Postado originalmente por
Bob Joe
Na verdade, sou pragmático. Deus me livre ser um ideólogo utópico que só consegue pensar soluções prontas que estão condicionadas à completa adesão da sociedade à sua utopia. O nome disso é comunista de um lado e anarcocapitalista de outro.
Liberdade é meu guia filosófico porque acredito que, quanto mais livre uma sociedade, mais os indivíduos que a compõe são prósperos e felizes. Também acredito que, em um modelo de trocas, qualquer Estado fará pressão para diminuir essa liberdade, simplesmente porque o Estado é a institucionalização do coletivismo.
Entretanto, é imperativo pragmático entender que quando o Estado comanda certos setores da sociedade, cria-se um ecossistema dependente dessa gestão de recursos estatais. Sem gestão, esse ecossistema decai em qualidade e função, principalmente porque temos uma Constituição vigente que atrela apenas ao Estado a gestão dessa área. Ou seja, as nossas opções hoje são um ministério que tenha recursos administrativos e gestão eficiente de recursos ou o completo desamparo.
No mais, também não tenho grandes amores com o tipo de ideologia e com o tipo de batalha ideológica que o veio Olavo trava com socialistas e alguns moinhos. E acho que isso não combina com a parte de gestão eficiente, visando a melhoria da qualidade de ensino que, hoje, é a única esperança de um povo que vive sendo enrabado pelo Estado.
Por último, tem um toque de preocupação individual: como sou professor, é obvio que tenho minhas próprias concepções sobre a educação do país. Também não acho que os conservadores brasileiros morram de amores por liberdade: acabaram de conhecer a econômica e estão atrelados em demasia ao militarismo e ao moralismo religioso para lidarem bem com a social.