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Tópico: Caçador

  1. #1
    Avatar de KrausS
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    Olá bípedes. Feedbacks, críticas, cartas de amor e fotos de mulheres ruivas são sempre bem vindas.

    Boa Leitura.


    O dia em que me tornei quem eu sou



    Maravilha.

    Não sei quanto tempo mais eu tenho. Estou ouvindo-os cada vez mais perto. Grunhindo, arranhando, chiando. O que diabos eu estava pensando ao achar que poderia explorar as cavernas da cidade élfica? Em algum ponto entre o terceiro buraco e o segundo corredor eu me perdi. E para minha surpresa os mapas não condizem com absolutamente nenhuma parte desse lugar. Estou sem comida e já exaurido de qualquer força para conjurar nem ao menos um feitiço de cura. Acho que é meu fim.

    Graças aos Deuses eu trouxe um pouco de pergaminho e tinta, o que me lembra de rever certas prioridades do que levar na próxima exploração caso um milagre aconteça e Banor desça dos céus pra me salvar. Ao menos agora posso escrever sobre meus últimos momentos de vida antes que os desgraçados derrubem a porta e me encontrem totalmente indefeso. Deuses, como eu odeio Trolls... Mas comecemos pelo início.

    Escolhi a cidade de Carlin quando estava pronto para voltar ao Continente. Como mago, desejava viajar para as ilhas bárbaras e tentar minha sorte em uma companhia com destino a ilha Okolnir. Sempre fui fascinado pelos Dragões de Gelo e sonhava em estudar essas formidáveis criaturas.

    Foi um fracasso. Nenhum grupo de aventureiros quis me aceitar em sua companhia, alegando que Svargrond estava sempre em guerra contra as tribos bárbaras do norte e que um "mago verde" igual a mim morreria de frio antes de cruzarmos o Mar Nórdico. Senti-me ultrajado. Eu sei me cuidar, quero dizer, eu achava que sabia. Derrotado depois de muito insistir, resolvi caminhar um pouco e pensar no que fazer dali em diante.

    Andando as margens de um lago muito simpático, encontrei um cavalheiro sentado em um banco contemplando um mapa com admiração invejável. Como se estivesse esperando, ele levantou a cabeça e captou minha atenção com um olhar de espanto. Trajava camisa e calça simples, ambas de tom cinza, e um chapéu azulado com uma longa pena branca. Recuei o olhar instantaneamente, envergonhado de me intrometer, mesmo que sem querer, nos negócio alheios. Já me preparava para sair dali o mais rápido possível, quando ele me chamou:

    - Ei rapaz! Sim, você! Venha aqui - Estava se dirigindo a mim enquanto olhava para os lados como se esperasse ser atacado por criaturas feitas de vento. - "Qual é o seu nome?!"
    - Desculpe-me senhor, não queria incomodá-lo... - Ele não tinha mais do que 40 anos.
    - Não seja idiota! Eles podem ouvir os idiotas... - Olhou abruptamente para trás como se alguém (ou algo) houvesse agarrado-o. Voltou a atenção para o mapa. - "São ossos muito raros... raríssimos..." - Olhou para mim novamente: - "Qual o seu nome?!"
    - Me chamo <beep>. - Respondi.
    - É um nome estranho. Vê esse mapa? É um mapa do tesouro! Sim, claro que é! - Seu olhos rolavam do pergaminho velho e puído para mim em velocidade assustadora - "Mas não é um mapa do tesouro igual o daqueles piratas idiotas! Argh! Odeio o cheiro deles, os navios deles, as espadas que cortam e matam deles...".

