No episódio anterior: Ana percebe que está perdendo a luta para ficar mais forte e também a luta pela sua felicidade, um novo desafio aguarda Ana e Valac e na cidade.
Episódio sete: Derrotas e vitórias
Todos se perguntavam o que acontecera com Ana e Valac. Sadu, Spellfire, Arta e Talita estavam no campo em que eles treinam toda manhã. Não havia nada acontecendo, mas todos pareciam que sentissem que havia algo de errado.
Sadu: Eles já deveriam ter chegado! Será que algo aconteceu? – disse muito nervoso e preocupado.
Talita: Mas nem ao menos sabemos se os dois estão juntos.
Spellfire: Mas o fato de ambos terem desaparecido ao mesmo tempo sugere que estão juntos.
Arta: Acho melhor procurarmos por eles. Eles podem estar com problemas. – falou com um tom de preocupação.
Spellfire: Vamos à casa de Valac e depois vamos lá a casa para ver se eles estão perto das chaves encantadas.
Todos então partem em busca de seus desaparecidos amigos sem saber que eles entraram na caverna próxima a eles para seguir um grito de ajuda. Quando o casal chega a um dos pontos mais profundos da caverna, se deparam com alo que jamais lhes imaginariam ver.
Ana: Valac, você disse que esse lugar é um labirinto? – disse Ana temerosa.
Valac: É o que parece, pois essas paredes são realmente verdadeiras, mas parecem que foram esculpidas para ficarem parecendo um labirinto.
Eles ouvem o grito mais uma vez. Ambos se espantam, a voz está mais próxima do que antes.
Valac: Ouviu? Estamos próximos de quem está gritando por ajuda.
Ana: temos que nos preparar porque seja quem for não está gritando por nada. Alguém ou algo está fazendo mal aquela pessoa.
Ana quando passa pela parede acaba ralando seu ombro, se machucando. Ao ver isso, Valac rasga uma parte de sua camisa e faz um curativo improvisado para a menina.
Valac: Precisa prestar mais atenção Ana, essas rochas são muito pontudas e sua pele é muito delicada. Tente não encostar-se à parede está bem?
Ana: está bem obrigada pelo curativo – disse com uma voz trêmula e começou a corar (pensando = queria que Sailan visse isso! Há Há Há! Eu ainda não perdi!!!)
Eles andam mais um pouco e encontram sangue jorrado ao chão. Assustado, Valac pega Ana pela mão e começa a correr. Na certa, o que havia por lá, era muito ameaçador para lutarem sozinhos.
Valac: sempre que lutamos estávamos todos juntos! Se for algo do mesmo nível daquele rotworm ou daquele cave rat, não sei se podemos lutar sozinhos. Sempre que lutamos, eram todos juntos.
Ana: <corando> Tem razão! Eu não sou tão forte como Sadu e seria muito perigoso se você lutasse sozinho.
Valac pára de correr e fica pálido.
Ana: O que aconteceu Valac? Tem algo de errado?
Valac: Veja Ana!
Ana olha em direção em que Valac aponta seu dedo trêmulo. Em uma rocha ainda suja de sangue.
Valac: Foi ali que você ganhou esse machucado. Estamos andando em círculos!
Ana: essa não! Quer dizer que estamos perdidos em meio ao labirinto?
Eles ouvem um ruído de passos. Pareciam com passos de um animal da classe eqüina. (cavalo, boi, zebra, etc.) os passos pareciam que ficavam mais nítidos como se estivesse se aproximando.
Valac: Vamos correr Ana! – Valac muito nervoso.
Ana: Calma Valac! O que pode estar nesse lugar que seria tão perigoso?
Eles se deparam com uma matilha de lobos que residiam lá. Eles ficaram encurralados.
Ana: Valac! Eles estão bravos!
Valac: Atrás de mim!
Enquanto isso, os demais, após terem ido a vários lugares a procura de Ana e Valac, eles se encontraram na praia de Rookgaard, onde eles conversavam tentando pensar em algum lugar que pudessem tem deixado de procurar.
Sadu: Droga! Esse foi o último lugar na cidade que faltava procurar embora fosse o menos provável!
Talita chega correndo e diz: eu chequei a academia e a casa de Valac e não os achei.
Spellfire chega com Arta e diz: fomos ao templo das almas e em casa mas nem sinal deles.
