novamente, se superou.
Versão Imprimível
novamente, se superou.
Esse aí eu não gostei muito não,o tempo se passou muito rapido sem nenhuma pista do Ferumbras.
Calma, que esse aí foi Pepelu que narrou.Citação:
Postado originalmente por Sir Curioso
Você acha que em um ano, Arieswar não vai ter nenhuma pista dele? :cool:
··Hail the prince of Saiyans··
Esse capítulo não teve nada de extraodinário, mas se manteve na média, destacando seu jeito de escrever que é ótimo e muito agradável. A cada capítulo eu fico mais ancioso para saber do próximo. Muito bom.
Elizio
Eu pessoalmente prefiro historias q passam o tempo normalmente. Mas, se foi necessario para o "desenrolar" da trama...
Esperando proximo capituloooo
eu tb prefiro muito q o tempo se ocorra normalmente...mas o Kamus tem uma mania de fazer isso....Citação:
Postado originalmente por Akilez
Citação:
Capítulo fundamentalíssimo para o desonrolar da trama. Narrado por Arieswar.
Capítulo 13 - As descobertas.
Quando avistei o portão Norte da cidade de Thais naquele dia frio e nublado, senti que estava voltando para minha casa. Há algum tempo eu havia permanecido constantemente fora do lugar onde passei boa parte da minha vida, contudo minha ausência havia sido recompensada; trazia frutos valiosos.
Andando pelas ruas, várias pessoas me olhavam. Os boatos de que eu havia saído atrás de um grande mistério, por mais que tentassem ser abafados, espalharam-se por todos os cantos, e as pessoas deveriam estranhar ao me verem voltar de mãos vazias. O que elas não sabiam é que o tesouro que eu portava naquele momento não era material; ele estava dentro de minha mente. Ao chegar ao castelo alguns guardas me cumprimentaram. Chamei um conhecido e perguntei por Hesperides.
- Ele encontra-se na sala de reuniões C, senhor. Está participando de um debate com o Rei e outras autoridades.
- E os outros Guerreiros da Corte?
- O Sr.Acanthurus está na reunião também, e o Sr.Dragonslayer está ausente do castelo no momento.
- Obrigado. – eu disse, e me dirigi à sala de espera mais próxima ao Salão C.
Fiquei lá por um bom tempo, até ouvir o som da grande porta se abrir e vários passos apressados saírem. Esperei em um canto até ver Hesperides e Acanthurus, ainda conversando com alguns colegas, debatendo vigorosamente algum assunto que parecia importante.
- Algum problema? – perguntei a eles.
- Arieswar! – excalmou Acanthurus.
Eles pediram licença ao pessoal com quem conversavam e foram me cumprimentar. Não para menos pareciam surpresos com minha chegada, mas senti que eles estavam realmente ocupados e preocupados com o que estavam a debater.
- Tenho muito o que contar a vocês. – eu disse – E, pelo jeito, vocês também.
O clima não era o mais agradável no momento em que nos reunimos na sala reservada aos Guerreiros da Corte. Enquanto tirava o casaco, Acanthurus ia abrindo na mesa alguns papéis que carregava, e Hesperides procurava alguma coisa na gaveta do móvel onde guardávamos nossos documentos.
- Onde está Dragonslayer? – perguntei.
- Está cuidando de seu pai. – falou Acanthurus, espalhando e
organizando várias coisas na mesa.
- O que ele tem? – perguntei assustado enquanto tirava minhas luvas.
- Parece que a Peste Negra o pegou. – falou Hesperides, sem olhar para mim.
- Ora, mas você é um druida, o que está fazendo aqui!? – eu exclamei – Você pode ajudá-lo! Pode achar algo que o cure!
- Ele pediu para que eu não fosse. Um sacerdote já foi convocado para realizar a Extrema-Unção. – disse com um tremor na voz – De qualquer jeito – chacoalhou a cabeça de modo a esquecer os problemas -, dê uma olhada nisto aqui.
Eu peguei um rolo de pergaminho caprichosamente enrolado que Hesperides me passara, e apenas em ver os primeiros carimbos à medida que ia abrindo, já senti meu coração palpitar.
- Só falta você assinar nessa cópia e no cartório e estará dentro. – falou ele.
Aquele era nada menos que o documento oficial da fundação da Valheru. Nele estavam todo o protocolo da guilda, os nomes dos integrantes e suas respectivas assinaturas.
- Dê uma olhada nesses anexos aqui também.
Ele me entregou os papéis dos tratados diplomáticos com as outras guildas. Haviam rubricas de peso naquelas listas, como a assinatura de Joe Flattery, dos Mecenários, fechando um tratado de não-agressão conosco e de Alexander Silvarion, concordando com o tratado de amizade entre Valheru e a Red Rose.
- Ótimo! – eu exclamava – Isso é um passo largo para nossa guilda! Temos o apoio de importantes líderes! Só não entendo o porquê de vocês estarem tão aflitos sendo que temos notícias tão boas como essas.
Acanthurus me deu um olhar gelado, e eu me senti como um garoto que fala alguma besteira tremenda no meio de um bando de adultos.
- Sente-se, Arieswar – ele pediu.
Hesperides pegou uma garrafa de conhaque e três copos, servindo-os na mesa. Eu tomei um bom gole antes de começar a ouvir o que deveria ser uma tremenda notícia.
