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Tópico: Martiny Entrevista 1ª Edição - Phineas Gage

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    Padrão Martiny Entrevista 1ª Edição - Phineas Gage

    Olá, sejam bem vindos à primeira edição do Martiny Entrevista, o mais novo programa de entrevistas do Off.

    Estarei periodicamente convidando usuários que ajudam a moldar nosso Off para responder algumas perguntas para que possamos nos familiarizar um pouco mais. Coloquem o café para fazer porque o programa de hoje está prestes a começar.

    O entrevistado de hoje é o ilustre médico do Off, uma personalidade já famosa dentro da nossa comunidade. Fama essa que garantiu a segunda colocação no BBOff 2012. É difícil achar um user que ainda não viu seus característicos tópicos relacionados as áreas de saúde e desenvolvimento pessoal.

    O café já está pronto? Vamos começar.

    --
    Martiny - Olá Phineas Gage, bem vindo ao primeiro Martiny Entrevista. Os motivos que o escolhi como primeiro entrevistado não precisam nem ser ditos, já que você se mostrou uma personalidade bastante conhecida dentro do fórum. Por isso, Phineas, peço que fale para nós um pouco do homem por trás de seu avatar. Qual seria seu nome, seus hobbies, a cor dos seus olhos e seu sabor de sorvete favorito? Por favor, nos dê uma ideia de como é ser o médico do Off.

    Phineas Gage -
    Olá Martiny. É muito bom participar da sua entrevista e espero que seja produtiva. Obrigado pela oportunidade.

    Particularmente, nunca me achei popular no fórum. Na realidade, nunca fui muito conhecido, visto que apesar de ter um registro antigo não costumava ser muito ativo.

    Algumas mudanças ocorreram há mais ou menos um ano e, então, comecei a postar frequentemente sobre assuntos que me agradavam. Quiçá por eu encher o saco fórum com tópicos relacionados à medicina, me tornei um pouco conhecido. Acabei me entrosando mais recentemente, com o BBOff e outras brincadeiras, e confesso que fiquei surpreso com a perspectiva que isso gerou.

    Enfim, chega de enrolar...

    Meu nome é Lucas, tenho 19 anos e meus hobbies já foram mais variados. Principalmente nas férias, quando eu dispunha de mais tempo livre, costumava jogar jogos no computador que me envolvessem, jogar boliche com amigos e ir à academia, exercício que pratico há dois anos e pouco. Também tocava piano, guitarra e violão; cheguei a me formar em um curso de piano quando era mais novo, o qual durou incríveis onze anos, mas infelizmente parei com as aulas e não levei mais a sério.

    Mas como disse, recentemente meus hobbies tem sido relacionados ao que me ocupa boa parte do dia: faculdade. O que faço bastante é ler livros, artigos, estudar, passar algum tempo nos campos de trabalho e etc. Continuo indo para a academia, mas com menos frequência, e como ninguém é de ferro, de vez em quando rola um xBox, umas visitas no fórum e umas assistidas em seriados do momento, principalmente Game Of Thrones.

    Meus olhos são lindos verdes e meu sorvete favorito eu não sei qual é; gosto de todos!

    Quanto a ser o médico do Off, seria muito melhor se eu fosse pago pra isso <risos>. Mas sério, deixando as brincadeiras de lado, costumo receber algumas MPs de usuários me perguntando coisas relacionadas ao que escrevo aqui que vão desde o extremo da bizarrice até algo mais preocupante. Não estou reclamando; pelo contrário, acho muito bom que eu seja procurado, mesmo não sendo ainda um médico de verdade. Isso indica que meu jeito de ser e de escrever transmite certa confiança.

    Aproveitando o papo e a oportunidade, gostaria de dizer que eu admiro quem tem uma boa redação e sabe se expressar com clareza, principalmente na internet. Sim, isso foi um elogio, Martiny.
    M - Você não é apenas um usuário popular, mas é muito gentil também. Obrigado pelo elogio. Gostaria de falar um pouco sobre o seu claro interesse no ser humano. Seus tópicos sobre medicina, psicologia, bem-estar, educação e variedades terminados com ponto e vírgula são sua marca registrada. Estou curioso para saber, Lucas, de onde veio esse interesse tão marcante? Quais são as suas áreas de estudo favoritas e quais são as coisas que você acredita serem as mais interessantes que você aprendeu até então?


    PG -
    Obrigado!

