vo se o segundo a posta aki dps do cap XV
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vo se o segundo a posta aki dps do cap XV
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Quinta-feira, dia de atualização :D
Capítulo XVI
Um Natal Muito Gelado
Onde se narra sobre uma vasta comemoração no primeiro natal no Salão Sangrento.
E pela milésima vez naquela tarde, a neve que estava naquela maldita árvore veio a despencar na entrada do salão. Isso simplesmente me irritava muito. Muito mesmo. Afinal, era eu que tinha que varrer a neve da entrada. Sempre.
Eu abri cuidadosamente a porta de entrada e senti meus tornozelos gelarem quando a neve encostou-os. Sai de casa, enfrentando o frio do inverno para fazer meu odioso serviço. Para resistir ao frio, eu usava um longo sobretudo negro, um cachecol azul-marinho e um gorro cinza ridículo que Druid me emprestou.
Usava também uma calça preta e nas mãos luvas verdes feitas de lã. E finalmente botas de couro nos pés. Estava fardado para o combate, literalmente. Afastei-me alguns metros da casa para avaliar a situação.
Havia neve até metade da porta de entrada! E a neve quase ocultava totalmente os troncos das árvores do jardim. Dei um longo suspiro e segurei firmemente a pá de neve que estava em minhas mãos. Agradeci por ainda estar vivo perante aquilo tudo e parti para o combate.
Pulei em meio a neve e passei a coletá-la com a pá, lançando-a metros de distância. Ora ou outra eu tropeçava em raízes ocultas na neve e cai de cara naquele monte de sei lá o que fofinho. Ergui-me, já quase completamente branco e pude ouvir alguém rir da minha humilhante situação. Virei-me para a névoa gélida e vi uma sombra aparecer.
Era a pessoa que eu menos desejava ver. Mi. Ele usava um casaco de pele de urso branco, combinando com suas calças e seu capuz. Nos pés tinha botas negras como as luvas de couro em suas mãos. Estava decididamente muito diferente.
- Lutando contra a natureza Sr. Aaril? Não é uma atitude muito sábia.
- Olá para você também – Respondi já acostumado com os estranhos cumprimentos de Mi – Vejo que deu o ar de sua graça este ano.
- Sim, ao que tudo indica. Mas cá entre nós, creio que esta seja a melhor festa de fechar as estações que esta guilda desprezível já fez.
- Se detesta tanto nossa guilda, podia se retirar.
- Não lhe darei o prazer de comemorar.
Mi caminhou com aquela lentidão de um retardado e juro que tive vontade de acertá-lo com a pá. Decidi me conter, já que Ders abrira a porta para ele entrar. Virei-me e terminei o serviço. Ainda cheio de neve, abri porta e entrei
- Pelo menos tire essa neve daí – Protestou Ders.
Depois de remover qualquer floco de neve do meu casaco, guardei a pá de neve em um quartinho no subsolo, onde ficava o material de limpeza. Espreguicei-me e caminhei até meu quarto, e encontrei Samuca e Alia rindo alto no quarto dela. Mesmo não sendo uma atitude correta, eu entrei e me surpreendi.
Nas paredes havia tapeçarias rosa-choque com flores penduradas. Na cama estavam dispostas roupas e mais roupas. E sobre a cama, Samuca e Alia estavam sentados.
- Estávamos esperando você – Disse Alia animada – Sente-se.
Olhei ao meu redor por uns poucos segundos e percebi uma almofada vermelha na forma de coração. Ri por um segundo e sentei-me no chão sobre ela.
- O que fazem aqui afinal? – Perguntei
- É natal! Estamos trocando presentes oras – Riu Alia – Pega – Disse me entregando um ursinho de pelúcia marrom e ridículo – Sam que me deu.
- A que lindo - Quase vomitei quando devolvi aquela coisa para Alia – E o que você deu pra ele?
- Um amuleto de platina – Ela disse – Como ele é um cavaleiro, creio que armadura a mais seria bom.
- Mas Drago – Interrompeu Samuca – O que você tem pra nós?
Por um instante me esqueci do natal.
- Ah sim.
Sai do quarto momentaneamente e retornei com duas caixas de presente nos braços.
