Galera, MUITO OBRIGADO pelos comentários! Eles fazem realmente muita diferença. Se continuarem nesse nível, eu ficarei ainda mais incentivado a continuar!

@Samwse: Obrigado pela dica sobre os combates. Pretendo melhorar nesse aspecto de agora em diante, e obriago por responder ao quiz. Ah, e naquela hora, ele usou o sangue congelado pra cobrir a ponta das algemas, de modo que elas ficassem menos cortantes e ele pudesse escapar delas.

@Sir Curioso: Valeu pela crítica! E quanto à idéia, eu vou refletir sobre ela e ver o que pode ser feito.

@Dark-Duck: Valeu pelo toque sobre as batalhas também! Pode deixar que eu vou melhorar!

Obrigado galera, continuem nesse nível de comentário que eu vou com muito prazer escrever os próximos capítulos. ^^
Bem, sem mais delongas, ai está. Talvez reler algumas partes anteriores seja bom pro contexto. Boa leitura a todos.
PS: Tem uma novidade no inicio do tópico.

Anteriormente...


— Mas então o que..? – disse Irinosh, sem tirar os olhos do monitor.
Gustaf virou-se para o monitor também, e a cena que ele viu nos instantes seguintes era uma cena que ele simplesmente não poderia ter previsto nunca.


Sigma estava com uma das mãos parcialmente fechada em frente o corpo, como se segurasse uma bola de tênis, e a outra mão estava no tubo de oxigênio. Então, súbita e inesperadamente, ele puxou o tubo de oxigênio para fora da roupa. O tubo foi imediatamente recolhido pelo equipamento de segurança, e o ar de dentro da roupa de Sigma começou a ser sugado para fora, por causa do vácuo da cela. Logo depois disso, Sigma levou a mão e encostou-a na parede transparente da cela, em seguida esfregando a palma na mesma, tentando resistir ao empuxo provocado pelo deslocamento de ar de dentro para fora da roupa.


— MAS O QUE..?! – berrou Gustaf, estupefato.
E então, a parede da cela explodiu.

Capítulo 6(parte 7) - Além das Leis
Ataques e Contra Ataques

— MAS COMO ISSO PODE TER...? – perguntou-se Gustaf, de olhos arregalados, ainda sem conseguir raciocinar.

— Chame a segurança, RÁPIDO! – disse Irinosh, veemente. Esse alerta fez Gustaf voltar a si:

— Alerta de nível oito – disse ele em um microfone, após apertar um botão azul quadrado. A sua voz agora ecoava por toda a base. – Todas as unidades de segurança se dirijam ao... – e então, naquele momento, todos os monitores se apagaram e todas as lâmpadas explodiram, simultaneamente.


Thresdárius, naquele exato instante, segurava com umas das mãos um cabo de alta tensão que ia na direção da base.

— Os sistemas da base já devem ter entrado em curto por causa da sobrecarga de energia – disse ele para Wind.
— Certo. – respondeu o mesmo. Aos poucos, então, a luz começou a atravessar o corpo de Wind, que foi ficando transparente até desaparecer.

A idéia de Thresdárius havia sido simples. Naquele momento, chovia muito. O que Thresdárius fez foi direcionar diversos raios para si, e consequentemente para o cabo de alta tensão. A quantidade de energia havia sido tão grande que havia detonado todos os equipamentos de contenção de eletricidade, e havia causado um curto-circuito geral na base.

Ao ver que Wind havia ido, Thresdárius abaixou levemente a cabeça e fechou os olhos, largando o fio de alta tensão. E então um raio caiu exatamente sobre ele, e ele sumiu.


— Nyla, seja razoável! – gritou Stryder, quando a guardiã se esquivou de outro golpe.

— Só se vocês me contarem o que está acontecendo. – disse ela, séria.

Dard, que saltara no mesmo instante que a Guardiã, encostou as duas mãos no chão ao mesmo tempo que ela pousou, mas com isso fez com que o mesmo afundasse em uma cratera rápida e repentina. Essa subida mudança de relevo fez com que Nyla se desequilibrasse, mas agilmente ela se apoiou sobre uma das mãos e, com um giro, saltou para fora do buraco. Stryder permanecia do outro lado, apenas encarando-a com raiva. Dard saltou para fora da cratera e ainda no ar foi amparado por um pilar de terra cúbico que se ergueu do chão. Agora, três metros acima do solo, Dard disse:
— Nyla, sinto muito, mas se vai insistir em ficar se esquivando, vou ter que te prender.

— Te desafio a tentar, Daniel.

