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Tópico: SAGA - O Outro Lado

  1. #1
    Avatar de Kaoh
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    Padrão SAGA - O Outro Lado

    SAGA
    O Outro Lado

    Tolos são aqueles centrados apenas em suas vidinhas medíocres dos dias atuais. Se preocupando com algo muito menor do que imaginam, de um lápis, casa, cidade, a Terra... Tanto faz. Não interessa. Ninguém conhece a imensidão do universo e o que existe do seu outro lado. Até este momento, na plataforma Omega I.


    Prólogo

    Estação Espacial Omega I – Órbita de Plutão, 18:32 no horário Terrestre. Dia 22 do mês 3 do ano de 2601


    Quando as portas pneumáticas se abriram, um soldado caminhou lentamente através daquela lanchonete e se acomodou em uma das mesas. Apesar de ser uma grande oportunidade, tudo aquilo acabaria por ser cansativo. Ele teria que passar seis meses naquela estação espacial, a pelo menos duas semanas de qualquer colônia habitacional, junto com outros 400 pilotos que tinham como objetivo proteger a estação, fazer patrulhas periódicas no espaço ao redor e, no mais, testar os módulos da estação, desde a lanchonete até o hangar, o complexo de diversão, os quartos, em fim, tudo o possível. Após repassar mentalmente o que deveria fazer durante sua estadia, o soldado selecionou a refeição padrão no monitor eletrônico da mesa e esperou ser atendido pelo sistema automático. Bem, é isso o que ele deveria fazer, testar as funções da base. Seu nome era “Haos”.

    A voz do comandante ecoava pela cabeça daquele outro soldado como centenas de informações e obrigações, apenas. Nada muito importante, afinal, ele sabia voar e isso sim já bastava. Para ele, é claro. Com o pensamento dentre os asteróides, junto aos seus passos outras dezenas de pilotos tinham apenas um objetivo momentâneo: a lanchonete. A viagem cansara o corpo do rapaz, e o sabor amargo da comida embrulhava seu estômago. Duas péssimas semanas de viagem, pensava, enquanto as últimas palavras sem importância do bom comandante esvaiam de sua cabeça dura, necessária apenas de sustento para seu cabelo. Proteger a estação não deveria ser tão difícil assim, sendo ainda por meia dúzia de meses. Mas seria cansativo, isso fora avisado quando deixava sua estação. Resolveu pensar nisso depois, e sua plaqueta de metal presa ao pescoço chacoalhava conforme o rapaz, com botas novas, se dirigia até a lanchonete. No momento, aquele rapaz conhecido como “Break” só queria matar a criatura que gritava de fome em algum lugar no seu estomago.

    Haos encarou a comida que o sistema automático lhe dera: duas fatias de pão integral desidratado, quente, feito com trigo transgênico. Um pequeno pote com uma pasta branca de proteínas sabor carne, padrão, e uma garrafa com um energético sabor limão. A refeição padrão conseguia ser quase igual à refeição da viagem, e Haos encarou-a com desgosto. Com um metro e oitenta e três de altura, ele possuía um cabelo preto grande que ia até o meio das costas, cuja franja lhe tapava constantemente um dos olhos, mesmo contra a vontade. Sim, cabelo grande era contra o regulamento, mas ele havia conseguido passar impune com um pouco de uma sorte que envolveu um capacete e um examinador desatento. Seu corpo possuía o porte atlético exigido pela academia de pilotos e ele usava o uniforme padrão branco, cinza e com botas pretas. Após passar a pasta branca no pão e dar uma mordida, ele teve que se conter para não vomitar de decepção: ele esperava ao pelo menos agradável, e aquilo era horrível. Mas bem, ele só podia pedir uma refeição por noite, então teria que ser aquilo. E, sem a mínima vontade, ele começou a comer.

    Break ainda não acreditava ainda que, assim como outros exatos 399 soldados, ele estava recebendo os malditos pães integrais desidratados que recebera toda a viagem. Seus lábios crepitavam e sua vontade de tacar tudo ao chão fazia com que suas mãos tremessem. Que não fosse por isso, ele separou um pedaço do pão integral e a garrafa de energético de limão e se alimentou apenas disso enquanto, em intervalos de minutos, ele ameaçava lançar o resto do pão no piloto que estivesse sentado mais próximo, e se isso não melhorasse ele seria obrigado a deixar Omega I. Ele estava certo em ser piloto quando escolheu esse caminho, porém não sabia da péssima comida e isso já era um enorme problema para o jovem Break. Enorme. Enorme... resolveu não brigar. O cansaço ajudava as suas pálpebras pesadas a se fecharem enquanto ele enfiava um pedaço do pão goela abaixo, empurrado por um gole do energético. Pouco depois, ele se levantou com a garrafa quase vazia e seguiu para os alojamentos. Precisava de comida, de uma cama, e de um espelho para avaliar a situação dos seus cabelos arrepiados.

