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Tópico: SAGA - O Outro Lado

  1. #11
    Avatar de Kaoh
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    Capítulo I
    Parte II


    Dessa vez, as imagens na tela eram de estações espaciais na órbita da terra com letras enormes e brilhantes anunciando que tinham quartos vagos, algumas daquelas estações pareciam até prédios em órbita, como se alho os tivesse tirado do chão. Havia também até mesmo um outdoor gigante orbitando a Terra, anunciando uma marca de tênis cara. As imagens foram substituídas por imagens de construção na lua, astronautas e robôs carregando materiais e peças e estruturas de metal sendo formadas...

    — Graças ao dinheiro fornecido pelas grandes multinacionais, foi iniciado um projeto de construção de grandes complexos lunares no satélite da Terra. O primeiro hotel na lua foi inaugurado no ano de 2078, e foi um grande passo no avanço da tecnologia terrestre, e mais ou menos na mesma época foi desenvolvido o primeiro gerador de gravidade, uma máquina que simulava os efeitos da gravidade da Terra em naves espaciais e nos próprios complexos da Lua. Enquanto estes eram construídos, as nações corriam para ver quem construía o melhor laboratório de pesquisa, as estufas de plantas mais avançadas, e até mesmo a primeira base de lançamento marciana. Ao final dessa corrida, o resultado foi para as nações frustrante, porque todas elas conseguiram ótimos resultados na corrida e terminaram a base de lançamento praticamente ao mesmo tempo, com exceção dos EUA que, aliados à Europa, iam mais lentamente na corrida porque ainda se recuperavam da guerra... E durante muito tempo foi assim, os países corriam para ver quem chegava mais longe primeiro, enquanto a iniciativa privada ia povoando tudo um pouco mais atrás. Após alguns anos as primeiras naves de astronautas chegaram às Luas de júpiter, e alguns anos depois as colônias começaram a ser construídas por lá, usando a tecnologia do gerador de gravidade para igualar a alta gravidade provocada pela influência de Júpiter com a da Terra.

    O monitor começou a mostrar imagens de colônias em lua, marte, nas luas de Júpiter... Até que começou a mostrar a órbita da Terra. Era impressionante: As estações e os satélites ocupavam muito o espaço, era quase uma outra cidade, ou uma extensão da Terra. Então, a imagem mudou e mostrou um centro de pesquisas japonês, localizado no centro de Tóquio:

    — Mais ou menos no início do século vinte e três o governo japonês decidiu deslocar grande parte das verbas destinadas à pesquisa de exploração do espaço exterior para o desenvolvimento de armas de uso espacial ou extraterreno. Essa notícia chegou aos ouvidos dos outros governos que, com medo de serem submetidos militarmente ao Japão, começaram a investir no desenvolvimento de armas também. Com tais desenvolvimentos, mais a rivalidade dos países na corrida espacial, um clima de tensão constante foi estabelecido, como se uma guerra pudesse estourar a qualquer momento: era o início da segunda guerra fria. A tecnologia, após isso, chegou em tão alta escala que os desenvolvimentos alcançaram patamares incríveis: o Japão desenvolveu uma arma que funcionava a partir do espaço e que poderia atingir qualquer ponto estratégico da Terra, os países sul-americanos então desenvolveram aviões militares que chamaram de “ anfíbios”, pois apesar deles terem o formato era dos jatos atuais, continham algo diferente: eram úteis tanto dentro da terra quanto no espaço. Os EUA e a Europa desenvolveram uma grande nave equipada com um enorme imã, nomeado "Magneto", capaz de desmantelar qualquer tipo de estrutura de metal. Foi um passo importantíssimo na tecnologia militar, um avanço enorme. Baseados no projeto sul-americano a China, representando países da Ásia, e a Índia aprimoraram os jatos anfíbios e criaram também Trajes Anfíbios, que consistiam em trajes militares úteis tanto na terra, quanto na água ou no mar, ou até mesmo no espaço. Enfim, cada união copiava as idéias de outras uniões, tentando assim desenvolver armas melhores e mais avançadas. Conforme as uniões movimentavam seus peões o clima de tensão cada vez aumentava cada vez mais, e por causa disso estes faziam pouco progresso na aproximação das luas de Saturno, atrasando possíveis avanços tecnológicos que seriam adquiridos com isso e ficando cava vez mais difícil bloquear a iniciativa privada de interferirem na exploração de regiões desconhecidas, que era reservada somente aos governos. Porém, as multinacionais já haviam começado a explorar o cinturão de asteróides, coisa que havia gerado alguns acidentes e que poderia gerar mais ainda.

    As sucessivas imagens pararam, e se fixaram num grande edifício branco, com os dizeres “Corporação Omega de exploração espacial”.

    — Devido à falta de influência dos governos sobre o avanço das multinacionais sobre o espaço, foi criada a corporação de empresas Omega, que tinham como objetivo a construção de colônias a baixo custo no espaço, de modo a possibilitar a colonização do espaço pelas classes mais baixas. Devido à Guerra Fria e o constante clima de tensão na Terra, a possibilidade de ir viver no espaço pareceu aos pobres algo bem atrativo, uma vez que o custo era baixo e que a corporação prometia melhores empregos e condições de vida e uma vez que havia muita gente desempregada por causa dos robôs que assumiam várias tarefas antes dedicadas a humanos, afora toda a poluição e crimes... Assim, Omega começou a construir conjuntos habitacionais nas luas e em marte e começou a levar pessoas pobres para lá, aos milhares, através do uso de naves “ônibus” gigantes, com capacidade para mais de mil pessoas. É claro que a construção dos conjuntos e todo o projeto em si era cara e o pagamento dos pobres não compensava os gastos, mas essa mesma empresa conseguia extorquir dinheiro dessas classes de outras formas, através da venda cara de alimentos nos conjuntos, através de empregos mal remunerados, entre outras coisas. No final das contas não era tão em conta assim se mudar para o espaço, mas muitas pessoas continuaram fazendo isso, de certo modo até despovoando a Terra. E assim, anos depois, esse projeto foi considerado como marco do início da colonização oficial do espaço, antes reservada aos ricos.

