Chegou a hora da Chave 7!!!
Lembrando que os textos são postados de forma anônima. Para votar, basta identificar qual a disputa e qual o texto escolhido. Todos usuários podem votar, mas apenas aqueles com uma justificativa plausível serão levados em conta. Votos de usuários fantasmas também serão desconsiderados. E lembrando que a votação popular será apenas um dos pesos da nota dos textos, e o vencedor final será decidido por membros da Equipe TibiaBR. Por último (e talvez o mais importante):
Chave 7
Swettie x Azeth Lawk x falsoficando
Tema: As Minas de Formorgar
Spoiler: Texto 1O passado do gelo
Hast é um jovem novice of the Cult que foi enviado de Yalahar para Svargrond e vive com seu pai Fsit nas minas geladas.
— Papai, porque nós tivemos que vir para essas minas e o tio Psoy e o primo Sac tiveram que ir para os vulcões de Goroma? Perguntou o jovem Hast.
— Filho, você sabe que nós só estamos aqui para reviver o nosso salvador Ghazbaran. Ele irá libertar nosso povo da angustia que os humanos nos infligem há vários anos. Mas para que isso ocorra, devemos derreter esta prisão de gelo que nos impossibilita de liberar a alma de nosso salvador, Ghazbaran. Explanou Fsit.
— Seu tio e seu primo são mais cuca fresca e por isso foram para o vulcão de Goroma, mas você assim como eu é mais ativo e atirado, com um forte fogo interno, e por essa razão viemos para essas terras gélidas. Continuou o pai pacientemente.
— Vou te contar uma história que talvez o ajude a focar suas forças e nos ajude a encontrar uma solução ao nosso problema. Disse o genitor.
Há muitos anos, nosso senhor Ghazbaran foi iludido por uma mulher muito poderosa para os padrões da época. Muitos dizem que ela não era uma mulher comum, mas sim a rainha das bruxas de gelo, Yakchal. Seu poder era tão grande que foi capaz de congelar o nosso grande soberano, mas esse não é o começo dessa triste história.
A muito, muito, muito tempo atrás, o senhor das laminas era o responsável por eliminar qualquer foco de resistência que pudesse existir contra nossos mestres. Dentre eles estavam o alto escalam das forças humanas, anãs, élficas, orcs ou outras facções menores. Todavia a fraqueza de nosso senhor assassino era o seu fraco pela beleza que só ele conseguia ver nos humanos, principalmente nas fêmeas. Ele as mantinha em uma espécie de “gaiola” como se faz com aves que possuem um belo canto. Mas todos sabem que os pássaros livres cantam com muito mais afinco do que aqueles que estão aprisionados.
Os humanos após descobrirem essa fraqueza procuraram por todo o mundo por uma mulher que pudesse ser usada para eliminar o maior assassino da cabala de demônios que controlava Tibia no passado. Muitos anos se passaram desde que haviam descoberto essa desvantagem que o mestre tinha até que um grupo destemido chegou às terras que atualmente é chama de Svargrond. Essa terra estava repleta de belas mulheres com seus esvoaçantes cabelos azuis. O grupo então imaginou que esse seria o lugar perfeito para acabar com o maior flagelo que havia sobre a humanidade.
O líder do grupo procurou então se informar e saber se tais mulheres lindas estariam dispostas a participar de plano tão arriscado. Elas apenas disseram que acatariam qualquer ordem que Yakchal desse. Então o líder rapidamente procurou Yakchal para saber sua posição perante o plano. Entretanto a soberana suprema das belas mulheres de gelo não estava muito disposta a ajudar, pois não queria se indispor a fazer tal esforço, mesmo sem saber qual era o plano. O conselheiro do líder ao observar que a Rainha não iria fazer nada, mesmo após incansáveis tentativas de dissuadi-la a ajudar, recorreu para a vaidade da mesma. Disse-lhe que ela então promovesse um concurso para julgar qual era a mais bela dentre todas as humanas e um dos responsáveis por decidir seria Ghazbaran, o demônio que adorava belas mulheres.
