desapontou-me profundamente.
A mulher que lutou bravamente para libertar nosso país da tirania militar é favorável ao aborto. De acordo com ela, é uma questão de saúde pública. Falando assim, até parece que o advento da concepção é uma praga a ser combatida, tal qual a proliferação de ratos.
Eu até entendo que a legalização do aborto pode representar um plus no qualitativo de vida do brasileiro, mas seria demasiada irresponsabilidade banalizar algo tão crucial quanto a vida (apesar do que a acepção do termo "vida" ainda venha à baila em acaloradas discussões).
No Direito, fala-se do In dubio pro reo (na dúvida, em favor do réu). Se a vida é algo discutível, seria sensato abortar, sem saber se o que estamos extirpando é uma vida ou um mero projeto da mesma? Se terminações nervosas primitivas são indícios de vida, porque cientistas consideram plantas (que não possuem terminações nervosas) de seres vivos? No mínimo, polêmico.
Interrompem-se vidas (ou projetos de vida, como preferirem) e cultiva-se o comodismo, a irresponsabilidade e a banalização dos valores individuais e sociais. Com a legalização do aborto, abre-se um ciclo eterno e uma ofensa aberta ao pouco que restou de honra e boa moral em nossa sociedade entregue à metástase da imoralidade e hipocrisia.
Quem leu o livro "Freakonomics" pode ter notado que o aborto pode, e muito, oferecer bons frutos sociais. A experiência conduzida nos EUA mostrou que a legalização do aborto estava ligada com a queda dos índices de violência. Mas até que ponto isso é válido? Será que os fins justificam os meios? Se sim, vamos implementar a pena capital e extirpar gastos astronômicos com o pífio sistema carcerário brasileiro.
Nem sempre os fins devem justificar os meio. Nem sempre a liberdade é uma dádiva. E liberdade em excesso pode ser um perigo irremediável. Ao mesmo tempo em que se gera frutos sociais, pensem: como seria o nosso mundo sem Einstein, Kelsen, Bacon, Newton, Beccaria, Martin Luther King, Che Guevara, Nietzsche, Schopenhauer? Como seria o nosso mundo sem eles? Se fossem abortados?
A primeira vista, o aborto pode parecer uma solução. Mas como podem ver, há sempre um viés.
Dissertem.
P.S.: Não voto nela. Não mais. Cristovam Buarque para presidente, já!
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