    Olha, meus interesses pelos assuntos que costumo escrever aqui no fórum vêm desde a minha adolescência; meus pais são ambos médicos e meus outros familiares estão fortemente imersos em áreas biológicas de atuação, portanto não poderia ser diferente. Como somatório, acho que nasci gostando de discussões relacionadas ao funcionamento do corpo e do pensamento humano. Contraditoriamente, antes eu não costumava escrever sobre esses assuntos, apenas pensava e me limitava a algumas leituras ou discussões em fóruns pela internet. O TibiaBR, particularmente, não havia sido palco de nenhuma delas.

    Com a chegada dos meus últimos anos de ensino médio, eu deveria escolher uma profissão. Numa tentativa de unir o útil ao agradável e matar dois coelhos com uma cajadada só, decidi fazer Medicina para seguir a residência de Psiquiatria. Prestei vestibular com essa ideia em mente.

    Todavia, como nada é estático, ao decorrer da minha passagem pelo primeiro semestre da faculdade já mudei de opinião; não mais me pendi para o lado das análises da psique, mas sim para o tratamento do corpo humano em si. Estou, até agora, sem saber que caminho tomar em minha especialização. Graças a Deus ainda é cedo para essa escolha, tenho mais quatro anos de faculdade!

    Falando agora das coisas mais interessantes que já aprendi e aproveitando a coesão dos parágrafos anteriores, posso afirmar que uma das partes mais marcantes do meu percurso acadêmico até agora foram as relacionadas com a disciplina de Neuroanatomia, que tive a oportunidade de cursar no começo do ano passado. Uniu a parte anatômica e cirúrgica da medicina com os aspectos psicológicos de aprendizado e vivência. A inspiração foi tanta que foram graças às leituras referentes a esses assuntos que decidi trocar meu nick aqui do fórum pro atualmente conhecido Phineas Gage. Quem tiver tempo para pesquisar a história por trás dele está aconselhado a fazê-lo!
    M - Já que você citou sua troca de nick, acredito que essa seja a hora perfeita para perguntar sobre sua vida no fórum. Ninguém deixa de notar que você tem bastante tempo de casa (2005 não é para qualquer um), mas infelizmente tenho que admitir que só o conheci faz, relativamente, pouco tempo. Não possuo conhecimento se você era bastante ativo antigamente, pois não vivi essa época. Por isso, gostaria que esclarecesse para nós como foi sua jornada offística. Como você conheceu o Fórum TibiaBr? Qual era seu nick antigo? Quais foram os motivos que o motivaram a postar mais ultimamente? O que você gosta no Off? Expresse seu amor, pois eu sei que você nos ama muito.

    PG
    Certo, vamos falar da minha vida Nerd! Hahaha...

    Primeiramente vou falar das minhas etapas no fórum, o que explicará em parte o porquê de eu ter sido inativo no Off.

    Minha estrada pelo fórum começou há muito tempo sim, sendo que meu registro de 2005 não esconde meu passado tibiano. Quando comecei a jogar Tibia, em 2004, eu não tinha conhecimento de nada e era uma criança lidando com um brinquedo novo; estava curioso. Descobri, então, o TibiaBR, onde eu poderia passar horas e horas vendo vídeos, fotos, comentários e tudo sobre o meu jogo e passatempo favorito.

    Com o vir da adolescência, meu gosto por computadores e suas diversões caiu um pouco, e foi aí que comecei a me interessar pelos assuntos do Off-Topic. Como todo offista newcomer, comecei pela Taverna, vendo vídeo e dando algumas risadas, mas então logo parti para o elevadíssimo grau pseudo-cultural do Off em si. Foi amor a primeira vista.

    Talvez por incapacidade ou falta de iniciativa eu não costumava criar tópicos ou postar, mas acompanhava muito. Da pra ver pelo meu relativamente pequeno número de mensagens que eu não era muito falar -e ainda não o sou, comparando com outros usuários por aí-. Com o tempo fui me soltando e conhecendo bem o pessoal; e então comecei a postar o que venho postando até hoje, quantitativa e qualitativamente.

    Quanto ao meu nick antigo, deixa ele pra lá; era algo sem sentido, nem eu me recordo direito. Aliás, tenho um certo receio de falar de meu passado por aqui. Me acho muito imbecil nos meus tempos de moleque e tenho vergonha disso. Falo mesmo!