    [... continua ...]

    Sem mais;
    Asha Thrazi!

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  2. #12
    Avatar de Klaw
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    nem Deus conseguirá derrubar essa estação!
    Uau!
    Titanic? o_o
    aUehiauheiuaheiuahe

    Gostei da sua visão do futuro, achei de uma forma um futuro muito provável...
    realmente eu espero estar morto quando essa bagunça começar xP

    há!
    flw aew _o/
    I don't need wings to fly, because your eyes are my sky
    (Real Name: ShadE!)

    Enquanto isso num chat de msn:
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    Doug. diz:
    volta a ficar falando viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    não
    Doug. diz:
    ia aparecer um viado o_o
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    você já tá aqui

  3. #13
    Avatar de Death Knight
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    Bem divertido, agora continua meu filho!!
    Quer aprender a andar em Kazordoon?
    http://rapidshare.de/files/19725330/...guide.rec.html
    :wub: Eu AMO Panetone!!!:wub:
    "...És a eterna majestade
    Das linhas combatentes,
    És a entidade,
    Dos mais valentes
    Quando o fogo da vitória
    Marca nossa alegria
    Eu cantarei,
    Eu gritarei:
    És a nobre Infantaria!..."
    - Canção da Infantaria do Exército Brasileiro
    Exército Brasileiro!!! SELVA!!!

  4. #14
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    Que criatividade parebens ta muito bom continua pls

  5. #15
    Avatar de Heenett
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    Anteriormente...

    ...No final das contas não era tão em conta assim se mudar para o espaço, mas muitas pessoas continuaram fazendo isso, de certo modo até despovoando a Terra. E assim, anos depois, esse projeto foi considerado como marco do início da colonização oficial do espaço, antes reservada aos ricos. [...]

    Capítulo I
    Parte III


    [...] Estes partiram no início da colonização com naves particulares para hotéis ou módulos de luxo na Lua, em Marte, nas órbitas dos desses corpos celestes, ou mesmo na órbita da Terra. Enquanto isso, os terráqueos de baixa renda conseguiam um lugar em naves imensas para complexos habitacionais construídos nos planetas com promessa de comida, água, uma boa vida e emprego. Aos poucos, com a grande colonização dos pobres, os ricos começaram a se mudar para estações espaciais, algo como "arranha-céus espaciais", de modo que depois de algum tempo a terra sólida passou a ser uma exclusividade dos pobres. Enquanto estes moravam com vista para o deserto vermelho de marte, ou para as crateras da lua, os ricos moravam nas estações, com vista para o sistema solar.

    As imagens na tela passaram de grandes complexos habitacionais, algo como centenas de casas de formato idêntico de três cômodos uma pregada na outra, dispondo-se em quadrados, círculos, e outras formas geométricas, até mostrarem um grande prédio com chaminés enormes voltadas para a órbita de Marte:

    — Foi iniciado, nessa mesma época, o projeto denominado “Biosfera três: A Terraformação de Marte”. Esse projeto, cuja liderança estava nas mãos de uma corporação chamada “New Age Corporation”, ou “Corporação Nova Era”, que pretendia através de um esforço contínuo transformar Marte numa nova Terra. Apesar de muitos acreditarem ser impossível, estudos e previsões ciêntíficas provaram que se a coisa fosse feita do jeito certo, em um milênio os resultados poderiam chegar. Sendo um investimento a muito longo prazo, a New Age Corporation também começou a vender alimentos para os módulos habitacionais, rivalizando-se assim à Omega Corp, e começou a plantar plantas em estufas construídas no planeta, de modo a vendê-las aos ricos da atmosfera por preços exorbitantes, afora que ela também era dona de vários estabelecimentos que ficavam na órbita do planeta, incluindo uma estação restaurante com vista permanente para Terra, onde a reserva de uma mesa para uma noite custava em média o preço de um carro de luxo.

    A tela exibiu a imagem de uma imensa estação espacial circular, com módulos para a entrada de naves na parte externa, com grandes painéis transparentes que faziam as mesas terem vista para a terra ou para o planeta vermelho. Os dizeres “New Age Corporation” brilhavam sobre a estação, como um imenso outdoor.

    — Com isso, as corporações de grande poder investiram muito em um novo projeto: a construção de colônias nas luas de Júpiter. Alguns cientistas, esperançosos, acreditavam que era possível a existência de vida na lua "Europa", de Júpiter, já que ela era a única do sistema onde existia água. Após investigações minuciosas, eles investiram com seus exércitos particulares em busca de uma possível vida, utilizando da tecnologia avançada dos geradores anti-gravidade que começaram a ser criados para resistir à grande gravidade de Júpiter. No final, nenhuma forma de vida foi encontrada, mas aquele ambiente tão perto de Júpiter e tão bom para pesquisas fez com que a iniciativa privada investisse pesado na construção das primeiras colônias nas luas de Júpiter. Na Terra a população havia se estabilizado na casa dos cinco bilhões de habitantes, graças à difusão dos métodos anticoncepcionais. A tão importante água agora era muito melhor aproveitada, e as fontes de água doce se recuperavam aos poucos dos danos passados, enquanto a água do mar, com a ajuda da tecnologia dessalinizadora, chegava as casas de grande parte da população, fazendo com que a falta de água deixasse de ser um problema tão grande.

