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Tópico: Canto do Steve

  1. #31
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    O primeiro parágrafo me lembrou da igreja Universal.:rolleyes:


    Sinceramente, não tenho muito o que comentar. Mais um texto despretensioso mas daqueles que te causam uma reflexão rápida. Um clichê bem clássico, diga-se de passagem.

    Nem gostei.

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  2. #32
    Avatar de Drasty
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    Também não gostei, achei a mensagem vaga e bem genérica. E como o Hove disse em alguns momentos parece comercial de Igreja Universal.

    Você pode fazer melhor do que isso.

  3. #33
    Avatar de Emanoel
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    Quebrando o coro, gostei tanto quanto poderia de um texto tão pequeno. Talvez você nem tenha pensado tanto assim nele, mas achei o título super bem encaixado.

    Voltando ao papo sobre música, lembrei de Fight Test do The Flaming Lips. "Não sei onde os raios-de-sol terminam e a luz das estrelas começam, é tudo um mistério. E eu não sei como um cara decide o que é certo para sua própria vida, é tudo um mistério". Foi uma maneira simplista de se expressar, mas acho que seu texto é um pouco sobre isso.

    Melhor frase: "Apontaram o dedo na minha cara e me falaram para parar de rir, porque não tinha graça nenhuma". Eu não sei muito bem do que vale a pena rir, acho que me identifiquei.
    Última edição por Emanoel; 06-05-2010 às 08:40.

  4. #34
    Avatar de Wu Cheng
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    @Utopia: Sei que não gosta muito do Bukowski, mas tem uma história dele que acho que vai gostar.

    Ele não selecionava nada do que escrevia, simplesmente dizia que se fosse se policiar para escrever apenas "coisas boas" teria um bloqueio criativo e nunca escreveria nada.

    Por isso tinha um armário cheio de escritos, resmas e mais resmas empilhadas de poesias e contos que seu editor da Black Sparrow selecionava dedicadamente.

    Este editor contou que jogou muito lixo fora, produção imprestável.

    Lembrei disso não porque o texto de Utopia está uma porcaria, mas porque parece ter sido feito de um lampejo criativo só, você simplesmente deixou a mente divagar.

    O que era?
    Esperança, perspectiva, ideologia, Deus, uma utopia?

    Uma coisa que parecia estar perto de mim desde sempre, mas que por algum motivo foi sempre tão inalcançável.
    Conseguiu lamber o próprio cotovelo? Brincadeira...

  5. #35
    Avatar de Steve B
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    Citação Postado originalmente por Wu Cheng Ver Post
    @Utopia: Sei que não gosta muito do Bukowski, mas tem uma história dele que acho que vai gostar.

    Ele não selecionava nada do que escrevia, simplesmente dizia que se fosse se policiar para escrever apenas "coisas boas" teria um bloqueio criativo e nunca escreveria nada.

    Por isso tinha um armário cheio de escritos, resmas e mais resmas empilhadas de poesias e contos que seu editor da Black Sparrow selecionava dedicadamente.

    Este editor contou que jogou muito lixo fora, produção imprestável.

    Lembrei disso não porque o texto de Utopia está uma porcaria, mas porque parece ter sido feito de um lampejo criativo só, você simplesmente deixou a mente divagar.
    Sim, sim, éé. Também acho que não devemos nos policiar pra escrever só coisas boas, e sim sair escrevendo o que dá na telha. E na verdade eu até gosto de Bukowski, só impliquei um pouquinho naquele seu conto (Cachorro Louco), hahaha.

    Agradeço às demais críticas.

    Agora; um contozin ae, espero que gostem.




    Dois Rios



    É bom começar uma história com uma pergunta que estimule a reflexão do ouvinte, leitor, ou quem quer que seja. Porque afinal, quem se dispõe a acompanhar uma história de maneira espontânea está em busca dessa reflexão, mesmo que não saiba. Com o texto escrito mais ainda. O próprio escritor precisou refletir para que suas palavras aparecessem no papel, e o seu objetivo é transmitir isso ao leitor, que naturalmente está aberto para que isso aconteça.

    Então eu vos faço a derradeira pergunta: o que é amor?





    Ela era a mulher mais estonteante e perigosa que toda a longínqua cidade de Dois Rios já havia visto. A cidade não era lá muito grande, tá certo. Na verdade só possuía duas ruas, cortadas por outras duas, e pronto. E não podemos esquecer dos dois rios, claro, cada um d’um lado da cidade. Era uma roça que ficava em algum lugar entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais e sequer constava no mapa, com pouco mais de duzentos habitantes. Nunca recebeu turistas ou qualquer tipo de “gente de fora”, visto que era impossível chegar lá de carro, e o caminho, conhecido apenas pelos moradores, era um verdadeiro labirinto.

    Nunca.

    Nunca até aquele dia, em que a tal dona chegou lá e parou a cidade.