- Olhe bem para esse mapa, que é atualmente o mais detalhado do nosso continente. Estamos aqui, em Thais, certo? – eu concordei – Se seguirmos para Leste estaremos atravessando as planícies de Havoc, em direção a Kazordoon, concorda? – respondi positivamente – Contudo, se passarmos da entrada do Império dos anões, que por sinal pouco sabe a população sobre a sua existência, chegaremos à imensa área pantanosa, não é verdade? – novamente eu concordei – Nesse ponto, o Rei pretende dar início a construção de uma imensa metrópole. Uma cidade da magnitude de Thais, tirando lógico seu valor histórico. Esse é o projeto Venore.
Eu parei por um momento para analisar a situação. Demorei algum tempo para conseguir falar.
- Está de brincadeira, não é? Isso demandaria um gasto financeiro inimaginável, além de uma mão-de-obra absurda. Isso tirando as más condições do local, que tem um solo altamente inapropriado para a construção de uma cidade. E olha que vocês me conhecem e sabem como eu sou a favor da dilatação dos nossos territórios, mas acho que o momento não é o ideal para isso.
- Exatamente! – disse Hesperides – Esse é o problema! Acontece que a população gostou do projeto e está apoiando idéia. Vários homens já se recrutaram para trabalharem nas obras assim que o Governo quiser.
- Como o Rei fará isso? – eu perguntei – Como construirá a cidade? Com que recursos?
- O Rei já fez um parcial aumento nos impostos. – disse Acanthurus – O projeto arquitetônico conta com a construção de suportes de modo que a cidade seja suspensa no pântano. As pedras estão sendo negociadas a preços estupidamente baixos com o Reino de Kazordoon, a madeira utilizada será extraída das planícies e o resto, como ferro e aço, que serão usados em menor demanda, poderão ser levados daqui de Thais. Nessa parte não há dúvidas de que tudo foi extremamente bem planejado, e não há erros visíveis, o que só favorece a aceitação de Venore pelo povo.
- É um projeto astuto. – falou Hesperides – Não podemos negar que será um ponto estratégico para o comércio e a implantação de novas fontes de renda.
- Sim, mas e a carga humana? – eu insisti – Com tantos dos nossos homens saindo a defesa de Thais será abalada, e as pessoas não estarão protegidas nem aqui nem naquele lugar.
- Esse é o problema. – enfatizou Acanthurus – Os perigos que nos rondam atualmente são difíceis de serem combatidos e tanto Thais quanto qualquer outro vilarejo, incluindo os alicerces de Venore, estarão desprotegidos. O que dificulta essa compreensão por parte do povo é que nem toda a população tem o mesmo nível de instrução que nós temos. Nós sabemos de tudo o que acontece em cada canto do continente, e temos uma visão muito mais ampla das conseqüências que serão acarretadas.
“E o pior é que não nos cabe sair divulgando idéias contrárias a do Rei. Temos que resolver isso em reuniões fechadas, como está no protocolo dos Guerreiros da Corte.”
- Não – disse Hesperides –, o pior não é, nem de longe, isso. O que realmente me preocupa é o número de vítimas que Ferumbras pode fazer se aproveitando dessa baixa na nossa guarda. – ele me encarou firmemente – Quais são suas novidades, Arieswar?
Eu tomei mais um gole do conhaque. Havia ficado fora por um ano, esperando o momento que contaria aos meus colegas sobre o que constantemente descobria.
- É bom que saibam – eu comecei – que nem todas as fontes que eu arranjei são seguras, pois viajei por várias regiões, coletando informações de pessoas que variaram desde chefes de grandes guildas ao mais oriundo dos fazendeiros de longínquas vilas. O que importa é que eu estava certo. Aliás, eu não, Pepelu.
“Há algum tempo, uma inundação assolou várias vilas longes dos domínios thaienses, como vocês devem saber. Em uma dessas vilas morava um casal que mantinha uma relação amigável com seus vizinhos, não compravam briga com ninguém e nunca haviam tido nenhum problema com o Governo, pagando seus impostos em dia e não se recusando a dar parte da sua colheita à corte.”
“Tudo mudou, porém, com a gravidez da mulher. Os hábitos dos dois começaram a deixar os outros moradores confusos, pois a partir daquele momento eles se fecharam em seus próprios negócios, não conversavam com ninguém mais, e se recusavam a pagar os tributos do Governo, tendo sido ameaçados algumas vezes. Os vizinhos achavam que era pelo fato de que, misteriosamente, sua plantação havia parado de dar fartas colheitas.”
“Poucos meses depois veio a grande inundação. Com suas casas destruídas, os moradores tiveram que migrar para outros lugares, e muitos foram para a Costa Verde e algumas diversas mais próximas de Thais. O casal, contudo, ficou morando perto de onde era sua antiga vila, e montaram uma casa no topo de um carvalho, segundo um senhor que, quando garoto, passava por lá com o pai para fazer entregas. Até que um dia ele não achou mais nada no local, pois um raio havia destruído a árvore na qual moravam. No entanto, uma carta havia sido deixada no local, avisando a quem conhecesse o casal que o bebê havia sido salvo pelo homem que ali passava, que se identificou apenas como Dust”
“Ele então foi levado para morar num acampamento ao Sul das planícies de Havoc, onde se refugiavam os foras-da-lei que eram procurados pelo Rei. Ainda garoto, perdeu aquele que lhe criava, que provavelmente seria esse tal Dust, um possível ladrão. Dizem que ele era dotado de poderes incríveis, e ainda jovem deixou o acampamento, no qual foi posteriormente condenado pelos seus moradores de alguns assassinatos. Desde então ele vaga por essas terras seguindo seus ideais. Não tenho mais notícias concretas dele desde então, apesar de falarem que ele está em algum lugar ao norte do continente."
Houve uma pequena pausa na qual eles refletiram sobre as informações que eu havia acabdo de lhes dar.
