Capitulo Cinco “D’Elrond” Parte I “Em Busca de Respostas”
Cronos sentiu algo estranho e gelado contornar e grudar toda sua testa; saindo da grande escuridão de seus temores e voltando para a fria realidade lentamente, abrindo os olhos e sentando-se na cama, ficou espantando ao ver um pequeno pano desgrudar de sua testa e cair sobre a coberta que se estendia por todo seu corpo, “Droga, quanto tempo eu apaguei dessa vez”, olhou para as peludas cobertas rosas que o cobria, em seguida para as paredes salmão, e por ultimo para tirar as poucas duvidas que lhe restava, um pequeno porta-retratos com uma pintura de Niele sobre a cômoda da cama.
Saindo de baixo das cobertas, um enorme frio percorreu todo seu corpo, viu que vestia um pijama um tanto que curto, pode ate ver que sua perna machucada já se encontrava quase cicatrizada. Puxou uma das cobertas da cama e se enrolou, caminhou para fora do quarto, um forte aroma de café entrou em suas narinas, o que lhe causou um grande arrepio de prazer, e seguiu o saboroso cheiro pelo corredor, não dando a mínima para os quadros e enfeites que se encontravam em alguns cantos da parede; ate chegar no cômodo que se banhava com o forte odor de café.
- Ah! Ate que enfim acordou – sua irmã se levantou da cadeira e se dirigiu rapidamente ate Cronos para lhe lascar um beijo quente em sua bochecha.
Ele pode observar rapidamente que em volta da mesa se encontrava também Lisandra, que sorriu assim que ele retornou seu olhar.
- Você esta meigo enrolado nessa coberta rosa – A voz de Kratos nunca lhe soara tão desprezível, era comum ele zombar dos outros, desde sua infância ele sempre teve um ar de arrogância, mas nada que impedia a amizade dos dois, alias, Cronos nunca se importava com brincadeiras, Kratos era um bom amigo.
- Espero que não sinta inveja de compartilhar sua cor favorita comigo – Em um tom gozado Cronos falou cada uma dessas palavras.
- Aqui esta o pão. Kratos sentou-se em uma das cadeiras e depositou um pequeno saco sobre a mesa.
- Você deve estar morrendo de fome maninho. Vai, senta logo para tomar café com a gente.
- Quantos dias eu dormi dessa vez? – Sentando-se em uma das cadeiras perguntou sentindo a grande falta de energia sobre seu corpo.
- Dois dias – Lisandra lhe disse olhando fixa para a sacola de pão enquanto retirava um da sacola.
- Chegamos mais cedo do que eu imaginava. Deve ser porque eu nunca viajei com Cavalos Glaciais – Ela trouxe um pequeno bule que exalava uma fumaça quente e reconfortante, a reação foi Cronos sentir sua barriga pedir por comida.
Durante o café, ninguém comentou nada, deviam ter percebido como ele devia se sentir, depois da horrível cena que vira com o pobre homem. Lisandra devia entender perfeitamente a dor dele, ela lançava olhares que atravessavam a carne de cronos, e em seguida abaixava a cabeça para dar uma golada no café.
- Bom, preciso ir ver como andam as noticias, se precisarem de mim, vou estar na taverna, Não vai se perder por ai viu dorminhoco – Antes de se retirar da cozinha com sua peluda capa cinza, ela roubou um beijo do rosto de Cronos repentinamente. Ele não sentiu vergonha, aquilo na verdade lhe fizera mais bem do que imaginava para sua alto-estima.
Outro longo silencio. Lisandra se levantou, e se dirigiu para a porta de saída da casa.
- Estranho não acha? O silencio cortado agradou ele, agora se sentindo revigorado e disposto.
Cronos o encarou. Kratos o encarava com um olhar sério, como se aguardava alguma resposta.
- Sim, esta realmente estranha à situação... Mas viu, queria me desculpar por te deixar na mão, devo estar ainda abalado com as coisas que acontecem. Sentiu-se envergonhado de ter lhe acontecido isso em uma hora tão comprometedora.
- Não tem problema. Mas agora fica me devendo – Kratos levantou-se, puxou seu capuz para proteger seu rosto do frio, e saindo da cozinha, virando para a direita do corredor em sentido da porta de saída – Não vai desmaiar de novo.
Percebeu que se preocupavam com ele. Deixando a mesa toda desorganizada, voltou para o quarto onde acordara. “Não vou ficar aqui esperando voltarem”, sem ligar de estar vestindo um pijama colocou sua grande capa por cima, e se dirigiu a porta de saída, dessa vez avistara os enfeites nas paredes, quadros empoeirados, um vaso com plantas amarelas que já estavam murchas, o que lhe deu a impressão que sua irmã andava preocupada.
Mal abriu a porta, e a corrente de ar fria bateu em sua cara, fazendo Cronos colocar o capuz para aquecer o rosto. Saindo e fechando a porta atrás de si, olhou para a rua, não se encontrava movimentada, o que lhe deu uma certa segurança sobre deixar a porta destrancada.
Como sua irmã lhe disse, a cidade havia sido construída sobre ruínas, era o que aparentava realmente a estrutura das construções, eram de pedras grandes num tom marrom amarelado, elas se encaixavam uma na outra de uma forma quase que mágica. Não sabia por que, mas não se sentiu impressionado como imaginou por estar em D’Elrond, a antiga cidade fortaleza élfica.
Começou vagar pelas ruas, não sabia certamente se queria achar sua irmã na taverna ou simplesmente vagar pela cidade, que por sua vez era tão calma, poucas pessoas andavam por suas pequenas ruelas. Todas as casas aparentavam estar quentes, deviam estar todos sob a proteção de suas estruturas de pedras.
Escutou varias vozes mais adiante da pequena rua coberta de neve, trazida pelo vento. Dois quarteirões adiante, cruzando por poucas pessoas que enfrentavam o frio. Pode ver o som nítido saindo de um salão de esquina. Chegou em sua porta de vidro e espiou lá dentro, sua irmã se sentava em uma das mesas, em meio à multidão, todos conversavam muito, deviam falar sobre o que acontecia. Não sentiu vontade alguma em se aprofundar nas noticias. Continuou seguindo seu caminho sem rumo algum.
O céu continuava com sua cor meio acinzentada, derramando flocos de neve. O fim da ruela terminou em uma grande construção que seguia o mesmo padrão de todas as outras da cidade – de pedra – por sua vez, era uma enorme construção, dois pilares azuis claro que se erguiam em frente à pequena porta marrom escuro, não havia janelas. Cronos viu que no portão que parava a sua frente tinha uma grande placa de madeira torta.
- “Templo Aquos” – Cronos de certa forma se sentiu atraído e pulou a cerca, sem deixar sua capa enroscar na grade, em poucos passos já passava pelo jardim nevado, e empurrava a porta de madeira maciça. Com uma sensação de medo, e o rosto gelado, adentrou na escuridão, e um pensamento lhe veio a cabeça, “Aquos, lembro me do meu pai me falar sobre uma ordem de magos. Será que eles também haviam sido mortos?”.
--------Continua---------
sim demora pra atualizar =S, ja nao deve nem ter mais leitor meu RP xD... sei la viu... só nao sei qnto aos erros de portugues ¬¬
mas ta ai... mesmo que nao tenha criticas, vou continuar atualizando para eu mesmo saber o fim da minha historia =o
.....
edit: bem, não sei se alguem presta atenção em detalhes pequenos, pq se presta vai se achar nessa historia de certa forma ^^... não vo contar do que eu to falando nao >