Sofia, que ao saber do desaparecimento dos dois, se pôs a ajudar, diz: eles sumiram de verdade! Onde foram parar?
Spellfire: Se algo aconteceu a minha irmã ou se Valac fez algo com ela eu não sei o que faço! – disse Spellfire, muito nervoso.
Enquanto Spellfire diz, Arta Sente algo molhado em seus pés. Ao olhar o chão, percebe que a praia avançou até seus pés.
Arta: Pessoal, o mar está avançando!
Ao saberem disso, todos foram até All Dee para obterem informações sobre tal fenômeno através dos livros de Hunter Deltan, que estavam em posse de sua filha Sofia. Chegando lá, ela abre um manuscrito e diz o que está escrito a todos.
Sofia: Esse é um manuscrito antigo que o irmão de Arta havia dado ao um pai. Ele fala sobre as chaves de Tíbiasúla. <lendo> “As chaves de Tibiasúla, são artefatos que, quando estão juntos, possuem os poderes equivalentes ao de um deus. Separadamente, cada um possui um tipo diferente de força capaz de manipular as forças da natureza.”
Talita: Está querendo dizer que este fenômeno também é obra de uma chave de Tibiasúla?
Sofia: Sim Talita. Os indícios não negam, as chaves de tibiasúla estão em Rookgaard e quem almeja seus poderes para o mal, estão em posse das demais.
Arta levantou-se rapidamente e disse: O que estamos esperando? Na certa Ana e Valac foram atrás da próxima chave sozinhos!
Sadu: Isso é impossível Arta. Eles mal sabiam que havia uma chave ativa, pois ela foi ativada quase agora. Sem falar que é muita burrice da parte dos dois irem sozinhos a procura da chave sabendo do perigo de encontrar alguma criatura do nível daquele Rotworm ou do Cave Rat gigante.
Spellfire: Vamos depressa! Vamos pegar uma chave e tentar seguir o rastro da chave e de Ana e Valac. Pai, Sofia, vocês ficam. Se não voltarmos em uma hora, vocês nos seguem com a outra chave que está no quarto certo?
All: certo filho
Sofia: Tomem cuidado
Com isso, Sadu, Spellfire, Arta e Talita, guiados pela chave que Spellfire conseguiu através da luta que ele teve contra o terrível Rotworm, foram ao encalce dos seus amigos desaparecidos. Enquanto isso no labirinto, Ana e Valac começam a lutar contra lobos. Ana muito assustada não conseguia fazer muito para ajudar. Valac acabou se machucando no ombro por conta de uma mordida muito profunda que um lobo lhe causara. Depois que eles mataram vários lobos, Valac perde forças e fica de joelhos ao chão segurando seu ombro ferido.
Ana bastante preocupada chorava bastante: Valac, você está bem? Desculpe! Tudo isso é culpa minha! Eu que lhe convenci a vir até aqui, eu que não pude reagir diante do perigo, eu que sou a...
Valac a interrompe dizendo: pare agora! Não se lamente por isso! Estamos juntos nessa. Se você não puder lutar, eu lutarei por nos dois!
Com isso, Valac e Ana continuaram a andar fugindo desesperadamente dos passos que pareciam vir de um animal quadrúpede como cavalo, boi e etc. sempre, eles cruzavam com matilhas de lobos e Valac ficava cada vez mais ferido. Chegou a um ponto que Valac não agüentou os ferimentos e caiu de exaustão para o desespero de Ana.
Ana: Valac levante-se, por favor! Não desista. [Pensando= eu não sou forte o bastante, mas me esforçarei para salvá-lo.]
Ana o apoiou em seu ombro e começou a correr com muita dificuldade, pois Valac era muito mais pesado que ela sem falar que ele nem conseguia encontrar apoio para ficar em pé. Ana ficou parada e soltou Valac deixando-o de joelhos ao chão. Ele, com muita dificuldade em falar perguntou: Ana, o que aconteceu?
Ana não conseguia dizer uma só palavra, pois o que ela viu Le tirou as forças.
Ana: Valac, isso é um cadáver!
Valac olha analisando a pessoa que falecera e diz a Ana: provavelmente é a dona da voz que ecoava pela caverna.