- Impressionante. – falou Hesperides.
- Impressionante e assustador. – completou Acanthurus.
Não falamos mais nada por alguns minutos, até que eu me levantei um pouco e fui até a janela. Fiquei contemplando a cidade por alguns instantes, até que percebi uma coisa:
- Há uma movimentação estranha na casa de Dragonslayer. Seu pai deve ter falecido.
Isso só serviu para ficarmos ainda mais aflitos e tristes. Queria um motivo para não ter de encará-los naquela hora, e ele apareceu, batidas apressadas na porta fizeram-me esquecer Ferumbras enquanto atravessava a sala para ver de quem se tratava. Quando abri a porta, um soldado ofegante anunciou desesperado:
- O MONSTRO! O MONSTRO ESTÁ NA COSTA VERDE!
··Hail the prince of Saiyans··
Adoro o suspense :D ta mtu bom cara,continue assim
Cara, mais um a vez, maravilhoso!
está perfeito aos meus olhos! não encontri nenhum erro, nem nada que eu possa criticar.
unica coisa que posso fazer, é pedir para que continue melhorando cada vez mais, e que não deixe os elogios subirem a cabeça e decaia em sua escrita.
o que eu acho interessante, é sua contante mudança de narrador, com Arieswar e Pepelu, deixa a historia diferente.
outra coisa que gosto, é que tu consegues prender o leitor! não consigo parar de ler está historia, e peço que continue!!!
Sem mais, Draco
Ótimo, perfeito, brilhante... Ferumbras!
Muito bom mesmo Kamus, a história só melhora.
Muito bom mesmo, espero o próximo capítulo.
Pequeno errinho de digitação.Citação:
Isso só serviu para ficarmos ainda mais aflitos e tristes. Queria um motivo para não ter de encará-los naquela hora, e ele apareceu, batidas apressadas na porta fizeram-me esquecer Ferumbras enquanto atravessava a sala para ver de quem se tratava. Quando abri a porta, um soldado ofegante anunciou desesperado:
- O MONSTRO! O MOSNTRO ESTÁ NA COSTA VERDE!
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
grrr!
não acredito nisso!
você vai deixar tamnha curiosidade para nós?
existe um limite kamus e você está ultrapassando ele.
grrr!
não acredito nisso!
você vai deixar tamnha curiosidade para nós?
existe um limite kamus e você está ultrapassando ele.
zuera
só queremos que você poste capitulos mais rapidos...
Humilho! Mais uma vez muito bom! Sem palavras.... Continue e poste logo!
Ah! A primeira prova da gincana tah lançada, vai lah^^
@Merchandising: Poste no Culto se voce ainda nao postou e faça uma criança feliz :D
-=|Anubiss|=-
kra mto rox!!
Gratz pela rp
to morrendo d curiosidade esperando pelo proximo capitulo:P
Entao Pepelu estava certo...
Sorte dele... e de Arieswar.
E esse monstro? Será que o sonho de Pepelu vai virar realidade? E será q vai ser agora?????
PROXIMO CAPITULO PLS!!!!!!
Agora você me deixou curioso!
Muito bom, mas eu teria gostado de uma descrição melhor de como Arieswar conseguiu essas informações.
Não demore pra postar o próximo!
Eu li ontem à noite, mas não comentei porque a internet caiu.
Achei muito interessante essa parte, mostra o outro lado de uma situação que havia sido apresentada como boa.
Você fez eles terem uma reação meio exagerada depois da história do Arieswar, ele não disse quase nada e todos já ficaram espantados. (todos foram o Hesperides e mais 1 que esqueci o nome)
Lembrei-me apenas disso, qualquer coisa depois volto e comento mais.
Esperando um novo capítulo.
Demorei bastante pra responder xD, meu pc quebrou ^^
A qualidade no capitulo anterior diminuiu, agora ta mediano para o seu "normal", mas vamo v no q vai dar XD, vc sempre surpreende, flw!
prender a atenção do leitor com um final de suspense até vai, mas vc ja esta fazendo chantagem com a gente:eek:Citação:
Postado originalmente por Kamus re
O que falar de uma obra com este cacife?
A obra em geral está magnífica!
Mas vamos falar mais detalhadamente sobre este último capítulo!
Em questões gramaticais acho que foram minimalíssimos os erros. Em redação não há o que falar, o único que encontraria algum erro ai é meu professor de gramática.
Uma coisinha que não me agradou, mas que não deixou a obra menos perfeita.
A chegada de Arieswar ficou muito básica e foi jogada para segundo plano, faltou um pouco de emoção, eu acho. Mas mesmo assim, ótimo!
E ele ficou muito tempo fora para saber de apenas uma história, acredito que ele saiba de mais coisas...
Mas há tempo que não leio um obra tão perfeita. Parabéns, Kamus!
Wk.
Acabei de ler todos os Cápitulos e não tenho o que dizer, está perfeito, eu quero é mais !!!
Cara...
Simplesmente excelente
N tem nem crítica a fazer
Isso merecia uma Trilogia
xD
Senhor dos Anéis q se cuide
Escreve o próximo ae q a gnt tah esperanu
Citação:
Postado originalmente por Guarini Yami
Desculpe o Flood, mas isso aqui já bateu SDA faz tempo.
Wakka...
Pena q no Brasil
Nada de certo
Temos variás histórias boas
Principalmente no Forum
Ae...
Faz um livro mano
Vou ser o primeiro a comprar
Manda pra alguma Editora aew
xD
Ah...
