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Tópico: O Mal Gelado

  1. #1
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    Post O Mal Gelado

    Fala pessoal, beleza com vocês? Espero que sim! Bom, eu escrevi esse capítulo faz um tempo... Sou fascinado por paisagens geladas e resolvi contar uma história de uma parte pouco explorada aqui no fórum de roleplay. Espero conseguir publicar 1 capítulo por semana, ou no mínimo a cada 15 dias, mas por favor, todas as críticas são super bem-vindas!


    Spoiler: Sumário


    ___________________________

    O Mal Gelado

    Capítulo I - De Volta ao Lar

    ___________________________

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    A viagem para a ilhota de Senja não era muito longa, apenas um par de horas navegando na balsa de Nielson, o balseiro de Carlin, era o suficiente para chegar a minha terra natal. Senja fora descoberta muito antes das grandes expedições nórdicas e, o vilarejo de mesmo nome fundado por uma alucinação por riquezas de um poderoso bruxo de caráter duvidoso, Alawar.

    Na época, explorações nas ilhas de gelo não eram comuns, ninguém acreditava que haveria recompensa em se aventurar em ambientes tão inóspitos. Enfrentar perigos conhecidos, como os grandes trolls gelados e as hordas de bárbaros raivosos e seus enormes mamutes ou mesmo desconhecidos, como bruxas do gelo, não seria compensador por um punhado de terras de difícil uso.

    Alawar tinha certa influência com a Rainha Eloise, de Carlin. O Bruxo convencera muitos mercenários a lutarem pela cidade das amazonas nas grandes batalhas tibianas, e, devido a vitória por parte da cidade dominada pelas mulheres, Alawar se transfomara em um aliado muito favorecido pela Rainha.

    Carlin, Thais e Edron já estão em paz há tempos, mas eu me lembro, na época em que nasci, minha família acompanhou a pequena expedição de Alawar a Senja por não querer se envolver em futura batalhas que pudessem acontecer no continente. As batalhas nunca mais aconteceram e a busca do bruxo por riquezas nas pequenas ilhas ao noroeste de Carlin tiveram resultados interessantes, porém por pouquíssimo tempo.

    O vilarejo se estabeleceu rápido em Senja. A ilha era pequena e ofereceu poucos perigos para a expedição, porém algumas riquezas foram encontradas lá, principalmente para o comércio madeireiro. Os habitantes da região eram uma pequena família de trolls de gelo que, temendo os navegantes sulistas, logo se prontificou a ajudar com qualquer coisa que fosse em troca de manter sua caverna intacta.

    Alawar podia ser considerado louco, e ter seu caráter duvidoso, como eu dissera antes, mas ele honrava sua palavra. A família de trolls nunca foi incomodada, em troca de sua mão de obra para o desmatamento da região. Além disso, o bruxo gostava de demonstrar ser um bom humano, e sempre dividia parte de suas riquezas, não só com os habitantes do vilarejo de Senja, bem como para os próprios trolls.

    A logística era simples. A floresta, recém nomeada de Pinheiral de Alawar, seria dividida em quatro partes, e o desmatamento e reflorestamento ocorreria em períodos de quatro anos. Mantendo assim uma produção constante de madeira de primeira qualidade a ser exportada exclusivamente para Carlin, devido a um generoso acordo com a Rainha.

    Foram oito anos vindouros ao vilarejo, o bruxo construiu seu lar a nordeste do povoado, um enorme castelo em que poucas pessoas tiveram oportunidade de adentrar. Era comum ver Alawar no topo da torre central de sua fortificação. O que fazia? Ninguém sabia, mas pouco se importavam com isso. O bruxo sempre fora generoso com todos os habitantes, inclusive os trolls.

    No nono ano, a reviravolta. Na época eu também tinha meus nove anos, e em breve viajaria para Carlin a fim de me especializar como uma habilidosa valquíria. Os anos de serviço eram longos e, segundo os planos da minha família, eu só voltaria para Senja próxima aos trinta invernos de idade.

