
Postado originalmente por
Nobre Valente
Diga a uma garota que não quer namorar com ela por ser gorda ou feia e prepare-se para ser crucificado pelos "arautos da justiça": você será o fútil, o vazio, o leviano, o materialista, o gordofóbico (que porra é essa

). Agora diga coisas desconexas como "temos gênios incompatíveis" ou "não rolou química" e refestele-se com elogios do tipo "que menino maduro!" ou ainda "nossa, realmente não era para ser".
Entre ter uma opinião em que você se sai como mocinho e outra em que você se sai como bandido, é óbvio que a maioria das pessoas optam pela opinião do mocinho,
mesmo que no íntimo aja de forma diametralmente oposta àquela que prega . Você vê exemplos desse tipo a todo instante: evangélicas putas, conservadias que postam foto seminuas no "Insta", moralistas de rede social que na vida real são o oposto do que dizem ser.
É bem mais conveniente ser hipócrita e ainda receber os louros de ser um bom rapaz, mesmo que você suas ações demonstrem o contrário daquilo que você advoga. Porém ainda tem uns poucos, como Luiz Felipe Pondé e Nessahan Alita, que resolveram remar contra a maré e enfrentar (nem tanto o N.A., já que esse é um pseudônimo) a fúria dos politicamente corretos, mesmo às custas do desprezo e da infâmia que esse tipo de postura intelectual acarreta.
Por quererem fazer parte do grupo dos mocinhos, as pessoas se submetem aos mais diversos tipos de desonestidade intelectual possíveis e imagináveis. Ou, algumas vezes, simplesmente não queremos magoar uma pessoa querida por nós (e preferimos mentir). E de quebra ainda sairemos indene dos julgamentos peçonhentos de quem só critica para se elevar e se mostrar um bom mocinho.
A hipocrisia sempre existiu desde que o mundo é mundo, e em um mundo inerentemente egoísta, as pessoas estão mais preocupadas em fazer a caveira do próximo para parecerem paladinos do caráter perante os demais.