    A tela exibiu uma imagem que poucos esperariam ver: Em plena cidade grande, um rio limpo. Não era totalmente limpo, mas sem dúvida dava para ver a cor do fundo, o que já era um grande começo. Em seguida começaram a passar imagens de cidades não tão cheias, antigas favelas, prédios de tijolos com três apartamentos cada, cada um com três cômodos, se desmantelando por completo, sendo transformadas em parques, enquanto os antigos moradores que haviam ficado na Terra iam para apartamentos melhores e empregos melhores, uma vez que com a falta de pessoal a procura havia sido maior. A vida na Terra, no final das contas, tinha melhorado muito, mesmo que sem muita intenção dos habitantes. Mas é claro que os habitantes do espaço voltariam se a vida estivesse tão boa assim, mas o fato era que, no final das contas, a vida no espaço também era boa:

    — Era notável a evolução, tanto na área da tecnologia em armas tanto na área de tecnologia de colonização. Belos projetos de exo-metrópoles enormes se tornavam realidade, tanto na Lua quanto em Marte, onde foi erguida majestosa cidade de Octus, que foi consagrada como a 8ª Maravilha da humanidade. Com a colonização de todo o sistema, a Omega Corp acabou se oficializando como o primeiro sistema interplanetário de transportes, coisa que aliada ao seu poder de manter as colônias habitáveis, tornou-a a corporação de maior poder de todos os tempos. Além disso, a Omega Corp também se responsabiliza pelo transporte de alimentos e água para as novas colônias e exo-metrópoles construídas, o que deixava os países cujos povos habitavam o espaço mais e mais apreensivos.

    Novamente a imagem mudou, exibindo até onde a tecnologia chegara: Octus. As ruas da cidade passavam sobre as casas, cerca de trinta metros sobre, enquanto as grandes avenidas foram construídas no chão. Os prédios impressionantes beliscavam o céu com sua ponta enquanto os habitantes de menor renda moravam em belas casas nos locais mais afastados do centro.

    — O nome da cidade, Octus, advinha do fato de ela ser considerada a oitava maravilha da humanidade, muitas vezes classificada como paraíso. A plataforma extremamente movimentada recebia cerca de cem espaçonaves por dia. Após toda a evolução, as espaçonaves de pequeno e médio porte se tornaram algo comum. Escolas foram construídas nas exo-metrópoles, assim como todo o tipo de estrutura e empresa, e foi fundada a primeira universidade extraterrena: a Universidade Terreno Marciana de Octus, ou UTMO. Mas, mesmo apesar disso tudo, mais de sessenta por cento era controlado pela Omega corp ou pela New Age corp. E a cidade não era algo limitado ao planeta: Sobre ela existia um verdadeiro mar de estações espaciais, várias imensas para residência particular de ricos, vários hotéis, restaurantes, e até um zoológico. Octus possuía sua própria rede de canais digitais, e sua própria rede de internet, que com certo atraso conseguia ser ligada à rede da Terra e da Lua.

    A imagem continuou mostrando fotos de Octus, até que passou a mostrar imagens de uma sala de aula tremendamente avançada: Todos os alunos tinham computadores nas carteiras, a aula era dada por um professor normal, mas o quadro negro era um telão. Havia equipamentos 3D que os alunos usavam para ver em tempo real as coisas que o professor citava, entre muitas outras coisas:

    — E então cada país avançava em tecnologia, nunca foi investido tanto na área da educação como nessa época: os países não precisavam mais de cidadãos, precisavam de Gênios. Alguns países eram notavelmente mais avançados que os demais e com isso se tornaram, agora mais do que nunca, as maiores potências do sistema. Estes países produziam com o melhor de sua tecnologia armas de destruição em massa e naves mais resistentes e velozes para vender, porém, o melhor de sua tecnologia eles guardavam com muita segurança em naves particulares para não ser desconfiado. Pequenos objetos, grande importância. Todos os países lutavam para chegar mais longe no espaço, brigavam por cada território. Foi aí que chegaram às luas de Saturno... Até que ocorreu um incidente: o incidente do vinte e oito de agosto.

    A imagem na tela passou a mostrar os destroços de duas naves, na órbita de saturno.

    — Duas naves a caminho de Titã, uma das luas de saturno, se chocaram em pleno movimento. Uma delas, uma nave chinesa, havia tido problemas com o sistema de propulsão por causa do choque com um pequeno meteoro, e estava consertando os estragos, enquanto seguia em direção à Titã, enviando alertas sobre sua condição, e sobre o fato dela precisar de ajuda, quando uma nave americano-européia, que não havia recebido o alerta por estar com todas as comunicações ocupadas e por negligência do próprio capitão, se chocou com a nave chinesa. Foi catastrófico. Não porque o choque produziu vítimas, não: A tecnologia era avançada o bastante, apenas duas pessoas nas duas naves morreram no choque, dois astronautas que estavam consertando as turbinas da nave chinesa. O resto havia ido para os módulos de fuga, e em seguida partido para a colônia Titã, onde seriam resgatados. A catástrofe foi a perda da carga. Uma das naves levava componentes cruciais para a construção de uma colônia, que posteriormente teve de ser interrompida, causando perda de milhões. A China e a Europa, junto com os Estados Unidos, começaram a discutir, na Terra, o acidente. As tensões naquela época já estavam grandes, e o acidente foi só a gota que fez o copo transbordar: a China entrou em guerra contra a união Américo - européia.

    A tela começou a exibir um pequeno vídeo mudo onde aparentemente o representante da China declarava guerra. Em seguida, passaram a ser exibidas fotos de colônias em ruínas, destroços de naves no espaço, naves destruídas que caíam na Terra, atingindo muitas vezes cidades, como grandes chuvas de meteoros. Depois, foram mostradas imagens de tropas de outras nações, como Índia, União Sul-americana, Japão...