O festival ocorreu, milhares de mulheres vieram para serem avaliadas e o mestre das laminas tinha posição de destaque entre os convidados, pois ele seria o responsável por dar a palavra final sobre a disputa. Vieram as mais belas humanas, elfas, anãs, orcs, etc. Mas perante tanta beleza Ghazbaran ficou estático e não soube dizer qual delas era a mais bela, para ele só havia duas opções. Eram belas e deviam ser admiradas ou feias e deviam ser eliminadas. O tempo foi passando e nenhuma decisão veio do poderoso demônio, mas quando a lua cheia surgiu no alto da abóboda celeste, Yakchal ordenou que queria uma resposta, os ardilosos humanos que organizaram o evento afirmaram para a rainha que Ghazbaran estava zombando da beleza da líder das bruxas de gelo ao não dizer o obvio. Então no auge de seu poder sob um banho da luz prateada que vinha da lua. Yakchal não hesitou e atirou toda a sua irá sobre Ghazbaran, congelando sob um gelo eterno que nunca poderia ser quebrado ou derretido.
Após tal demonstração de poder os humanos viram nela uma salvadora para todos que estavam contra a cabala dos demônios, mas ela estava possessa de raiva, irá e ódio. Congelou todos que estavam presentes incluindo seus servos mais leais. Um exército foi enviado para aplacar a fúria de tal monstruosidade que podia se comparar a um demônio durante a noite.
Então o dia chegou e com ele a lua se foi, o poder de Yakchal estava menor, mas ainda sim os humanos não tinham muita força contra ela. Novamente a esperteza se mostrou mais eficaz que a força. Um jovem soldado percebeu que a bruxa estava com a pele um pouco diferente dos relatos que ouviu quando mencionavam sobre a esplendorosa beleza das mulheres de gelo, seu rosto não estava mais tão liso quanto era mencionado e havia sinais de rugas e linhas de expressão. Um espelho enorme de gelo foi posicionado em frente ao palácio e a rainha soltou um urro e se dirigiu para seu caixão onde iria recompor suas forças e sua beleza.
Por pura sorte dos humanos ou obra do acaso na noite seguinte ao aprisionamento do poderoso demônio houve um eclipse lunar e quando Tibia bloqueou os raios solares que atingiam a lua a tornaram negra como a noite, Yakchal perdeu todos os seus poderes. Os soldados remanescentes abateram as Ice Witches que faziam a guarda do sarcófago e o levaram para as profundezas das minas, local onde os raios da lua jamais iriam atingir. Dessa forma o sono de beleza da Yakchal não se completará e ela não irá ter todo o poder que outrora possuía.
O corpo congelado de Ghazbaran foi atirado no abismo que existe no centro da caverna mais profunda das minas geladas de Svargrond, e assim esse local passou a conter muitos males que habitaram as terras tibianas.
— Bom meu filho! Essa é a história que foi contada através dos tempos pelos humanos. Não sei se são verdadeiras ou não, mas é nisso que os humanos acreditam e através dela que podemos ter algumas pistas de como libertar nosso soberano. Finalizou Fsit.
— Pai, então vamos procurar por alguma velha bruxa do gelo, quem sabe não exista alguma que viveu nessa época! Talvez ela saiba como acordar Yakchal! Exclamou o jovem e impulsivo Hast.
— Nós já temos essa informação meu filho, mas acordá-la sem ter garantia de que ela pode liberar nosso mestre é tolice. Precisamos realmente é entender como funcionam os poderes dela. Retrucou o pai!
— Sei que você é muito perspicaz e que só de ouvir a história que acabei de contar foi capaz de pensar em algo que levamos mais de 100 anos para imaginar. E é por isso que irei te contar outra estória. Disse o pai ao filho enquanto se sentava numa rocha.
