Bom galera. Como prometido, venho para a seção de Roleplay me juntar a vocês.
Essa história, foi iniciada à alguns anos atrás, mas nunca passou do Prólogo. Então, estou oficialmente reiniciando ela aqui.
Acho que no Prólogo fica bem claro, mas a história se passa em Tibia, iniciando numa ilha antes de Rookgaard.
Espero que gostem.
Críticas são sempre benvindas. :y:
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Prólogo – O Último Pôr-do-Sol
A noite ficava cada vez mais escura e assustadora, mas isso não era problema para aqueles garotos, muito menos para Banes, que contava histórias e os entretia, fazendo-os esquecer do frio e da escuridão a suas voltas.
Sentados em torno daquela grande fogueira os garotos ouviam atentamente as histórias do velho de barba longa e cinzenta, vestindo roupas que mais pareciam trapos velhos, o comparando a um mendigo qualquer.
- Escutem agora crianças – disse em tom sério, pedindo um pouco mais de atenção aos garotos – Vou contar-lhes uma história que jamais esquecerão. A história de um guerreiro que lutava com o coração, e que certamente nasceu predestinado a fazer o que fez. Esse nome ficará gravado na mente de vocês para sempre. Contarei a história do grande explorador, o jovem Ryan...
O céu em tons de laranja e vermelho anunciava mais um pôr-do-sol - o último que Ryan assistiria em Catys, na companhia de sua amiga de infância, Karolyne.
Ryan completara 16 anos, e sua beleza se multiplicava a cada ano. Seu cabelo castanho escuro fazia uma franja sobre sua testa até a altura dos olhos, que eram quase da mesma cor que seus cabelos, somente um pouco mais claros. Ryan já se mostrava mais amadurecido e agora estava livre do seu treinamento; só lhe restava um último teste na ilha de RookGaard, para poder voltar a Thais e encontrar seus pais. Ryan sonhou com esse dia durante os quatro anos em que ficou treinando em Catys, mas agora que finalmente deveria partir, já não estava mais tão animado como sempre estivera.
O motivo? Karolyne. A jovem de quinze anos tinha uma beleza imensurável; era branca como a lua, e tinha os olhos mais verdes e lindos que Ryan já vira. O sentimento entre eles era recíproco e já superava o nível de amizade, mas nenhum deles tinha coragem o bastante para dizer o que realmente sentiam os mantendo sempre como apenas bons amigos inseparáveis – que infelizmente agora deveriam se separar. Karolyne só poderia deixar a cidade de Catys no ano seguinte, quando completasse dezesseis anos e terminasse seu treinamento, e essa era a maior preocupação de Ryan.
- Karolyne, chegou à hora de partir. - Mesmo tentando evitar, lágrimas começavam a escorrer dos seus olhos. Não queria que Karolyne o visse chorando, virou-se para o lado e prosseguiu, com a voz baixa - Quando for para Thais me procure, estarei te esperando. Você sabe. – Mesmo com vergonha da situação, virou-se de encontro à Karolyne e olhou fixamente para seus lindos olhos verdes, que também não suportavam mais as lágrimas.
- Sim... Eu sei... - Karolyne falava e soluçava ao mesmo tempo e a emoção tomou conta de seu corpo, e num impulso se atirou nos braços de Ryan, que com o mesmo carinho a abraçou calorosamente. - Nos vemos logo, certo? Certo Ryan?
Ryan a beijou no rosto e se afastou do abraço demorado. Assentiu com a cabeça e começou a caminhar em direção ao barco que já o esperava, assim como aos outros jovens que agora completavam seu treinamento.
Não demorou muito e o barco já avançava em direção a RookGaard, onde os jovens testariam suas habilidades, e o oráculo decidiria quem realmente poderia, ou não, seguir viagem para a velha Thais...
Banes respirou longamente e parou de falar por um instante. As crianças se agitaram e não suportaram a espera.
- E o que acontece quando ele chega à RookGaard, Banes?? – Luke já comovido com a história recém começada pelo velho, não se aguentava de curiosidade, assim como os outros garotos que ouviam com os olhos brilhantes e vivos.
O velho abriu um largo sorriso, e gargalhou dizendo:
- Essa é a tática de um bom contador de histórias, Luke. Sempre deixar o melhor para outro capítulo. - O velho parou por um tempo e começou a recordar a história. Pensou sobre o que contaria no dia seguinte, mas logo percebeu o quão era tarde e fechou o rosto novamente - Mas agora garotos, já está tarde demais, vamos deixar esta história para amanhã...