De repente, um monstro apareceu. Ele era marrom, era metade touro, metade homem tinha um corpo enorme e fisicamente perfeito. Seus olhos eram profundos e aterradores.
Ana: um Minotauro!!!
Valac: Um minoquê?
Ana: Minotauro. Uma raça mitológica que vive em cavernas. Eu não sabia que aqui era a caverna deles!
O Minotauro furioso, falou com uma voz cerrada por causa de sua boca ser de um boi, apesar de possuir o dom da fala: o que fazem aqui seus ratos? Mandarei vocês ao inferno em nome do meu mestre!
Valac se levanta e olha a cintura do Minotauro e percebe que ele possuía uma das chaves.
Valac: Ana, ele tem uma chave! Temos que detê-lo antes que ele tente usar os poderes que ela possui.
Ana sabe que as chaves não podem ser ativadas sem o auxílio de uma certa quantidade de magia espiritual. Mas estranhou o fato de um ser que não possui sequer alguma habilidade mágica, estar usando tal instrumento. Ana corre erguendo sua espada em direção ao monstro, mas ele dá um golpe no estômago dela e a arremessa contra a parede. Valac se levanta e atira uma de suas flechas, mas devido aos ferimentos, seu ataque não surtiu efeito.
O minotauro correu com toda sua velocidade até Valac Gritando: Kaplar! Ele ataca violentamente Valac fazendo o arqueiro cair em desmaio. O Minotauro, que junto à chave a sua cintura, tinha uma espada. Ele tirou de sua bainha e quando estava prestes a cortar a cabeça de Valac tem seu ataque interceptado por Ana.
Minotauro: Você?
Ana muito machucada, mas vendo Valac correndo risco de vida, começou a lutar com toda sua força, sem nem mesmo se importar com sua própria segurança.
Ana: não pense que vai matá-lo! Farei o que for preciso, mas não importa o que aconteça... não vai machucá-lo! ...(seus olhos começam a brilhar com muita intensidade começou a vencer o minotauro em força). Ana empurra o minotauro, seu corpo fica rodeado de uma luz azul muito forte. O ar estava ficando frio e o colar de sua mãe que seu pai lhe deu começou a brilhar com uma luz dourada. Valac olha Ana e se assusta com o poder que ela possui, pois nem mesmo Sadu, que aprendeu há mais tempo, conseguiu invocar tanta força espiritual.
Seu colar começou a emanar uma energia, energizando sua espada até se congelar por completo. Ao fazer isso a espada, antes uma simples katana, mudou de forma para uma espada feita inteiramente de gelo. Tanto Valac quanto Ana estavam chocados.
Ana: como? Eu já li sobre isso! Essa espada se assemelha com uma espada lendária e muito rara chamada: espada curta de gelo. (Ice Rapier) mas como esse colar foi capaz de modificar uma arma dessa maneira? Seja como for tenho que ser rápida, pois se ela agora tem a força similar a essa espada lendária, é provável que tenha sua principal desvantagem, ela normalmente se quebra após seu primeiro ataque, ou seja, terei que derrotá-lo com um só golpe.
Enquanto isso, Sadu, Spellfire, Arta e Talita, chegaram a caverna onde Ana e Valac passaram inicialmente. Quando todos puseram o pé nela, surgiu um exercito de trolls prontos para atacar. Todas as criaturas disseram juntas: hum... insetos. Atacaaar! Sadu, começou a lutar com sua espada, como já dominava um pouco seu poder, lutava com uma porcentagem mínima, apenas o suficiente para potencializar seus ataques sem cansar muito. Arta, como sempre, ia com tudo sem nem mesmo olhar direito, fazendo vários trolls voarem com a força que desferia seus golpes. Spellfire lutava bem parecido, mas com menos voracidade, lutando de maneira mais “civilizada”. Talita sempre lutando com seu bastão fazia movimentos graciosos e muito efetivos. Era notório que suas habilidades eram muito maiores se comparar com os outros. Quando todos os trolls foram derrotados, um barulho muito alto foi ouvido.
Sadu: que barulho é esse?
Talita: parece som de água.
Quando Talita diz isso, todos vêem um turbilhão de água invadindo toda a caverna. Todos começaram a correr para se salvar.
Spellfire: porque toda essa água?
Talita correndo bastante respondeu arfando: essas cavernas são abaixo do nível do mar! Se Rookgaard está sendo engolida pelo oceano é mais provável que as cavernas subterrâneas fiquem submersas.