    Haos, após terminar de comer o intragável pão, se dirigiu até o quarto indicado na plaqueta de metal presa a seu pescoço. Bem, pelo menos eram quartos privativos, uma vantagem mínima para, sem sucesso, tentar compensar a comida ruim. Após algum tempo andando e procurando ele achou o quarto, e após deixar que sua retina fosse lida pelo scanner e que seu rosto fosse captado pela câmera do mesmo, a porta se abriu. O quarto, bem, pelo menos era melhor que um alojamento padrão. Com aproximados cinco metros quadrados o quarto possuía uma cama, um criado mudo com duas gavetas, um armário embutido na parede e uma saída para o banheiro. Era iluminado por lâmpadas brancas e era completamente pintado de cinza. Haos, exausto, foi até o banheiro: O espaço era pouco maior que o do armário, mas mesmo assim era privativo, o que era bom. Placas de metal brancas revestiam todo o recinto, que possuía uma pia com um espelho-armário e um Box com chuveiro. Com um suspiro, então, Haos se despiu e entrou no banho, morto de vontade de cair na cama e dormir.

    Pelo menos a cama era confortável, pensou Break, e isso era um ponto positivo. O banho também não era ruim e o quarto, apesar de pequeno, era seu ambiente. E estava feliz, apesar de tudo. Mesmo infantil seu sentimento era de ter sua própria "casa", mesmo sendo apenas um quarto. Era livre. Por entre os dedos corria um Solar meio enferrujado, o primeiro que ganhara em toda a vida, no seu primeiro trabalho. Lembranças o deixavam feliz, e ele tornou a flutuar, olhando para sua imagem nua no espelho de frente para a cama. O frio ambiente arrepiava os pelos das suas costas enquanto ele se lembrava da imagem de seus amigos e parentes na estação de viagem para Omega I. Ele conseguia rever o rosto de cada um que gritava o seu nome, que lhe desejava sorte, que chorava ao vê-lo partir... Lembrava do rosto dela, um belo rosto angelical que ainda não acreditava no que estava acontecendo. Lembranças. A saudade já começava a corroer seus orgãos quando ele se acomodou na cama, com a imagem da despedida e da bela garota que ele amava. E então ele adormeceu, em uma cama que acabara de se tornar sua. O outro dia seria cansativo. E assim, aos poucos, as luzes foram se apagando em Omega um, até que não sobrasse nenhuma acesa senão a da cabine do vigilante noturno. Fora um azar tremendo ter sido justo ele o escalado para a vigilância noturna, mas fazer o que, desde que não dormisse em serviço estaria ótimo, e ele ainda teria a manhã seguinte de folga.

    E assim foram as primeiras horas de Omega um, calmas e tranqüilas, com todos os soldados dormindo tranqüilamente, inclusive um que deveria estar vigiando. Tudo seguiu no mais profundo silêncio até o relógio de pulso do vigilante marcar exatas quatro horas da manhã no horário terrestre. O vigilante, despertado pelo apito do relógio que indicava a passagem de hora, se surpreendeu com o aviso que piscava no monitor principal. Em letras garrafais, estava escrito: Alerta de aproximação de asteróide, o alarme de nível cinco será ativado em 1 minuto e 59 segundos se a senha não for inserida, e contando. O vigilante não precisou reler a frase para entender que um asteróide imenso se aproximava, um asteróide grande o bastante para alterar muito a órbita do planeta, em caso de impacto. Após murmurar um palavrão, alarmado, o vigia digitou a senha correspondente e os comandos de emergência para aquela situação: A estação acionaria os motores de emergência para se desviar da rota do asteróide e um alarme seria soado, para que os pilotos ficassem em estado de alerta e prontos para o impacto, afinal, uma coisa daquele tamanho era capaz de fazer o Planeta inteiro e tudo que estivesse na órbita dele tremer: o diâmetro daquilo era de aproximadamente um quarto do diâmetro do planeta.

