Olá, piruzudos e piruzudas do TibiaBR.
Estou com meu projeto de novo roleplay feito há meses, como sempre, com muitas dúvidas sobre qual tema iria escolher. Tinham vários pontos que tentei encaixar, várias idéias, muitas luzes na minha cabeça.
Tinha, em especial, três idéias:
- Tibia, mais sobre Pits of Inferno
- Cutewood, um mundo que eu criei.
- Caos, um RPG que eu criei.
Então eu pensei, por que não usar as três? Eu, como mestre da Ordem dos conspiradores do TibiaBR, tinha que imaginar alguma situação divergente para poder fundir três mundos tão distintos. Assim sendo, minha idéia chegou ao cume.
Essa história, porém, não será como o Cólera que estourou no começo.
Ela tem seu enredo com segredos mirabolantes, por isso, seu começo está o mais confuso possível, já que o enredo vai girar em torno de todos os primeiros capítulos. Sendo que serão vários.
A idéia está bem engaixada, fiquei semanas pesquisando coisas pra encaixar, então aqui vai uma tentativa suicida de lançá-la. De qualquer forma, as coisas só vão ficar boas, mas boas mesmo mais pra frente.
Sendo assim, que comece a brincadeiraPostado originalmente por Caboom
Babelby Caboom
Sumário
Prólogo
Capítulo I - Os Ponteiros
Capítulo II - Projeto Babel: E eles falaram sobre sal de fruta...
Prólogo
Hoje em dia os ponteiros do relógio, de tão vazios, já não existem mais. As poucas coisas que restaram do que hoje você chama de presente se esvaiam e restou apenas um outro mundo que as pessoas chamam de futuro. Mas onde estaria esse futuro? Ele seria apenas uma criação de um passado ruim que, por coincidência ou força do destino, fora criado justamente para ser traçado um outro caminho pela linha do tempo? Talvez indagar essas perguntas precipitadas seja apenas assinar o próprio atestado de óbito, já que agora o mundo é um jardim. Algo paralelo ao que era antes, com uma curta ligação que é a própria criação vazia, a criação feita para gerar a esperança que tinha se acabado. Há muito que falar, muito que se indagar, mas o que falar para algo que não existe aqui? Sim, essa história não existe nesse planeta. Existe em um mundo diferente, mas que não passa de uma ramificação desse, esse mundo que é a força que tinha se desleixado nas gerações anteriores.
Será que as coisas estão longe de acontecer ou demoram assim mesmo, como acontece aqui? Eu nunca estive tão entediado, é difícil ser um chato no meio de tantos babacas, não há cabimento. Logo as pessoas vão vender seus livros por feijões mágicos, mas não enquanto a linha do tempo for bloqueada por mim. Incontestável o fato de a natureza ser a fonte suprema dos poderes carcomidos hoje em dia que, aliás, nem há dia porque o hoje foi o ontem e o ontem será o amanhã. Vamos logo, só juntando palavras sem sentido que eu faço uma boa descrição. Talvez o ponto-chave que as pessoas – ou seja, eu – queiram chegar seja o próprio espírito, mas mal sabem que nesse local esse espírito já foi transpassado pelo poder do supercomputador. O supercomputador que transformou o passado, o presente e o futuro como bem entende, talvez por estar mal programado, talvez por fim por vontade própria. Mas seria possível uma máquina ter a vontade própria, necessária para ato tão pacóvio? Não para aqueles que te impedem de prosseguir, amigo, não para aqueles que se indagam se o caminho reto é ou não é o caminho certo a se seguir. Agora, onde estamos? O que diabos estamos fazendo aqui, se o correto já foi passado e nada mais tem sentido? Somos animais prontos para dilacerar as entranhas de outras criaturas herbívoras, apenas para sobreviver diante do grande desastre, se assim posso chamar, que é a maldita natureza. Mas ela não existe mais aqui, nesse lugar. Nesse lugar existe algo que não pode ser descrito pelas palavras abstratas, apenas com o físico, já que esse lugar não possui as coisas que, talvez sejam as únicas coisas abstratas que existem no planeta: os sentimentos. De resto, as coisas que as pessoas julgam “abstratas” são apenas variações filosóficas de coisas que podemos sentir com o tato, ver com a visão e ouvir como um canto de um pássaro.