    Eu só conseguia observar aquela figura excêntrica enquanto ele se esquecia de mim e balbuciava coisas incoerentes sobre navios, bucaneiros e pranchas. Depois do que pareceu um longo discurso sobre como enganar corsários em um jogo de 7 dados, ele se lembrou que eu estava ali e me encarou com olhos suspeitos
    - "Posso confiar em você, Caçador de Tesouros?!" - Ele me encarava com frieza. Anuí e ele continuou - "Esse é um mapa de um tesouro muito antigo, Caçador de Tesouros. Um tesouro enterrado na mais profunda caverna sob a cidade élfica de Abidendriel <sic>. - Toda a excentricidade havia sumido, e agora ele falava em um tom sóbrio, quase assustador. - "Eu mesmo iria buscá-lo, mas uma flechada no joelho não me deixa mais explorar lugares tão distante de cadeiras e compressas quentes." - Ele fez sinal para que eu me aproximasse e quando eu estava tão perto a ponto de sentir o cheiro de rum, ele sussurrou: "O tesouro são os ossos do dragão mais antigo que já viveu no Continente...".

    Não consegui esconder o espanto em meus olhos ao ouvir aquilo. Ele me contou que os ossos haviam sido escondidos pelos elfos usando feitiços na língua antiga e que só um mago poderia quebra-los. Disse que também que eram artefatos valiosíssimos, e aquele que o apresentasse na Academia de Magia de Edron ficaria rico e famoso. Foi então que ele fez a oferta:
    - Eu não posso ir. Mas você pode, Caçador. - Ele então sorriu. - Por um modesto preço... -

    Eu já sei o que você deve estar imaginando. Mas eu NÃO sabia o que ele estava fazendo, e agora, a beira da morte, me acho a pessoa mais imbecil do mundo. Portanto, não preciso de seu julgamento. O fato é que acabei aceitando, e entreguei ao homem todas as minhas 97 moedas de ouro e fiquei ali, olhando o ir embora mancando de uma maneira estranha e me achando o mago mais sortudo do mundo.

    Daí em diante foi fácil. Juntei minhas poucas coisas, que consistiam em uma capa, as roupas surradas do corpo, um livro de feitiços carcomido e minha varinha, que apelidei de Lágrima pelo formato da pedra de energia que ela tinha na ponta, e rumei para Ab'dendriel. Foi fácil encontrar o caminho para as cavernas, e até certo ponto achei o povo élfico muito receptivo.

    Você também já deve imaginar que o mapa não tinha nada em comum com a configuração do subterrâneo. Já no segundo nível não conseguia mais me localizar e começava a pensar no que faria com aquele ladrão se o encontrasse. Algum tempo depois eu não pensava mais nele e só deseja me ver livre daquele lugar claustrofóbico. E foi em meio ao desespero, que encontrei o primeiro Troll. Só havia ouvido falar naquelas criaturas horrendas nas histórias de crianças, e agora, cara a cara com um, sabia que as histórias não exageravam nem um pouco. Eles eram baixos, troncudos e com pelos por todo o corpo. Seu rosto era medonho, torto e com presas saltadas. Seus olhos amarelos eram apertados e condicionados a pouca luz dos recônditos mais afastados da superfície.

    A criatura avançou para cima de mim, e tive que derrubá-o com duas rajadas de energia disparadas pela Lágrima, e percebi que outros, atraídos pelo clarão de luzes vinham na minha direção. Mais de uma dezena, se acotovelando e rugindo. Corri pelo caminho que vim, virei em um corredor a direita e saltei em um outro buraco. Mais dois trolls estavam lá embaixo e avançaram com suas garras afiadas imediatamente. Atirei minha única tocha e um deles e aproveitei o susto deles para continuar fugindo. Encontrei esse comodo vazio, uma espécie de depósito antigo, e fiz uma barricada na porta com alguns barris que estavam no canto.

    Não sei quanto mais tempo ela vai aguentar, mas eu encontrei uma fatia de presunto embaixo da minha última página de pergaminho enquanto escrevia. Vai me manter em pé com energia o suficiente por alguns minutos. Se eles vão entrar de uma forma ou de outra, é melhor que eu saia e morra lutando. Quem sabe assim eu não tenho uma chance, mesmo que minúscula, de sair daqui e encontrar aquele pilantra outra vez...

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    Última edição por KrausS; 12-08-2013 às 15:33. Razão: "Carlim" é tenso...
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    GROAAAAAAAAR!