    Depois de nove anos de prosperidade para o povo da ilhota nórdica, os cavaleiros de Edron e Thais, a mando do Rei Tibianus, decidiram explorar o extremo norte do continente, e lá, encontrariam o que chamariam de “O Verdadeiro Norte”. Eles sabiam que as expedições seriam enormes e perigosas, e a Rainha Eloise tinha mais experiência em viagens árticas, então num grande acordo, as tropas de Carlin lideraram as navegações e a conquista das terras geladas.

    Com a descoberta do novo continente gelado, chamado de Hrodmir, o interesse no fornecimento de madeira senjiana ficou muito limitado. A enorme porção de terra nórdica havia riquezas tão grandes que os olhares dos mais ricos habitantes, desde Edron até os Sheiks da riquíssima Darashia, se voltaram para lá. A união de tantas forças resultou nas quatro grandes expedições nórdicas que, rapidamente, povoaram o que antes era um acampamento e hoje é uma enorme cidade, chamada de Svargrond.

    Eu e minhas colegas ouvimos muitos boatos sobre as batalhas contra as hordas bárbaras e as grandes vitórias das tropas de Eloise e Tibianus. A economia global se voltou a isso e fora recompensada com a descoberta de enormes reservas de cristais preciosos. Nosso posto, ao sul de Ab’dendriel, a terra dos elfos e, ao leste de Kazordoon, a terra dos anões era isolado de qualquer rota comercial nórdica. Nossa missão era interceptar qualquer avanço orc aos portões de Kazordoon. Proteger a cidade dos anões era, de certo modo, proteger as fronteiras de Carlin.

    Nosso posto nunca correu grandes perigos. Interceptamos alguns saques, mas nada que mereça destaque em minha história. O fato é que eu havia cumprido meus anos de serviço e poderia voltar para meu lar, embora pouco tivesse ouvido da minha família, desde que minha mãe falecera por conta da “peste da lua” e meu pai se juntara as expedições de Svargrond. Eu queria encontrar meu pai, e sabia com quem falar em Senja, meu irmão, Norberto, ainda morava lá, em sua pacata vida de agricultor e florista e eu ia encontra-lo.


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    Eu sou Sara, e estou de volta a minha casa.

    ___________________________

    Spoiler do Capítulo II: O balseiro jogou a corda para Anderson, seu irmão mais novo, que sorriu brevemente para mim, mas logo tornou a amarrar a corda na marina para a balsa estacionar. Entreguei a segunda metade do pagamento da viagem para Nielsen que agradeceu rudemente. Depois de 20 anos, desembarquei em Senja. Tudo estava diferente por lá.

    ___________________________

    Espero que gostem!

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    Última edição por Guigo; 11-10-2021 às 15:07.

  2. #2
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    Um início muito interessante e bem esquematizado. Pode render uma narrativa de qualidade. Espero que o autor consiga levar adiante o projeto. É bom ver uma nova iniciativa na seção.

    Nessa quarentena estou conseguindo ler algumas histórias da seção em relação às quais sempre tive curiosidade. Vou incluir esta nas leituras.

    Vou acompanhar e sempre que conseguir, comentar.

    Um abraço.

  3. #3
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    O que será que mudou em Senja após 20 anos? Estou curioso para saber através das próprias palavras da Sara.

  4. #4
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    Bom começo de história eu so nao sabia que a lore do Tibia tinha que alem de Carlin tambem Thais e ate Darama tinham conquistado Svargrond pensava que era só Carlin

    E mesmo assim é bom uma história inovar e mostrar um outro ponto de vista do Tibia

    Vamo ver o que essa Valkyrie vai descobrir ou aprontar em Senja

  5. #5
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    Citação Postado originalmente por Japixek Ver Post
    Um início muito interessante e bem esquematizado. Pode render uma narrativa de qualidade. Espero que o autor consiga levar adiante o projeto. É bom ver uma nova iniciativa na seção.