    Sobre minha vida atual no fórum, eu estava parando pra pensar: não tenho intriga com nenhum usuário por aqui, o que é bom. Algumas briguinhas vieram e foram, mas, ainda mais por ser um sobrevivente do BBOff, me qualifico como pacífico. Quiçá se alguém vier falar mal da entrevista seja o primeiro a ser odiado <risos>.

    Claro que não gosto de muita gente e acho um bocado de comentários idiotas e equivocados, mas me seguro e não explano a respeito, até porque minha opinião na internet não vai mudar muita coisa e porque não vale à pena estragar uma boa impressão por expor -muitas vezes de forma autoritária- suas ideias; contenho-me, portanto. Esse é o principal motivo pelo qual eu não participo daquelas nada clichês discussões religiosas que rolam por aí.

    Falando mais de coisas boas, gosto muito de participar do fórum quando não tenho nada para fazer ou quando estou procrastinando, mas me sinto realmente vivo quando o faço para contar sobre os assuntos que aprecio -vide meus tópicos sobre ciência e psicologia- ou quando me envolvo naquelas discussões com vários usuários que possuem um bom vocabulário e um conhecimento maior do que a maioria. Aliás, ultimamente tenho até me espantado com a evidente melhora no nível intelectual por essas páginas. Quem dirá quando eu começar a ler os posts da sessão de literatura!

    Também não da pra deixar de dizer que as risadas aqui são boas, principalmente nos momentos de interação entre os usuários antigos, nos comentários engraçados e nas expectativas da guerra entre membros e moderação; todos gostam de um quebra-pau!
    M - É muito bom ter você ativo, Lucas. O fórum agradece, seus tópicos são interessantes. Explorando um pouco seus hobbies novamente, eu sempre tive interesse de saber sobre sua vida gamer. Quais jogos, além de tibia, você costuma jogar? Há outros MMORPGs? Qual seu level no tibia? Joga muito? Quais foram os jogos que marcaram sua vida? E claro, a pergunta mais importante: você gosta de Harvest Moon? (nossa amizade depende dessa pergunta sendo respondida corretamente)

    PG -
    Obrigado pelos elogios!

    Well... minha vida gamer não é tão ativa assim. Na real, ela já foi muito mais, mas atualmente não tenho jogado insanamente. E nem é por falta de tempo, é por falta de interesse e dedicação pelo assunto.

    Mas falando do passado, meu gosto por jogos não é mera confabulação. Joguei muito Tibia, apesar de nunca ter tido um personagem memorável; meu nível máximo foi 110, lá pela versão 8.0. Antes disso, ainda tive vários outros chars de muitos tipos, mas se eu for contar as histórias agora faltariam-me detalhes e estenderia muito o nosso papo.

    Atualmente jogo em Samera e estou com um paladino level 72. Nas férias ele era muito mais ativo, lhe garanto. Agora, mesmo estando free account -o que é horrível para o meu estilo de jogo-, ainda entro raramente para matar alguns bichos e falar com amigos.

    Fora do mundo tibiano também sou um assíduo fã de Diablo e toda sua série. Apesar de não ter jogado seriamente a primeira versão, Diablo II e sua expansão me renderam um bom divertimento e tive alguns personagens no level máximo. Prova de todo meu amor é a compra de um notebook novo que fiz há alguns dias na esperança de nostalgiar com o lançamento da terceira versão do jogo, que ainda será lançada. Joguem! É muito bom!

    Falando em consoles, por incrível que pareça os novos não me atraem tanto quanto os antigos. Quando criança eu costumava zerar Super Mario World pelo menos uma vez por semana -o que era um feito incrível para uma criança de 8 anos-. No PlayStation 2 também tive meus vícios, com destaque para o GTA Vice Citye Guitar Hero!

    Para não fazer um parágrafo sobre cada game que joguei consideravelmente, segue uma lista simplificada dos mesmos: Age of Empires, The Sims, Sim City, Twinsen Odyssey (muito bom por sinal), Pokemão para GBA, Theme Hospital, Crysis, Battlefield, Counter-Strike e... acho que é só!

    ...

    Mentira! Hahaha... Claro que joguei Harvest Moon! Apesar de não ter me adentrado em todas as versões, você sabe, desde nosso convívio no BBOff, que eu gosto bastante do Back to Nature. Podem dizer que é jogo de menininha, mas pra quem tinha umas dez famílias no The Sims, jogar Harvest Moon é a coisa mais bad boy do mundo.

