Bem caras, vocês sabem como é, férias + muitas coisas pra fazer é igual a passar uma semana sem postar, espero que me perdôem
E por falar em postar esse aqui tá bem pequeno, mas semana que vem faço um maior xP
Ah, e eu resolvi que vou entitular cada parte. Esse títulos não tem no livro original, mas sim no cronograma que faço de cada capítulo, ai pra ficar mais legal eu vou colocá-los aqui, certo? Então ai vai, e até mais


No capítulo anterior...

Dois berros ecoaram pela base, enquanto a menininha, que parecia surpresa, caía lentamente em direção ao chão, alvejada por um tiro na cabeça. Outra bala foi disparada, e o corpo da mãe da menininha foi ao chão, também inerte. Onilink berrou “NÃO” com toda a sua força e se levantou, desvencilhando-se dos soldados que o prendiam, mas um terceiro tiro foi disparado. E, inerte, o corpo de Onilink caiu no chão, morto. Vagarosamente, Gustaf pegou a abotoadura na forma de espada da mão de Onilink e, sem dizer mais nada, virou as costas e começou a voltar pelo corredor. E, naquele exato momento, no santuário dos guardiões, um salão desabou.

Capítulo 6 - Além das leis
Thresdárius luta

No santuário dos guardiões, Shalkan, Wind e Thresdárius estavam em volta dos destroços de um tipo de estrutura metálica humanóide:

— O que diabos foi isso? – perguntou Thresdárius, alarmado.
— É exatamente o que eu quero saber. – disse Shalkan, ainda ofegante. – Eu ouvi um estrondo na floresta enquanto vinha pra cá, e isso apareceu. O pior de tudo é que parecia ser imune a todos os meus...
— Lá vem outro – interrompeu-o Wind, que estava com o rosto virado para o chão, de olhos fechados.
— Quanto tempo? – falou Shalkan, virando-se para ele.
— Dez segundos, talvez menos, não, já chegou!

Eles se viraram para a floresta e, através do buraco no muro, conseguiram perceber outro daqueles chegando. Esta coisa, por sua vez, que parecia um robô de seis metros de altura inteiramente feito de aço, deu um salto em direção ao santuário que o fez subir mais ou menos dez metros no ar e se deslocar horizontalmente mais de trinta metros, fazendo com que este pousasse bem no meio dos três guardiões, que se afastaram para não serem esmagados. Era realmente um robô de seis metros de altura, na forma de um humano e inteiramente feito de aço, mas parecia também ter pequenos orifícios em toda a extensão de seu corpo e grandes orifícios nas mãos. Em seu peito, estavam escritos os seguintes dizeres:

— Mecha dois! Provavelmente é como o anterior! – disse Thresdárius, dando alguns passos para trás de modo a sair do alcance das mãos enormes.
— É, mas não custa tentar! – disse Shalkan, levantando os braços que antes estavam ao lado do corpo, eu um arco. Sob o robô uma torre de gelo subiu em espiral, envolvendo-o por completo. O robô, dentro da torre, começou a ficar levemente rosado, depois alaranjado, depois vermelho...

— É como o outro, SE AFASTEM! – gritou Shalkan, saltando para trás. Os outros dois guardiões saltaram bem a tempo de evitarem as chamas que irromperam de todos os orifícios do robô, derretendo o gelo.
— Tem mais soldados chegando! – gritou Wind, que apesar de alarmado continuava de olhos fechados olhando para o chão.
— Wind, Shalkan, cuidem deles! – disse Thresdárius – Eu vou acabar com essa coisa aqui pessoalmente.

Ambos os guardiões sem nenhuma palavra assentiram e correram para o outro lado do santuário, de onde pareciam estar vindo os soldados. Thresdárius então encarou o robô bem no lugar onde deveriam ficar os olhos, ao mesmo tempo que subitamente as nuvens se fechavam no céu em volta dele e que começava a ventar de modo assustadoramente forte. Levitando como se sustentado pelo vento, ele ficou apenas um pouco mais baixo que o robô. As nuvens sobre ele já estavam negras, e já chovia e ventava de maneira muito forte, quando um raio da tempestade acertou o robô exatamente na cabeça. Um pequeno tufão lentamente começou a se formar em volta do robô. Enquanto isso, Shalkan que corria junto com Wind para o outro lado, disse:

— Você tem certeza que Thresdárius consegue destruir aquilo sozinho? Tivemos que unir nossas forças para derrubar o primeiro mecha!
— Ah. – disse Wind – Você realmente acha que aquilo vai ser capaz de derrotar o mais antigo dos Guardiões?


O robô, que já estava atordoado pelo impacto do raio, começou a lentamente levantar a mão direita, lutando para se manter estável no forte vento. O tufão já começava a tomar forma e a estabilidade do robô já começava a ser perdida quando, subitamente, este levantou sua mão de maneira muito mais rápida, deixando o orifício frente a frente com o rosto de Thresdárius, fazendo com que um jato de chamas saísse deste e quase atingindo o alvo, porém bloqueado por uma combinação de vento e chuva que impediam as chamas de sequer chegarem no seu destino

Thresdárius continuou parado encarando as chamas que inutilmente tentavam atingi-lo, enquanto o Tufão se formava. Então, como se fosse do nada, sem nenhum gesto do Guardião, a ventania toda se direcionou para embaixo dos pés do robô e em seguida para cima, fazendo com que este fosse arremessado muito para o alto, e em seguida uma sucessão de ventos combinados ao choque de um trovão no ponto correto fez com que ele fosse completamente destruído, de modo que partes dele voaram para todos os lados. Após isso, a chuva foi parando, a ventania foi diminuindo, e lentamente as nuvens voltaram ao normal, na medida em que Thresdárius voltava ao chão. Wind e Shalkan se uniram a ele pouco depois, e Wind disse:

— Cerca de dez soldados com roupas especiais contra o gelo, nenhum grande problema. E vejo que aquele robô também se foi, não?
— Sim. – respondeu Thresdárius. – Mas nós precisamos decidir o que faremos agora, antes que mais destes cheguem.
— Certo. – concordou Shalkan.