    Nessa quarentena estou conseguindo ler algumas histórias da seção em relação às quais sempre tive curiosidade. Vou incluir esta nas leituras.

    Vou acompanhar e sempre que conseguir, comentar.

    Um abraço.
    Oi Japixek! Fiquei muito feliz com o seu comentário, foi o primeiro né? heheheheh

    Que bom que achou interessante e bem esquematizado, também espero conseguir levar adiante.Atualmente já estou escrevendo o capítulo 3! Em breve lançarei por aqui os próximos!



    Citação Postado originalmente por Judge K Ver Post
    O que será que mudou em Senja após 20 anos? Estou curioso para saber através das próprias palavras da Sara.
    Fala Judge K! Veremos no próximo capítulo o que mudou! Obrigado pelo seu comentário!!!



    Citação Postado originalmente por Shirion Ver Post
    Bom começo de história eu so nao sabia que a lore do Tibia tinha que alem de Carlin tambem Thais e ate Darama tinham conquistado Svargrond pensava que era só Carlin

    E mesmo assim é bom uma história inovar e mostrar um outro ponto de vista do Tibia

    Vamo ver o que essa Valkyrie vai descobrir ou aprontar em Senja

    Oi Shirion! Thais, Edron e as outras cidades não estão no lore de Svargrond não, usei mais como licença poética! Achei que a minha história enriqueceria mais com essa união. Sobre os mistérios da Sara, vamos conferir juntos! Obrigado pelo comentário.




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  6. #6
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    Opa! Chegou o segundo capítulo!




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    O Mal Gelado

    Capítulo II - Peste da Lua

    ___________________________

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    Era a segunda vez que que viajava na balsa de Nielson. Na primeira oportnidade, no alto dos meus oito invernos, eu estava indo para Carlin, começar meu serviço para me tornar a Valquíria que sou hoje. Me lembro que o “20 invernos mais novo” balseiro era muito falante, porém, em nossas duas horas de travessia marítima de volta para Senja, ele não havia dito uma palavra sequer.

    Eu já sentia o frio mais gelado em meu rosto. Vim devidamente preparada para desembarcar numa ilha ártica. Que saudade estava de minha terra natal. Acredito que eu seja uma das primeiras pessoas nascidas lá, ao menos na era pós colonização. Optei por viajar no fim da tarde, lembro de gostar de observar o pôr do sol na camada branca da neve e acho que seria um excelente jeito de ver novamente minha casa.

    Não faltava muito para a balsa de Nielson chegar na marina de Senja. Já era possível avistar a ilha nórdica, infelizmente para mim, o sol estava atrás das nuvens e o vilarejo envolto de uma neblina que eu nunca vi por lá antes. Muita coisa deve ter mudado por aqui.

    O balseiro jogou a corda para Anderson, seu irmão mais novo, que sorriu brevemente para mim, mas logo tornou a amarrar a corda na marina para atracar a balsa. Entreguei a segunda metade do pagamento da viagem para o balseiro que agradeceu rudemente. Depois de 20 anos, desembarquei em Senja. Tudo estava diferente por lá.

    Quando sai da ilha, ela era um polo de novos ricos, havia motivos de sobra para comemorações. Lembro-me do dia em que a praça central fora fundada com um enorme banquete cheio de delícias importadas por Alawar de todos os cantos de Tibia. Meus pais trabalhavam muito na época e era comum que eu e meu irmão ficássemos brincando pelas plantações do vilarejo, Norberto sempre amou a natureza.

    Depois das grandes expedições para Svargrond, muita gente tirou os olhos das riquezas de Senja. Mas, o que vi quando desembarquei, era quase uma vila fantasma. Só sabia que não estava abandonada porque Anderson nos recebeu. Ele parecia um pouco mais aberto a conversar do que seu irmão mais velho, como ele estava ajudando a amarrar a balsa decidi esperar no balcão da marina.

