Citação:
Meu sangue havia escorrido entre meus dedos, eu imaginava que a dor da morte seria algo imensuravelmente doloroso, mas não foi, até por que aquela ferida não foi mortal, eu abri minha roupa e vi que a estrela havia acertado o dente de lobo que eu carregava no pescoço, apenas a ponta dela chegou a cortas a pele, mas sequer adentrou na carne, imediatamente falei em latin: “Exura” e vi a minha pele se fechando.
-Haha... Por esta ninguém esperava não é mesmo? <sorri para a garota>
-Olha, me desculpe, eu juro, não queria fazer isto, eu estava sendo forçada! <ela lamentava>
-Forçada? Forçada por quem? Eu vi você sorrindo de maneira cruel pro meu lado, você quem armou aquela cena. <Olhei mais serio> Porque você fez isto? <me levantei do chão>
-Eu... Eu... Não posso dizer... Foi eu sim... Mas eu não queria...
Seus olhos começaram a lagrimejar e ela foi em direção do córrego que ficava entre a Estrada e o Muro do lado Norte da cidade, porém ficava do lado de dentro dos muros dela... Ali havia uma roda de moinho que fazia um barulho de madeira tremendo enquanto moía o trigo. Ela ficou em frente ele e se encostou no poste que havia ali. Um certo silencio pairou no ar, deixando apenas o ruido da construção.
Eu me aproximei devagar dela:
-Acho que não começamos muito bem, mas poderia me falar pelo menos seu nome?
Ela virou para meu lado, olhou em meus olhos... Eu limpei a lágrima que descia em seu rosto e ela colocou sua mão no meu pescoço, ela se desculpava com um tom de voz baixo, quase sussurrando, seus olhos brilhavam enquanto olhavam fixamente para os meus.
Eu ironizei a situação em minha mente e numa atitude inesperada, ela sorriu da mesma maneira que foi das outras vezes e me aplicou um golpe da qual ela tenta me jogar na roda do moinho para me matar, no momento em que vi a real situação, eu estava caindo na água em direção do moinho, eu sabia que ali seria um morte dolorosa e agoniante, cada osso meu seria quebrado naquela roda e ainda por cima eu me afogaria na água...
-O QUÊ? TÁ LOUCA GAROTA? AAAHHHRRGGHH... <falava eu enquanto era lançado>
Por milésimos de segundo, eu segurei em uma raiz e cai na água, mas foi na beirada do rio e consequi me salvar, a garota já estava saindo do local gargalhando e sequer me viu resurgindo, agora eu estava muito louco, deixei de lado meu caráter de não atacar mulheres:
-Sua vagabunda! Vadia, Cachorra! Vou te matar desgraçada!!!
Eu gritava enquanto corria atrás dela com meu cajado mirando sua cabeça e atacava em ato de fúria, ela percebendo o real perigo, começou correr e eu a jogava runas que formavam um campo elétrico envolta do corpo da pessoa juntamente com runas que jogavam mini raios de energia.
-Eu perdi minha paciência contigo, eu já vi a morte 3 vezes por sua culpa, agora mais do justo eu te matar, não corre!
Meu cajado necrótico atacava na alma do individuo, a morte ia retirando aos poucos a vitalidade da pessoa e ela correu para a Igreja onde era realizado casamentos semanalmente ao norte do deposito, perto da fonte que tem frente ao Castelo de Tibianus. Eu observei de longe e vi que lá estava vazio e que não havia perigo para mim, eu vi também que ela já estava quase morta e tentou se esconder no porão do lugar, eu desci, estava tudo escuro e havia um pequeno corredor com 2 caixões, ao lado de um deles vi ela encolhida num canto e chorando, pedindo que não a matasse.
-Escuta aqui sua Piranha, já me cansei, porque você tentou me matar, era alguma armadilha? Que droga é isto, quanto você ganhou? Comece falar tudo agora caso contrario você será sepultada neste mesmo caixão ao seu lado.
-Não era eu, era ela, ela me obrigou fazer isto...
-Ela quem?
-Não sei, eu conheci ela quando era criança, ela me manda fazer estes tipos de coisas...
-Ela te obriga como? Quem é ela? Me diga!
-Eu não sei, ela está dentro de mim, não lembro como foi, ela fala na minha cabeça para fazer estas coisas, eu não quero, mas ela me obriga, ela toma conta de mim...
Naquele momento eu comecei analisar suas palavras, aquilo que ela vivia era familiar, já havia escutado uma voz em minha mente, será que eu ficaria desta maneira?
-Sei... Entendo, mas porque você não luta contra ela?
-Eu não posso, eu não consigo, está em minha mente!
-Mas você poderia pelo menos me dizer seu nome?
-Sim, meu nome é...
Uma criatura desce as escadas, era assustadora, sua força era incrível, ela tinha a aparência de um Lorde de Dragões misturada com humano, andava de pé com uma Varinha De voodoo, muito rara e somente utilizada por Feiticeiros muitos experientes e fortes, seu corpo era todo escamoso e havia um curta e forte calda atrás dele.