Arta: Droga! Temos que achar Ana e Valac logo para depois salvar a nós mesmos!
Em meio ao labirinto, Ana está frente a frente com um minotauro que deixou Valac mais ferido do que ele já estava. Valac estava imóvel, pois com tantos ferimentos, se mover era um trabalho bastante difícil.
O minotauro gargalhou muito alto e disse: está louca? Você é tão frágil quanto uma boneca de porcelana! Acha que só porque está usando uma boa espada quer dizer que terá chances de vencer alguém? Não é a espada que vence a luta, mas sim o espadachim!
Ana <pensando>E...ele tem razão! Não sou forte. Nem mesmo consigo segurar essa espada com firmeza! Ela é tão gelada que minhas Mãos estão ficando dormentes e é tão pesada!
Valac percebendo o olhar de derrota de Ana gritou: Ana!!
Quando ela o olha, Valac diz: eu confio em você! Você é a pessoa mais forte que conheço! Não ligue para o que ele diz! Derrote-o com sua força descomunal!
Ana: Certo Valac. Deixe comigo (pensando= ele está confiando em mim... Ele confia em mim!!!)
Ana corre ferozmente com sua poderosa espada de gelo pronta para dar o golpe certeiro. O minotauro faz o mesmo. Os dois correm e quando as duas espadas se chocam, acontece uma explosão muito forte. Um brilho azul que era cegante de tão iluminada. Quando a luz acabou, os dois estavam de costas. Ana estava caída ao chão com sua espada quebrada e o minotauro em pé. Mas para a surpresa, Ana se levanta e o minotauro se mostra congelado. Ele cai e se estilhaça como vidro. Ana anda quase se arrastando até Valac e o abraça.
Ana: Obrigado por confiar em mim! - disse chorando
Valac: obrigado por me salvar. Parece que a situação: salvo/salvador se inverteu né? – rindo com bastante dificuldade.
Ana: Santa Tibiasúla! A chave! Ana corre e pega a chave que estava coberta de gelo, mas não quebrou. Ela concentra o resto de força que possuía e desativou-a.
Ana: vamos Valac. Temos o rastro de sangue no chão. Vamos seguir o trajeto ate a saída.
Os outros que estavam correndo desesperadamente, pararam, pois a água retornou.
Talita: O que aconteceu?
Spellfire: A água retornou por quê?
Ana aparece com Valac apoiado no ombro e diz: Gente, preciso de uma forcinha aqui!
Todos saem da caverna ajudando Valac e Ana. Ela conta toda a história para todos e eles ficam abismados com a luta que Ana teve. Quando chegam a cidade para falar com Cipfried para curar os ferimentos dos dois, encontram All Dee, Sofia e Sailan, e garota de longos cabelos vermelhos corre até Valac, o abraça e lhe desfere um beijo. Vendo isso, Ana sai correndo até a biblioteca, Todos olham a menina correr chorosamente. Ela fica em frente a estátua do oráculo. Com lágrimas nos olhos ela diz: Oráculo, eu perdi! Realmente perdi! Valac faltou o treino de ontem porque estava com Sailan! Eu perdi!!!
Uma voz diz: Estás enganada jovem. És mais forte do que pensa.
Ana: Quem disse isso?
Oráculo: Esta estátua que está na sua frente. Levante-se jovem. Apenas os mais fortes podem ouvir minha voz. Eu sempre a vejo estudando e tentava lhe dizer várias coisas, mas só agora você é capaz de me ouvir.
Ana levanta e o Oráculo volta a dizer: não penses que a guerra terminou. Apenas uma de várias batalhas a aguarda, tanto a guerra contra quem almeja a destruição de tíbia quanto sua guerra pessoal. Mais do que nunca seus amigos precisarão de sua força. Por isso erga-se!
Ana: tem razão!<enxugando suas lágrimas> preciso parar de ser chorona e frágil! Valac...Meus amigos vão precisar de mim.
Ana sai correndo com um sorriso nos lábios. O oráculo diz consigo: vá Zefenazar Ana. Vejo um futuro cheio de dificuldades e glória para você e seu irmão, mas cabe a você fazer seu destino.
No próximo episódio:
Um bruto, um gênio, um mistério indesvendável.