    — O problema tomava grandes proporções, com ataques realmente devastadores: os dois países perdiam caças no céu, colônias no sistema e vida por todo o lugar. A guerra agora afetava muitas outras nações, como aconteceu em um incidente, onde destroços de caças caíram em uma grande cidade brasileira, fazendo com que dezenas de pessoas e inclusive um general das forças armadas morressem. Ou a queda de uma colossal nave de batalha nas proximidades do Japão, no oceano pacífico, coisa que criou uma Tsunami que devastou a sua costa, e a Índia, que tendo uma de suas colônias destruída em um bombardeio aceitou que a guerra não era só entre aquelas duas grandes nações. E foi então que estes países resolveram participar da guerra. Trabalhos de décadas agora se transformaram em grandes ruínas de metal e sangue, e uma vez que as colônias e planetas eram territórios privados, a guerra buscava resumidamente ataques às colônias nas luas de Saturno, que ainda eram governamentais, em batalhas espaciais nunca antes vistas. George Lucas havia adivinhado o futuro, porém sem Extra-Terrestres e não-humanos: o futuro seria guerra... As armas eram altamente destruidoras, os caças anfíbios Chineses tinham uma capacidade impressionante de destruição nunca vista antes. Eram velozes, resistentes e derrubavam o que ousasse enfrentá-los com tiros de plasma que deixavam rastros verdes por onde passavam. Os Estados Unidos utilizavam uma nave inovadora, nunca utilizada antes, com uma espécie de ima gigante, com um tamanho aproximado de um quilometro quadrado, que fazia parte dela e desmantelava toda e qualquer estrutura de metal, destruindo com uma grande facilidade naves Chinesas e de outras nações que agora também lutavam. Os caças anfíbios Chineses, muito superiores à idéia inicial que surgiu no Brasil, além da capacidade de destruição também tinham uma resistência incomparável, junto com seus trajes que funcionavam perfeitamente na água, terra, ar e no espaço. Na Terra a devastação era sem medidas, os ataques deixavam cada vez mais mortos e como consequência da guerra outros países de menor porte começaram a se prejudicar também. Porém nenhum dos dois lados atacava o território inimigo diretamente com um único medo: desencadear uma guerra nuclear. As batalhas se resumiam a territórios internacionais, onde submarinos altamente avançados e fragatas lutavam entre si, enquanto no ar os caças faziam manobras inacreditáveis. Na órbita da Terra, território ainda neutro, havia sido instalado o caos:Aquele era o principal campo de batalha da guerra, onde naves das nações lutavam: caças anfíbios manobravam por todos os lados, naves de batalha imensas permaneciam em órbita estacionária, enviando constantemente pilotos e caças à batalha, servindo de ponte entre a Terra e o espaço em si. Os ricos e os donos de estabelecimentos na órbita da Terra, em pânico, abandonavam tudo o que tinham e iam se refugiar em abrigos no planeta, com medo que os destroços das naves, que várias vezes sobreviviam à reentrada, os atingissem. Tudo o que havia sido construído na órbita da Terra era destruído e usado nas batalhas.

    A tela mostrava não só imagens, mas também vídeos, da guerra: Fotos de batalhas, caças em pleno movimento, as naves de batalha dos diferentes países, a queda de destroços na Terra, a luta nas colônias de Saturno, explosões imensas, estações espaciais se destroçando.

    — As batalhas continuaram por cerca de dez anos, alguns países iam se rendendo no decorrer da guerra, e aos poucos, saindo da mesma. No final apenas a China e a União Américo - Européia se mantinham em constantes ataques, em guerra. Foi então que as outras nações, que sentiam a devastação mas que não tinham mais como reagir, começaram a pedir e pressioná-los para que a guerra terminasse, em nome da paz, do sofrimento dos povos das nações menores e de seu próprio povo. E então, no dia catorze de setembro, dez anos depois do inicio da guerra, a China e a União Américo – européia declararam trégua.

    A imagem na tela mostrou uma foto dos representantes das duas nações apertando as mãos.

    — A guerra teve muitas conseqüências. Povos grandes e pequenos foram muito prejudicados pela guerra, a órbita da Terra estava completamente devastada e cheia de lixo espacial, e a economia das principais nações do mundo estava arruinada. Em um esforço conjunto, naves foram construídas para o recolhimento do lixo espacial, mas enquanto esse trabalho era feito, as nações declararam trégua definitiva, acabando de vez com a segunda guerra fria, pois as suas economias estavam fragilizadas demais para continuarem na guerra. Com as empresas privadas, entretanto, a história era diferente: Apesar de tudo, os únicos prejuízos haviam sido a destruição de algumas propriedades na órbita da Terra, o que no fim das contas representava muito pouco do que aquelas empresas realmente tinham. Assim, logo após a guerra, e sem a interferência dos enfraquecidos governos, as empresas privadas passaram a investir mais que nunca no sistema solar, nas colônias de Saturno inclusive, e foram ousando cada vez mais e mais.

    A imagem na tela começou, em seguida, a mostrar um imenso prédio, majestoso, rodeado por bandeiras, como uma obra de arte jamais vista: o prédio das nações unidas.

    — No ano de 2450, houve uma reunião com todos os países do mundo, que ficou conhecida como “A Convenção”. Lá, ainda sofrendo um pouco com o pós guerra, as nações resolveram decidir os rumos da humanidade. Foi uma reunião que durou duas semanas, e entre outras medidas, foram tomadas as seguintes decisões: O espaço também seria dividido em territórios, para que a neutralidade não favorecesse as guerras outra vez, e as colônias seriam nações independentes. Em cento e trinta anos seria iniciada a construção de uma rede de defesa do sistema solar, para que as colônias ficassem protegidas de ataques, tanto internos, quanto externos. O motivo da decisão de iniciar o projeto em centro e trinta anos era que já se sabia que o projeto iria consumir muito dinheiro, e as nações queriam tempo para se recuperar. Em nome da união, uma nova moeda para todas as nações foi criada, o Solarius.

    Após algumas imagens da Convenção, começaram a ser exibidas imagens das cidades nas colônias, de outdoors, anúncios, da situação delas tanto no espaço, nas órbitas, quanto no solo.