-O que está havendo aqui? <falava ele com uma voz grossa>
-Ele quer me matar! <falava a garota apontando para mim>
Naquela hora olhei para ele, era um forte Mago, porém parecia ser de uma espécie de Dragão com as asas encolhidas atrás de si. Eu já havia falado de uma Guilda chamada de DragonTooths que buscava matar seres daquele.
-Desculpe meu senhor, isto não é o que parece, ela me atacou na cabeça (eu falava mostrando a cabeça) tentou me jogar no moinho e me enfiar um punhal, eu ataquei ela mas quando chegamos aqui ela explicou que uma voz na cabeça dela que havia forçado ela.
Ele olhou pro meu lado com a sombrancelha levantada, a garota se levantou e foi tentar chegar no ombro dele numa tentativa se ficar segura, olhando para o olho dele de uma forma a querer convencer ele a acreditar nela...
O Dragão Humano parecia manter uma posição de imparcialidade, tirou o corpo fora da garota, e com a sobrancelha ainda levantada falou:
-Garota, seus truques pode funcionar com os homens, mas eu sou um dragão, não ligo quem é homem ou mulher, se me incomodar eu mato. Meu nome é Darkness Fighter, mas estou com pressa, desci aqui porque estava de passagem no deposito e ouvi barulhos aqui.
Ele olhou para meu lado dizendo:
-Que tipo de garota é esta que você vai arrumar cara? Voces estão me deixando confuso aqui, que casal idiota! Vozes na cabeça? Puffs ¬¬!
No mesmo momento ele se transformou num Lorde dos Dragões. Subiu as escadas e falou:
-Deram sorte que estou com pressa, caso contrario mataria os dois por mero prazer. Mas deixarei os dois vivos.
Enquanto falava estas coisas ele subiu a escada, saiu do local e voou para o norte. Eu particularmente não havia visto uma criatura daquela, e muito menos sendo imparcial, já ouvi os DradonTooths dizerem que esta é uma raça nova que deve ser combatida. Mas ele me mataria nós dois com um simples respirar forte.
Enquanto eu observava ele voando, a garota começou a correr de forma estranha novamente, como se relutasse consigo mesma da mesma forma que vi ela na frente do deposito. Fui atrás dela, passamos pela mesma rua que eu havia atacado ela, ela seguiu para o sul e lá na frente vi um grupo de aventureiros, entre eles estava Kariel, garota começou a gritar ele novamente, ele me olhou surpreso por me ver vivo, e seus amigos olharam a garota pedindo ajuda pra me combater.
-Por favor, tenham calma, esta garota sofre com um surto psicótico, ela diz ter algo na mente dela que a faz agir de maneira louca. Acreditem, por favor, esta não é ela, este é o ser que está nela que a faz agir assim. Por favor, eu que venho pedir ajuda suas, esta menina precisa muito de ajuda.
Os aventureiros olharem entre si, permaneceram neutros, até mesmo Kariel parecia acreditar em minhas palavras, apesar de surpreso por me ver vivo, parecia ironizar consigo mesmo “Que cara idiota, até agora com isto?”
-Droga Boldo! Voce não morre nunca? <Falava com ironia> Rapazes, ele é apenas um idiota...
Nisto vi entre os aventureiros, um Elfo que havia me ajudado quando estava passando fome após um caçada de trolls, eu era mais jovem e fraco. Ele olhou para mim e para os jovens, observou envolta e viu um Mago com armadura branca de Nightmare na esquina, enfrente ao Templo, ele era conhecido como um Serial Killer que matava somente aventureiros e num súbito grito falou o Elfo falou:
-Este lugar não é seguro para nós, vamos embora daqui rápido!
O Serial Killer imediatamente sumonou um Elemetal de Fogo e deu uma forte rajada de energia em nossa direção.
-Exevo vis Hur! HAHAHA
Seu ataque acertou a Garota e Eu, ela morreu instantaneamente e caí no chão eletrizado. Imediatamente o Elemental que acompanhava ele jogou uma bola de em nossa direção, vi os outros escaparem do ataque e reviram no Mago, Kariel atacou o Elemental de maneira impressionante, mas eu estava no chão pegando fogo, minhas vistas escurecendo e um forte calor me queimava, agora sim eu estava experimentando a morte e ainda por cima vendo Kariel lutar e mostrando ser mais forte que eu contra o Matador enquanto eu estava jogado agoniando, desta vez eu morreria... Na minha mente passava-se os acontecimentos das ultimas horas, e tudo aquilo pra quê? Para visitar o monge Quentin através do portal das almas ¬¬".
Eu sabia que voltaria, mas o que poderia acontecer naquele momento em que eu estava morto e no que eu iria ressuscitar?:hmm: Era por esta experiencia que eu passaria...