- Esse daqui – Disse verificando o peso do pacote – É seu Samuca. É uma mochila de runas de cura final que eu fiz um dia desses. Espero que seja útil.
Ele abriu o pacote e retirou as runas. – Maneiro. Vou usar com certeza. Salvou minha vida literalmente.
- E para você – Virei-me para Alia lhe entregando o pacote mais leve. Ela abriu e tirou um urso panda de pelúcia de lá.
- Meu Deus! Isso é muito difícil de conseguir! Da onde tirou isso?
- Tenho minhas maneiras.
- Obrigada – Ela disse colocando o panda junto com uma montanha de outras bonecas sobre a cama.
Percebi que Alia se preparava para entregar-me meu presente, mas Ders nos chamou para a ceia natalina. Levantei-me da almofada e a joguei sobre a cama, saindo do quarto.
***
Estávamos todos reunidos ao redor de uma mesa de carvalho na cozinha, Ders em uma ponta e Mi na outra. Ao lado esquerdo de Ders, estavam Druid e tantos outros fulanos.
E do lado direito, eu, Alia, Sam, Zeffyx e Zynara.
Ders estava em pé, ao contrario de todos os outros. Tomou um gole de vinho e preparou-se para falar.
- Estamos aqui hoje para celebrar a festa de fechar as estações! Fico muito feliz em perceber que estamos unidos aqui hoje. – Nesse ponto ela brincava. Quase toda a guilda havia saído para passar o Natal com a família – É bom saber que esse foi um grande ano para a guilda, pois afinal, conseguimos comprar uma morada! Gostaria de propor um brinde, em homenagem ao Salão Sangrento e aos deuses anciãos!
Erguemos-nos segurando taças de vinho e brindamos alegres. Sentamos e passamos a apreciar a ceia. Sobre uma toalha branca de seda, haviam pratos com talheres de vários tipos, taças de vinho, pratos com saladas diversas, dede de verduras até frutas, dispostas ao redor de um grande porco sobre uma bandeja no centro da mesa. Servimos-nos primordialmente com calma, depois partimos para a luta corporal em busca das últimas costelas de porco. De sobremesa tivemos pudins de Natal, biscoitos e doces, acompanhados de um bom leite quente, ou como Sam costumava dizer, “leite quente que dói o dente da gente”. Rimos alto, coletivamente. Nem imaginávamos que seria uma das últimas risadas que teríamos como guilda.
***
Quilômetros dali, Dane recolhia o frasco de leite e o prato repleto de migalhas de biscoito sobre a mesa perante sua cliente. Observou-a pegar seu casaco pendurado próximo a escada de saída da taverna.
Ama estava se dirigindo para o depósito de Carlin, onde recolheria seus últimos pertences antes de partir para Thais. Uma fonte lhe dizia que precisava encontrar alguém lá.
---
Ficou curtinho e sem sentido porque era apenas para ligar o capítulo quinze ao dezessete. Comentem e Feliz Páscoa para todos :D
Maneiro, e vê se não demora a postar xD
Bom, hoje eu estive pensando nisso, mas resolvi pedir a opinião de vcs antes.
Eu deveria reformular os primeiros capítulos? Se sim, quais deles? Eu pretendia deixá-los assim como uma prova da minha evolução como escritor, mas acho que eles tão espantando o público u.u
Massa teu rp, muito bom mesmo.
Olha, se puder da uma passada no meu, postei outro capitulo, vê se não é caso perdido >:)
agradecido...
Ston :)
Bom ver mais público por aqui :DCitação:
Postado originalmente por Ston Hargus
E já passei lá sim :)
olha eu denovo aki!!:P
bom, mas um ótimo cap
hmm, parece q a Ama vai voltar à história!!:) bom...
sobre reformular os primeiros caps, sei la, eh muito controverso, se vc mudar há probabilidade d virem mais pessoas para lerem o RP, mas desse jeito fika como uma mostra q vc evoluiu sua escrita... mas uma mostra pra quem, se ninguem vier ler??!!:riso: então, pronto, muda os primeiros caps!:happy:
esperando proximo cap
até mais...
Capítulo um editado! Espero que gostem das mudanças :D
Vou editar apenas os capítulos dois três, mas isso amanhã.
o cap 1 editado fikou melhor,:) , apesar d ter alguns vários erros!!:wscared:
bom, so isso...
esperando proximo cap
até mais...