Há algum tempo nossos espiões obtiveram informações valiosas sobre as minas geladas de Svargrond, nessas terras existem maravilhosas rochas que possuem incríveis poderes mágicos, capazes de prover gelo por eras a fio. Foram essas rochas que fizeram com que aparecessem criaturas de puro gelo como as Crystal Spiders e Ice Golems. Também são essas pedras a fonte do poder das Ice Witches. Rumores dizem que essas pedras são grandes pedaços da Frostheart Spire. E que na verdade tratasse do coração de Yakchal que se partiu em vários fragmentos após uma desilusão causada por um poderoso demônio.
As minas que já tiveram lindas jóias que foram usadas para adornar a poderosa rainha das bruxas do gelo agora guardam apenas duas jóias maravilhosas, o corpo de Yakchal e os pedaços de seu coração.
E os Shamans que habitam a ilha de Nibelor possuem um crystal que é capaz de apaziguar o ódio que existe dentro do coração e prevenir que o gelo que sustenta as minas e Ghazbaran congelados venha a derreter...
Spoiler: Texto 2Diário de um Mineiro13 de Janeiro de 1762O diário abaixo foi encontrado por um grupo de Barbáros que explorava as Minas de Formorgar. A princípio parecia ser um diário sem valor, mas na verdade, contém indícios de que a lendária bruxa do gelo Yakchal possa ter retornado de seu “eterno” sono regenerativo.
Hoje é um dia que ficará marcado na história de Carlin. Depois de um longo tempo de espera, finalmente a Rainha Eloise autorizou a exploração dos minérios na ilha de Hrodmir. Já não era sem tempo, há anos que pediamos permissão a ela, alguns dizem que ela tinha receio de que os bárbaros da região não aceitassem de bom grado nossa ida até lá e acabem se rebelando contra Carlin.
A minha opinião? Para dizer a verdade, eu acho essa história de uma possível rebelião dos bárbaros uma farsa, tenho quase certeza de que a Rainha, por nos achar meros camponeses, acha que nós iríamos até a ilha de Hrodmir e exploraríamos todas suas riquezas sem pagar o imposto a coroa.
Imposto esse que considero bastante injusto, a Rainha exige 70% de todos os minérios explorados na ilha gelada. UM ABSURDO! Enquanto ela estará sentada em seu trono, rodeada por bajuladores e admiradores fazendo todas as suas vontades, nós estaremos correndo grandes riscos mineirando, afinal, acidentes de trabalho acontecem, não importa o quão experiente você seja. Porém se tivermos sorte e acharmos grandes quantidades de minerais, a vida de minha família melhorará bastante, mesmo com estes absurdos impostos.
21 de Março de 1762
Depois de dois meses de preparação, enfim chegou a hora de partir. Somos cerca de cinquenta mineiros, vindos dos mais diversos lugares de Tibia. O líder da expedição é Randy, um dos homens de confiança da Rainha, enviado para coordenar as ações do grupo em Hrodmir. Acabo de despedir-me da minha família. É um momento triste, mas estou fazendo isso para o bem deles, e se tudo der certo, na volta para casa nossas vidas mudarão bastante. Jack e Hugo, dois dos mineiros da expedição, acabaram de abastecer o navio com os suprimentos necessários para a viagem. Era hora de partir.
Assim que o navio partiu, me dirigi ao Capitão Greyhound para saber mais detalhes sobre a viagem. Ele me cumprimentou calorosamente e me ofereceu uma caneca de rum, que aceitei de bom grado, e durante meia hora conversamos sobre o trajeto de Carlin até Hrodmir. Confesso que fiquei aliviado com as previsões do capitão. Ele disse que provavelmente faríamos uma viagem segura e sem muitos transtornos, segundo Greyhound, nessa época do ano as tempestades eram bem raras no mar nórdico.
