aquela Casa Rosa que tem na Argentina. Um quintal de grama impecável, com um cachorro, rotweiller, dormindo ao lado de sua casinha de madeira...
- Bem, tem um carro parado com as portas destrancadas ali na frente, e a casa também está com a entrada aberta, deve ter alguém em casa, mesmo estando tudo escuro...
Nos aproximamos do carro, um Vectra, e como se esperava, ninguém estava nele. Porta dianteira e traseira escancaradas, e uma mochila de estudante no banco de trás.
- Estranho isso...
- É, como pode alguém usar uma mochila do Naruto, muito besta esse ani...
- Como é Bruno, do que você está falando?
- Nada não, capi... Cláudio. Olhe, aqui no painel, devem ser documentos do motorista.
Pego os papéis que havia no painel e entre eles encontro uma carteira de motorista: Gustavo Vascelos Gomes, o dono.
- Deve ser marido de Vanessa, tem o mesmo sobrenome... Bem, vamos lá na casa.
- Mas... E o cachorro?
- Ué, ta preso, não vai vim em cima de nós e... Que foi, ta com medo?
- Não, não, vamos...
Passamos pelo quintal da propriedade – Comigo na frente, Bruno ia logo atrás, receoso - do qual tinha uma trilha de pedras em diversas formas que iam até a entrada, frescura típica desses riquinhos. Chamamos pelo nome, tanto de Vanessa quanto de Gustavo, porém ninguém atendera. Não, não posso ter vindo aqui em vão...
- Cláudio, chamando desse jeito você vai acabar acordando o cachorro, e eu... Quer dizer, bem, parece que não tem ninguém. Vamos embora, amanhã chamamos alguém pra vim aqui por nós, e...
- Vamos entrar.
- Co-como? Mas Cláudio, não temos mandado, se nos pegarem fazendo isso estamos...
- Não importa! Não vim aqui pra nada! Quero e preciso saber mais detalhes, e não vou deixar ninguém mais se intrometer num caso que é meu há dois anos!
- Mas Cláudio, você mesmo disse...
- Bruno! Vai vim, ou não?
Ele hesita por alguns instantes. Olha para a viatura, logo depois para o carro abandonado, provavelmente pensando em tudo que até agora acorreu. Mordendo os lábios e evitando o meu olhar, começa a me seguir casa adentro.
- Caso algo ocorra, você que será o responsável...
Não replico, mas deve ter entendido que aceitei o acordo. Entramos no recinto, passando por uma porta de metal com vidros transversais, e chegamos ao que parecia ser o corredor da casa: Do lado esquerdo havia a escada, forrada com um tapete de veludo marrom, que dava acesso ao segundo andar do domicílio. Do lado esquerdo havia a continuação do corredor, com entradas de ambos os lados do mesmo para diversos cômodos. Chamamos mais uma vez pelos donos da casa, e nada de novo. Realmente, estávamos só nós dois naquele lugar...
- Bruno, verifique cômodo por cômodo daqui de baixo, e eu verei lá em cima. Depois nós...
Celular toca. Ivone...
- Vá. Depois falo com você.
Ele obedece, e entra no que seria a cozinha. Ando pro lado de fora da casa, paro à frente de minha viatura, com um vento forte e frio me atrapalhando, e atendo a chamada:
- Que foi querida?
- Meu bem, já são quase dez horas, não vai vim no hospital?
Droga...
- Desculpe, o trabalho está me prendendo mais do que imaginava... Hoje não vai dar pra eu passar aí novamente. Lamento, não sei que horas sairei daqui.
- Tudo bem, só queria saber mesmo...
- Cláudio! Cláudioooo! Rápido, vem cá!
- Peraí querida, depois ligo.
Merda Bruno, seu idiota!! Irá despertar toda a vizinhança com essa gritaria! Atravesso o quintal novamente, quase sendo pego pelo cachorro que acabara de acordar com o clamor que Bruno fizera. Adentro na casa, e o vejo no fim do corredor, olhando fixamente para a entrada de um dos cômodos:
- Que foi, você poderia assustar os vizinhos e quase...
Não acreditei na desordem que meus olhos transmitiam. Não sabia se eu demonstrava alegria ou tristeza. Finalmente, provas concretas...
**********
O som estridente do telefone sem fio ecoava pelas paredes sem vida daquela casa sem mais felicidade. A moradora, sem mais o brilho de antes em seus olhos verdes, vermelhos e molhados de tanta lamúria sofrida, atende o aparelho depois de seu terceiro toque, dando o cumprimento padrão:
- Alô?
- Oi, aí é a residência da senhora Paula Souza de Almeida?
- É ela mesma quem fala.
- Oh, graças a Deus, finalmente. Aqui é do hospital Madelín de Queiroz. É a respeito de seu marido, Rafael Santos Almeida. Ele está aqui, internado. A senhora poderia vim amanhã cedo visita-lo?
Inesperadamente, seus olhos verdes recuperam parte de seu antigo brilho e lacrimejam novamente. Mas desta vez, de alegria...
**********
Uma baderna, um bacanal. Não acho os dizeres apropriados para o que via. O cômodo era uma sala. Era, por que estava na mais pura desordem: Almofadas de diversas cores rasgadas espalhando o algodão de seus interiores por todos os cantos, tapetes dobrados e fora de seus lugares... Abajur no chão com a lâmpada quebrada. Estante de livros sem os livros, já que os mesmos se encontravam no chão, abertos e jogados a esmo. Sofá com cortes, retratos no chão. Houve alguma luta aqui, alguma resistência. Agora tudo parecia ser real, não eram apenas um amontoado de provas inconcretas e teorias...
- Bruno, chame alguém do departamento para cá, rápido!
Enquanto Bruno pega seu pequeno rádio – Que muitas vezes dá problema, e não podemos reclamar – Para falar com alguém da polícia, me agacho ao chão e pego um dos retratos que se encontravam ali jogados, mesmo sabendo que era algo anti-ético de minha parte profissional mexer na cena do crime, mas não me importava, não mais... Fico por um tempo observando-a. Havia uma família na foto, com certeza os moradores desta casa, e que agora se encontravam dois desaparecidos. Ou, quem sabe, infelizmente, três, já que o marido até agora não aparecera. Pelo menos na fotografia, ela parecia ser muito bela: Tem vinte e nove anos, pelo que eu vi na ficha dela no banco, mas parecia ter uns vinte, com um corpo avantajado, seios volumosos, cabelos negros e longos, e olhos também negros que combinavam com sua fisionomia. O garoto, filho dela, herdara os cabelos negros da mãe, porém seus olhos eram da cor castanha como os do seu pai. Pai do qual o rosto me era familiar, mas de onde? O fundo era uma praia qualquer, magnífica... Monstros, até crianças estão seqüestrando agora?
- Cláudio, chegaram.
- Mas já? Quanto tempo fiquei aqui agachado?
- Bastante. Venha, eles estão lá fora.
- Só quero ver quem eles mandaram – Caminho apressadamente para fora da casa, e vejo duas viaturas parando em frente ao quintal – Se for o Guilherme já o intimo para cair fora daqui, não quero saber dele se intrometendo em meus casos novamente! – Mas ao ver quem saía de um dos carros, percebo que me enganara – Marques Valesco? Por que mandaram você?
- Bom ter ver também, Cláudio Oliveira...
Comments de todos os tipos são bem vindos...
Dard*![]()







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