Novo capítulo:D
Capítulo dividido em várias cenas, e ainda, para facilitar o horário exato que expressamos em horas (17h, por exemplo) vou usar a marcação em horários canônicos:
Matinas: Inicia das 2h da manhã e vai até o nascer do sol.
Laudes: De 7h da manhã até 7h e 30min.
Primeia: Das 7h e 30min até 9h.
Terceira: Das 9h até o meio-dia.
Sexta: Do meio-dia até as 2h da tarde.
Nona: Das 2h as 3h da tarde.
Vésperas: Das 3h as 6h da tarde.
Completas: Das 6h da noite até o anoitecer
Noite: A partir da 9h, indo até as mtinas e recomeçando o ciclo.
Capítulo XVII
O Retorno de Ama
Onde todos se surpreendem com algo que pode ser explicado pelo nome do capítulo.
A ventania vespertina no deserto de Jakundaf erguia as areias em direção ao infinito céu psicodelicamente, de maneira que formassem espirais de areia que confundiam a vista de qualquer aventureiro que desbravasse o local.
Em meio à tempestade de areia, apareceu a silhueta de uma mulher em seus vinte e poucos anos, cabelos castanhos carregados pelo vento, um turbante roxo cobrindo-lhe o rosto e vestes brancas de leves, para que permitissem melhor mobilidade.
Literalmente, Ama nadava contra a correnteza. Não sabia exatamente como chegara no deserto, mas tinha a nítida impressão que dali não sairia. Procurou qualquer vestígio de civilização e não demorou a localizar uma construção inteiramente negra, protegida por estátuas de cavaleiros de aço.
O templo do deserto . Pensou Ama admirando o prédio. Analisou ao seu redor e lembrou-se de que a entrada da fossa conhecida como Garganta do Diabo ficava exatamente na diagonal do templo.
Vasculhou as areias quentes do deserto e logo localizou o que seriam as ruínas de um templo erguido sobre a fossa. Uma vez nas ruínas, precisava seguir ao norte para reencontrar o caminho certo para Thais. Enquanto ela se virava, ouviu um grito em meio a tempestade.
- Dê-me todo seu dinheiro.
***
Apesar do oficio das completas estar próximo do fim, o Salão Sangrento não parecia disposto a calar-se. Vestígios de luz podiam ser claramente vistas pelas janelas, e urros de comemoração eram ouvidos desde as muralhas da cidade de Thais.
Eu, Ders, Sam, Alia e Druid éramos os únicos membros da guilda que ainda batalhavam contra o sono. Estávamos na cozinha, acomodados ao redor da mesa de carvalho, conversando em meio ao vai e vem de um jogo de canastra em duplas. Menos Druid, que parecia empolgado lendo um livro.
Jogávamos amigavelmente, claro. Mas sem alguma aposta, o jogo não teria graça. Agora estava em jogo um pacote com tapeçarias variadas que uma maluca deixara na porta da casa na noite anterior. Eu e Sam perdíamos humilhantemente para Ders e Alia.
- Vocês são muito competitivos – Disse Alia pescando a carta correspondente ao seu três preto – Bati.
- Mas o que? Já? – Praguejei – Sam, você é muito podre!
- Você é que é.
- Meninos acalmem-se – Disse Ders – Que tal um tudo ou nada pelo bule de ouro de Druid?
- Nem me meta nisso – Reclamou o Druida – Já passa da noite, hora de dormir crianças!
***
Uma vez que as Matinas se iniciavam, o bispo Zivrid dava outra de suas aparições na tenebrosa baixa Thais. Grupos de meretrizes preparavam-se para entregar seus corpos para qualquer marginal que passava.
Zivrid sofria com o peso dos olhares de canto de olho dos criminosos que planejavam seus atos. Não que estivesse ali por estar, precisava encontrar alguém. Para um crime perfeito.
Chegou ao extremo da rua e fitou o bueiro por alguns instantes. Olhou para os lados a procura de curiosos e aliviou-se a se ver só. Retirou a tampa do bueiro e desceu, afundando seus pés na sala do esgoto.