28 de Março de 1762
Já estamos a uma semana navegando, e confesso que esta viagem está saindo melhor do que eu esperava... Quando criança, eu tinha ouvido histórias sombrias sobre pessoas que passavam muito mal a bordo de embarcações no mar. Mas para mim o suave balanço do navio não era motivo de preocupação. Não posso dizer o mesmo de meu amigo Jhony, desde que saímos do porto de Carlin há uma semana ele tem tido problemas com seu estômago, e ouvir os sons dele vomitando acabaram por se tornar uma rotina no navio.
Porém, hoje recebemos uma péssima notícia do capitão, segundo ele uma tempestade enorme está a apenas um dia do navio, e se não conseguirmos desviar da tempestade a tempo, o que é muito provável, seremos atingidos por toda sua força. Todos a bordo perceberam que essa tempestade devia ser realmente perigosa, pois ao olharmos nos olhos do capitão, vimos medo e preocupação. Confesso, eu estou com medo do que pode nos acontecer amanhã. Que Banor nos proteja.
30 de Março de 1762
Conseguimos! Nunca senti tanto medo antes na minha vida. Ontem como Greyhound havia previsto, fomos atingidos em cheio pela tempestade. Estávamos todos reunidos no convés conversando quando Randy, líder da expedição, gritou de pavor em voz alta apontando para o norte. A tempestade havia chegado. Então repentinamente, o sol desapareceu quando a tempestade caiu sobre nós.
A força do vento era assustadora, infelizmente um dos mineiros não estava prestando atenção no que acontecia e foi violentamente arremessado ao mar pelo vento. A primeira onda enorme caiu assustadoramente rápida sobre o convés, e a proa do navio se inclinou num ângulo assustador.
O navio começou a ser levado para cima junto com a onda, e então de repente a crista da onda quebrou e toneladas de água desabaram em cima de nós. A tripulação tentava desesperadamente jogar água por cima da amurada com baldes.
Este cenário de terror continuou por duas horas, até que finalmente conseguimos atravessar a tempestade. Infelizmente, oito de nós acabaram não resistindo e faleceram.
20 de Maio de 1762
Foi um alívio para todos nós quando no amanhecer de hoje ouvimos um grito do Capitão Greyhound: TERRA A VISTA! A viagem acabou sendo muito mais desgastante e perigosa do que todos nós pensávamos... Mas ao chegarmos à ilha de Hrodmir, todo o esforço foi recompensado pela magnífica paisagem que encontramos.
Por todos os lados só se via neve e gelo. Ao desembarcarmos em terra firme, fiz questão de agradecer pessoalmente ao Capitão por seus serviços prestados. Afinal, se não fosse ele e sua tripulação, provavelmente não teríamos conseguido chegar até aqui com vida.
30 de Maio de 1762
Hoje à tarde chegamos à famosa Geleira Formorgar, ela se estende por grande parte da ilha de Hrodmir.
Estamos todos muito animados com o início das atividades.
Kaleb, um dos mineiros mais experientes de nosso grupo, andou inspecionando uma fenda encontrada na geleira e nos disse que se conseguirmos abrir a fenda, com sorte encontraremos uma caverna. Esse fato nos deixou muito animados e ansiosos pelo dia de amanhã. Começaremos as escavações logo pela manhã, portanto precisamos descansar, pois amanhã o dia será longo.
31 de Maio de 1762
E não é que Kaleb estava certo? Logo após o acampamento levantar, fomos todos até a tal fenda da qual ele havia falado. Depois de termos escavado cerca de duas horas, uma enorme caverna surgiu a nossa frente, era a maior que eu já tinha visto em toda minha vida.
Estava muito escuro lá dentro, havia alguns “pontinhos vermelhos” no teto da caverna, e por isso alguns mineiros ficaram com receio de entrar. Ao acendermos nossas tochas, logo descobrimos que os tais “pontinhos vermelhos”, eram os olhos de milhares de morcegos que repousavam no teto da caverna.