Escreve o próximo fast
Correção: Não existem Planícies de Havoc, é Planícies do Caos
Fique tranquilo que foi tudo calculadamente calculado =DCitação:
Postado originalmente por Darkness Sorcerer
Paciência que o tempo o dirá.
··Hail the prince of Saiyans··
acabei de ler agora, vc esta de parabens 1º rp q conseguiu me fazer ler ele e ainda ficar ansiosso para o prox cap.
Posta logo.
Capítulo 14 - O tropeço de Pepelu.
Pouco tempo depois, Hesperides, Acanthurus e um imenso batahão de soldados partiu para a Costa Verde. Eu fiquei de partir no segundo pelotão, uma vez que precisava contatar Dragonslayer. Ele era, acima de tudo, um ótimo profissional, e com certeza se irritaria se não o convocássemos para ajudar numa missão que expunha ao perigo tantas vidas.
A cidade, porém, estava caótica. O anúncio da aparição do monstro nas redondezas deu início a maior baderna que Thais já suportara. As pessoas corriam para suas casas ou para locais públicos de segurança, os mercadores fechavam seus estabelecimentos, tropas de guardas formavam postos próximos aos portões, e qualquer pessoa ou objeto que ficasse parado no meio do caminho era derrubado e pisoteado. O barulho, então, era insuportável; variava do choro de crianças perdidas ao ruído metálico de grades sendo fechadas.
Com muito esforço, e às vezes lutando contra a correnteza de pessoas que vinha em sentido oposto, eu consegui chegar à casa de Dragonslayer. Tive que insistir muito nas batidas à porta para que alguém resolvesse abrir. Lá estava sua velha mãe, bastante assustada:
- Você não é o jovem Arieswar? O que fazes aqui?
- Minha senhora, eu preciso falar com o seu primogênito, o meu amigo.
- Só estão aqui os meus mais jovens. – disse ela me empurrando para dentro – Se quiser pode se abrigar aqui, de qualquer jeito.
Antes que eu negasse o convite, Kariuz entrou na espaçosa sala onde eu me encontrava.
- Kariuz! – chamei com urgência – Urgente! Preciso saber onde está seu irmão, Dragonslayer.
- Ora, ele não se encontra. Saiu para a Costa Verde para providenciar o enterro de nosso pai. – falou com a voz ainda trêmula – Só espero que ele não encontre aquele monstro que está por aí.
Foi aí que eu gelei completamente.
- Quer dizer que você não sabe exatamente onde é o “por aí”?
Não demorou muito para que partíssemos para o local do ataque. Kariuz me acompanhava e tremia de medo só de pensar no que poderia ter acontecido. Sob o meu comando, nos seguindo, estava o segundo batalhão de soldados.
Próximos ao vilarejo já podíamos ver o rastro de destruição: escombros e corpos se misturavam e, ainda em chamas, queimavam a suave relva que dava nome ao lugar.
Ao adentrarmos em meio às casas pudemos ver o inferno no qual Ferumbras havia transformado um lugar outrora tão bonito. Cadáveres mutilados e construções desabadas eram consumidos pelo fogo, e os gritos e gemidos dos feridos formavam a orquestra demoníaca que fazia o tema musical do caos.
Aparentemente, o monstro já havia sumido, então alguns poucos homens tentavam prestar assistência a muitos; entre eles estava Hesperides.
- Arieswar! – berrou ele – Precisamos de muita ajuda aqui! Mande seus homens aqui!
Eu então virei para o pelotão e comuniquei:
- Vocês o ouviram! Vão!
Depois disso agarrei o druida pela manga e puxei-o para perto de mim.
- Onde está Dragonslayer?
- Como assim? – ele perguntou confuso – Você não ficou de chamá-lo?
Com tamanho terror que me invadira, eu larguei Hesperides e me virei para Kariuz.
- Fique aqui e ajude-o. Eu vou procurar seu irmão.
Eu já estava pronto para correr quando ele me segurou.
- De jeito nenhum! Eu vou com você!
- Não! Fique aqui! Precisa ajudar essas pessoas!
- Mas ele é meu irmão!
- SUA FAMÍLIA NÃO PODE CORRER O RISCO DE PERDER TRÊS PESSOAS NO
MESMO DIA, KARIUZ!
- Espere um pouco – interrompeu-nos o druida – Dragonslayer está por aqui?
- Sim! – eu falei para o seu horror – Agora mande esse garoto ficar aqui para
eu poder procurá-lo.
- Eu vou atrás dele, você querendo ou não! – insistiu o jovem cavaleiro.
- ELE ESTÁ ATRÁS DE MIM E DE SEU IRMÃO, SEU IMBECIL! – eu berrava sem acreditar na insistência daquele rapaz - ELE NÃO QUER NADA COM VOCÊ, ENTÃO NÃO ARRISQUE A SUA VIDA EM VÃO!
- Arieswar – chamou-me Hesperides -, se ele quer ir você não pode impedi-lo. Além do mais, ele é irmão de Dragonslayer, e ainda é da Valheru.
- O problema, Hesperides – disse Kariuz –, é que Arieswar está acostumado a mandar em muita gente, e acaba se confundido em relação a quem ele pode exercer poder.
- Isso é mentira! – eu protestei.
- Você se preocupa muito com os outros! – ele continuou – E às vezes esquece que você também é suscetível a erros!
Antes que eu pudesse começar a argumentar, porém, uma voz feminina falou ao meu ouvido:
- Linda hora para discutir a relação, não é?
Lá estava Kitiara, e junto com ela Kromfield e Lightbringer.
- Já estamos a par da situação. – apressou-se em falar Sebastian – Vamos procurar Dragonslayer ou não?
