Postado originalmente por Fábio Gonçalves
"Falência se resolve; falecido, não".
Escuta aqui, ô pé de rato:
Como você é um jumento cuja imaginação foi moldada por Cine Privê e Marcelo D2, quando lhe dizem a palavra economia, a única imagem que esse seu cérebro modorrento consegue engendrar é a de um banqueiro. ⬇️
Mas, veja bem, seu piolho do Coisa-Ruim, economia é o pãozinho francês que a Dona Marleide compra na padaria, pãozinho que passa por uma cadeia produtiva infinita antes de chegar nas mãos do padeiro José -- que só está aqui por causa do Tratado de Tordesilhas. ⬇️
Economia é o cuscuz com leite do servente de pedreiro Ademar, o Alagoas, homem pobre que se você encontrasse na rua, não cumprimentaria por causa da roupa suja e do bafo da pinga que ele precisou tomar, loga cedo, pra aguentar mais 12 horas de tijolo baiano no lombo. ⬇️
Economia, na raiz do termo, no grego, é oikos nomos, governo do lar. E governo do lar, antes de tudo, sua hiena sarnenta, é não deixar os familiares à míngua; a salvo dum vírus, mas padecentes de fome.
Mas você, sua câimbra noturna, seu pêlo encravado na barba, como você é um burro de molas, vai continuar com o tal banqueiro vitoriano na sua cachola, insistir que economia é o "de menos", e implorar aos céus mais um mês de quarentena absoluta.
E quando o dono na padaria, falido, meter uma bala na cabeça, vai pôr o morto na conta do presidente.