Ao adentrarmos mais fundo na caverna, logo começamos a achar os mais variados minerais, desde a comum prata até as valiosas e raras ametistas. Percebemos que teríamos muito trabalho naquelas minas, e hoje mesmo já começaram as discussões a respeito da criação de túneis para melhorar o deslocamento dentro da caverna.
14 de Julho de 1772
Já estamos em Hrodmir há pouco mais de dez anos. Agora estamos trabalhando em diversas cavernas, e descobrimos um jeito de conectá-las por meio de tuneis subterrâneos.
À medida que fomos explorando os minérios, fomos avançando cada vez mais fundo e acabamos descobrindo que as Geleiras Formorgar eram um lugar bastante perigoso. Perdemos vários companheiros ao longo do tempo, alguns soterrados enquanto mineravam, outros faleceram por causa do extremo frio da Ilha de Hrodmir.
Uma coisa da qual nós podemos nos orgulhar é o que fizemos com as Minas de Formorgar, elas possuem quatro andares compostos por milhares de túneis. Aliás, esqueci-me de mencionar... Devido a grande extensão das minas e seus diversos túneis, alguns mineiros acabaram por se perder e faleceram por falta de comida juntamente com o frio extremo. Para aumentar a mobilidade pelos andares, desenvolvemos uma espécie de elevador, que leva no máximo um mineiro por vez. Produzimos também mapas de todos os andares das minas, e marcamos com um “X” os locais onde havia maior quantidade de minérios.
15 de Dezembro de 1775
Acabamos de receber uma carta oficial da Rainha.
“Caros mineiros,
Devido aos recentes ocorridos estamos cancelando oficialmente a expedição as Ilhas de Hrodmir. Foram anos bastante produtivos e estamos todos muito orgulhosos de seus feitos, mas agora é hora de voltar para casa. Vocês têm dois meses para encerrarem as atividades nas minas e voltarem para Carlin.
Rainha Eloise.”
Acho que realmente é hora de nós voltarmos para casa... De uns anos para cá a rota Carlin-Hrodmir se tornou praticamente inviável por conta de ataques das temíveis Serpentes do Mar. As atividades nas minas também já não são mais as mesmas, estamos com um efetivo de mineiros muito baixo. Alguns foram embora por saudade da família, outros por conta do frio de Hrodmir.
É uma pena termos que ir embora agora, ontem achei uma grande quantidade de ametista no 3º andar das minas e estava muito animado para mineirar algo tão valioso novamente.
20 de Março de 1783
Acho que estou ficando louco... Mineirar é minha vida, acho que de certa forma, acabei me apaixonando pelas minas de formorgar. Não consigo mais viver essa vida monótona. Procurarei alguns antigos amigos mineiros e lhes contarei meu plano. Pretendo contratar um capitão para me levar de volta às minas de formorgar, afinal, nosso trabalho ficou de certa forma “inacabado”.
10 de Abril de 1783
É isso! Consegui reunir 19 mineiros para me acompanhar novamente a Hrodmir.
Estaremos partindo amanhã logo no começo do dia. Estamos todos muito animados em voltar a mineirar. Sabemos que teremos muito trabalho para reativar as minas com um efetivo de mineiros tão pequeno, mas tenho certeza que conseguiremos.
13 de Junho de 1783
Quase no fim da viagem nosso navio foi atacado por um grupo de Serpentes do Mar. De alguma forma eu e Willem, um dos mineiros mais jovens, conseguimos sobreviver. Acho que é o fim... Estamos indo em direção as minas de formorgar, mesmo sabendo que nada conseguiremos lá.
19 de Junho de 1783
AS MINAS ESTÃO REPLETAS DE MONSTROS! Não sei como isso aconteceu...
Quando estávamos entrando no segundo andar fomos surpreendidos por um grupo de bruxas de gelo. Estou só agora, Willem acabou sendo pego por uma das bruxas de gelo... Tenho certeza de que Yakchal, a temível bruxa do gelo, está por trás disso...
Oh não! Eles me acharam... É o meu fim.