Com um misto de cólera e dor no seu olhar, Dard, sem mais uma palavra, começou a fazer uma série de movimentos rápidos, que se assemelhavam a uma dança. Na medida em que fazia os movimentos que duravam cada um uma fração de segundo, partes do solo se erguiam na forma pilares, arcos, portais, paredes, altares. Nyla, percebendo o perigo, abriu os braços e, encarando Dard no fundo dos olhos, fez com que de suas unhas crescessem longos emaranhados de galhos e folhas, de modo que estes começaram a se espalhar rapidamente ao seu redor. Dard continuava com os movimentos, enquanto Nyla, espalhava os galhos, ambos porém se encarando fervorosamente.

Quando Dard finalmente terminou, o próprio Stryder ficou impressionado: ele havia construído um templo de dez metros quadrados inteiramente de pedra e rochas. A arquitetura lembrava a grega, com uma pequena escada na entrada, pilares redondos, e o teto característico. Porém, o templo estava lacrado e completamente perfurado por galhos. Dard então, num movimento final, ergueu as mãos e disse:
— TEMPLO DE CRISTAL!

E então, as rochas e a terra que haviam se erguido do solo se desmancharam, revelando em seu interior o mais puro diamante. Era um templo feito inteiramente de diamantes, completamente perfurado por galhos, e completamente lacrado. Dard via que os galhos ainda persistiam em crescer, mas era em vão: o diamante era inquebrável.

— Você não devia ter ficado parada, Nyla – disse Dard.
— Como se eu tivesse tido escolha! – replicou a mesma, furiosa. Então Dard observou: seus pés estavam completamente cobertos por sombras. Stryder estava ao lado do imobilizado Shalkan, com uma das mãos no chão:
— Me desculpe Nyla, mas você não vai interferir nisso.
— Você não pode me impedir. – disse ela entre os dentes.
— Me desculpe irmã, mas daí você simplesmente não vai sair.
— Ah não? – respondeu ela, desafiadora, enquanto sorria. O solo inteiro agora tremia. – Quanto será que seu diamante pode suportar, Dard? - Do solo começaram a surgir: folhas, pequenos galhos, cipós, à volta de todo o templo de cristal. Dard, então, tarde demais, percebeu: dando um pulo no último instante, conseguiu se desviar da imensa árvore que se ergueu do solo.

O próprio tronco da árvore tinha quinze metros de área. A árvore em si era enorme, se igualando aos trinta metros de altura do próprio santuário. Ela fora erguida exatamente sob o templo de cristal, fazendo com que este se erguesse do solo e fosse ficar na copa da árvore. Ainda sorrindo, Nyla começou a mexer os dedos: as vinhas, cipós e galhos da árvore, então começaram a envolver o templo de cristal, e lentamente começaram a apertá-lo. Dard hesitou. E foi então que um Mecha saltou da floresta para o meio do campo de batalha.

— Mas o que?! – gritou Dard.

— É seguro! – berrou Stryder, antes que o guardião pudesse de qualquer forma reagir. O mecha, então, ignorando completamente a situação ao seu redor, se dirigiu a Stryder: Uma tela se ligou no peito desde, e nesta exibia-se a voz de Gustaf. Ele parecia apreensivo.

— Stryder – disse ele. – volte imediatamente para a base principal. Isso é uma emergência, repito, uma emergência!

— Porque você veio até aqui me interromper, seu cientistazinho de meia tigela? Não tínhamos um acordo?

— Mude o acordo! Quero que você venha para cá agora, a base está correndo sério...

— Cambio e desligo... – disse Stryder, envolvendo o Mecha com sombras. Três segundos depois ele já o havia desmantelado. – Dard! – gritou ele. – Problemas na base principal. Eu vou lá levando Shalkan. Cuide para que ela não escape.

— Pode deixar Stryder, eu já sei o que fazer. – respondeu ele, olhando para o topo da árvore gigante: o templo já estava completamente envolvido por vinhas e galhos.

Sem dizer mais uma palavra, então, Stryder colocou o corpo inerte de Shalkan no ombro, e saltou a muralha do santuário, correndo em direção à base.


Gustaf estava ofegante. Ele havia conseguido mandar um sinal pelo seu comunicador portátil para o guardião, mas não sabia se ele viria. “Maldito guardião.”, pensou ele. Em seguida, olhou para os inúteis monitores queimados.

— Os geradores da base devem restabelecer a energia em alguns segundos. – disse Irinosh.

— Não aqui, imbecil. – respondeu Gustaf. – Seja o que tenha acontecido, inutilizou todos os cabos de energia desse complexo. Eu só não entendo como que nós fomos descobertos.