    Enquanto esperava, observava as casas logo ao lado da marina, reparei que algumas janelas estavam lacradas com tabuas de madeira pregadas do lado de fora. Notei também que há muito não limpavam a neve das ruas, o que deixou a névoa mais intensa. Certa vez ouvi falar sobre um lugar a oeste de Carlin, onde uma rainha antiga havia sido enterrada, diziam que naquele lugar a névoa era espessa e nunca cessava. Talvez Senja tenha se tornada igual àquele lugar. Bizarro.

    Depois de alguns minutos, Nielson entrou pela porta atrás do balcão da marina e, seu irmão, Anderson, se dirigiu a mim com um sorriso alegre no rosto, um comportamento mais senjiano, finalmente. Não pude me conter, logo perguntei para ele o que acontecera com o vilarejo. Ele me disse, brevemente, que depois de Svargrond, mais da metade dos habitantes haviam ido embora, por acreditarem que teriam mais e mais riquezas por lá.

    Sim, Senja nunca deixou de ser próspera, mas nós, humanos, sempre queremos mais. Muito se fala da ganância dos anões, mas nada se compara a nossa. A única diferença entre as raças é que nós negamos nossas intenções, o povo das escavações não. Então ele me disse que a alegria do povoado ia embora a cada dia que se passava, mas não era esse o maior problema. O medo se instalou por lá havia pouco tempo.

    Tudo começou com a família de trolls de gelo, que nunca haviam se comportado de maneira agressiva com nenhum habitante humano. Anderson me disse que num dia de trabalho, como qualquer outro, um dos trolls mais fortes atacou um pequeno grupo de lenhadores, sem nenhum motivo aparente. Até aí, tudo poderia ser facilmente resolvido, mas os ferimentos dos lenhadores nunca cicatrizaram e, a cada nova fase da lua, essas feridas pareciam ficar mais intensas e os gritos de dor assombravam todos do povoado, o que afastou ainda mais as pessoas.

    Com isso, as madeireiras pararam de operar e, com pavor, muitos habitantes voltaram para o continente, ou seguiram para Svargrond. Poucos sobraram e eu torcia, com todas as minhas forças, que meu irmão ainda estivesse por aqui e bem. Anderson me deu informações valiosas. A primeira era que as casas lacradas eram a dos lenhadores, que, numa tentativa desesperada de se curar, tentaram se proteger da luz da lua.

    Outra, era que Norberto, meu irmão estava bem e continuava na ilha, inclusive era a maior esperança de cura dos homens que sofriam com a doença misteriosa, chamada pelos senjianos de peste da lua. Ele havia se especializado em artes naturais com plantas e ervas e, recentemente, descobrirá uma flor élfica, chamada de flor-da-lua, que tentava plantar em nosso antigo quintal.

    Poucos minutos separavam a marina e a casa em que eu nasci, na fronteira leste do vilarejo. Passo a passo me aproximava foi quando pude ver, um homem grande, muito forte, ajoelhado na terra arada, observando atentamente pequenas flores de um verde reluzente que havia ali. Falei com certa timidez seu nome, e Norberto rapidamente se virou num pulo, olhou para mim e sorriu um dos sorrisos mais largos que já havia visto.

    Vinte anos se passaram, e ele era muito diferente do que eu lembrava, sua barba era espessa, sua voz muito mais grossa e, ele era enorme. Porém, seu sorriso, era o mesmo. Norberto sempre fora o mais bem-humorado de nós, nada o abalava, nunca. Aparentemente nem a depressão fantasmagórica desse lugar.

    Ele esqueceu das plantas e entramos em casa, sim, meu lar. Jogamos conversa fora por horas e mais horas, ele me preparou um chá que renovou meu ânimo, parecia que eu tinha dormido por dias na melhor cama de penas que poderia existir. E, depois disso, perguntei a ele sobre tudo que estava acontecendo em Senja e disse, também, que não pude deixar de reparar que o muro da vila estava reforçado e que, onde antes havia apenas um vão, hoje tinha um enorme portão de madeira.

