Eu sinceramente não sei até onde você fala sério ou banca o personagem quando fala com naturalidade em obrigar as pessoas a fazerem as coisas, diante disto minha vontade de qualquer tipo de discussão com você é 0, espero que entenda #paz
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Eu sinceramente não sei até onde você fala sério ou banca o personagem quando fala com naturalidade em obrigar as pessoas a fazerem as coisas, diante disto minha vontade de qualquer tipo de discussão com você é 0, espero que entenda #paz
Acho que a preocupação agora com o que vai acontecer com as cidades que perderam os médicos é prioritária. Já vai rolar um edital para contratação imediata. Não vai resolver, porque é um problema econômico sério, mas tomara que diminua a carência.
O fato é que esse problema é gerado totalmente pelo Estado. Uma parte da culpa é do poder político do CFM e dos CRM. De órgão responsável por atestar e certificar qualidade, com o poder político concedido pelo governo, passaram a tomar decisões em toda a cadeia de formação profissional, gerando entraves burocráticos para a formação e atuação de novos médicos. O que cria uma casta profissional totalmente privilegiada e corporativista. Com poucos profissionais e muita demanda, ir para o interior não é atrativo, nem para os profissionais medianos.
O outro lado do problema é a criação artificial de municípios pelo Estado. Lugarejos sem nenhum tipo de sustentação econômica passaram a contar com estrutura (e gastos) de máquina estatal apenas para servir como cabide de empregos. Sei de algumas regiões de MG que geraram municípios que viviam bem durante décadas sendo vilas ou lugarejos mas foram obrigados a sustentar uma estrutura de "direitos" que nunca foram realmente oferecidos.
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Não vi o vídeo mas acredito que o argumento deve ser parecido porque a linha de pensamento liberal é parecida. Ao meu ver, esse é um problema que o pensamento de esquerda não resolve definitivamente em um regime democrático.
Veja, para resolver esse problema de forma definitiva e respeitar ideais de liberdade, você tem que aceitar um dos predicados máximos do pensamento liberal, que é a Lei da Oferta e Procura. Por essa ótica, o problema é simples: se você tem poucos médicos, eles vão ter mais oportunidade de empregos e salários bons em regiões centrais e não vão precisar ir para o interior. Se aumenta o número de médicos, os empregos nas regiões centrais ficam mais disputados e os salários abaixam, o que obriga alguns desses médicos a buscarem oportunidade no interior. Seria a lógica fundamental de mercado para definição de preços e salários, que precisa ser seguida por quem quer jogar o jogo, inclusive pelo Estado.
O problema é que a linha de pensamento de esquerda não raciocina economia dessa forma. Nessa linha de pensamento, todo problema é tratado como um problema de alocação de recursos e distribuição dos mesmos. Ou seja, se você tem mais recursos da capital, pega alguns deles e distribui onde não tem. Só que essa solução em um regime democrático seria extremamente autoritária, já que o recurso são pessoas, que possuem direitos individuais, como o de livre associação e direito de ir e vir. Então a solução dada pelo governo do PT foi pegar esses recursos de outro Estado que também trata pessoas como tal, nos deixando dependente desse outro Estado.
Perceber que o mercado é a manifestação da liberdade das pessoas foi o que me tirou de uma linha de centro-esquerda no passado e me colocou na linha de pensamento mais libertário. A minha diferença para o Bolsonaro e os liberais conservadores cristãos que ele diz representar é que eu não acredito em meia-liberdade. Se o Estado não deve gerenciar o mercado, por ser a manifestação da liberdade do indivíduo, menos ainda tem direito de gerenciar a vida privada das pessoas, que é indissociável do indivíduo.
https://cdn.discordapp.com/attachmen...91/unknown.png
Não deu nem 24 horas de inscrições abertas... :ue:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude...ao-atuar.ghtml
Mais uma narrativa da esquerda morre hoje.
https://cdn.discordapp.com/attachmen...145024/rip.png
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude...no-dilma.ghtml
E o crime de lesa-pátria, vai como? :thinking:
Nenhuma narrativa "morreu" com isso. Ainda existe o risco de muitos desses médicos, quando virem a situação dos lugares onde irão atuar e morar, desistirem, e a situação continuar. No mínimo tem que esperar 1 ano ainda pra dizer que isso deu certo.