Sigma abriu os olhos. Ele viu que estava em meio a destroços, e viu que conseguia respirar livremente. O plano havia dado certo, as pesquisas haviam sido bem sucedidas afinal. Ele não imaginara que aquilo fosse realmente dar certo, mas não era hora de pensar naquilo. Ele precisava agir rápido.

Primeiramemente ele fez diversos movimentos rápidos com o corpo, procurando danos. A mão que ele havia esfregado na parede que explodira estava inutilizada, com todos os dedos e o pulso quebrados. E afora algumas dores, ele parecia bem. Incrível não ter quebrado nenhum osso. Aquela roupa feita para resistir ao vácuo provavelmente era realmente resistente. Porém, agora ela estava também destroçada pela explosão.

Com um pouco de dificuldade, mas da maneira mais rápida que pôde, Sigma se levantou e tirou os restos das roupa. Incrível. Não haviam guardas, luzes, alarmes, ou sequer barulho. A situação estava muito mais favorável do que deveria. Então, sem hesitar, ele saiu dos destroços da cela e começou a correr pelo corredor.


Wind adentrou a base que estava no escuro. O medalhão em seu pescoço começou a brilhar, iluminando cerca de quinze metros ao redor do Guardião. E então, ele começou a andar pelos corredores.


Perto da base da floresta, trovejou.

O soldado Delta seis olhou para o alto, praguejando por ter sido escalado para fazer patrulha naquela tempestade. Apesar daquele ser um complexo de segurança máxima, porque justo ele? Muito azar, ou implicância do comandante. “Eu não posso acreditar, nessa tempestade, ele ainda deve estar com raiva por causa da...”. Porém, foi desperto de seus pensamentos pela visão de um velho em pé no topo do muro.

— Quem está ai?? – gritou Delta seis, apontando a arma para o sujeito. Por um instante, então, os olhos do sujeito brilharam. Então, o vento aumentou de uma maneira repentina. Estava muito difícil manter o equilíbrio. – Identifique-se! – insistiu o soldado, fazendo o possível para manter a mira. Então, isso se tornou impossível: uma rajada imensamente forte de vento o ergueu do ar, e antes que tivesse tempo para berrar, o arremessou longe.


Thresdárius, após afastar o soldado, pulou para dentro do pátio do complexo.

“Após fazer o que devo aqui”, pensou ele. “Eu vou ajudar Wind”. E então, ele se aproximou do portão e tocou-o com os dedos, e dezenas de raios acertaram-no. Então, uma luz vermelha banhou a base.


Alguns instantes depois:

— Senhor Gustaf! – gritou um soldado que batia na porta do laboratório – Mensagem urgente!

— O que é? - berrou Gustaf. As portas eletrônicas não poderiam ser abertas sem eletricidade.

— Nós captamos um sinal de emergência vindo do complexo da floresta com um dos poucos computadores que ainda funcionam! Eles estão sendo atacados!

“Droga...” Pensou Gustaf.

— Não há nada que possamos fazer! – disse. – Concentre-se em restabelecer a energia da base. Se alguns cabos de reserva forem conectados, os geradores poderão voltar a funcionar!

— Sim senhor! – disse o soldado.

Gustaf estava estupefato. Ele havia planejado aquilo com tanta cautela, e mesmo assim haviam conseguido enganá-lo. “Malditos sejam esses Guardiões!”. Então, ele se lembrou:

— Soldado, volte aqui! – berrou.

Após alguns segundos, a voz do soldado retornou por trás da porta:

— Senhor?

— Mande todas as unidades para o subsolo A. TODAS. Deixe só o essencial na manutenção. Isso é extremamente importante. Verifiquem o prisioneiro do andar, e depois venha aqui me relatar. Se ele tiver escapado, capturem-no!

— Sim senhor! – disse o soldado.

“Maldito, maldito, MALDITO!”. Pensou Gustaf. Aquilo ainda iria lhe dar muita dor de cabeça.


“Uma pena você não ter conseguido ocultar, Gustaf”, pensou Thresdárius, enquanto investia observava a aproximação de soldados vindos do outro lado do pátio. “O fato de, na verdade, serem duas bases, e não uma só.”


Aquela base, na floresta, estava em alerta vermelho. Aquela base, sob a água, estava em situação de emergência, sem eletricidade. Naquela base, da floresta, estava Thresdárius, atacando. E naquela base, sob a água, estavam Wind e Sigma.
“Maldito, maldito, maldito!”. Pensou Gustaf.
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Fim do capítulo 6