Certo, estamos numa aula chata. Então vamos tentar fazer com que esse tempo renda alguma coisa...
Pois bem, vejamos sobre o que eu escrevo. Já sei! Alguns dias atrás, conversando com alguém, eu mencionei o quanto eu amo a liberdade. Eu sei, eu sei, você vai me dizer que não existe liberdade, que você sempre tem compromissos com alguém ou com algo.
Tudo bem, eu concordo com você. Mas a liberdade que eu falo não é essa. A liberdade a que me refiro é aquela que tu tens nos teus momentos de introspecção, aqueles momentos em que tudo o que tu fizer é decisão tua. Claro que tu ainda tem que trabalhar e estudar. Se você não mora sozinho ainda tem todas as obrigações com as pessoas que tu mora.
Mas, apesar de tudo isso, tu ainda pode sair do trabalho mais cedo um dia e decidir que quer caminhar sem destino, ir até onde tuas pernas te levarem. Ou, talvez, não pegar o ônibus hoje no fim do dia. Simplesmente ir a pé para casa. Eu, por exemplo, adoro deitar em cima do telhado da minha casa em noites de céu claro e ficar olhando as estrelas por horas. Eu gosto de andar na chuva com o rosto erguido só para sentir a água batendo no meu rosto.
Isso sim é liberdade. Você ainda tem horários para chegar no serviço ou na aula, mas porque tu usaste a tua liberdade para escolher esse caminho. Tudo que você é, tudo que eu sou é o resultado das escolhas feitas por nós até aqui. E nós só fizemos estas escolhas porque temos liberdade.
Um ditador prender nosso corpo, mas a nossa mente ainda é livre para voar. Os grandes revolucionários foram pessoas que se deram conta dessa liberdade, pessoas que viram que o ser humano nasceu para ser livre. E que decidiram lutar por essa liberdade.
Eu nasci em um mundo que me permitiu ser livre sem lutar, mas sei que essa liberdade foi conquistada a duras penas pelos meus antepassados, e a não muito tempo. Eu sei que a linha que separa a minha liberdade da prisão de outros é muito tênue.
Por enquanto não tenho que lutar, porém todas as pessoas tem por dentro um sentimento tempestuoso pronto para explodir com o estímulo certo, e eu não sou diferente. O estopim de minha bomba interna está diretamente ligado a minha liberdade. Já faz algum tempo que eu percebi que todas as mudanças da minha vida até agora se deram quando alguém tentou podar a minha liberdade. Todas as vezes que eu lutei de verdade ou que eu tomei uma atitude um pouco mais drástica do que o normal foi em situações em que senti minha liberdade ameaçada.
Bom, acho que já estou viajando demais, é melhor parar por aqui.
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Este texto foi escrito durante uma aula de Física II.
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