  2. #2
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    Interesante, realmente gostei. Foi simples e objetivo, mostra um personagem iniciante.
    O poder estar em saber como utiliza-lo, podemos ter muito poder e pouca habilidade, nisto anulamos boa parte de nosso poder.

    sorcerer:

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  3. #3
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    Achei muito legal a sua história! Nada a declarar sobre a escrita, está muito boa, parabéns! No começo fiquei perdida sobre a caverna, mas logo me localizei. Enfim, aguardo as aventuras do "Caçador". Abraços e não deixe de continuar =)

  4. #4
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    Olá, KrausS!

    Sinto-me enganado tal qual como o pobre personagem da história, tendo eu sido instigado a ler à procura de mulheres ruivas, portanto não farei minha contribuição com fotos, muito menos cartas de amor - ei, isso (tudo) é particular!

    Mas bem: início que desperta a curiosidade e "final" de enorme suspense... O que quer que digamos? Está ótima! Um único detalhe que me chamou a atenção e que não me decidi se gostei ou não foi a censura do nome do nosso protagonista misterioso, mas acredito que tenha um motivo real por trás disso. Parabéns pela história e fico esperançoso que nosso caçador possa relatar mais acontecimentos!

    Se cuida! :)

  5. #5
    Avatar de KrausS
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    Respostas pros amiguinhos lá no final.

    Boa leitura!

    Caçador e a Ameaça Vermelha - Parte 1


    Nunca gostei do cheiro dessa cidade. Nunca gostei de cidade nenhuma. Meu lugar é na estrada. Minha casa é em todos os lugares longe dos aporrinhamentos mundanos e das algazarras urbanas. Desde o dia em que acordei naquela casa élfica, Danruir é o único com o qual consigo conversar. Mesmo ele estando sempre certo e isso me irritando profundamente, ele ainda é meu melhor amigo. E só por isso hoje eu volto para Ab'dendriel. Para responder a um chamado dele.

    Naquele dia eu andava pelas Planícies Devastadas, procurando por vestígios de uma antiga lenda, quando uma mudança no ar disparou meus sentidos. Para aqueles que se aprofundam nas artes mágicas, qualquer alteração das forças ao seu redor, por menor que seja, não passa despercebida. Tensionei os músculos, inalei o ar ao meu redor e me liguei a "mana", a energia interior que serve como combustível para a magia. Em uma mão eu mantinha minha Desafiadora, um simples bastão de madeira a primeira vista, mas quando imbuído de energia arcana, uma poderosa arma de destruição. Na outra mão, concentrei uma porção do fluxo de mana para gerar uma potente bola de fogo e esperei.

    A alteração mágica ao meu redor aumentava, e agora eu já conseguia distinguir de onde ela vinha. Eu estava a esquerda do templo, em posição de defesa, esperando um ataque de uma Aranha Gigante ou até mesmo um Dragão errante. Tentei localizar de onde vinham as vibrações e murmurei um feitiço na língua antiga:

    - Utamo vita.

    Um calor percorreu meu corpo, como se um manto grosso houvesse caído em meus ombros. Minhas bochechas esquentaram, os cabelos da minha nuca eriçaram. Estava próximo. Muito próximo. Foi então que de trás de um arvoredo, um humano saltou, ofegando e com pânico no olhar. Me contive por um segundo, ele não podia ser a ameaça. Então eu os vi. Dois orcs beserkers, com os olhos em fúria e as alabardas em riste. Um deles tinha o braço chamuscado, mas a pólvora orc faziam bem o seu trabalho em entorpecer os sentidos das criaturas.

    O jovem que fugia correu em minha direção, e eu sabia que as criaturas viriam também. Mas eu estava pronto. Derrubei o primeiro monstro com a bola de fogo que concentrava na mão livre. O segundo rugiu e atacou. Há muito tempo eu não lutava com essas criaturas e havia me esquecido da sua velocidade sobrenatural. Mal tive tempo de rolar para o lado enquanto a arma do orc raspava meu braço. Senti-o vibrar e vi faíscas azuis explodirem com o contato. O escudo mágico aguentaria. Mais uma investida do orc, dessa vez eu não fui rápido o suficiente e recebi a estocada no peito. O escudo mágico segurou mais uma vez, mas a pancada fez com que eu fosse atirado para trás.