    E para complementar, não posso esquecer-me dos RPGs de mesa. Joguei desde muito cedo D&D, mesmo que sem cumprir com todas as regras originais (pois eramos um bando de pirralhos em frente a três livros gigantescos com linguagem complicada - queríamos apenas era nos divertir!). Tenho até hoje algumas fichas antigas e os livros da versão 3.5 guardados de recordação. Magic The Gathering também foi um auê; tenho vários decks montados e, apesar de não ter participado de campeonatos e ter ido a fundo no mundo das cartinhas, tenho uma boa coleção e algum dinheiro gasto em cima delas.

    Acho que é só. Deu pra ver que tenho uma alma nerd sucumbida em meu interior. Volta e meia ela reaparece pra me dar um pouco de felicidade, mas enquanto eu tiver os compromissos que tenho na vida real, melhor deixá-la quieta, jogando sozinha... <risos>
    M - Quem falar que Harvest Moon é coisa de menininha, vai sentir a fúria da minha foice. Estejam avisados.

    Lucas, voltando a se focar em seus tópicos, vejo que tem muitos tópicos com teor de auto-ajuda e desenvolvimento pessoal. Como acho interessante esse assunto que já me ajudou muito, gostaria que compartilhasse conosco um pouco mais a sua jornada no desenvolvimento pessoal. Acredito que, como muitos de nós, você já tenha tido estados de tristeza. Se já os teve, gostaria de saber como conseguiu ser mais feliz, quais atividades melhoraram sua vida, o que você aprendeu com a vida até agora e quais conselhos você pode dar às pessoas. Pergunto isso pois é muito difícil separar as boas dicas de auto-ajuda, pois esse área de conhecimento psicológico foi envenenada por livros ruins e dicas porcas. Além disso, sempre acho que compartilhar essas experiências, tristes ou alegres, ajudam as outras pessoas.


    PG -
    Martiny;

    Momentos depressivos todo mundo já teve. Por mais feliz, alegre ou bem humorada que a pessoa seja, ela jamais ficará isenta daqueles pensamentos que parecem tomar conta do corpo e aquela indisposição infernal que nos impede de sequer levantar da cama. O que diferencia uma pessoa bem sucedida das más, é que elas conseguem dar a volta por cima.

    Tendo em vista isso, o que despertou grande parte do meu gosto para com coisas que envolvam a psique foi a tentativa -muitas vezes vã- de sair desses estados ruins em que me encontrava. Eu não achava certo ficar triste e não saber nem ao menos o por quê. Indo mais a fundo, também não me contentava em não saber como reverter essa tristeza para um estado de felicidade! Creio que esse também é o processo que leva muita gente a ler livros, revistas e artigos relacionados à psicologia. Foi para você também, Martiny?

    Afirmo com total convicção que, apesar de não saber exatamente como agir em todas as situações emocionais, sei bastante coisa a respeito das mesmas e muitas vezes consigo reverter estados ruins. E por falar nisso, vamos à parte mais elaborada da resposta. Não vou contar acontecimentos pessoais por motivos de privacidade e pelo fato de não haver nada de espetacular nos mesmos. Ao invés disso, vou falar amplamente, de maneira que possa servir para o maior espectro possível de leitores, sem deixar de ser eficaz.

    Táticas exatas para se sair de um estado depressivo, particularmente, acho que não são bem vindas; afinal, são muito individualistas, e o que funciona para mim pode não funcionar para você. É igual dieta, alguns conseguem um resultado satisfatório e outros não. Não estamos falando de matemática! Entretanto, algumas dicas podem ser dada para se ter relativo sucesso. Vou descrever um pouco delas que acredito serem eficazes adiante; se não for de interesse, podem pular os parágrafos seguintes.

    O que se pode fazer -e o que eu aconselho fazer- quando não se está satisfeito com a condição mental é um processo de auto-conhecimento. O melhor livro sobre psicoterapia que li destinado ao público em geral foi aquele que recomendou uma percepção intrínseca e desenvoltura de métodos a partir dela, e não aqueles que prometeram uma melhora instantânea após seguir algumas instruções elaboradas pelo autor!