    — A população humana, ainda se recuperando em período pós-guerra, começou a se distribuir pelo sistema solar em busca de uma nova vida, novas oportunidades, de modo que a lotação de pessoas na Terra diminuiu. A diferença social, porém, se manteu estável: ainda era grande. Os dizeres do velho sábio chileno do século XXIII, Juanes Lobo, sobre alta e baixa classe social não houve mudança: "Os grandes no céu, os pequenos na Terra", ou seja, os ricos continuavam a viver nas órbitas, e os pobres no solo. Apesar disso, foi uma época muito próspera. O investimento na educação apenas aumentava, por causa de graves acidentes e novas doenças espalhadas pela guerra houve um grande avanço na área da medicina. Outras áreas com avanços consideráveis foram a física e a química, com projetos ainda mais profundos que átomos e radiação, pois, mesmo depois da convenção, uma nação ainda não confiava plenamente na outra. Uma nação consumista como nunca antes começou a surgir: as empresas privadas, sem a influencia do governo, começaram a jogar no mercado todo o tipo de produtos, começaram a fazer propagandas e espalhar outdoors de todos os tipos, principalmente nas nações exteriores(nome adotado para as colônias independentes), onde algumas empresas controlavam tudo. Alguns produtos inclusive perigosos começaram a circular no mercado, e as populações agora mais que nunca se dividiram em dois grupos: os que apoiavam e os que iam contra a mídia e propagandas e alienadora.

    Fotos de diversos grupos jovens começaram a ser exibidas na tela. Mostravam-se Neo-Punks, Góticos, Riquinhos, Nerds, entre muitos outros grupos.

    — Dentre as novidades e os avanços, estava a internet: Existiam servidores de sites espalhados por todas as nações exteriores, e uma rede de informações via satélite e antenas ligavam todo o sistema solar em uma rede, cuja velocidade de transferência de arquivos era avassaladora, chegando a ser possível, dependendo da distancia entre o servidor e o computador de uma pessoa, o download de cinco filmes de qualidade excelente em menos de cinco segundos. Em distancias maiores, por exemplo um contato entre a Terra e uma Nação exterior de Saturno, o atraso nas informações não passava de algumas horas, sendo possível a comunicação por e-mail. Jogos online eram cada vez mais avançados e interligavam diversas nações, uma vez que o atraso entre as informações recebidas por estas em relação ao servidor central não era muito grande, desde que esse não estivesse, por exemplo, em uma nação próxima de outro planeta. A internet ainda era um meio livre de comunicação, que resistia às tentativas de controle por parte dos governos e das grandes empresas, graças a muitos hackers, ou “Cavaleiros da Liberdade”, como se autodenominavam, que sabotavam as tentativas de controle da rede.

    A imagem na tela passou de satélites que garantiam o fluxo de informações até sites sabotados pelos cavaleiros da liberdade. Em seguida, apareceu a imagem de uma estrutura de metal bem grande, algo semelhante a um motor.

    — Porém, não só a internet avançou: uma notícia abalou todo o sistema: depois de muitos testes secretos a Omega corp liberou imagens da primeira nave a atingir a incrível velocidade de 200.000Km/s. Com velocidades estonteantes de naves, o sistema solar se via cada vez mais interligado. Apesar de tudo, essa interligação muitas vezes criou conflitos, entre gangues ou entre grupos diferentes, por exemplo punks contra modistas. As armas usadas nesses conflitos, as armas típicas da superfície, eram espadas feitas de um material altamente cortante, capaz de fatiar até mesmo aço sem esforço, e metralhadoras e canhões de braço, implantes feitos para substituir mãos decepadas em combate. Além disso, haviam muitas vezes diversos tipos de olhos biônicos, diversos tipos de armas de lâmina e de explosivos.

    Após fotos de algumas dessas espadas altamente avançadas e dessas metralhadoras de braço, foi exibida uma foto que parecia sair de videogames: seres humanos com características de animais, desde lobos até répteis e felinos: mulheres com orelhas e dentes de gato, um homem com garras de lobo, um homem com rosto e torso de réptil.

    — Modificadores genéticos. Sem o controle dos governos, as empresas começaram a vender esse tipo de produtos, implantes que após algum tempo modificavam as características genéticas de uma pessoa, e começaram a fazer operações para acentuar ou firmar essas características. É claro que tudo havia sido muito bem estudado, e que após tanto estudo o risco de mutações e problemas nos gens era mínimo, mas mesmo assim, aquilo era algo que poderia ser considerado imoral: a distorção da imagem humana. Homens para ficar mais fortes ingetavam em si mesmos gens de lobos, enquanto mulheres para ficarem mais sensuais ingetavam em si gens de felinos. As ingeções eram simultâneas em várias partes do corpo, seguidas de uma operação plástica, para assegurar que todas as células do corpo recebessem a carga modificadora e aceitassem as novas característcas que seriam implantadas, como garras de lobo, olhos de répteis, ou dentes de gato. Agora, com essa nova "raça", começou a haver uma onda de discriminação que logo foi obrigada a ser deixada de lado, pois a população desses humanos diferenciados cresciam rapidamente. Estes agora levavam grandes vantagens em várias partes do sistema solar por causa de suas características diferenciadas e fortes. Com isso um clima ruim, de rivalidade, foi criado entre os humanos e os novos semi-humanos, e algumas medidas, como a divisão dos jogos olímpicos em “Jogos para humanos sem modificadores” e “Jogos para humanos com modificadores”, entre outras coisas.


    [...continua...]

    Até mais,
    ~Heenett




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    Vou ser bem sincero:
    SAGA não é para qualquer tipo de leitor.
    Próxima parte já chega.

    Sem mais;
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  7. #17
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    Citação Postado originalmente por Kaoh
    Vou ser bem sincero:
    SAGA não é para qualquer tipo de leitor.
    Próxima parte já chega.

    Sem mais;
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    Como assim ^.-?¿

    "injeções" e "injetar" ...

    Eu gostei do enredo, da história e talz, até me perguntei, antes de terminar de ler a última parte que fala do avanço medicinal, se teria esquecido essa área, por que falou do avanço de diversas coisas mas da medicina, nada XD...

    Mas a única coisa que não gostei mesmo foi essa de humanos modificados, ai, sei lá, foi exagero, mas antes disso havia gostado de tudo...