Caminhou alguns metros naquelas caverna enlameadas que cheiravam urina e ratos podres. Cobriu o rosto com a manga da batina para resistir ao cheiro e chegou a frente da parede petrificada. Novamente olhou para os lados, ativou a senha e entrou. Sem fazer qualquer som. Ele havia sido bem claro.
***
Entre laudes e a primeira, o Sol humildemente se mostrava no horizonte, iluminando o dia. Resvalando no orvalho da grama de Monte Sternum, Ama seguia seu caminho. Ainda repugnava o cheiro de sangue presente em sua espada.
Logo que saia do deserto, fora atacada por um Guerreiro Selvagem interessado em seu dinheiro. Obrigada a reagir, Ama cravou sua espada no ventre do homem e esmagou sua cabeça com uma pedra. Limpou o sangue da lâmina na própria capa do morto e saíra rapidamente.
Agora já estava próxima a cabana de Lubo. Distante no horizonte, a silhueta do Salão Sangrento já era visível.
***
O Sol da terceira iluminava todo o meu quarto. Como eu odeio essa luz! Retorci-me na cama e deixei que o cobertor caísse ao chão. Me espreguicei e coloquei o típico roupão de sempre, cambaleei até a porta e desci para o banheiro, como em todas as manhãs.
Entrei no cômodo e fiz minha higiene matinal. Estranhei o silêncio na casa. Ainda não tinha visto ninguém. Ouvi ruídos vindo do térreo. Preocupei-me de ser algum assaltante tateei até localizar um candelabro.
Desci ao hall apreensivo verificando o caminho a cada volta. Cheguei a cozinha e vi, um bolinho de pessoas socadas ao redor de algo ou alguém. Ouvi Sam comentar algo sobre e afigura e Alia sair correndo desembestada do grupo para falar comigo.
- Não sabes quem está aqui!
- Pelo movimento, só pode ser o Rei Tibianus...
- Não seja tolo – Disse pegando minha mão e me arrastando na direção do grupo. Abri caminho com os cotovelos e deixei o candelabro cair ao ver quem era.
- Ama?
***
Nem mesmo eu acreditava no que estava acontecendo. Depois de seis anos eu havia reencontrado Ama! Já não era mais aquela garota ingênua que conheci em RookGaard. Era uma mulher bela e sedutora. Externamente não parecia a Ama pela qual me apaixonei.
- Drago! – Disse ela erguendo-se da cadeira onde estivera. Corri para perto dela e abracei-a, como se nunca tivesse o feito antes. Joguei seu turbante no chão e comprimi meus lábios contra os dela, em um beijo completamente repentino e apaixonado.
- Senti sua falta – Disse ao fim do beijo.
- Eu também! Não sei como agüentei tanto tempo – Ela disse com lágrimas aos olhos. Fez uma pausa – Sabe que eu te amo não é? Muito!
- Eu sei – Disse. A beijei novamente, me esquecendo com o fato de cinqüenta pessoas estarem olhando.
***
O dia passara rápido. Depois daquilo, tomamos café da manhã reunidos, jogando conversa fora. Depois da sexta fomos ao cemitério, colocar flores no tumulo de Jack. Passamos a tarde caminhando em Thais, e finalmente após as completas, todos se retiraram para seus quartos.
Eu tentava dormir, mas não conseguia! O dia passava em minha mente como se estivesse ocorrendo novamente. Ouvi a porta do quarto ranger e me virei assustado. Virei-me e vi Ama chegando perto de mim.
- Oi – Ela sussurrou – Vem cá.
Ela disse e me puxou para fora da cama. Me equilibrei e quase cai junto com ela. Ela me levou até a parede e me imprensou contra ela, beijando-me. Passou as mãos pelo meu corpo e tirou minha camisa.
- Ama, espera...
- Quieto – Ela me calou com o dedo.
- Tem certeza que quer fazer isso?
- Nunca estive tão certa.
Apesar de termos nos reencontrado apenas a dez horas atrás, eu e Ama já tínhamos provado que queríamos ficar juntos. Para sempre. Mas eu não me sentia pronto para fazer aquilo. Dei um voto de confiança para Ama. Ela se despiu por inteiro e eu também. A beijei novamente, sabendo que pelo menos desta vez ela seria minha.