    Quando se está deprimido, eufórico, ansioso, etc., o primeiro passo é aceitar a condição e aguardar; você está assim e isso é extremamente normal, não significando que ficará nesse estado para sempre. Uma coisa legal de se fazer para acelerar o processo de reversão do quadro é inovar, fazer algo que você não planejou e sequer imaginou, por mais difícil e improdutiva que pareça a tarefa. Sei que algumas vezes não temos vontade de iniciar atividade alguma, mas se você simplesmente apagar os pensamentos que estão lhe impedindo, entrar em um piloto automático e fazê-la sem medir consequências por, pelo menos, dez minutos, verá que muitas vezes não é aquele bicho de sete cabeças que estava imaginando; então, quando menos perceber, terá se passado um bom tempo e você já estará se sentindo melhor.

    Segundo, após ter saído do estado ruim -nunca durante ele- e cuidando para não ficar paranoico, é tentar verificar intrinsecamente o por quê de ter ficado "se sentindo mal". Isso é o auto-conhecimento. Pare em algum local quieto e sem distrações para pensar e chegar a conclusões sobre o que realmente está ruim na sua vida e o que você está transformando em ruim. Seja realista! Afinal, muito dos problemas que temos somos nós mesmos que criamos. Outrossim, há um provérbio tibetano que diz: se um problema tem solução, então não há por que nos preocuparmos com ele; entretanto, se ele não a tiver, solucionado está.

    Portanto, retomando o que eu disse, o melhor a se fazer é se auto-conhecer; é desenvolver sua própria estratégia, sua própria receita de bolo. Afinal, quem melhor para combater algo que está dentro de nossa cabeça e que foi criado por nossa psique do que nós mesmos?
    M - Deixando o serious bussines um pouco de lado, vamos explorar o seu gosto um pouco mais. Quais bandas, artistas e estilos musicais você curte? Alguma recomendação?

    PG -
    Opa, deu boa... gosto bastante de quick questions.

    Olha, consigo escutar e até respeito e admiro todos os estilos musicais. Até mesmo aquele samba, pagode e sertanejo que muitos apedrejam possuem certo valor (quando provindos da raiz). Entretanto, não suporto funk e sertanejos modinhas. São muito idiotas.

    Agora, em termos de gosto, curto mesmo o bom e velho Rock n' Roll, principalmente o internacional. Toquei e fiz aula de guitarra por vários anos, e isso me influenciou bastante. Minhas bandas preferidas são Metallica e Guns 'n Roses (formação clássica, claro), mas já passei por fases de adoração de System Of A Down, Rolling Stones, Red Hot, AC/DC, Aerosmith, Dream Theater e etc. Também é bom citar aqueles Deuses, como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Janis Joplin e cia. Creio que se assemelha bastante com o gosto do pessoal por aqui.

    Em termos nacionais, não pode faltar André Matos e suas mil bandas, Engenheiros do Hawaii, Dazaranha, Kleiton e Kledir (sim, eu gosto deles pelo fato de meus pais gostarem e eles terem sido conhecidos na época de faculdade; cresci ouvindo suas músicas), Raul Seixas, Cazuza, Matanza e, claro, Velhas Virgens!

    Partindo pro lado mais pseudo-cult, como toquei piano por uns bons doze anos, a música clássica me faz muito bem. Apesar disso, não sou tão assíduo assim nos compositores; conheço apenas as mais clichês e não escuto muito.

    Resumindo, música já esteve presente de maneira marcante em boa parte da minha vida, sendo que eu andava com um fone de ouvido onde quer que estivesse até o segundo ano. Todavia, os ventos mudaram e hoje em dia não costumo estar por dentro do mundo musical, apenas escuto o que escutava antigamente e volta e meia leio algo sobre o Slash e outros guitarristas.
    M - Ha ha, aposto que em algum momento você já teve um cabelão. Todos rockeiros já tiveram uma época dessas. E filmes/seriados? Aposto que você dá risada de séries médicas como House, algo do tipo "nossa que noob, é lógico que é lupus". Aprecia essa arte cinematográfica e televisiva? Há filmes que marcaram você? Algumas recomendações de bons filmes e seriados que você aprecia?

    PG -
    Cabelão? Nunca tive. O mais perto disso que cheguei foi um moicano, mas nada exagerado e raspado, apenas um penteado um pouco diferente do padrão bom-moço. Bons e velhos tempos!

    Seriados e filmes? Bá, gosto muito, embora não seja aquele assíduo telespectador de nenhum dos dois. Quanto aos primeiros, sou bem clichê e assisto -se é que alguém por aqui também não assiste- The Game of Thrones, House M.D., The Big Bang Theory e Two And a Half Man. Outros seriados médicos como Grey's Anatomy só cheguei a chegar alguns episódios, mas não dei continuidade.