    E..Vocês e Heenett tão escrevendo juntos, é?¿

    Dard*

  8. #18
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    Citação Postado originalmente por Dard Drak
    Como assim ^.-?¿

    "injeções" e "injetar" ...

    Eu gostei do enredo, da história e talz, até me perguntei, antes de terminar de ler a última parte que fala do avanço medicinal, se teria esquecido essa área, por que falou do avanço de diversas coisas mas da medicina, nada XD...

    Mas a única coisa que não gostei mesmo foi essa de humanos modificados, ai, sei lá, foi exagero, mas antes disso havia gostado de tudo...

    E..Vocês e Heenett tão escrevendo juntos, é?¿

    Dard*
    Sobre os leitores: É o tamanho Dard. Não é fácil encontrar leitores dispostos a ler tudo isso (sendo que o Capítulo I ainda não terminou).
    A classe de "leitores preguiçosos" com coments "Bom RP" estão praticamente fora de ler isso. Eu acho.

    Os humanos modificados:
    "A gente explica tudo mais cientificamente e mostra que nao é tão exagero mais pra frente..."

    E é a gente mesmo. Eu e Heenett: tá aí outro motivo pra tentar fazer algo tão bom quanto imaginamos, escrever juntos.

    Espero que esteja dando certo, porque até agora o que era previsto está acontecendo.

    E isso foi apenas a história de como tudo se tornou o que é na época de SAGA, o enredo em si vocês não perdem por esperar.

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  9. #19
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    Anteriormente...

    Agora, com essa nova "raça", começou a haver uma onda de discriminação que logo foi obrigada a ser deixada de lado, pois a população desses humanos diferenciados cresciam rapidamente. Estes agora levavam grandes vantagens em várias partes do sistema solar por causa de suas características diferenciadas e fortes. Com isso um clima ruim, de rivalidade, foi criado entre os humanos e os novos semi-humanos, e algumas medidas, como a divisão dos jogos olímpicos em “Jogos para humanos sem modificadores” e “Jogos para humanos com modificadores”, entre outras coisas. [...]

    Capítulo I
    Parte IV



    [...] Apareceram imagens que retratavam essa divisão e essa discriminação oculta: meio humanos e humanos se encarando, sites na internet de discriminação, placas de “meio humanos, à direita; humanos, à esquerda.”.

    — Atualmente, estamos na terceira geração de meio humanos. Apesar da grande novidade que esses implantes animais foram há alguns anos, hoje em dia a coisa não é mais tão popular. Mas mesmo assim, os filhos e netos das pessoas que fizeram os implantes sofrem as conseqüências: uma vez que o DNA do animal implantado é assimilado por todo o corpo, as células reprodutoras também são afetadas, e assim os descendentes já nascem meio humanos. Há dez anos, os implantes de modificadores genéticos foram considerados proibido, por alterarem a essência do ser humano, mas nas colônias mais exteriores alguns implantadores ainda existem.

    A foto de uma criança com dentes felinos e orelhas de gato apareceu na tela. Em seguida, apareceram fotos de uma sala de cirurgia: completamente branca, cercada de robôs e médicos, e diversas coisas como seringas, agulhas, membros humanos feitos de metal.

    — A medicina avançou, ao longo das décadas, estrondosamente: não existiam mais doenças, todas haviam sido isoladas, decodificadas, curadas e exterminadas. Dos antigos vírus e bactérias nocivos, só existem hoje pouquíssimos exemplares, em laboratórios do governo. Apesar da erradicação dos vírus, todos devem se vacinar contra todas as doenças conhecidas, ao longo da infância e adolescência. Até mesmo para membros perdidos, como braços detonados, pernas atrofiadas, cegueira, surdez, foi encontrada a cura. Membros de titânio cobertos por pele artificial e ligados ao sistema nervoso central já existiam, sendo muitas vezes cópias perfeitas dos membros originais. Olhos biônicos, retinas e tímpanos artificiais, tudo isso já existia por volta do ano de 2530. Atualmente, segundo os dados do IUDE, o Instituto Unificado de Dados e Estatísticas, a expectativa de vida do ser humano é de cerca de 130 anos. A causa da morte mais comum dos idosos é a falha múltipla dos órgãos provocada por mutações naturais que ocorrem no ser humano.

    Fotos de pessoas com braços, pernas, olhos, e até dedos de metal começaram a aparecer pela tela. Depois, surgiu a foto de dois idosos, sentados em um jardim particular, em uma estação particular na órbita da Terra. Depois disso, apareceu a foto de um jovem adolescente fumando.

    — Com o avanço tecnológico e com 90% do dinheiro e investimentos fora do planeta Terra, em outros projetos milionários, o tráfico de drogas que sempre fora tão presente e poderoso no meio da sociedade, foi extinto da Terra e das proximidades, porém começou a crescer nas colônias exteriores em que os grandes empresários do ramo buscavam clientes mais poderosos e influentes. O cigarro, considerado uma droga, estava presente na boca de grande parte da população que moravam fora do planeta: este período foi chamado de Antigo Veneno, em que o simples cigarro que em meados do século XX era tão mortal, se tornara um hobby agora que o câncer fora controlado pela medicina.

    A tela, após algumas imagens de pessoas fumando, passou a mostrar um carro flutuante: A parte de cima era como um carro normal, mas ele era sustentado no ar por turbinas movidas a hidrogênio. Dentro dele haviam duas pessoas e pintados de branco no capô azul, estavam os dizeres: “polícia”.

    — A eficiência da polícia fora a sempre sonhada por anos. Sem corrupção, estes homens agora trabalhavam por prazer e pela ordem. Com a melhora dos profissionais nesta área a segurança seguiu o mesmo rumo, vias públicas e edifícios públicos, assim como a maioria dos privados, eram monitorados 24 horas por dia. Aliados aos policiais, andróides foram adicionados às patrulhas que rondavam pelas cidades de todo o sistema para garantir o cumprimento da ordem pelos cidadãos.