Não adiantava mais eu relutar, Kariuz veio com a gente. Organizamos-nos em uma formação defensiva e partimos para localizar nosso amigo.
O cheiro de carne queimada era insuportável, mas o sangue no chão, nas paredes e no mar, era ainda mais enjoativo. Ferumbras havia feito um grande estrago, e era pouco provável que não tivesse pego nosso mais respeitado paladino. No caminho víamos várias pessoas feridas, mas, infelizmente, não podíamos perder de foco o nosso objetivo, e tivemos que deixá-las desamparadas. Entretanto, a certa altura avistei um rosto conhecido.
- Continuem em frente, eu preciso checar uma coisa.
Coberto de lama e sangue estava o inconfundível Octavian, amigo do Pepelu. A beira de um colapso cardíaco ele delirava:
- Eu…quero…mais…vinho…
Mesmo sem gostar dele, eu não podia deixar o pobre homem perder sua sanidade mental. Entre deixá-lo agonizar até a morte e acabar com ele de uma vez, preferi a segunda opção. Saquei uma adaga, rocei-lhe o pescoço, e tomei impulso para enfiá-la. Logo ela estava melada de sangue.
A verdade, contudo, era que eu ainda não havia furado a carne de Octavian, mas sim que uma flecha atingira as costas da minha mão direita, sendo dela que o sangue escorria. Fiquei zonzo com a dor, mas logo a arranquei dali e procurei quem havia feito aquilo.
Não muito longe, ainda segurando seu arco, estava Pepelu.
- Você ia matá-lo? – perguntou possuído pela raiva.
- Só porque não havia te visto. Achei que ele iria agonizar até perecer. – falei enquanto tentava estocar o sangue – Você podia inventar um método mais civilizado de mostrar sua presença, não?
- Civilizado? – falou ele rindo – Civilizado…- saboreou a palavra – Engraçado ouvir isso de alguém que estava prestes a matar um inocente.
- Já falei que fora por piedade! Não queria prolongar seu sofrimento!
- ENTÃO É ASSIM?! QUANDO VOCÊ NÃO QUER VER PESSOAS SOFRENDO VOCÊ AS MATA?
- Entenda as circunstâncias, seu idiota! No meu lugar você faria o mesmo!
- Eu estava aqui para salvá-lo e você quase o mata! Essas são as circunstâncias!
- VOCÊ É SURDO? JÁ FALEI QUE NÃO TINHA LHE VISTO!
- Não dá para acreditar em você! Se não fosse por mim Octavian teria o mesmo destino do Brytner! Você não é digno de confiança!
O barril de pólvora dentro de mim explodiu.
- VOCÊ QUE NÃO É DIGNO DE CONFIANÇA, SEU MENTIROSO, CRETINO, FILHO DE UMA VADIA! VOCÊ SÓ ANDA LIVRE NAS RUAS HOJE POR MINHA CAUSA! VOCÊ ME DEVE SUA LIBERDADE!
- ACONTECE QUE EU NÃO SOU NENHUM ESTÚPIDO! Acha que eu não sei que se me denunciar depois de tanto tempo você também vai preso por conivência? Você não acabaria com sua vida só para ferrar a minha, Arieswar!
- Mas eu tenho muito menos a perder, seu imbecil! Soube há algumas luas que você tem uma família! Sua filhinha se chama Eurídice, não é? – e ri da cara de pavor que ele fez – Será que ela gostaria de ter um pai condenado à prisão perpétua?
- NÃO OUSE FALAR DA MINHA FAMÍLIA! – gritou ele enlouquecido; tinha atingido seu ponto fraco.
- E olhe só! – continue com tom irônico – Eu não tenho família! Minha vida vai ser jogada no lixo, mas será só a minha! Não vai ter mulher nenhuma chorando pelos cantos; nem criança!
Explodindo de raiva, Pepelu atirou mais uma flecha em mim. Com sorte eu evitei que ela atingisse meu peito, mas minha coxa esquerda foi perfurada por sua ponta.
- Está tão disposto assim a me enfrentar? – falei arrancando a flecha e tentando não aparentar a horrível dor que sentia.
- Estou disposto a te matar!
Pepelu sacou seu arco e disparou mais flechas, fazendo com que eu precisasse me jogar no chão e rolar para escapar de ser transformado numa peneira. Para vencer um paladino que apelava tanto como aquele, eu precisaria evitar ao máximo uma possível distância entre nós, que facilitaria o seu disparo de flechas.
Mesmo mancando, corria para cima dele de peito aberto, tendo que contar com meus bons reflexos para não ser acertado. Jogava-me no chão para esquivar dos seus ataques, levantava-me e corria novamente para seu encalce. Naquele jogo de sorte e azar mais três flechas me atingiram. No entanto, eu me aproximava dele cada vez mais.
Quando se virou de costas para correr e abrir mais distância, eu me atirei em sua direção, e consegui agarrar seu calcanhar. Ele apontou o arco para baixo e me daria uma flechada à queima roupa, mas eu usei minha espada para cortar seu arco na metade, e me livrar do golpe fatal.
Foi um golpe arrojado, que caso falhasse eu certamente não estaria aqui para contar a história, mas que, aliado a minha grande capacidade de raciocínio, funcionou perfeitamente. No desespero, Pepelu pegou uma lança que estava jogada no chão; desse jeito não estava sem defesa, e, com muita sorte, ainda poderia me atacar.
