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Tópico: Amor Eterno...Conflitos Insolúveis

  1. #81
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    q RP homosseuxal o.O'

    acho q vc devia butá 1 omem narrando!

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  2. #82
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    Grandão! Como sempre de ótima qualidade. Nada a reclamar.

    Desculpa a demora pra escrever aqui, mas tava sem PC e quando ele voltou eu fui à praia ¬¬

    Mas BUM, Perfeito viu meu querido xD

    Citação Postado originalmente por Carinha ali de cima
    Esquece esse tipo de comentário Amikow, o Dard ja deu explicações sobre isso
    Grato, Wakka H.
    _/_/_/_/_/_/_/_/_/

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  3. #83
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    Bem, desculpem-me pela demora, não estava conseguindo escrever e também desde quinta estava sem internet em casa...

    Queria agradecer à todos que votaram na minha história tanto na semi-final quanto na final do concurso e a fizeram ser a vencedora o//. E também convoco um time para ir na casa do Henet ( sim ,errei o nome de propósito :> ) sequestra-lo por ele ter cancelado a entrega dos banners >=D

    Enquanto houver comentários (que pasmem, são as "vitaminas" que fazem essa história seguir adiante), ela terá continuação para, se tudo der certo, antes do final do ano ser terminada \o/

    @Leisure Suit Larry

    Com esse comentário vc ja ta quase se desmacarando, cuidado tio




    Capítulo 11 - Suspeito





    Finalmente, chegamos. Banco Santander. Um ostentoso lugar, designado apenas para os mais ricos, por assim dizer. Não sei se será de algum modo útil nossa vinda até aqui, mas não podemos descartar nenhum lugar, nenhuma prova... Nada.

    - Boa tarde, senhorita... – Olho e leio seu belo nome em um crachá pendurado do lado esquerdo da camisa azul-marinho que usava – Chris.

    - Boa tarde, oficiais. O que os senhores desejam?

    - Sabemos que já está quase na hora de fechar o banco, mas queremos e precisamos falar com todos os funcionários, a respeito de Rafael, que trabalhou nesse mesmo local até a algum tempo atrás.

    - Ah claro, tudo bem. Mas chamarei o Sr. Augustus, meu chefe, para falar com os senhores.

    - Obrigado moça... – Uma linda moça, diga-se de passagem, mas não é hora para se pensar nisso...

    Começamos nosso serviço. Sr. Augustus estava fora, numa reunião, e Vanessa também se encontrava ausente. Enquanto esperávamos, Bruno e eu interrogamos, de maneira sutil, todos os funcionários presentes no banco. Não conseguimos nada relevante a não ser descobrir como era a “reputação” deles no ambiente de trabalho: A maioria não gostava de Rafael. Diziam que ele era quieto demais, isolado, sozinho, principalmente nos dias que antecederam sua saída daqui. Vanessa era o oposto. Faladeira, divertida, amigável com todos, ninguém a odiava ou a via mal... Mas apenas isso. Nada do que disseram poderia de alguma forma ajudar a achar o paradeiro de Rafael, nenhuma pista. Talvez, todavia, tenha sido mesmo inútil vim até aqui... Droga, pra que ficar perdendo mais tempo? Só resta ir embora de mãos vazias...

    - Bem, senhorita, muito obrigado por cooperar, mas já vamos indo.

    - Os senhores não irão esperar o Sr. Augustus?

    - Não mais, creio que ele não tenha algo a dizer que já não ouvimos.

    - Tem certeza, policial? – E passando pela porta giratória que servia de entrada ao banco, vejo um homem, de corpo viril e estatura alta, cabelos grisalhos, bem cuidados até, mas que acredito se tratar de uma peruca, vindo em nossa direção, em companhia de dois seguranças, estendendo a mão para um breve cumprimento:

    - Sr. Augustus?

    - Sim, eu mesmo, venha pro meu escritório, Chris já me contou tudo pelo celular.

    - Tudo bem. Bruno, fique lá fora me esperando, certo?

    - Está bem...

    E assim sigo aquele homem, robusto e de aparência gentil, até seu escritório, no segundo andar do banco. Um espaço imenso, bonito, bem feito, muito diferente dos escritórios do departamento, com certos objetos como enfeites mais caros do que eu poderia pagar em meses de salário. Injustiça, devo trabalhar mais que ele, esses...

    - Bem, policial, pode falar.