    Sorte ou não, as faíscas que explodiram dessa vez cegaram o orc por alguns segundos, o suficiente para eu me levantar e me ligar por completo a mana. Inalei o máximo de ar que conseguia, concentrei minha alma e deixei a magia me guiar.

    - EXEVO VIS HUR!

    A onda de energia atravessou o corpo do orc, matando-o instantaneamente e atirando seu corpo dez metros para trás. Respirei ofegante, e agora encarava o jovem que também me olhava com uma mistura de medo e admiração. Caminhei até ele e perguntei seu nome.

    - Jon, sen... senhor. Meu nome é Jon. - Disse-me recuperando a compostura. - Sou um entregador do Serviço de Correios e Postagem. Estou procurando pelo... - Parou por um segundo se perguntando se devia dizer. Balancei a cabeça positivamente em sinal para que ele prosseguisse. - Estou procurando o... Caçador.

    Sorri. Ainda hoje não me acostumei com o título. Não pelo fato de na época eu não lembrar meu nome, mas porque bem... é estranho ser conhecido por um título.

    - Sim, sou eu. - Eu estava vestido com um longo robe azul e com calças também de tom azulado. Vestimentas leves para viajar leve, sempre dizia Danruir. - O que tem pra mim?

    Em resposta o jovem tirou um envelope amarelado, com o celo da casta Cenath. Provavelmente uma mensagem de Danruir. Peguei o envelope e antes de abri-lo pensei em perguntar como o garoto havia me encontrado. Essa habilidade há muito me intrigava, e poderia vir a ser útil um dia. Deixei tal ideia para lá, entreguei uma moeda ao garoto junto com um frasco contendo uma potente poção de vida.

    - Tome mais cuidado ao atravessar as estradas - Disse enquanto ele partia.

    Senti a mesma vibração mágica de antes, e percebi que ela havia vindo do garoto que usava a língua antiga para conjurar um feitiço de velocidade. Fiquei um tempo ali, parado e pensando em quão extensa, profunda e complexa eram as linhas mágicas do mundo. Peguei o envelope, quebrei o selo de cera, e li a mensagem que de fato era de Danruir:

    Suon e Fafnar estão radiantes nos últimos dias, não é mesmo?

    Como conheço sua falta de aptidão para protocolos sociais tal qual seu desgosto e falta de vontade em aprende-los, vou direto ao assunto: Preciso da sua ajuda.

    Assuntos de extrema urgência chegaram a minha humilde casa, e sua habilidades seriam mais do que apreciadas por aqui. Te espero o quanto antes.

    Não demorei a rumar para a cidade élfica. Apesar do nível de descontração, Danruir nunca me convocava se a situação não fosse de extrema seriedade. Fui para o norte, atravessando as bordas do deserto de Jakundaf e subi em direção a Ponte dos Anões. Cruzei-a rápido e silenciosamente, não querendo perturbar os soldados troncudos e de cabelo alaranjado que por ali patrulhavam. Tive que lidar com alguns lobos famintos a oeste das Colinas Femor, para por fim chegar a Ab'dendriel.

    A cidade continuava majestosamente encantadora. Não fosse pelos aventureiros que flutuavam ao jorros por ali, seria um lugar perfeito para se passar um tempo. Árvores com mais de trinta metros de altura, com plataformas de madeira que ligavam umas as outras como pontes. Casas feitas de madeira, as vezes dentro das próprias árvores gigantes, davam um toque pitoresco a cidade se comparada aos outros centros urbanos.

    Fiz meu caminho por uma alameda de bétulas, onde dois elfos mostravam suas habilidades musicais um ao outro. Cruzei um portal coberto por uma trepadeira com folhas engraçadas, subir uma escada de cordas e cheguei a casa de Danruir.