Alguém tem que detê-la, antes que seja tarde de mais.
Spoiler: Texto 3As minas de Formorgar
Caro Mortimer,
Estou lhe escrevendo para que tenha ciência de minhas últimas descobertas. Antes de tudo, gostaria de lhe dizer que sei que deveria escrever essa carta a Angus, mas temo que nosso superior a passe para os thaianos e comprometa a relação de Svargrond e Carlin. Dessa forma, estou enviando-a a você, a fim de que a entregue ao reino de Carlin e que todo ele fique sabendo dessas informações antes de Thais.
Venho contar-lhe, pois, que após anos de pesquisa sobre os mistérios que envolvem as minas de Formorgar, consegui descobrir muitas coisas a respeito dos mesmos. A primeira e a mais importante de todas as descobertas, é que o caixão de Yakchal, a líder dos bárbaros invasores e das bruxas do gelo, está situado lá. No começo, quando recebi a informação, hesitei em acreditar nessa possibilidade, afinal os aventureiros que relatavam isso a mim estavam já em delírio... Entretanto, após ter o prazer de colocar meus pés naquelas minas sombriamente geladas, não pude ter outra reação se não acreditar na veracidade da informação.
Passei então a questionar-me por qual razão o caixão da amaldiçoada bruxa estaria por lá. Para minha surpresa, a resposta veio dos bárbaros habitantes de Svargrond, os quais relataram a mim que o caixão estava lá porque o mesmo havia sido roubado e posteriormente abandonado nas minas. Tive dificuldade — novamente — em acreditar nessa informação, pois não sabia o que os bárbaros desejavam esconder-me ou mostrar-me a respeito do assunto. Felizmente, em uma expedição secreta à Krimhorn, um acampamento localizado a sudoeste de Svargrond, onde vivem os bárbaros rebeldes e selvagens, consegui ter acesso a uma pequena ilhota onde havia um corpo. Ao lado desse corpo, havia um pedaço de papel danificado pela ação do tempo, e nele estava escrito um pequeno relato, o qual se titulava “O Santo Caixão”.
Curioso, guardei-o em um dos bolsos de meu casaco, pois a hostilidade daquele acampamento o qual eu estava investigando não me permitia analisar o documento. Só fui analisá-lo muito tempo depois, quando finalmente regressei às terras calmas de Svargrond. O relato estava em primeira pessoa, o que me fez acreditar que foi escrito por uma bruxa, já que os bárbaros pouco sabem escrever. Ele relatava a expulsão dos bárbaros e das bruxas do gelo de Svargrond e falava também do sono regenerativo que Yakchal teve no momento da disputa contra os estrangeiros, ou seja, contra o povo habitante de Svargrond daquela época. Além disso, no relato estava claro que o sono regenerativo da bruxa líder é que foi o responsável pela derrota e expulsão dos invasores. Ainda, o mesmo explanava a única maneira de despertar Yakchal: utilizando a luz da estrela congelada.
Logo, uni as duas informações — dos aventureiros que vinham das minas e daquele texto que recentemente havia analisado — e não pude mais duvidar da existência da bruxa. Decidi que necessitava rumar até as minas de Formorgar e ver com meus próprios olhos aquilo que me era negado pela razão. Orei aos deuses, implorando sucesso e proteção divina e creio que os recebi, pois naquele mesmo dia em que proferi sentida oração, conheci muitos aventureiros interessados no mistério de Yakchal. Equipei-me de tudo que achei que fosse necessário para muitos dias em minas congeladas e abandonadas não só pelo tempo, mas também pelos seus próprios criadores: o povo minerador de Carlin. A aqueles que estavam comigo, pouco expliquei, só lhes informei de antemão que a disputa com aquela bruxa poderia ser difícil e até mesmo decisiva em nossas vidas. Apesar disso, poucos desistiram e em poucos dias partimos para as minas.