Agora, uma coisa que realmente acho bacana é isso:
Se isso for adiante, pelo menos em uma coisa vou ser obrigado a dizer que Bolsonaro acertou :y: . Apenas com a ressalva de que poderia ser mais tempo (2 ou 3 anos).
Agora, por falar em narrativa...
Bolsonaro fala que é "escravidão" os médicos não poderem trazer a família. Mas em 2013 ele discursou contra os médicos cubanos poderem trazer sua família, porque estaria "infiltrando cubanos no país" :lol: . Além do mais, ele falou recentemente também que a primeira leva de cubanos que saíram do país eram espiões :lol:
É assim a narrativa: quando convém ao discurso deles, os médicos cubanos são escravos coitados da maléfica e opressora ditadura cubana. Agora, quando também interessa ao projeto de poder deles, os médicos cubanos se tornam agentes duplos espiões que querem destruir o Brasil. E a galera ainda tem coragem de falar da esquerda :lol: . A maior parte da direita é hipócrita (quando não mentirosa) mesmo.
Fontes:
https://g1.globo.com/politica/notici...-a-favor.ghtml
https://www.correiobraziliense.com.b...iltrados.shtml
https://www.notibras.com/site/bolson...-eram-espioes/
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Toda sua argumentação é justa, Bob.
Agora, uma "solução definitiva e respeitando ideais de liberdade" é algo de longo prazo. A situação das populações carentes sem médicos é extremamente urgente.
Ademais, assim como nem a vida é um direito absoluto, a liberdade e livre iniciativa também podem ser relativizadas. E uma situação iminentemente catastrófica é um motivo justo para relativizar esses direitos. Se botar médico recém-formado para trabalhar 1 ou 2 anos (perceba, não é a vida toda, mas apenas um tempo suficientemente curto para não afetar substancialmente o caminho de vida deles) for a melhor medida para garantir o acesso à saúde por parte dessas pessoas, acho completamente justo.
É no mínimo uma contradição enorme termos alistamento obrigatório, com reserva para sermos obrigados a servir em caso de guerra, mas não haver previsão de jovens recém-formados em federais não poderem ceder 1 ou 2 anos de serviço para populações carentes que precisam dessa cobertura médica de forma emergencial.
Se tem uma argumentação que me irrita é "argumentação da inviabilidade do longo prazo". Não existe longo prazo se não existir ação de curto prazo para planejar e iniciar execução. O problema de todo Estado (e aí não é questão ideológica, é questão de como esse sistema político está organizado) é que, uma vez que a enxugada de gelo é feita e as benesses eleitorais são adquiridas, o planejamento de longo prazo não vai para frente. Esse aí é só mais um case de fracasso dessa mentalidade (provavelmente vai acontecer de novo no futuro governo, agora com segurança pública).
A narrativa oficial (que descobrimos esses dias que é mentirosa) dizia que o governo do PT implementou o Mais Médicos como medida emergencial para um problema que, curiosamente, o Brasil sempre enfrentou (em nenhum momento da História do país existiu acesso fácil a médicos no interior). Nas primeiras fases não captaram médicos brasileiros e a "única alternativa" foi trazer os cubanos (novamente, essa narrativa caiu por terra nos últimos dias). Na teoria, o problema emergencial foi resolvido a época mas o mesmo governo não adotou QUALQUER ação concreta para que hoje, 5 anos depois, existisse um norte de planejamento. O longo prazo já deveria estar chegando, não concorda?
Ou seja, a mentalidade que nos trouxe aqui é a mesma mentalidade que se provou inapta a resolver o problema. Problema esse causado, e destaco novamente, pelo próprio Estado, ao concentrar poder em órgãos classistas e impedir a formação de mais médicos. Aí você me diz então que a única forma de resolver um problema que o Estado criou pelo excesso de regulação vai ser com mais excesso de regulação, dessa vez na vida prática das pessoas? Como eu disse, o Estado é a criatura mística que cria problemas e vende as soluções para os mesmos, e você está caindo nessa história.