    — MAS QUE DIABOS..? - gritou Break, quando o som ensurdecedor que saia de uma caixa e som ao lado da sua cama o acordou. Com o coração na boca o jovem se jogou ao chão e se agarrou ao que podia enquanto tentava esconder o corpo pelado de possíveis tarados que poderiam estar invadindo o seu quarto. Mas, quando ele se lembrou de um comentário do comandante sobre a luz azul, viu que não era algo tão simples. Alerta, de nível cinco. Suas mãos buscaram o uniforme enquanto o rapaz levantava apressado. Será que era um teste? Malditos seriam os homens que o acordaram se aquilo fosse um teste. E, xingando, se sentou a uma cadeira de emergência que saíra da parede enquanto uma voz avisava que se preparassem para um possível impacto.

    Haos abriu os olhos instantaneamente quando o alarme soou. “Caramba...”, disse ele em voz alta, reclamando do susto que tinha tomado. Aquela caixa de som havia sido posta do lado de sua cama... Espere, uma luz azul piscava em seu quarto em intervalos de três segundos, era um alerta de nível cinco. Ele arregalou os olhos e imediatamente se sentou na cadeira de emergência que saíra da parede, conforme o comandante havia instruído na conferência logo após a chegada. “Preparar para impacto em um minuto”, dizia a voz, como se estivesse do seu lado. Ele se colocou em posição de impacto, só podendo se perguntar o que estava acontecendo.

    Mas se passaram vários minutos, e não houve impacto. Enquanto os pilotos da estação aguardavam com apreensão, o comandante adentrou a sala do vigia, furioso:
    — MAS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – gritou ele – QUE ALARME FOI ESSE, E PORQUE PAROU?
    — Eu não sei senhor... – disse o outro, hesitante – O asteróide parou, olhe! – concluiu ele, apontando para a mancha enorme no radar, completamente estática.

    O comandante observou durante algum tempo o radar, e a sua face subitamente passou de lívida de raiva para consumida pelo pavor:
    — Isso... – começou ele, apavorado.
    — Mas... – disse o vigia, voltando os olhos novamente para o radar. E sem poder se controlar, ele entrou em estado de choque.




    ÍNDICE
    Capítulo 1
    Capítulo 1 (Parte II)
    Capítulo 1 (Parte III)
    Capítulo 1 (Parte IV)

    Sem mais;
    Asha Thrazi!

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    Última edição por Kaoh; 18-10-2006 às 20:41.
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    "Posso não concordar com o que dizes, mas lutarei até a morte pelo direito de dizê-lo" Mestre Voltaire

    Asha Thrazi!

  2. #2
    Avatar de Fawetu
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    Uia uia uia uia
    Eu gostei do estilo da escrita, nao da pra descrever, mais eu gostei =)
    Vc conseguiu descrever bem o momento de saudade do Haos, quando ele se deita na cama... mais talvez vc podia colocar um pouco mais de sentimento na raiva do Break, nao que esteja ruim assim, mas você pode melhorar...
    Nao da pra falar nada do enredo, mas pq diabos todos colocam nomes/letras gregas, ou letras/numeros nos nomes do futuro?
    pq nao podem colocar nomes legais como Fawetu, O maior
    xD

  3. #3
    Eu não floodo. Você sim Avatar de Dard Drak
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    sobrasse nenhuma acessa senão a da cabine
    É só um "s" tio...

    Bah, acaba na melhor parte, que saco!!

    Dard*

  4. #4
    Avatar de Death Knight
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    Ficou bom, e vo voltar a repetir se você acabar com mais 1 RP eu vo aí em MT te pegar xD , você sempre faz os RP e tira como se tira o doce da boca de uma criança...jaé o terceiro.

    Vê se continua esse ta bom?
    Quer aprender a andar em Kazordoon?
    http://rapidshare.de/files/19725330/...guide.rec.html
    :wub: Eu AMO Panetone!!!:wub:
    "...És a eterna majestade
    Das linhas combatentes,
    És a entidade,
    Dos mais valentes
    Quando o fogo da vitória
    Marca nossa alegria
    Eu cantarei,
    Eu gritarei:
    És a nobre Infantaria!..."
    - Canção da Infantaria do Exército Brasileiro
    Exército Brasileiro!!! SELVA!!!