Parti para o ataque, e desferi vários golpes contra o paladino, que se mostrou habilidoso o suficiente para esquivá-los ou mesmo defendê-los. Quando ele tentava atacar, porém, mostrava sua fragilidade, errando os ataques por uma distância considerável. Confiante na minha superioridade eu fui desmedidamente para cima dele, não parando nem por um instante, mantendo Pepelu sobre pressão constante. Tolamente eu insisti em golpes que estavam sendo defendidos, e quando cansei dei espaço para ele enfiar sua lança na minha perna esquerda. Eu caí de joelhos e ele começou a me socar, numa jogada de mestre eu consegui sacar o escudo para fazer com que ele socasse com toda a força o metal, e quebrasse alguns ossos da mão.
Até ali o duelo estava equilibrado. Alguns problemas, entretanto, começaram a surgir. O fogo consumia tudo ao nosso redor, e nós, que já estávamos ofegantes, éramos obrigados a respirar aquela fumaça, que tapava nossas gargantas e dificultava a respiração. Suávamos muito, também, devido ao forte calor que as chamas propiciavam, e com a perda excessiva de líquido, nosso organismo era posto à prova, fazendo-me pensar que aquele que tivesse melhor preparo físico levaria uma pequena vantagem. No caso eu deveria estar mais bem preparado, mas só podia atacar com o braço canhoto, e minha perna esquerda estava bastante machucada, o que mantinha o equilíbrio.
Agora mais precavido, esperei Pepelu vir ao ataque. Defendia-me dos seus golpes, esperando um vacilo na sua guarda para cravar-lhe minha espada, mas enquanto esse momento não chegava, fui recuando. Quando senti que tinha recuado demais, e estava bem próximo a um grande ponto do incêndio, tive uma idéia.
Fingindo ter cansado do esquema defensivo, troquei o escudo pela espada e resolvi atacar. Errei alguns golpes de propósito e recuei ainda mais. Foi aí que eu, calculadamente, baixei a guarda e deixei um bom espaço para sofrer um golpe.
Como planejei, Pepelu tentou me perfurar com sua lança, mas então eu mostrei que não havia vacilado um segundo sequer, e agarrei sua arma, evitando tocar a parte de metal. No susto ele nem sequer pensou em largar seu único artifício de ataque, e continuou segurando firme o seu cabo. Aproveitando-me disso, concentrei todas as minhas forças para girá-lo junto com a lança, e ele acabou sendo jogado para trás de mim; no fogo.
Naquele momento Pepelu esqueceu a batalha. Tentando apenas se livrar das chamas e respirar o ar que elas pareciam consumir, ele se jogou de qualquer maneira para fora do fogo e rolava tentando acabar com a combustão do próprio corpo. Apenas quando livre da última brasa ele pareceu lembrar que estava numa luta; tarde demais. Dei-lhe uma pancada na nuca com toda a força.
Exausto, caí no chão e respirei bem fundo; há algum tempo queria fazer aquilo, e hoje havia sido o dia. Já havia me esquecido de Octavian quando olhei para ele, estirado no chão, não muito longe de mim, com sorte, ainda respirando. Sem muita intenção, porém, vi algo que não havia reparado anteriormente; algo brilhante que estava ao lado de sua mão direita.
Levantei-me e andei vagarosamente até o corpo daquele que havia sido um dos motivos para meu confronto com Pepelu, esperando encontrar nada mais que um pedaço de ouro ou outro bem de valor que ele possuísse, mas não se tratava de nada daquilo.
Tomei um susto ao ver que aquele pequeno objeto de ferro era nada menos
que uma insígnia da guilda Red Rose.
Uma guerra se formaria devido aos acontecimentos daquele dia.
··Hail the prince of Saiyans··
Não sei porquê, mas esse não prendeu a minha atenção.
Bom, sei apenas que o enredo continua bom e que tudo que tem Red Rose, Mercenarys e lendas no meio me interessa.
Continuo aqui, esperando mais.
Sem mais;
Asha Thrazi! ;)
OTEMO! Continuo gostando de seus capitulos, e concordo com Wakka, isso já bateu SDA nos primeiros capitulos!
Gostei da luta em si, bem detalhada e descrita, pensei até que pepelu fosse ganhar, mas Arieswar é mais esperto, e Pepelu já estava muito nervoso para pensar direito.
Continue assim, não achei nenhum erro, eu acho que voce deveria ter feito a luta ficar um pouquinho mais interessante, pois eu me cansei um pouco enquanto lia ela.
De resto, esta magikow!
Sem mais, Draco
Mto bom o capitulo. So 1 coisa, esse titulo ja teve em otro capitulo(Pepelu erra mto né?), isso foi de proposito? Qnto ao resto... MTO BOM VELHO
E NAO ESQUECE DE BOTAR NA 1 PAGINA QUE CHEGO NOVO CAPITULO EU ME ORIENTO POR LA!
Vc ta loko? O Encontro dos 2 (principalmente a luta) foi o q teve de bom no capitulo!Citação:
Postado originalmente por Draconian
Sim, sim.Citação:
Postado originalmente por Akilez
O fórum estava dando problemas demais na hora que eu postei, então deixei pra lá na hora, mas já consertei hoje, inclusive o link na primeira página.
Obrigado de qualquer jeito.
··Hail the prince of Saiyans··
Capítulo bom.
Os capítulos de Arieswar não tem muita emoção, são mais frios, porém não exatamente piores.
Eu acho que Arieswar deveria vencer com mais facilidade, ele é da guarda, mais velho, teve um treinamento melhor, mas isso você que decide, e pelo menos ele venceu.
Cuidado, se deixar Ferumbras poderoso demais vai ser difícil conseguir matá-lo de uma maneira que pareça real, se ele ficar muito poderoso, você vai ter que forçar uma morte impossível.