    Falando nisso, gostaria de esclarecer uma coisa: se você quer saber realmente como é a rotina médica, assista Grey's Anatomy. House, apesar de mais divertido e interessante, não se parece nem de perto com a realidade, tanto em termos de doenças, tratamentos e procedimentos quanto de rotina profissional. Por tal feito, dificilmente um médico assistindo à série vai se sentir satisfeito; sempre terá algo a criticar. Como estudante, não sou diferente.

    Agora, em termos de filmes, gosto muito dos filmes de Johnny Depp; Piratas do Caribe, Sweeney Todd, Alice, etc.; são todos muito bons! De clássicos, sou fã da série Star Wars e ainda Senhor dos Anéis. Já dos mais desconhecidos, gosto de muitos que elevam o nível do conteúdo, prendendo o telespectador de maneira intelectual; resumindo, de filmes inteligentes. Como exemplos destes, cito A Lista de Schindler, O Silêncio dos Inocentes, Mãos Talentosas, Quase Deuses, Cidade dos Anjos e, recentemente, A Invenção de Hugo Cabret.

    Provavelmente vou me lembrar de mais alguns depois e me arrepender por não ter colocado da lista, mas por enquanto é isso!
    M - Agora a parte que eu estava ansioso. Livros! Ler deve ser uma atividade frequente para o senhor. E como tenho certeza que você lê bastante, você deve ter boas recomendações de livros. Quais são seus livros preferidos, e quais você recomenda para os leitores do Off? Lembre-se que pode ser tanto de ficção quanto não-ficção, você que decide quais você quer recomendar, e porquê.

    PG -
    Ahá, literatura!

    Confesso que ler nem sempre foi uma atividade intrínseca de minha vida. No ensino médio, particularmente até começar a estudar para o vestibular, eu dificilmente pegava um livro. Aliás, dificilmente estudava; era vagabundo. O máximo que fiz foi ler a Biografia do Slash, porque a mesma, além de retratar meu guitarrista favorito e contar a história de uma das melhores bandas que já houve, era bem divertida e fácil de se compreender. Apesar disso é um excelente exemplar e até hoje a recomendo para aqueles que gostam do gênero.

    Mas a vida da voltas e eis que entrei para a faculdade; e qualquer estudante digno deve-se dar ao trabalho de adquirir o hábito literário! Aliás, acho extremamente importante que se leia além dos assuntos relacionados com seu curso, pois só assim verá a atividade com olhos prazerosos e desenvolverá um melhor proveito da mesma. Continuemos...

    O que mais li até hoje, não da pra negar, foram conteúdos científicos. Livros sobre medicina e áreas da saúde em geral já foram vários. Não acho que o pessoal por aqui vá gostar de alguma leitura mais aprofundada do gênero; são complexas e exigem uma base acadêmica. Entretanto, existem obras que tratam de assuntos relacionados aos temas referidos que são destinados ao público em geral, e é deles que vou falar um pouco. Também tentarei não falar de livros já batidos, que estão na moda e que o pessoal da sessão Literatura comenta bastante. Chega de clichês, hahaha...

    "Por Um Fio", do Dr. Drauzio Varella, é a primeira obra que recomendo. É muito bem escrita e não tão profunda. De fácil leitura, nos leva a uma visão diferente da vivência, dando direito a uma reflexão sobre vida e morte -particularmente fruto de cânceres- que, apesar de ser um pouco espantosa, é extremamente benéfica na formação moral como ser humano. Nos faz encarar a vida como se fossemos meros mortais, fato que por vezes é esquecido em meio à rotina diária.

    Outro que não poderia faltar é "A Cientista que Curou o Próprio Cérebro". Conta uma história verídica de uma neuroanatomista de renome -conhecedora, portanto, de todas as funções cerebrais- que sofreu um derrame (AVC) em uma manhã. Ela descreve todos os sintomas e o decorrer do quadro de maneira detalhada; é bem interessante. Também completa a obra contando como fez para superar os obstáculos e literalmente reaprender a andar, falar e sobreviver, visto que teve todas estas atividades afetadas com a enfermidade. Bem legal!