  5. #5
    Avatar de Kurama Youko Undead
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    Well,


    Ta muito bom. O tema é interessante e novo. Continue...


    Goodbye...




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    Eu visito a seção de Roleplay para:
    -Eu não visito a seção de Roleplay.

  6. #6
    Avatar de Klaw
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    Mais um grande sucesso da...
    Kaoh Enterprise Rolay Playng Network Corp. ®

    AISEHIAUehAIUe
    aew tio ficou muito bom
    vê se continua com esse o_o
    flw _o/
    Última edição por Klaw; 14-07-2006 às 21:09.
    I don't need wings to fly, because your eyes are my sky
    (Real Name: ShadE!)

    Enquanto isso num chat de msn:
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    Doug. diz:
    volta a ficar falando viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    não
    Doug. diz:
    ia aparecer um viado o_o
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    você já tá aqui

  7. #7
    Avatar de Euronimous
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    Awe Kaoh!
    Cara, to na casa de um amigo. mas eu vou cop&#237;ar e ler teu pr&#243;logo em casa pq eu to sem net... =/
    Mas vindo de ti j&#225; sei que a coisa &#233; boa xD.

    Flw cara!
    depois eu digo o que achei.

    Euronymous.

  8. #8
    Avatar de Klaw
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    hey tiow
    Cadê a continuação man!?!?!
    go go go
    estou sem nada pra fazer, acho que ler um RP ia ser um bom passatempo o_o
    flw
    Continua aew xD
    I don't need wings to fly, because your eyes are my sky
    (Real Name: ShadE!)

    Enquanto isso num chat de msn:
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    viado
    Doug. diz:
    volta a ficar falando viado
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    não
    Doug. diz:
    ia aparecer um viado o_o
    \<-\†/->/·گħåÐέ·\<-\†/->/ - !<?“Foda-se! Estou de férias.”?> ! - diz:
    você já tá aqui

  9. #9
    Avatar de Heenett
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    Capítulo I

    Uma vez perguntaram ao meu pai até onde o homem caminharia, mas meu pai não respondeu, ele não sabia. Hoje, eu posso responder a vocês, homens: O Universo já tem dono e eu faço questão de povoá-lo com a mais soberana de todas as raças e a mais avançada tecnologia. E com esse objetivo, chegamos até aqui, até o projeto Omega.

    Sendo uma estação espacial completamente desenvolvida, Omega I tem não apenas laboratórios extremamente desenvolvidos, como também conta com um poderoso suporte para operações militares de defesa, que poderá não só impedir ações terroristas em todo o sistema, como também barrará a passagem de asteróides fortes o bastante para destruir as colônias. Omega I contará com uma poderosa frota de soldados especialmente treinados para todo o tipo de ocasião e equipados com os mais poderosos armamentos da atualidade, que garantirão a segurança e o bem estar de todos os que vivem nas diversas colônias espalhadas pelo sistema.

    Além disso, Omega I servirá de base de pesquisas para uma equipe de experientes cientistas, que terão acesso a todo o tipo de recursos de modo a fazer a ciência avançar em direção ao progresso de uma maneira nunca vista antes. Os laboratórios serão equipados com aceleradores de partículas, nanoreceptadores positrônicos, arcos de laser alveolares, entre diversos outros equipamentos da mais alta tecnologia!

    E isso não é tudo, se preparem, pois Omega I dará sustento a futuras colônias em Plutão, e como já foi dito, a segurança e qualquer ameaça externa não serão problemas, porque nem Deus conseguirá derrubar essa estação! E futuramente ainda teremos...



    Naquele momento, a transmissão da propaganda foi interrompida:
    — Nem Deus? – disse o homem que assistia a propaganda – Troquem esse maldito chip!


    A imagem exibiu o rosto redondo de um cientista de aparência jovial, aparentemente examinando a própria câmera que gravara o vídeo:

    — Isso, acho que sintonizou - murmurou o homem, enquanto configurava um pequeno aparelho acoplado na testa do companheiro.
    — Obrigado - disse o outro, examinando o local com o dedo - e o seu chip?
    — Totalmente queimado, Dr. Trust.

    O laboratório em si era um ícone da alta tecnologia: Possuía diversos equipamentos avançados que podiam fazer coisas inimagináveis, além de uma das paredes ser totalmente transparente e dar vista para plutão. Apesar de tudo era um laboratório pequeno, haviam maiores, mas isso não alterava aquela atmosfera que faz qualquer um que não tenha um ego enorme encolher.