Pepelu tem emoção na medida certa, Arieswar ainda parece um boneco plástico.
Sua história havia dado uma perdida de enredo, mas agora com essa guerra provavelmente vai melhorar.
Está ficando bom, gostei mais desse do que do 13, mas acho que caiu um pouco o nível em relação aos capítulos iniciais.
Acho que é só.
Que venha o 15.
Eu não acho que a história esteja caindo de nível nem aumentando, está estável mas em um patamar elevado.
Só uma coisa me chamou a atenção, tendo Pepelu visto Arieswar quase acabando com seu amigo acho que o emocional dele deveria ter sido mais trabalhado.
Que venha mais!
Muito bom cara....
O.o Kamus... jah me aguenta o dia intero no msn e vai ter q suportar eu pirralhando mais ainda aki.
Tudo bem, isso agente supera. Eu axo.
Cumpriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiido. Mais rox.parei no 12, dpois eu lieo o resto. Flws
HAw
Cara mto bom,é vc q faz isso?
Bom, muito bom esse cap. principalmente a luta entre o Pepelu e o Arieswar.
Abençoada por Zathroth e quase destruída pelo tempo, o inexorável, a Velha Catedral ainda estava de pé. A voz que ecoava pelo seu interior apenas dividia espaço com os passos do seu mais novo ocupante.Citação:
Capítulo bom para quem achava Arieswar um boneco de cera. Narrado pleo próprio.
- Sua competência é admirável.
- Fico lisonjeado, Mestre. – disse reverenciando-o
- A etapa mais difícil, contudo, ainda estar por vir.
- Tenho vigor suficiente para encará-la, meu Mestre.
- Vigor não basta. Nessa fase mediremos o que realmente conta num homem; seu poder de persuasão.
Capítulo 15 - Decepções.
A lua já havia deixado os céus para dar início a eterna corrida de Fafnar e Suon. Os feridos no ataque à Costa Verde haviam sido transferidos para Thais, e os mortos eram enterrados ao acompanhar de uma pomposa procissão.
Eu estava sendo tratado no castelo. Estava profundamente triste por todas aquelas vidas que haviam sido perdidas de tão trágica maneira, de fato o meu único consolo era que na cama do lado, extremamente ferido, e ainda desacordado, estava Dragonslayer.
Enquanto não estava sendo medicado, passava a maior parte do tempo sozinho, deprimido, mas na verdade eu deveria agradecer pela minha solidão, pois quando alguma visitava chegava só trazia notícias ruins.
- Assim, de acordo com a última reunião – falava Acanthurus, cabisbaixo, em uma de suas últimas idas ao meu leito -, o Conselho decretou que nós havíamos quebrado o tratado de amizade com a Red Rose, aplicando-nos uma multa, e dando a eles o direito de decretar o conflito contra a Valheru.
- Guerra diplomática. - eu ironizei – Essa é boa…
A cada dia que passava eu remoia cada ato que me levou até aquela situação. Os curandeiros falavam que eu só dificultava a minha própria recuperação, mas eu não tinha certeza se queria sair às ruas e encarar tantos problemas. Só havia um fator que fazia eu me manter com forças para voltar a minha forma anterior: a vingança.
Em minha mente, Pepelu havia sido o grande causador de tudo aquilo, e talvez fosse a hora de dar-lhe um fim. Certo dia, Hesperides trouxe uma notícia que poderia facilitar o meu trabalho…ou destruir minha vida de uma vez:
- É oficial. Pepelu juntou-se à Red Rose.
Eu fiquei um bom tempo refletindo sobre aquilo. Pepelu já havia se mostrado um difícil adversário, e protegido por tantos outros bons combatentes, aquele acabou por se tornar outro problema na minha lista. Algo que me preocupava naquele momento não era o meu estado físico, quase totalmente restaurado, mas minhas condições mentais. Enfrentar aquilo tudo exige muito equilíbrio emocional.
Só para completar o leque de adversidades, no meu último dia na grandiosa enfermaria do castelo, Lightbringer viera com uma proposta extremamente idiota.
- Então, Arieswar – concluía ele depois de um longe período de conversa fiada -, eu sugiro que se afaste um tempo da Valheru. Pelo menos até a poeira baixar, para que possamos evitar um confronto com a Red Rose.
- De maneira alguma, Sebastian! – eu protestava indignado – Quer dizer que é esse seu espírito de combate? Quando começa a diversão você cai fora?!
- Diversão?! Eu não sei pra quem isso é divertido! Eu estou propondo a resolução dessa questão da maneira mais sensata!
- Desde que eu te conheço você é assim! Você tem competência para encarar qualquer adversário, mas prefere contornar a situação, e até se humilhar se for preciso, para não ir ao campo de batalha! Sebastian, às vezes é preciso por as mãos nas armas e lutar!
- Aí é que você se engana! É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que com a ponta de uma espada! Você é um homem solitário e não tem com quem se preocupar, mas nem todos são assim! Eu tenho família, Arieswar! Eu quero ver meus filhos crescerem, e não vou me privar desse prazer para tentar resolver um erro que foi seu!
- Por isso que nós somos uma guilda! – eu estava quase berrando – Todos na Valheru tem um ideal, mas concordamos que algumas vezes temos que sacrificá-los para a preservação do bem comum.
Ele me encarou profundamente para dizer:
- Seus argumentos não me convencem. Você fez a besteira e todos nós teremos que arcar com as conseqüências. Você acha isso certo?
Minha cabeça já estava estourando, e não agüentava mais ver a coisa só ficando pior e pior. Peguei minha espada e apontei para ele.
- Saia daqui.