    Mas, como a tela mostrou, não era só a segurança e a medicina que haviam melhorado: as escolas, o ensino, e o acesso à educação também haviam subido muito de nível. A foto mostrada era a de uma sala de aula: Todos os alunos estavam com computadores portáteis, acoplados a cada cadeira haviam pequenos visores e pequenas luvas com sensores, para aulas mais práticas. O quadro em si era virtual, e à frente o professor ensinava a matéria.

    — O ensino, com o passar do tempo, passou a ser muito valorizado: uma vez que os robôs automatizados passavam a ocupar as tarefas mais braçais, era extremamente necessário que as pessoas tivessem uma boa formação, pois os trabalhos que restavam no mercado eram, quase sempre, intelectuais. Os alunos estudam de graça nas escolas, e para esse estudo eles recebem um computador portátil de alta capacidade pra fazerem anotações de aula, usarem como agenda, fazerem pesquisas, pela rede de internet sem fio da escola, para se comunicarem, e até mesmo para lerem conteúdo didático. A tela do computador é especialmente projetada para que a luz não prejudique a visão, e a voz do professor é preservada, pois ele fala junto a um microfone, que transmite a sua voz para os fones de ouvido de cada aluno. Para aulas mais práticas eles geralmente usam os avançados laboratórios, ou os visores e as luvas de realidade virtual, que os botam em contato quase físico com o conteúdo, através de simulações virtuais. Além disso, cada aluno é obrigado a praticar um esporte, que varia entre futebol, natação, basquete, tênis, academia, squash, vôlei, entre outros,e cada aluno tem direito a dois cursos extracurriculares grátis: além das matérias normais da escola, Matemática, Língua Nacional, Língua Estrangeira, Biologia, Física, Química, Literatura, História, Geografia, Geopolítica e a Informática, eles podem optar por fazer, gratuitamente, dois cursos extras, por exemplo curso de artes, desenho, pintura, música, desde o instrumental clássico até os métodos mais recentes, além da própria composição, e por ai vai. Os alunos que saem da escola estudam no mínimo mais oito anos nas universidades e cursos tecnológicos, tendo amplas oportunidades para escolherem aquilo que querem fazer.

    A tela navegou por diversas imagens de escolas, mostrando salas de aulas, complexos esportivos, universidades, e todo o resto do complexo educacional humano. Após isso, ela mostrou a foto de cinco pequenos microchips, menores que grãos de arroz, colados um no outro:

    — A vida da população humana foi com o passar do tempo melhorando e melhorando, cada vez mais. Entre os mecanismos criados para facilitar a vida das pessoas, existiam os identificadores cutâneos: ao nascer, cada humano tem o seu DNA é seqüenciado, sua árvore genealógica formada, e são listadas todas as suas características peculiares, como deficiências e alergias. Todas essas informações, mais as informações relativas à escola, saúde, ficha criminal, carteira de habilitação, entre outros, são reunidas em pequenos microchips, que são implantados no braço do bebê, ao nascer, e ficam lá até o fim da vida, de modo que o ser humano não pôde mais perder ou falsificar documentos: os microchips altamente complexos guardavam toda a informação, não eram falsificáveis, podiam ser atualizados sem serem removidos do corpo de uma pessoa, e podiam ser lidos com um simples e barato scanner.

    A tela em seguida exibiu uma foto que algumas décadas antes seria considerada montagem descarada: Um grupo de cientistas envolta de uma cúpula transparente, olhando hipnotizada para algo que parecia uma esfera completamente negra:

    — No ramo da física, pesquisas estavam sendo feitas, e avanços enormes começaram a surgir: através de meios antes inconcebíveis, cientistas do governo, após mais de vinte anos de estudos secretos, conseguiram realizar um feito inacreditável: eles conseguiram abrir um portal estável para uma outra dimensão. Após vários anos de estudos e testes, depois de muitas dificuldades, eles conseguiram isolar algumas propriedades desta dimensão: 1- Não havia inércia. Um corpo não tendia a continuar no estado em que ele se encontrava anteriormente; 2- Uma energia ainda desconhecida banhava essa dimensão: Se uma nave conseguisse adentrar esta dimensão, ela seria imediatamente envolvida por essa energia, não só a nave, mas cada partícula dentro e fora dela; 3- Energia não era igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. A velocidade não era, nesta dimensão, diretamente proporcional à massa do corpo: era o inverso: A velocidade era inversamente proporcional à massa do corpo: quanto maior a velocidade, menor a massa relativa do corpo; 4- Um corpo só poderia adentrar essa dimensão se estivesse numa velocidade igual ou maior a duzentos mil quilômetros por hora. Para qualquer outra velocidade inferior a essa, os corpos simplesmente atravessavam o portal.

    A tela mostrou a cena de um dos testes secretos: uma pequena nave fora enviada para dentro do portal a uma velocidade de duzentos mil quilômetros por hora, e programada para parar dali a dez segundos. A nave, ao contrário do que se esperava, voou muito mais longe do que o previsto: sem a inércia, os corpos se movimentavam muito mais facilmente. A tela mostrava isso: a nave, ao se desacelerar, saiu imediatamente da outra dimensão, mas não no local previsto, e sim muitos quilômetros depois: ela se espatifara contra um edifício de pesquisas, demolindo-o por completo.

    — Foram mais de cinqüenta anos de pesquisas feitas pela equipe de cientistas do governo. Porém, após todo esse tempo, eles conseguiram desenvolver duas coisas inacreditáveis: uma máquina capaz de abrir um portal para essa outra dimensão, e um motor capaz de absorver a energia que banhava essa outra dimensão e utiliza-la para uma aceleração que, nesta dimensão, podia ser quase infinita. Os cientistas nunca revelaram a maneira com que conseguiram desenvolver tais equipamentos, mas o fato era que eles estavam lá, e funcionavam muito bem. Após alguns anos a mais de desenvolvimento, esses cientistas unificaram a máquina de abrir portais e o absorvedor de energia num equipamento só, que em homenagem aos filmes de ficção cientifica, batizaram de hiperpropulsor espacial.