    Era uma casa simples de três cômodos, no primeiro "andar" de um carvalho muito alto e antigo. A porta estava entre-aberta, e pé-ante-pé, entrei chamando pelo meu amigo.

    - Danruir? Sem jogos, elfo! Onde vo... - E antes que eu completasse a frase, ouvi um zunido vindo da esquerda, da lateral semi-escondida de um armário. Saltei para frente e me conectei a mana instantaneamente. Ouvi o barulho de uma pancada de madeira contra madeira. Mal cheguei a retesar a mão esquerda, pronto para conjurar uma lança de gelo, quando vi parado em frente a porta meu melhor amigo, com um sorriso matreiro no rosto e um bastão de madeira ainda encostado no batente que acertara.

    - Você está mais rápido, Caçador. - Ele recuou o bastão e guardou-o no armário. Vestia um traje vermelho com detalhes brancos. Seus cabelos dourados desciam até a cintura, soltos e muito lisos. Tinha o rosto fino, com olhos verdes brilhantes. - Muito mais rápido do que antes. - Relaxei e sorri também.

    - Ou será que é você que está mais lento, elfo? - Provoquei. Chamar qualquer outro de "elfo" seria considerado deselegante, até mesmo um insulto. Mas não Danruir. Eramos amigos já a muito tempo, e nos permitíamos tal intimidade.

    - Ora, meu jovem, o tempo passa para todos. - Disse o elfo com voz paternal - O mesmo tempo que passa para você, passa para mim ou para uma flor. Depende de nós se crescemos juntos, se estagnamos ou retrocedemos.

    - Você não consegue ficar sem as metáforas, não?! - Relaxei e me estendi em uma poltrona próxima a lareira.

    - Queria que as metáforas fossem apenas metáforas... - Seu tom era melancólico. Fechou a porta e tomou lugar em uma poltrona ao lado da minha. Eu não havia percebido antes, mas na outra mão trazia um embrulho do tamanho do seu braço. Sentou-se devagar, colocando o embrulho na mesa de centro entre as poltronas e a lareira. - Há uma sombra cobrindo o Continente, jovem Caçador. Lobos famintos vagueiam nas planícies cada vez mais próximos das cidades. Batedores orcs são encontrados em posições cada vez mais distante de suas fortalezas, e... - Encarava a lareira apagada como se não conseguisse continuar.

    - O que mais, Danruir. - Coloquei a mão em seu ombro. - Por que você me chamou aqui?

    Uma sombra cobriu suas feições sempre belas. Encarou-me por um segundo e pela primeira vez em anos eu tive medo de algo realmente estivesse errado. Lentamente o elfo desembrulhou o pacote que trazia, para relevar uma longa e brilhante escama vermelha. Era linda e terrível ao mesmo tempo. Tinha curvas suaves e arredondadas, ao mesmo tempo que farpas afiadas compunhas cada sessão subsequente da peça. Fiquei um segundo sem entender, quando olhei novamente para meu amigo e vi não medo dessa vez, mas um terror crescente.

    - Elfos tem sumido todos os dias. - Disse ele, parecendo distante agora. - E no lugar de onde eles somem, só encontramos marcas de fogo e uma peça de escama vermelha. - Meu coração congelou por alguns segundo.

    - Não pode ser Danruir... Não pode! - Levantei-me atordoado.

    - Sim meu caro. Receio que sim. - Danruir me encarou, desta vez com frieza. - O Culto Vermelho renasceu.


    .x.



    @Pell

    Eu confesso que meu estilo é muito "rápido". Eu gosto de descrições detalhadas, mas não consigo me alongar demais e acabo sendo objetivo

    Obrigado pelo comentário!
    @Swettie

    Pois é. Faz parte do meu estilo uma escrita onde a localização depende MUITO da interpretação de quem está lendo. Eu não gosto de deixar claro demais onde meus personagens estão, por isso vou dando os detalhes aos poucos antes de revelar!

    Valeu pelo comentário!
    @Lobo Cinza

    Eu adoro cliffhangers! Hahahahaha! Pode esperar muitos finais de enorme suspense!




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