O caminho para as minas foi marcado por alguns ataques bárbaros, que geralmente eram oriundos dos acampamentos ao redor das mesmas. Amigo Mortimer, tenho que confessar-lhe que, nesses momentos, foi por muito pouco que não sucumbi e entreguei-me à morte. Procurei lutar e me defender bravamente com os equipamentos que possuía, entretanto foi só dentro das minas que descobri que eles não eram suficientes. Os dias passaram-se e finalmente entramos nas minas de Formorgar. Lembro-me como se fosse hoje que meu coração palpitou tão fortemente que achei que teria algum problema cardíaco.
O primeiro andar das minas estava habitado por criaturas consideradas fracas pelos aventureiros que me acompanhavam. Haviam alguns cultistas novatos e esse fato me fez ficar com os olhos bem abertos para novas descobertas, pois haviam rumores em Svargrond que um ritual a Ghazbaran estava sendo feito ali, apesar de eu não acreditar — é claro. À medida em que descíamos, novas e mais fortes criaturas nos encurralavam: primeiramente, fomos atacados por gigantes e bruxas do gelo e, logo em seguida, estávamos cercados por aranhas de cristal e demônios. Em toda minha vida, companheiro, nunca senti-me tão forte e corajoso lutando com aquelas criaturas. Apesar disso, sentia-me também fraco e despreparado, pois enxergava que meus equipamentos e experiência em lutas muitas vezes deixavam a desejar.
Havia muito sangue colorindo as minas, o qual contrastava com o azul-gelo delas, e esse cenário nos seguiu até a cripta de Yakchal. De todos os aventureiros que aceitaram me seguir até as minas, poucos morreram durante o combate: apenas um ou dois haviam sido arrastados pelos demônios e só fiquei ciente desse ocorrido porque consegui ouvir seus gritos desesperados ao longe. Porém, já era tarde demais para eles e pouco poderia eu fazer naquele momento. Rumamos para o coração das minas de Formorgar: o último e temido andar, onde estava a cripta de Yakchal. Antes de descermos, revisamos nossos suprimentos e equipamentos, oramos aos deuses e pedimos benções. Hoje, ao relembrar esse episódio de minha vida, sinto que naquele momento apenas eu fui abençoado.
Nós descemos o andar e nada havia lá. Na cripta, apenas bonecos de neve e uma estátua congelada de uma bruxa de gelo nos deram as boas-vindas. Eu olhei para Martin, um aventureiro que estava ajudando-me muito desde o começo da expedição às minas, então pedi-lhe a luz da estrela congelada — objeto necessário para acordar Yakchal, segundo “O Santo Caixão”. Segurei firmemente aquela luz, que parecia querer escapar pelos meus dedos e irradiar-se no caixão logo a minha frente. Eu, até então, Mortimer, não havia o notado: ele era muito similar aos sarcófagos que já havia visto em Ankrahmun e Darashia, por isso comecei a desconfiar da veracidade das informações que havia colhido e até ri de mim mesmo.
No entanto, a expressão de preocupação e medo de todos os outros aventureiros me dizia que, apesar daquele mistério poder mostrar-se um mito, eu havia, ao menos, de tentar descobri-lo. Foi então que dirigi-me, enérgico, até o caixão da bruxa do gelo e deixei a luz da estrela congelada iluminá-lo. Fechei meus olhos, na tentativa de tentar sobreviver a uma forte investida de Yakchal, afinal eu estava de frente para o caixão dela. Nada senti nem sofri. Abri os olhos, lentamente, e estava tudo exatamente igual a como encontrei, apenas os bonecos de neve e a estátua congelada presentes, além dos aventureiros com os olhares decepcionados. Regressei para perto dos mesmos, cabisbaixo, buscando uma solução para explicar que todas as minhas pesquisas eram, na verdade, um mito.