    — O que será que causou esse magnetismo? – perguntou o Dr. Trust, sem parecer nenhum pouco preocupado.
    — Não tenho idéia. Deve ser um problema nos estabilizadores de rota orbital, ou qualquer coisa do gênero.

    — Realmente, é uma possibilidade... – disse o outro, pensativo. O experiente cientista Oliver Trust sorriu e voltou para a parte restrita do laboratório.Recebera ordens para se manter ali toda a noite, mesmo que suas pálpebras pesassem.Já era tarde, e já era possível ouvir os passos dos soldados recém chegados indo para os alojamentos. Durante mais ou menos uma hora o cientista ficou trabalhando com uns papéis, até que um alarme subitamente disparou.



    Pouco depois disso a imagem desapareceu totalmente.
    — Maldição, avance o vídeo – falou aquele homem.

    O vídeo começou a avançar... Durante um tempo a tela ficou preta, mas algumas vezes foi possível ouvir alguns sons e ver algumas imagens borradas, mas nada que realmente pudesse servir de pista.

    — Droga – disse o mesmo homem – isso não ajuda quase em nada... Coloque aquele chip com a exibição mais longa, por favor, talvez revendo aquilo eu consiga alguma pista. – E, curto e simples, o novo vídeo começou quando os seguintes dizeres apareceram na tela:


    Planeta Terra – Orla exterior da Via-láctea, hora incerta. Dia 22 do mês 1 do ano de 2011


    Uma voz feminina começou a narrativa. Os dizeres iniciais foram mantidos durante um bom tempo na tela, até que começaram ser substituídos por imagens sucessivas, que eram acompanhados sempre acompanhados pela narração:

    — Este vídeo é uma síntese da história do homem do século vinte e um até os dias atuais. Neles são mostrados os principais avanços dos seres humanos, assim como os principais acontecimentos que marcaram o terceiro milênio.

    No início foram mostradas imagens de diversas cidades e monumentos do século vinte e um, Nova York, Londres, São Paulo, a estátua da liberdade, a grande muralha da china...

    — Grandes cidades, com milhões de habitantes, existiam por toda a superfície da Terra. As chamadas “nações”, que eram basicamente zonas de influencia do planeta, controladas por pessoas que detinham todo o poder, tinham o controle sobre essas cidades, as chamadas “metrópoles”. Muitas vezes de maneira desproporcional, porém, esse controle era estabelecido através de chantagens e embargos econômicos que asseguravam que o poder sempre ficasse na mão dos mais ricos, e assim foi feito. Na época de que falamos o poder se manteu nas mãos de uma nação poderosa, ambiciosa e, acima de tudo, inconseqüente: Os Estados Unidos da América. As regras de todo o mundo eram ditadas pelos presidentes desta nação, que por meio do poder adquirido através das ações militares sobre os outros países, garantiam que todas as suas exigências fossem cumpridas. Porém, este detentor do poder era cego. Através da busca da maior riqueza da época, o petróleo, que era usado como combustível e como fonte de diversos outros produtos, ele acabou por destruir todos os recursos necessários para o equilíbrio do planeta. Enquanto a economia das nações lideradas pelos Estados Unidos da América, consideradas de primeiro mundo, cresciam, toda a parte natural do planeta entrava em colapso. E ignorando os problemas do planeta os EUA tomavam cada vez mais recursos, tomando cuidado para não ter seu cargo tomado por algum aliado que, consequentemente, tentava tomar seu lugar como maior potencia mundial. Países como a Alemanha, Itália, Rússia, dentre outros, organizavam ataques secretos contra os EUA, atribuindo toda a culpa a países do Oriente Médio e da Ásia Central.

    Agora as imagens que se sucediam mostravam matas devastadas, prédios em chamas, em um clima de eterno conflito.

    — A natureza enquanto isso, definhava. Ataques entre aliados, diferença social, discriminação e terror eram a cara do planeta até a primeira metade do século vinte e um, até que, em um período suspeito de paz, o líder da coréia do norte liderou alguns países menos influentes em um ataque surpresa, no dia da batalha conhecida atualmente com Dream Battle, a batalha dos sonhos, pois neste dia um parque de diversões muito famoso em todo o mundo, a Disneyland, foi completamente destruído por um bombardeio nuclear. Foi o início da terceira guerra mundial.