    Ele me disse que os poucos habitantes que restaram lá estavam com muito medo dos trolls e que, numa votação em praça pública optaram por se isolar dos outros ambientes da ilha. Nielson trazia suprimentos de Carlin a cada semana e Alawar, o governador de Senja, estava desaparecido há muito tempo. O povoado estava nas mãos do próprio povo.

    A noite estava em seu ápice, cada vez mais sombria. Era possível ouvir gritos distantes. Norberto me disse que eram os lenhadores e que toda noite era igual. Logo meus ouvidos se acostumaram e peguei no sono no sofá da sala. A casa era menor do que me lembrava e não haveria uma cama para mim, mas ali estava ótimo, no clarear do próximo dia eu investigaria mais sobre o que estava acontecendo em Senja, mas por hoje, tudo que eu precisava, era dormir.

    Acordei num pé, assustada com um enorme estrondo. Ainda estava escuro e o barulho altíssimo não era muito longe. Norberto saiu do quarto correndo, me olhou e logo percebemos a origem do barulho. Os portões de Senja. Peguei meus equipamentos no chão, equipei-me com meu escudo de madeira forjado pelos anões de Kazordoon e minha espada de Carlin e nos dirigimos para fora da casa. Assim que saímos ouvimos o o rugido ensurdecedor.

    “Broaaaaar”.

    ___________________________

    Spoiler do Capítulo III: Terror. Não havia palavra mais adequada ao que sentimos quando nos aproximamos da entrada da caverna.

    ___________________________

    Espero que gostem!

  7. #7
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    Gosto do “background” da Sara. Sua trajetória pregressa. Assim o personagem cria um certo laço com o leitor, se estabelece uma espécie de cumplicidade. E a história de Senja nesta narrativa, cuja economia sofreu com o “boom” de Svangrond. O fim do capítulo já deixou a expectativa de ação para o seguinte.

    Acompanhando...

  8. #8
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    Aqueles troll que ficam na caverna em Senja estao passando tipo uma doença para a população? Original isso ai.

    O Broaaar é o ruido dos frost troll. Invasão. Prendeu minha atenção. Vamos ver isso ai

  9. #9
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    Lá vem ele, um pouco atrasado, mas é o terceiro capítulo! Sem spoilers, mas acredito que aqui a história e os mistérios vão crescer bastante!




    ___________________________

    O Mal Gelado

    Capítulo III - A Morte Bate na Porta


    Mais três socos no portão e veio o silêncio. Eu e meu irmão ficamos lá, por um tempo, até senti o calor de algumas tochas. Poucos habitantes assustados e equipados com o que tinham para se proteger se juntaram atrás de nós. Todos olhavam o portão leste do vilarejo, ninguém sabia o que estava acontecendo.

    Meu irmão passou ao meu lado se dirigindo aos senjianos, achei que era apenas para acalmá-los, mas, rapidamente, percebi que suas intenções eram outras. Ele disse em um tom um pouco mais elevado que todos e todas deveriam decidir juntos o que fazer naquele momento, o tempo era a chave.

    Depois de um breve murmurinho, ele chamou a atenção novamente para si e disse para começar com o objetivo de escolher se abriríamos os portões naquele momento, para investigar o que aconteceu ou se todos se recolheriam na marina até o dia clarear e, aí, decidir o que fazer. De novo ele alertou que o tempo era a chave.

    Contei que o grupo de pessoas, eu e meu irmão, totalizavam 17. Será que seriam todos os habitantes de Senja? Logo descartei essa possibilidade, não havia visto Nielson, o balseiro, mas Anderson, seu irmão mais novo, estava lá, equipado com um martelo de batalha. Reparei, também, que havia poucas armas de qualidade para a sairmos por aí, no escuro gelado, a caça de monstros, com segurança. Eu era a pessoa com os melhores equipamentos e notei que todos olhavam de canto para mim em um momento ou outro.