No mais, a exigência de que médicos façam 2 anos no interior depois de formados na rede federal não poderia ser retroativa, sob pena de ser derrubada facilmente no STF, em um julgamento longo, arrastado e polêmico. Ou seja, só valeria para os ingressos a partir da decisão ou quando o julgamento de constitucionalidade do STF fosse concluído, o que também se configura ação de, no mínimo, médio a longo prazo. Parece mais prático, correto e razoável como medida de curto prazo, oferecer mais vantagens econômicas para os profissionais que aceitarem sair dos grandes centros e irem para essas regiões que necessitam. Solução que não vai se sustentar enquanto não tivermos médicos para tender a demanda de saúde da população brasileira, que é bem diferente daquela que o CFM acredita que existe.
Quanto a alistamento militar obrigatório, sou contra, acho que dá para inferir do meu posicionamento.
Século 2018 e tem criatura que ainda perde tempo discutindo com o Poncheis...
Nada como fatos e a realidade pra acabar com a argumentação (ou masturbação?) esquerdista:
84% das vagas disponíveis no Mais Médicos já foram ocupadas, diz Ministério da Saúde:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude...da-saude.ghtml
Já imaginou a possibilidade de ambas as ações (a que você propôs de longo prazo e a que propus de curto prazo) serem feitas ao mesmo tempo?
Então, era isso o que tinha em mente na minha argumentação. Sem nexo você dizer que uma coisa anula a outra.
Não que eu queira isso, porque discordo da ideologia liberal, mas é só para fins de argumentação mesmo.
Sobre o problema que você apontou, concordo plenamente.
Concordo que o PT foi eleitoreiro nesse caso. O "longo prazo" já deveria sim ter iniciado. É um problema do sistema político, como você mesmo apontou.
Mas o seu argumento de que isso não é emergencial não tem nexo. Foi um problema que sempre existiu, que sempre foi emergencial (as pessoas dessas regiões sempre morriam por falta de acesso médico, mas é claro que as pessoas de cidades grandes não enxergavam nem se importavam com esse problema), mas que ninguém ligava para resolver. Não quer dizer que deixou de ser emergencial, porque salvar vidas é sempre uma emergência. Você pode apontar que foi uma falha do PT não ter tocado o projeto de longo prazo, mas pelo menos foi um mérito deles o começo da solução desse problema grande que o Brasil sofria/sofre.
Não poderia ser retroativa, mas o fim do ano já está chegando, e haveria um bom número de gente se formando já daqui a 2 ou 3 meses. Não tenho um dado sobre quantos médicos se formam por ano no Brasil, mas certamente seria o suficiente para aliviar o problema.
Mais vantagens econômicas seria basicamente oferecer condições que convencessem o médico a sair da cidade para ir a um interior pobre. Ou seja, no mínimo teria que ser um salário substancialmente maior que o ganho nas cidades. Numa situação de crise, essa solução parece inviável, ou muito ineficiente.
Mas vamos ver o resultado desse edital de emergência que já está para sair para julgar melhor a situação.
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Lista de pessoas que me ignoram ou falaram que iriam me ignorar: Sicarela, Mongolth, Elielsantos, Ielou e agora o Elemental.
Devo me sentir privilegiado por ser "ignorado" e desprezado por essa gente :lol: . Tremam de inveja, intelectuais do Off que ainda têm que suportar essa galera.
Só observando... Você postou uma notícia completamente inútil no tópico, redundante em relação a algo que o GryllO postou poucos posts atrás e que já rebati. Isso significa que você não tava interessado em adicionar algo, mas sim em me alfinetar. Isso quer dizer que sou importante para você ainda, e que você se sente solitário e frustrado com a vida, já que quer tanta atenção. Se quiser desabafar ou um abraço, saiba que estou aqui amigo.