Quando estava perto o suficiente para dizer-lhes, escutei uma voz, que até hoje ecoa em minha mente, proferir: “É melhor você morrer para meus seguidores, porque você vai desejar morrer se eu chegar até você!”. Nesses momentos, quando eu ouço uma voz que não me é familiar, geralmente olho para trás. Entretanto, quando ouvi aquela voz, não hesitei e nem olhei, pois sabia que era de Yakchal — a bruxa havia mostrado seu rosto para mim em minha mente. Corri, o mais rápido que pude, de volta às escadas, enquanto os aventureiros tomavam o sentido oposto se arriscando a encarar a bruxa. Eu já havia a visto e estava amedrontado o suficiente para não querer mais combatê-la, por isso, meu amigo, apesar de saber que fui covarde abandonando aqueles aventureiros, zelei pela minha vida — e é por isso que hoje, ao lembrar-me disso, sinto que fui o único abençoado.
Eu corri, mas fui paralisado por algumas bruxas do gelo conjuradas pelas bruxa líder antes mesmo de chegar às escadas. Tentei me mexer, no entanto não foi possível. Então, uma druidisa que estava junto aos outros aventureiros utilizou uma magia em mim que permitiu eu me movimentar de volta. Até hoje, penso que me tornei ainda mais covarde por não ajudá-la, quando dois gigantes do gelo a atacavam veemente. Eu apenas olhei aquela cena e corri.
No caminho de volta, as minas estavam estranhamente tranquilas. Eu estava profundamente perturbado com tudo que vira, com minhas atitudes e por Yakchal não ser um mito. Eu corria o mais rápido que podia, porém parei quando vi uma estranha cena acontecer: em uma pequena saleta que tinha contato com os caminhos sinuosos das minas, haviam alguns cultistas pronunciando palavras incompreensíveis e que me fizeram ficar em alerta. Eles chamavam por Ghazbaran, o Senhor das Lâminas, membro do Triângulo do Terror. Em seguida, pronunciavam algumas magias de fogo, porém elas eram muito mais fortes que as magias normais e conseguiam derreter grande parte do gelo aglomerado das minas.
Aquela cena ficou guardada em minha mente. Eu sai daquele lugar o mais rápido que pude, porém antes mesmo de sentir o vento gelado que normalmente sofra na planície da Geleira de Formorgar, eu desmaiei, pois fui atacado por um ajudante do culto. Acordei, dias depois, próximo a Svargrond, sem equipamentos, muito menos suprimentos. Eu estava, literalmente, nu. Todavia não tinha machucados, nem arranhões pelo corpo, então decidi seguir para a cidade do jeito que estava mesmo.
Mortimer, durante dias eu fiquei sem me lembrar do que lhe conto agora. Foi como se... Se eu perdesse minha memória temporariamente. Foi como um estado de torpor — porém em um grande período de tempo. Peço, companheiro, que não deixe de entregar essa carta à Rainha. Ela precisa saber, o povo de Carlin precisa saber dos perigos que existem nas minas de Formorgar. Até hoje, não consigo acreditar em tudo que vi e vivi. No entanto, os fatos de vez em quando incomodam-me a consciência e essa é minha maior prova de que estive lá.
O que as pessoas dizem sobre as minas de Formorgar, caro Mortimer, é que elas foram abandonadas e congeladas devido a uma grande nevasca que acometeu Svargrond. Apesar de crer que a nevasca ocorreu, sempre acreditei que não foi esse o motivo que levou os mineiros de Carlin a abandonarem as minas. Hoje, eu conheço o verdadeiro motivo e você também está ciente. Por favor, não deixe, então, uma verdade como esta iludir nossos amigos carlinenses, que nem desconfiam que uma poderosa bruxa do gelo e um dêmonio muito poderoso residem lá. Eles querem as minas de voltam, mas ignoram o perigo de tê-la.
Eu espero contar com sua palavra, irmão da Sociedade dos Exploradores, e também compreensão da urgência dessas descobertas chegarem à mão da Rainha para a mesma tomar providências.
Com enorme prazer em contar-lhe minhas descobertas,
Lurik.”
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