    Acredito que a curiosidade e a vontade de resolver a questão logo, encorajou os habitantes do vilarejo. De modo unanime, a votação concluiu que deveríamos abrir os portões naquele momento. Meu irmão se posicionou a frente de todas as pessoas e me chamou pedindo para ajuda-lo a abrir as portas de madeira. Quando cheguei ao lado dele, ele sussurrou para mim que a coragem dos habitantes tinha nome, e, esse nome era Sara.

    Não sabia o que sentir com essa informação, mas concluí que essas pessoas tinham um líder, e ele era Norberto, o novo governador de Senja, mesmo que ainda não tivesse esse título em suas costas. Em um solavanco, puxamos a pesada porta direita e, antes que pudéssemos ver o que estava do lado de fora, ouvimos os suspiros dos senjianos. Um homem, parrudo, com um enorme bigode se prostrou ao chão e vomitou quase que instantaneamente.

    Norberto e eu demos um passo ao lado e avistamos o corpo azul do enorme troll estatelado no chão. Não havia cabeça. Seu sangue espesso já havia congelado na neve que assumia um tom vermelho escarlate. A morte pode aterrorizar muita gente, o homem do bigode estava em estado de choque. Senja sempre foi um local pacífico e aquela cena era impressionante para os cidadãos e cidadãs.

    As pessoas deram um passo para trás, Norberto tomou a frente e foi examinar o corpo e eu me posicionei ao lado de fora do muro de Senja, de modo a protege-lo. Nossa luz não permitia que enxergássemos muitos passos a frente, mas percebi algumas marcas na neve. Não eram passos de pessoas, nem de trolls. Norberto se levantou assustado e, depois de analisar o corpo, disse em uma voz baixa, que o troll não estava tentando invadir ou atacar a vila, ele estava pedindo ajuda.

    Os habitantes se entreolharam assustados. Eu ergui meu irmão, olhei para ele e disse que deveríamos ir até a caverna dos trolls e, se ainda fosse possível, oferecer nossa ajuda. Com um aceno de cabeça, ele concordou, éramos habitantes da mesma ilha e sempre vivemos em harmonia. Norberto chamou três homens e duas mulheres, que, de fato, pareciam bem equipados e disse para o resto fechar os portões e só abrir conforme o código secreto.

    Nós sete seguimos em direção oeste, onde os trolls viviam numa caverna subterrânea. Eu decidi ir à frente ao lado do meu irmão, já que era a única pessoa com um escudo. Norberto carregava uma maça, e nossos colegas tinham martelos e arcos com algumas flechas pequenas. A distância não era muito longa, mas o escuro, a neve, o frio e o medo, deixava nossos passos mais pesados.

    Terror. Não havia palavra mais adequada ao que sentimos quando nos aproximamos da entrada da caverna. Três estacas posicionadas num triângulo equilátero perfeito, no topo delas, três cabeças de trolls, que transmitiam a pior das dores. E, nenhum sinal de vida próxima dali. O buraco da entrada estava aberto, e passamos rapidamente pelo triângulo de morte, evitando observar os esbugalhados olhos das três cabeças.

    A caverna estava escura, era um local úmido e tinha um cheiro estranho, mas não era podre. Entre as raças de trolls de Tibia, os de gelo eram os mais parecidos com os humanos. Se organizavam em cômodos e a higiene era uma prioridade. Nós sete entramos na caverna, evitando fazer barulhos, portávamos três tochas, e nossa exposição já era tanta que decidimos deixar o lugar o mais claro possível. Enquanto percorríamos os cômodos em busca de alguém ou algo, acendíamos as luminárias nas paredes da caverna.

    No penúltimo cômodo, antes que pudéssemos acender as luminárias, vimos alguns pares de brilhantes olhos verdes. Quando percebi eu estava jogada ao chão, o barulho invadia toda a caverna, gritos de trolls e humanos, choro de pequenos trolls gelados e muita confusão. Norberto subiu o tom de voz e todos se calaram. Então, o mesmo troll que me derrubou num repentino empurrão, ajudou a me levantar.