    - Hã? – Entramos e o tal senhor Augustus senta em uma bem desenhada e reclinável poltrona aveludada, toda vermelha, que ficava atrás de sua mesa de trabalho, enquanto eu permaneci em pé, próximo à porta pela qual passamos. Os seguranças ficaram de vigília, do lado de fora da sala, no corredor. - Ah, está bem. O senhor conhecia bem Rafael, ex-gerente daqui? Era íntimo com ele?

    - Não muito, só o conhecia profissionalmente. Era um excelente rapaz, porém quieto demais. Veio para cá como indicação de um conhecido meu...

    João Carlos, só podia ser ele. Mas isso é irrelevante, não me levará a lugar nenhum. Porém, creio que com Sr. Augustus poderei tirar algo de grande valia, afinal. Com certeza deve saber mais que seus funcionários, assim espero... Olho de relance para um relógio de parede que havia no escritório, atrás da poltrona onde se sentava aquele homem. São sete e meia, talvez irei ao hospital depois de sair daqui, quero ver como So...

    - Oficial, algum problema?

    - Q...Não, nada. Porém, o senhor sabe por que do nada ele saiu de um emprego tão bem remunerado e, por que não, invejado?

    Reparo nos atos dessa pessoa aparentemente tão calma. Atos que escondiam algo. Que transmitiam mentira. Se levanta da poltrona e vai em direção às persianas que havia na sala, fixando sua visão no primeiro andar, já vazio, tendo só eu e ele no banco, mais os dois “armários” do lado de fora que permaneciam imóveis. Parecia pensar no que iria dizer, refletindo sobre cada som que sairá de sua boca.

    - Sr. Augustus, não respondeu minha pergunta: O senhor sabe por que Rafa...

    - Sim, sim, Eu ouvi seu policial, surdo não sou. – Não mexe um músculo, ainda observando o andar de baixo - Estava pensando em algumas coisas, coisas pessoais. Bem, sinceramente não sei a razão que levou Rafael a ter se demitido de um emprego tão bom e respeitável, como também não sei o motivo de o senhor estar aqui fazendo perguntas sobre ele e assustando meus funcionários... – E agora volta sua visão a mim, me fitando, me indagando...

    - Oh, desculpe a grosseria. Esse rapaz desapareceu, talvez tenha sido seqüestrado, e estou juntando pistas para saber sobre suas últimas ações e...

    - Pobre rapaz... Mas, não sei nada mesmo...

    Ele mente, sei que mente!! Como o forçarei a contar a verdade? Não faço idéia... Mas também, por que omite os fatos? Estaria ele envolvido em tudo isso? Não, não, Cláudio, você está pirando...

    - Certo. E Vanessa, o que o senhor tem a dizer sobre ela?

    - Vanessa... Bela mulher, extrovertida... – Sua face muda, agora esboçando um leve sorriso, dando a impressão de se orgulhar do que dizia de sua funcionária - Comunicativa, inteligente. Substituiu com peso o cargo de Rafael. Contudo, ela saiu meio-dia para almoçar e não voltou mais, e já são quase oito horas, estranho... Por que, Vanessa desapareceu também?

    - Não, não senhor, mas estou tentando encontra-la para... Interroga-la – Não, não deve ter nada a ver com isso, ficou preocupado demais apenas com a menção de seu nome - O senhor tentou entrar em contato com ela?

    - Lógico que tentei! Liguei para seu celular, mas dava fora de área. Fora de área, no centro da cidade?

    - Hum... Poderia passar o número desse celular e também o endereço de onde ela mora?

    - Claro policial, um minuto.

    Ele sai do escritório, provavelmente foi pegar o que pedi. Droga, terei que passar na casa dela, e acho que nem terei tempo de ver Sophia antes das dez, quando acaba o horário de visitas...Tudo isso pra nada, absolutamente...

    - Aqui está, a ficha dela. – Tão rápido como saiu, volta, tendo em sua mão direita uma pasta, com vários documentos dentro - Só um momento que escreverei num pedaço de papel o endereço e o número do celular... Peraí... Pronto, tome.

    - Realmente muito obrigado, Sr. Augustus, sua ajuda foi de grande serventia. Bem, já vou indo, não pretendo mais atrasar o senhor. Mais uma vez, obrigado.

    - Disponha, oficial que não disse seu nome o tempo todo. – E dá um breve sorriso. Sorrio também, meio sem graça pela gafe cometida...