    No início era apenas uma jovem desamparada, cheia de barro da cabeça aos pés, montada em um cavalo branco e também todo cheio de barro. Caíram na correnteza em algum lugar de um dos rios e foram parar lá, era a teoria mais plausível. Mas ninguém nunca confirmou nada, e a moça nunca abriu o bico também. Desde o início era toda envolta por mistérios, o que começou a despertar a atenção da cidade (e também a excitar o imaginário masculino dos que ali viviam).

    Foi logo acolhida pelos Siqueira, uma família tradicional da região, mas que atualmente era composta apenas pelo casal precursor daquilo tudo, dois velhinhos simpáticos com uns sessenta anos cada um. Seus filhos e netos haviam sofrido um acidente terrível, e ninguém nunca mais ousou entrar na casa deles, que viviam reclusos desde então.

    Ninguém.

    Ninguém exceto a dona, que foi bem recebida por eles e logo encontrou ali seu novo lar.

    Um lar perfeito, diga-se de passagem. Comida e moradia em troca de nada, os Siqueira não faziam nem perguntas, tudo que queriam era uma companhia como aquela, uma moça bonita e direita, cheia de carisma. Estavam preenchendo o vazio deixado por seus filhos, era a teoria mais plausível. E é bem capaz mesmo.

    Por onde a moça passava todos olhavam, mas isso não durou muito. Bastou uma volta por Dois Rios montada em seu cavalo com aquele ar intimidador que só ela possuía e ninguém mais ousou olhar, pelo menos não “daquele jeito”. Esse tipo de coisa que só Deus explica.

    Ou o Capeta, obviamente. Não tardou e a jovem já recebeu fama de enviada do lá de baixo pelas mulheres, todas invejosas. Mas não é culpa delas. Eu também ficaria.

    E as confusões começaram. Três das mais tradicionais famílias da cidade entraram em crise. Nunca antes houve tanto marido sendo despejado de casa. Porque claro, os rapazes de Dois Rios não eram assim tão frouxos. Meia dúzia foi lá bater na porta dos Siqueira flertar com a dona, e voltaram todos com as mãos abanando. A cidade estava um verdadeiro caos.

    Até que entra nessa história um novo personagem, o Maurinho. Maurinho, apesar do nome no diminutivo, era o maior cavaleiro que Dois Rios já havia visto. Não havia cavalo nenhum que ele não pudesse montar e domar. E com as donzelas ele ia muito bem, obrigado. Em uma manhã em que a dona foi cavalgar nos arredores da cidade, lá foi ele atrás. Alcançou-a e a acompanhou na cavalgada por um tempo, até que os dois se entreolharam e ela disparou no galope. Aquele era claramente um desafio.

    Maurinho e a moça galoparam por quase uma hora, lado a lado. Estavam em uma colina, com mato baixo por todos os lados e o Sol ainda nascendo ao fundo. Podiam ouvir o barulho do rio, que desaguava logo ali na frente, em uma cachoeira. Ao chegar nela, ambos pararam e desceram do cavalo.

    - Aquele é o meu lar – disse ela.

    - A cachoeira?

    Não houve resposta, ao menos não com palavras.

    E eu vos pergunto novamente, leitores: O que é amor? Definitivamente, não é o que aconteceu naquela cachoeira, naquela manhã.

    E, pela primeira vez desde que a dona chegara lá, Dois Rios finalmente amanheceu calma.




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  6. #36
    Avatar de Emanoel
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    Eu me diverti com os trechos do "nunca" e "ninguém". Na verdade, a narração toda tem um jeito de brincadeira, o que foi a grande vitória do texto: estilo simples, reflexão através do entretenimento e não o contrário. Acredito que esse enredo teria falhado totalmente se tivesse sido escrito em um tom srs bsns.

    O que mais me chamou a atenção foi o fato deles terem cavalgado lado a lado, como dois rios, como Dois Rios. Santa analogia, Batman.

    Seria mentira dizer que entendi completamente seu ponto, mas que existe algo de interessante a se pensar, existe. E mais uma vez, o título caiu bem.


    O céu está no chão, o céu não cai do alto, é o claro, é a escuridão. O céu que toca o chão e o céu que vai no alto, dois lados deram as mãos... como eu fiz também! Só pra poder conhecer, o que a voz da vida vem dizer: que os braços sentem e os olhos vêem, que os lábios sejam, dois rios inteiros, sem direção.

    Dois Rios, Skank
    Última edição por Emanoel; 11-05-2010 às 08:34.

  7. #37
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    É uma história com um tom de misticismo. Achei até estranho, fiquei achando, pelo menos até a metade do conto, que tratava-se de algo contemporâneo, tomei um susto e estou até agora sem saber bem. Entretanto, acredito que tenha sido essa sua intenção.

    Outra coisa que me remeteu, foi o folclore, algo como uma lenda ou lição de vida. Assim como meu companheiro acima, não compreendi o que você quis dizer. Mas prefiro não ficar aqui pensando em sentidos, aposto que nem era essa idéia central, ter sentido. É um mero entretenimento. E a pergunta do começo, continua sem resposta, assim como o conto.

    É desse jeito que eu gosto, Steve.

    Nota: 7.5/10



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