
Postado originalmente por
Sete
Mas foi o comandante do exército e da aeronáutica dois que melaram o golpe. Inclusive, ameaçou dar voz de prisão pro bolsonaro. O problema é os militares que entraram na política. Tem que ser proibido isso de militar em cargo político, exceto ministério correlatos (defesa).
E claramente não foi por amor à democracia, já que eles achavam que conseguiriam sensibilizar o Gen. Freire Gomes. Em um cenário de normalidade, não deveria nem existir essa esperança.
A real é que:
1) o plano era uma bosta. Eliminar AM, Lula, Alckmin e outros alvos não é algo trivial em golpes de Estado do pós-Segunda-Guerra. O caminho para gerar mártires e oposição até mesmo dentro dos que votaram no bolsonarismo.
2) não existia apoio internacional. Nem China e nem EUA estavam alinhados ao Bolsonaro. Papo de fraude eleitoral já não cola, principalmente porque as eleições eram acompanhadas por órgãos internacionais.
3) o day after seria terrível em todos os sentidos. Não existia horizonte possível sem milhares de mortes e total colapso logístico, social e econômico. O próprio Bolsonaro comentou sobre isso em entrevista e tenho certeza de que ele só replicou o que escutou do Alto Comando.
4) eventualmente, o poder certamente iria cair na mão do general mais violento e incisivo. Esse papo de golpe de Estado para reestabelecer a ordem e chamar novas eleições é uma fábula que só otário acreditaria. Da última vez, durou quase 30 anos
Qualquer adulto funcional e responsável saberia que era uma loucura. O bolsonarismo não é formado de adultos funcionais, são fanáticos dispostos a tudo pela revolução.