    - Opa, mil perdões, to meio distraído hoje. Capitão Cláudio. Bem, terei que pedir pro senhor não sair da cidade até encontrarmos Rafael – E balança a cabeça, concordando com o pedido – E também qualquer coisa que o senhor souber, vá ao departamento me procurar. Qualquer coisa mesmo, que, por mais que pareça inútil, no final das contas poderá “ajudar”. - Ajudar. Enfatizo essa palavra. Única forma de não ser direto no assunto. Será que entendeu?

    - Bem, senhor Cláudio, eu... Pode deixar que eu ligo. Tenha uma boa noite. Os seguranças o levarão até a saída.

    - O senhor também – Droga, miserável! Pareceu que iria contar algo, mas hesitou. Filho da mãe! Bem, não tenho mais nada a fazer aqui, hora de ir. Saio do banco, “escoltado” pelos dois seguranças enormes e nada gentis. Encontro Bruno deitado no fundo da viatura, que folgado...

    - Ei, levanta!

    - Hum? Demorou hein... Conseguiu algo?

    - Talvez, talvez... Bem, vamos embora.

    - Pro departamento?

    - Não, para a casa dessa senhora Vanessa.










    O último foi meio grandinho, então encurtei um pouco esse...
    Dard*
    Última edição por Dard Drak; 22-05-2007 às 22:47.

  4. #84
    Avatar de cronus0590
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    como sempre exxxplendido o/, espero que chegue ao fim seu rp x), nunca vi um rp aqui chegar ao fim =/

  5. #85
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    pelamordedeus!!!!!!!

    ve se anda logo com essa historia!!!!

    to super curiosa com os proximos capitulos e final!!!!!

    olha a data a nadinha aqui!

    Dard, voce sabe do que é capaz uma mulher curiosa? hehehehe...

    num solta os proximos capitulos nao proce ve!!!! vai sintir na pele! grrrrr


    como sempre, muito bom voce!


    ve se anda logoooooooo!!!

    beijaooo!




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  6. #86
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    História que tardia movimento.
    Não dá, é uma enrolação pop demais pra quem presenva o real de uma história roleplay de verdade: A história não vai até as pessoas, as pessoas vão até as boas histórias.

  7. #87
    Eu não floodo. Você sim Avatar de Dard Drak
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    Atenção

    Um mês, mas ta aqui...
    Bimestre final cheio de trabalhos pra não repetir de ano enche o saco ;p...




    Capítulo 12 – Ser Humano, ser Repugnante...





    - E então, Vanessa, concorda com o plano?

    Fica me observando, me fitando, me analisando, esperando pela resposta, na qual ele já sabia qual era, mas mesmo assim se ufanava em fazer-la:

    - Pergunta idiota, ridícula! Você sabe a resposta... Como não poderia concordar? Se eu recusasse, deixaria isso pra trás?

    - Não – Replica secamente – Só que, se no final todos ganharão algo, então não é um plano todo ruim, não acha?

    - Besteira. Porém, você deve saber que não sou a única a ter acesso ao cofre.

    - Claro que sei, minha Vanessa. Não sou burro. Mas não pense nisso, desse problema eu já cuidei faz tempo...

    - Como assim?

    - Bem, aí já não é de sua conta...




    ****************




    - Aqui está senhor, embrulhado como havia pedido. Com certeza, sua sobrinha irá adorar o presente!

    - Sim, ela ama esses tipos de brinquedos. Bem, já vou indo, tenha uma boa noite!

    - O senhor também!

    Logo após me despedir da atraente vendedora, passo no caixa da loja e pago pelo que acabara de comprar. Quinhentos reais custara, mas não é nada se em troca eu receber um “obrigado” ou apenas ver um sorriso estampado na face de Stella, minha querida sobrinha. Fará aniversário amanhã, e este brinquedo, uma casa de bonecas, será o presente.

    - Vamos Anderson.

    Anderson, um de meus seguranças pessoais. Um rapaz negro de vinte e cinco anos, e que mede quase dois metros de altura! O mais antigo de todos, trabalhando comigo há cerca de oito anos. Podem achar segurança uma coisa fútil, de gente esnobe, mas, morando em São Paulo, e tendo o trabalho que tenho, é necessário, e vital...

    - Anderson, você acha que ela gostará do presente? – Pergunto a ele, enquanto passamos por diversas lojas já fechadas e desativadas do lugar, com apenas algumas lanchonetes ainda em atividade. Não o olhava como um simples segurança, tal o tempo que trabalhava pra mim. Se tornara um amigo, e conversávamos sem formalidades...