    A tela exibiu a foto de uma cerimônia, onde diversos cientistas velhos posavam para fotos em volta de uma máquina com mais ou menos dois metros cúbicos de volume.

    — Muitas pessoas ainda se questionavam sobre a origem de tantos avanços, porque ainda mais absurdo que o desenvolvimento em apenas algumas décadas desse hiperpropulsor, era a maneira com que a tecnologia progrediu: logo, os hiperpropulsores passaram a ser utilizados para viagens interplanetárias: antes elas demoravam semanas, e agora, apenas algumas horas. Não só isso, como após dois anos, o primeiro modelo de hiperpropulsor para caças do exército da CNT, a Confederação das Nações da Terra, apareceu. Em uma grande operação, todos os três milhões de caças da CNT foram equipados não com um, mas com dois hiperpropulsores, sendo um de reserva. Mas apesar de todas as suspeitas, boatos e questionamentos que cercavam o desenvolvimento dos hiperpropulsores, eles alcançaram um sucesso estrondoso: as viagens interplanetárias eram feitas em um tempo mínimo, e todas as áreas de desenvolvimento tecnológico começaram a pesquisar essa nova dimensão. O sistema solar, praticamente todo colonizado pela espécie humana, ficou muito unificado, como nunca antes na história.

    A tela passou a exibir imagens de festas realizadas em todo o sistema solar, comemorando a chegada dos hiperpropulsores espaciais. Após isso, surgiu a imagem de dois homens apertando as mãos: um deles era o chanceler da CNT, e o outro era o presidente da antiqüíssima empresa Omega corp.

    — As corporação Omega, que ainda não só existia como monopolizava praticamente todos os serviços privados do sistema solar, fez então um acordo com a CNT: No célebre dia doze de novembro de 2597, essas duas organizações, em conjunto, criaram o projeto OMEGA: esse projeto colocaria, para a proteção das colônias contra ameaças externas, e para desenvolvimentos tecnológicos, na órbita de cada planeta uma estação espacial colossal, que serviria de centro de pesquisas e quartel general para soldados, além de ser equipada com raios tratores capazes de desviar enormes meteoros. Prevista para dali a quatro anos, a primeira estação espacial começou a ser construída: ela representaria toda a imponência e todo o poder da raça humana, representaria todos os cinco mil anos de história, e representaria, acima de tudo, a segurança do sistema: Em 2601, seria inaugurada a primeira estação espacial de defesa do sistema, a primeira estação do projeto Omega, a estação Omega I.

    E então, a tela escureceu. Pouco depois, começaram a ser exibidos os créditos da produção daquele documentário de duas horas sobre toda a história humana desde o século vinte e um.


    — Porcaria! – disse o homem que estivera assistindo ao documentário, batendo com o punho na mesa. – Tire essa droga de chip, isso não ajudou em nada... Eu ainda não consigo entender o que está acontecendo...

    O relógio digital preso à parede então apitou, exibindo o horário de duas da manhã. O homem então se levantou e se espreguiçou, esfregando os olhos depois. Aquela noite havia sido frustrante e cansativa. Ele não havia conseguido achar nenhuma pista que pudesse desmentir o que a mídia teimava em exibir naquele exato momento: o suposto choque da maior colônia artificial do universo com um simples meteoro. Ele não iria engolir isso, simplesmente não podia acontecer, e por isso buscava provas.

    Após dispensar o ajudante, ele pegou a sua xícara vazia e encheu-a com café expresso, da safra mais recente plantada nas estufas. Ele começou a tomar o café lentamente, enquanto caminhava em círculos pela sala, tentando relaxar. Agora, ele teria que aguardar novas ordens do comando central, mas não sabia se ia conseguir receber as ordens, com a comunicação falhando daquele jeito.

    — Esses satélites realmente precisam de uma boa manutenção... – disse o homem, olhando frustrado para a tela do videocomunicador, que só exibia estática. Ele ficou andando em círculos por mais dez minutos, até que terminou o café, e resolveu que iria até a sala da administração orbital ver o que estava acontecendo com as comunicações. Ele pegou o casaco preso à porta e o vestiu, e estava a ponto de sair, quando o computador bipou.

    — Alerta de proximidade, alerta de proximidade. Nave modelo XVI-720 se aproximando do espaço aéreo de Titã.

    Espantado, o homem voltou e olhou a tela do computador. Projetada tridimensionalmente na tela, uma nave realmente estava se aproximando da lua de saturno, e aparentemente no piloto automático. Então, o computador bipou novamente:

    — Recebendo transmissão...

    “Como?” pensou o homem. Como ele podia estar recebendo uma transmissão se a colônia estava sem sinal?

    — Aqui é o piloto do caça 7, modelo XVI-720, vindo de Omega I. Caça 7,modelo XVI-720, vindo de Omega I. Estou tremendamente avariado e quase sem oxigênio, requisito auxilio imediato à qualquer um que ouvir esta mensagem, repito, auxilio imediato à qualquer um que ouvir esta mensagem
    - O homem, abismado, checou no computador a nave. Um caça tremendamente avariado vindo de Omega I? Mas o que diabos estava acontecendo?

    O computador então bipou novamente, desta vez para sinalizar que a nave havia sido identificada: as informações transmitidas eram realmente verdadeiras, e o piloto na nave era um soldado da CNT, Número 4235423, que atendia pelo nome de Haos.

    — ... Requisito auxilio imediato, repito, auxilio imediato. – repetia a transmissão.

    Tremendo, então, o homem disparou a correr.

    ----------------------

    Espero que este receba comentários, pois não foi fácil escrever este capítulo.

    Sem mais;
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    Última edição por Kaoh; 18-10-2006 às 20:43.
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  10. #20
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    jah comecei a le õ/
    mas agora to sem tempo
    mais a noite eu leio
    jah gostei do poko que li
    gogo


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