    Com muita calma, meu irmão explicou aos trolls o que nos levou lá, a sua caverna, e disse que todos deveriam voltar ao vilarejo, tudo isso já era o suficiente por essa noite. Ele alertou a mãe troll a cena de horror que havia do lado de fora da caverna e indicou que ela cobrisse os olhos dos pequenos. Todos iam se encaminhando para a saída, quando Noberto me chamou de canto, junto com uma outra mulher, que portava uma das tochas e um pequeno arco com um punhado de flechas.

    Norberto disse que deveríamos investigar mais um pouco a caverna e o triângulo de cabeças lá fora. A mulher, que se chamava Charlotte disse que nunca havia visto um troll reagir daquele jeito a presença de humanos. E, eu percebi que o cheiro estranho que sentimos ao entrar no ambiente subterrâneo estava muito mais intenso.

    Caminhamos para o último cômodo ao sul da caverna, era de lá que o estranho odor vinha. Neste momento, apenas eu, meu irmão e Charlotte estávamos na caverna. Os senjianos e os trolls já deviam estar chegando aos portões de Senja e, por incrível que pareça, não havia medo entre nós três.

    Era um tipo de gás esverdeado que saia de um pequeno buraco na parede. Norberto pediu para que eu e a arqueira não nos aproximássemos muito, ele disse que reconhecia o cheiro dos ferimentos da peste da lua nos lenhadores que estavam trancafiados na casa perto da marina de Senja. Os trolls são criaturas muito reativas a odores, disse meu irmão, completou falando que acreditava que o gás fosse algum tipo de magia obscura para irritá-los, mas que não sabia sua origem.

    Então, abriu um bolso em sua pequena mochila, e retirou uma linda e pequena flor verde reluzente, as mesmas que ele observava quando o encontrei em nosso quintal. Ele disse alto, porém para si mesmo, que aquelas flores élficas, eram chamadas de flores da lua e que elas possuíam poderes que os humanos ainda não conheciam. Ele aproximou a flor do gás verde e, como em uma cena mágica, a flor absorveu todo o gás que saia da fresta na parede, tornando-se ainda mais reluzente por poucos segundos e, depois, voltando a sua cor normal. Nós três estávamos embasbacados.


    Breu. A última coisa que enxerguei era Norberto se virando com um ensaio de sorriso no rosto, seguido de um olhar instantâneo de medo. De um segundo para o outro, todas as tochas e luminárias se apagaram, no entanto, a caverna estava mais quente.

    ___________________________


    Spoiler do Capítulo IV: O som era quase um grunhido. O chão tremeu com o que parecia ser um passo da criatura. “Utevo Lux”. E, num clarão vindo das mãos de Norberto, pudemos enxergar nosso inimigo.

    ___________________________

    Espero que gostem!
    Última edição por Guigo; 07-08-2020 às 14:50.

  10. #10
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    Bom que o autor está deixando um suspense no final de cada capítulo. Pelo visto os trolls não são os culpados pelo que está acontecendo.

    E a Sara está com moral diante dos “senjanos” ...

    Tenho um palpite a respeito do novo “monstro” a ameaçar os protagonistas.

    No aguardo da continuação...

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    Último Post: 05-12-2004, 10:52
  2. Ds Hunt Mal sussedida....:(
    Por Kvernozo_hiberna no fórum Tibia Videos
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    Último Post: 05-11-2004, 22:47
  3. Time do mal
    Por Lyo no fórum Tibia Screenshots
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    Último Post: 22-10-2004, 21:32
  4. again .... Sera que eu ganho???mal pela primeira]=
    Por I_ [_] I_ no fórum Tibia Screenshots
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    Último Post: 07-10-2004, 23:53
  5. Alerta , bom ow mal ??!
    Por Malva no fórum Suporte Geral
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    Último Post: 24-09-2004, 19:05

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