    - Sem dúvida que sim, Sr. Augustus. Que nem aquela Barbie que o senhor deu a ela no Natal.

    - É, foi caro, mas dinheiro não é problema para fazer minha única sobrinha feliz...

    Chegamos ao estacionamento, no subsolo do shopping, Anália Franco, onde meu carro, um Mercedes preto, se encontrava. Anderson o pega - além de meu segurança é motorista - e logo depois guarda o presente no porta-malas.

    - Aonde o senhor quer ir agora?

    - Casa. Chega por hoje. Vou ter que me levantar às seis da manhã.

    - Sim senhor.

    Saímos do estacionamento, relativamente cheio para o horário que era, e seguimos em direção à minha casa. Sentado no banco de trás do veículo, deslumbro a cidade através do vidro funê, blindado, logicamente. A noite deixa São Paulo mais atraente, esbelta, misteriosa, divertida. Mas também guarda os males que se escondem e se armam na escuridão, deixando-a mais violenta, perigosa... Sombria. Enquanto isso, os ponteiros de meu relógio de pulso marcavam onze horas da noite, tarde demais para uma pessoa como eu andar por aí. Porém, me sinto bem nesse carro, com esses vidros, onde através deles ninguém de fora vê minha face, não sabendo quem ou quantos estão dentro do automóvel. Estou seguro, protegido...

    - Senhor, o celular.

    - Como?

    - O celular, do seu lado, está tocando.

    - Ah ta – Nem reparo no som que fazia, um toque do hino do time que torço, São Paulo. Aperto um botão localizado na porta esquerda posterior do carro e um vidro aparece no meio do veículo, separando a parte traseira da frontal. Um vidro anti-som, para assim eu ter mais privacidade e logo em seguida atender a chamada:

    - Alô?

    - Sr. Augustus, o senhor preza pela sua vida? – Do outro lado ouço a voz de um homem, meio rouca, abafada. Não reconheço quem é...

    - Quem ta falando?

    - Preza pela sua vida a ponto de, para não correr risco algum, concordar em colaborar para um assalto ao seu próprio banco?

    - Oras, vá pro inferno!

    Interrompo a ligação, fechando o celular. Vadios, vem passar trote numa hora dessas! Cretinos...

    Mas...

    Passam-se alguns segundos e o celular toca, mais uma vez. Tento ignorar, mas não pára de fazer barulho... Impaciente, não vejo outra solução a não ser desligá-lo, não estou a fim de me aborrecer por tolices...

    Paz novamente. Volto a olhar e apreciar a rua, tento cochilar um pouco, coisa que não faço há tempos. Só mais meia hora e estarei em casa... Fecho os olhos, mas logo depois sinto o carro parar, deve ser algum semáforo vermelho, nada de mais... Dormir só um...

    - Sr. Augustus...

    - Droga Anderson, o que foi agora? – Estava do lado de fora, na rua. Havia parado o carro no acostamento e aberto a porta traseira, segurando um aparelho em sua mão direita:

    - Desculpe, é que alguém ligou no meu celular e insiste em falar com o senhor, argumentando que não consegue ser atendido no seu número.

    - Ah, está bem. Volte a dirigir, depois devolvo pra você.

    Ele obedece, liga o carro novamente e continuamos a trilhar as ruelas e passarelas da capital. Atendo a ligação, num simples celular pré-pago, já irritado com a situação atual:

    - Quem é?

    - Sr. Augustus, o senhor preza pela vida...

    - Olha aqui seu vagabundo, quer parar com essa besteira...

    -... Preza pela vida de sua sobrinha, Stella, que completará maravilhosos sete anos amanhã?

    Não sei o que houve, mas de repente perco o controle, apertando o aparelho com força em minhas mãos trêmulas. Brincar comigo é uma coisa, mas por o nome de minha sobrinha no meio?!

    - Ouça bem, se isso for uma brincadeira, já perdeu a graça. Quem é você?

    - Quem sou eu? Hum, sou uma pessoa que conhece alguém que neste instante está apontando uma Robar Q... Bem, não importa eu dizer o nome, nem deve ter idéia do que trata. Só precisa saber que a mira de um rifle está direcionada exatamente para o banco do motorista, onde está seu segurança. Anderson o nome dele, não é?

    Ele está blefando, é mentira, não tem sentido isso...

    - Escuta, não é por que você sabe o nome deles que significa que acredito no que diz...

    - Ahh, que chato. Nem mesmo se eu disser que seu carro nesse momento está parado numa rua chamada Antonio de Barros, e que posso mandar atirarem em Anderson do local onde estou?