    Neste momento o monitor exibiu imagens daquilo que fora um parque de diversões, estava tudo em ruínas com pouquíssima coisa ainda de pé.

    — A guerra durou dois longos anos que foram marcados pela tensão, medo, e atrito constante entre os dois países, com ataques por terra, água e ar. No final, porém, os EUA e seus países aliados saíram vitoriosos com a destruição total da Coréia do Norte. Em compensação, cidades muito importantes e consideradas símbolo da influencia e poder dos EUA foram destruídas, como Nova York, Los Angeles e Washington. Ao final de tudo, porém, tudo o que sobrou foram imensas áreas contaminadas pela radiação proveniente das bombas nucleares usadas, e todas elas foram isoladas. Ninguém perdeu, naquela guerra, mais que o próprio planeta, que sofreu com a extinção de dezenas de espécies animais e centenas de espécies vegetais. Após toda essa devastação, uma onda de realidade se alastrou pelo mundo: O planeta corria grave perigo. A situação era muito grave, em pouco tempo a água potável dos rios acabaria e a natureza iria começar a entrar em colapso. Era preciso, principalmente, arrumar uma maneira alternativa de conseguir água, e urgentemente. Para isso, a ONU, Organização das Nações Unidas, criou o projeto Aqua, que no Latim quer dizer água. Foi criado um sistema de reflitração de água de torneiras e chuveiros, que limpava na hora todo o grosso da sujeira da água utilizada nesses aparelhos, de modo que esta pudesse ser reutilizada por um tempo muito maior. Além disso, foram criadas as plataformas de mineração aquática, imensas plataformas oceânicas, construídas em volta de icebergs e na costa da Antártida, que mineravam o gelo destes e os transformavam em água potável. Uma vez que a quantidade de água doce congelada nesses lugares era imensa, água não seria um problema enquanto houvesse gelo a ser minerado. É claro que vários ecossistemas dessas regiões sofreram perdas avassaladoras, mas foi um preço que infelizmente teve que ser pago para que a sobrevivência da humanidade fosse garantida.

    Após imagens que mostravam as áreas devastadas e todo o projeto aqua em vigor, foram mostradas imagens de naves no espaço sideral, na órbita da terra.

    — Com o desenvolvimento de motores movidos à hidrogênio e do projeto aqua as nações consideraram os problemas ecológicos como resolvidos, e em seguida olharam para um novo horizonte: o espaço. Com os EUA devastados e a Europa ajudando-o financeiramente, deteria o poder global aquele que fosse mais rápido e que explorasse as melhores áreas. O espaço era um local inexplorado e inabitado, ou pelo menos o sistema solar era, e também poderia ser uma fonte de avanços científicos enormes. Por isso, as nações se lançaram em uma nova corrida espacial, que teve como inicio oficial o pouso de uma nave japonesa em Marte. A corrida era basicamente divida em cinco competidores: A união de países sul-americanos, liderados pelo Brasil, a China, a Índia, o Japão e a Rússia. E, a partir daquele pouso, rumo à conquista da soberania sobre o planeta, começou a segunda corrida espacial. Com os movimentos rápidos e na esperança de se tornarem a nova potência mundial, os países liberaram verbas imensas, construindo bases de estudos na lua e levando pesquisadores formados em estudo exterior à Marte. As forças das nações então, agora sem a soberania dos EUA, deram ao espaço um coadjuvante importante: as multinacionais: o espaço começava a ser privatizado. Empresas começaram a criar anúncios, patrocinar viagens espaciais, construir estações espaciais hotéis e muitas outras atrações enquanto, por cima, os países corriam para conseguir os avanços mais importantes nas áreas científicas e tecnológicas. Os EUA e a Europa voltaram depois de algum tempo para a corrida espacial e começaram a ir contra a privatização do espaço porque alguns empreendimentos eram irresponsáveis e perigosos, como mineração de asteróides, mas os governos dos outros países coordenam bem a iniciativa privada e o desenvolvimento atingiu patamares inacreditáveis, quando a primeira parceria publico-privada espacial foi formada.

    [... continua ...]
    ___________________
    ~Heenett

  10. #10
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    Ficou moh legal o RP =D
    Parabéns pra ti ae ^^'

    Mais plxx o//
    :riso:
    bjux

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