Ah sim, os pássaros. As boas e singelas criaturas que nos abençoam com seu canto magnífico, mas mesmo assim possui duas facetas, o suficiente para nos levar à ruína em apenas alguns meros passos e pregações maléficas que nós não imaginamos. Isso só ressalta cada vez mais a capacidade extraordinária que as coisas alheias tem a nos impressionar, sejam nos atos infames ou sejam nas coisas inúteis que tendem a cair em contradição perto das coisas que justamente deveriam ser eternizadas. Sim, há ligações incapazes de serem feitas entre as coisas e os elementos. O que nos resta é esperar essa grande explosão, que tendem a alimentar nossos sonhos e revelar nossos amores. E esse amor? Ele é fruto da paixão condensada e eterna, fraca mais a mais pura possível, não induz ao pecado. A paixão sim faz parte de trilhos eternos para uma vida fraca e feliz, mas acha mesmo que é feliz, amigo? Apenas porque tem no coração esse sentimento infame e se acha correspondido? Onde acabara tudo isso se não teremos paz nesse ideal inexistente? Sim, esse é um pseudônimo. Sim, isso é uma coletânea de versos enquanto vocês esperam sentados ao que vem a falar sobre o supercomputador que mudou o tempo e criou pássaros no lugar de humanos.
Mal percebi quando comecei a me afastar da civilização. Claro que não pude deixar de reparar que cada vez o céu foi ficando mais azul e mais bonito, os edifícios gigantescos começaram a ficar pequeninos e o barulho infernal do meio urbano começou a sumir. Também fui me sentindo mais leve, coisa que só sentia em antigas, velhas passagens de minha vida onde eu me sentava na frente daquele balcão, olhava algumas figuras pitorescas ao meu lado caindo de males, e pedia aquele uísque alemão, dos bons, que o cervejeiro sempre me oferecia. Meu caminhar era fútil, objetivo oco o que eu possuía ente minhas vértebras, que ordenavam meus movimentos por aqui. A trilha no meio da floresta começou a ficar fina e estreita, tudo não de repente, mas fruto de um longo percurso já corrido, cerca de três dias na estrada. Aos poucos me vi perdido, mas ao mesmo tempo não me enxergava direito: Era como na época de bêbado. Eu podia xavecar travestis se não estivesse sóbrio. A questão é que ia me sentindo bem, a santa cura para o santo mal que me importunava, tudo ao adentrar cada vez mais aquilo que era o chamado “bosque”.
Mais um parágrafo passou e eu continuava lá, caminhando. Minha garganta seca me trazia algumas compulsões no braço esquerdo, fazendo-o mexer desordenadamente. Olhei para cima e vi que as folhas das altas árvores não cobriam certo ponto de lá, criando uma clareira. As copas falhavam naquela área, o que mostrava logo em seguida uma fonte. Na fonte, respingavam as gotículas de água pura da montanha, que jorrava para um pequeno lago, logo em seguida. Mal reparei no estado da situação em que encontrava e já estendi minha mão na bica, bebendo desesperadamente aquela água, que se encontrava fresca e cristalina, então. Assim, me saciei.
Levantei-me logo em seguida, enxaguando a água que estava em volta de minha boca com a manga da camiseta suja e já depravada. Pisquei por algum tempo, recobrando aos poucos a vida que parecia ter saído de mim por algum tempo. As imagens começaram a ser mais visíveis agora e, mesmo meus pequenos óculos tendo se partido há algumas milhas atrás, o grau deles era baixo, o que não me tornava tão dependente deles. Olhei para o horizonte de árvores, identificando algo que parecia uma pequena casinha, aconchegada em meio às folhas verdes, com uma pequena chaminé, que mostrava o fogo aceso lá dentro. Realmente estava um tanto frio naquele dia, mas nada o que não pudesse agüentar-se vivo. Fui a me aproximar, pois afinal minha fome também era grande e eu não tinha nada a perder ao mendigar algo ou procurar conforto. Fui andando a passos curtos, mas velozes, tanto porque estava em descida e meu corpo era impulsionado para frente, prestes a escorregar – Coisa que felizmente não aconteceu.
Mas então tudo acabou e eu me perdi novamente na linha do tempo.
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