    Não, ele não vai...

    - Imbecil, mesmo se fosse verdade, os vidros são blindados, não tem como...

    - Mas, olhe só, a porta do lado dele não está com o vidro totalmente fechado, podendo vê-lo claramente daqui... Descuidado ele...

    - Você não seria capaz de...

    - É, já falaram isso pra mim, e o resultado não foi nada bom pra eles. Só que, rua deserta, semáforo vermelho, vidro funê do qual ninguém conseguirá ver algo, não vai ser difícil... Mas, se não acredita, deixa pra lá, só avise pro Anderson erguer o vidro, é mais... Seguro. Entretanto, tem cinco segundos...

    - Quanta besteira...

    - CINCO...

    - Você não pode estar falando sério...

    - QUATRO! Sr. Augustus, se acha que estou mesmo brincando, pode tentar dormir um pouco, teve um dia cansativo, enfadonho...

    - Merda!

    Solto o celular, o deixando cair no chão do carro. Aperto desesperadamente o botão para descer o vidro anti-som o mais rápido possível, enquanto que ao mesmo compasso ouço em auto tom “Três!” vindo do aparelho.

    - Anderson, fecha o vidro!

    Ele não percebe. O filho da mãe ouvia música no volume quase no máximo. Desligo o CD-Player bruscamente e consigo escutar aquele cretino gritar “Dois!” no celular.

    - FECHA O VIDRO!!

    - Um!

    - Hã, quem ta gritando no celular? E por que o senhor quer que feche o vidro, está...

    - Não importa, mas feche a porcaria do...

    Não termino a frase. Não há mais necessidade, também nem tinha mais energias para tal. Aconteceu, de fato. Foi instantâneo. Uma bala vinda de fora passa perfeitamente pela fresta deixada no vidro entreaberto, atingindo intensamente o lado esquerdo da cabeça de Anderson. Com um baque ele cai, deitado, entre os dois bancos da frente, e do furo feito pelo projétil jorra-se sangue por todo o veículo: No painel, no volante, nos bancos de couro, em minha camisa, em meu rosto...

    ...

    O imbecil foi eu.

    Ainda em estado de choque, pego o celular antes esquecido no chão, mas, não sei o que dizer, não consigo, só o coloco no ouvido, nada mais...

    - Hum, sinto que você está aí me escutando. É uma pena, um empregado que trabalhou fielmente durante oito anos ser morto por causa da teimosia de seu patrão. Triste... Vai me ouvir agora ou sua querida Stella será a próxima “prova” de que estou falando sério? Quanto ao corpo, não se preocupe, já tem pessoal indo “cuidar” disso...

    Não, minha Stella, minha sobrinha, filha de minha irmã, não! Ela não pode... Não deve. Limpando o sangue que lentamente escorria por minha face e que se misturava com as lágrimas recém-derramadas, reúno o máximo de forças possível, e o respondo num tom fraco, melancólico:

    - Pode falar, sou todo ouvidos...










    Críticas, o que acharam, sugestões e blá blá blá, sempre bem vindos...

    Dard*
    Última edição por Dard Drak; 22-05-2007 às 22:47.

  8. #88
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    Gostei muito, Dark.
    Acho interessante a narração no tempo presente, e gosto também de primeira pessoa, apesar de achar bastante ousado a combinação das duas.
    Esse último capítulo ficou bem melancólico, mas ficou emocionante o momento do tiro.
    E odiei o fato do cara ser s&#227;o-paulino, bota ele pra morrer no final, viu? >.<

    &#183;&#183;Hail the prince of Saiyans&#183;&#183;

  9. #89
    Avatar de Wk~
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    Ae meu querido!

    Todo dia eu tinha a esperança de encontrar um novo capítulo!
    Eu li ele faz uns dias já, mas só agora tenho tempo para comentar...

    Ta, mas eu não tenho nada pra falar porque está PERFEiTO!
    Parabéns Dard, passou a emoção do capítulo divinamente! Na hora em que o cara começou a contar, num ato de desespero pulei uns dois parágrafos para ver o que ia acontecer, mas quando percebi isso voltei e continuei lendo, com uma agonia querendo saber o que você guardou pro atual defunto.


    Parabéns, Dard.

    Grato, Wakka H.
    _/_/_/_/_/_/_/_/_/

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  10. #90
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    othemo =D, explendido, gostei pakas, fico rox xD

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