Ele olhou para mim, perplexo.
- Saia daqui logo! Vamos! – eu insisti.
Ele foi para a porta, mas antes de fechá-la advertiu-me.
- Não faço uma besteira agora, pois sei que estás de cabeça quente, e também pela consideração que eu tenho por você. Contudo pense bem antes
de apontar uma arma para Sebastian Lightbringer.
E bateu a porta.
Aquilo era a única coisa que estava faltando: um confronto interno na Valheru.
Depois de liberado pelos curandeiros, eu fiquei de passar na casa de Hesperides, onde decidiríamos nossos próximos passos. Eu tinha motivos de sobra para ficar deprimido, mas quando pus o pé para fora do castelo, e vi toda aquela movimentação na cidade, eu respirei forte e me enchi de esperança. A vida é mesmo assim; nem tudo acaba saindo do jeito que queremos, mas por mais longa que seja a noite, os sóis sempre voltam a brilhar, todavia enquanto isso não acontece é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana.
Ia andando em direção à casa de Hesperides, quando comecei a ficar observando as pessoas com quem cruzava no caminho. Vendedores anunciavam seus produtos, grupos de pessoas conversavam e riam a esmo, crianças corriam e brincavam felizes, os rapazes esgueiravam-se arás das jovens moças, e algumas senhoras dirigiam-se à Igreja para assistirem à missa que logo começaria. Cada um ali presente tinha sua própria história, cada um escrevia um novo capítulo da sua vida a cada novo momento vivido; eu, porém, parecia ter descansado a pena naquele momento. Minha vida havia se transformado desde que cheguei à Thais para o dia de Fechar das Estações; ela havia sido divida em dois períodos, um anterior e outro posterior a Ferumbras. O grande problema era que eu me encontrava numa situação completamente desconhecida; já tinha passado por muito nessa vida, mas aquilo era assustador.
Na minha profunda reflexão, havia me passado do que deveria fazer. Lembrei-me que estava indo à casa de Hesperides, e fiquei surpreso ao ver que já a tinha deixado para trás. Ao chegar lá, não precisei bater muito para que me deixassem entrar. O mordomo do druida pediu para que eu esperasse na sala de estar, e pouco depois o dono apareceu. Com uma cara de alguém que acaba de voltar de um velório, estranha à situação, uma vez que seu amigo aqui acabara de sair do leito hospitalar, ele me ofereceu um pouco de chá.
- O que te preocupas, Hesperides? – perguntei depois de tomar um gole da
bebida.
Não tive resposta. O druida ficou encarando a xícara, mexendo seu conteúdo com uma colherinha.
- Por favor, Hesperides. – insisti – Não esconda nada de mim.
- Estamos em uma situação delicada, Arieswar. – falou secamente – Os
Mercenários manifestaram-se a favor da Red Rose, e, juntos, exigem o seu afastamento imediato da guilda, senão…
- Eu não posso me afastar! Eu posso explicá-los a situação! Ferumbras está atrás de mim!
- E eles se importariam muito, não é? – ele ironizou - Pepelu e alguns de seus amigos foram escalados para a Red Rose, e você sabe muito bem o quanto eles gostam de você.
- Quem está a favor dessa idéia na Valheru?
- Qualquer um que pense com a cabeça e não com o coração. – ele falou sombriamente – Há pouco Sebastian esteve com você, não é verdade?
- Sim…e nós…bem, nós discutimos um pouco.
- Ele me falou que você apontou sua espada para ele – disse Hesperides, dessa vez olhando fundo nos meus olhos.
Eu me senti envergonhado, não consegui responder. Em seguida ele me fizera outra pergunta embaraçosa.
- E ele me contara que você julga essa possível guerra como uma diversão! – disse como se não acreditasse – Ele fala a verdade?
- Foi uma tolice! Um momento de fraqueza! – eu gritei me levantando, derrubando xícara, pires, e tudo que estava ao meu alcance – Eu tenho o direito de errar também!
- E vem abusando desse direito ultimamente.
Eu tive vontade de chorar. A situação era delicadíssima, e se eu perdesse a confiança dos amigos mais próximos eu estaria cavando minha própria cova.
- Ele não está nada satisfeito, Arieswar. É mais fácil perdoar nossos inimigos do que nossos amigos.
- Por favor, me perdoe! – eu implorei – Eu não pensei no que estava fazendo! Eu fui tolo!
- Errado. Tolo é aquele que afunda seu navio duas vezes e ainda culpa o mar. Você foi verdadeiro. Você foi você mesmo. Você é um homem de grande prestígio e muitas responsabilidades, então resista a seus impulsos e maneire no que fala para não se arrepender depois; como agora.
Eu levei as mãos à cabeça. Hesperides estava certo.
- Marquei uma reunião de urgência para amanhã de manhã, no Salão C do castelo, onde discutiremos seu destino. Eu estarei do seu lado, apesar de tudo, mas acho bom você rezar para continuar na Valheru.
Desalentado, eu pedi um conselho para aquele que era um dos mais sábios homens que eu conhecia. Ele demorou bastante para responder, mas disse uma frase que até hoje eu guardo em minha mente:
- Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.
Eu abaixei a cabeça na tentativa de esconder que segurava as lágrimas. Quem estava atrás de mim era Ferumbras, mas quem eu odiava no momento era Pepelu.
··Hail the prince of Saiyans··
achei mto bom esse capitulo :P
a rp estah cada vez melhor!
eu so acho q os capitulos podiam ser postados um pouco + rapido pra ngm ter q ficar reelendo os outros capitulos pra lemprar da rp :P (proximo cap. pls)