    Para aqueles que dão importância e querem algo mais voltado à medicina em si, o "Anticâncer" fica indicado. Trata de uma pesquisa de conteúdo mais superficial feita por um médico francês que descobriu um tumor no próprio cérebro, e recebeu um prognóstico de pouco tempo de vida pelos médicos. O livro foi escrito quinze anos depois, e ele ainda vivem mais cinco ou dez após a publicação. Não preciso dizer mais nada; extremamente recomendado.

    Agora, voltando à normalidade, fica a dica de algo menos pseudo-cult. Recentemente li "As Esganadas", do Jô Soares. É um livro de leitura um pouco mais complicada por tratar-se de uma linguagem antiga, mas relata de forma genial o cenário do Rio de Janeiro de séculos passados, além de ser brilhante quanto à história principal e até engraçado. Jô é muito bom escritor.

    E para finalizar, acho que não posso fugir totalmente dos clichês e esquecer de "O Hobbit", precedente de "O Senhor dos Anéis", principalmente pelo fato de que vai sair o filme no final deste ano. Estou terminando a leitura e é um um RPG-style muito bom. Vejam o trailer para ver se agrada!

    Acho que era isso, se for falar de cada coisa que vem em minha mente vou dissertar uma carta aqui! Hahaha..
    M - E chegamos ao fim! É uma pena, mas o programa está chegando ao fim. Foi um grande prazer ter você aqui comigo hoje Lucas, fico feliz em conhecer você um pouco mais. Esse tópico terá pelo menos 500 views, você gostaria de dar um recado especial para os offistas?

    Muito obrigado por aceitar fazer parte do meu programa. Desejo felicidades para você em sua vida e sucesso na medicina. Um abraço.


    PG -
    Olelê, acabou \õ_!

    Martiny, obrigado pela entrevista. Gostei muito do sistema e foi até diferente do que eu imaginava, principalmente em termos de proporções. Acho até que falei além do que devia, o que pode levar aos users pularem boas partes da entrevista ou nem se darem o trabalho de ler, mas fazer o quê?! Você em seu estado principiante de entrevistador e, no reflexo, eu em meu amadorismo como entrevistado; faz parte.



    Quanto ao número de views, espero que chegue ao esperado, até porque pelo que sei você continuará com o projeto, e quanto maior o começo, maior tende a ser as versões seguintes. Vais virar o Jô Soares da galera do Off!

    Um recado para o OFF? Queria elogiar quem teve a paciência de ler a entrevista até o final, principalmente em sua íntegra. Não é pra qualquer um! Hahaha.

    Agora, como é de se esperar, gostaria de deixar um pouco do que penso acerca do futuro para o pessoal por aqui, visto que a maioria está em uma fase que envolve estudos e escolhas que irão durar para a vida toda.

    Pessoas, estudem! Não sou pai de nenhum de vocês e muito menos estou interessado nos seus sucessos e fracassos, mas se há um conselho que posso dar e ter a certeza de que servirá, é esse. Estudos levam você mais longe do que qualquer outra coisa poderá levar. Talvez até haja indivíduos sortudos que não precisem dele para se sobressair na vida; mas, para nós mortais, trata-se do ponto chave. Não falo unicamente de estudar para passar no vestibular, num concurso e etc.; além disso, me refiro a estudar e se dedicar no que for fazer daqui pra frente. Por isso que é importante se estar inserido em um meio que é de seu interesse, sem isso você não consegue ter dedicação. Esqueçam o dinheiro, esqueçam a fama e esqueçam as influências, vão com o coração e com sede ao pote que desejarem; façam bem feito!

    Apelando e exemplificando, posso dizer que fico impressionado com o entrevistador que também vos escreve; Martiny, em seus meros poucos anos de vida, já interessa-se a ponto de estudar psicologia em livros que nem adultos leem. Isso é o que diferencia aqueles que dão certo daqueles que vão ser apenas mais um -ou apenas um saldo negativo- na sociedade. Tenham essa consciência.

    No mais, é isso. Ruim ter chegado ao fim, mas estou curioso pra saber a repercussão que vai gerar. Espero que seja positiva! Obrigado; beijos, PG.
    --

    Espero que tenham gostado da entrevista. O próximo entrevistado é... segredo. Adoro ser misterioso.

    Quaisquer recomendações de usuários para entrevista ou ofertas para publicidade, minha caixa de MP está aberta. Comentários são bem vindos, eu amo vocês. Um abraço e até a próxima edição (:

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    Última edição por Martiny; 16-05-2012 às 22:06. Razão: Pedido de edição



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