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Tópico: Cachorro Louco

  1. #1
    Avatar de Wu Cheng
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    Padrão Cachorro Louco

    Cachorro Louco


    Gosto de lutar com os caras grandes, geralmente são uns covardes metidos a valentões. Estão acostumados a bater, mas não sabem apanhar. Se assustam fácil quando percebem que não vou amarelar e sigo aguentando porrada na cara, devolvendo de acordo. Como dizem: quanto mais alto, maior a queda. Também não tenho medo de chutar joelho, dar pedrada, furar o olho e, se cair, bicar a cabeça. Filhinho-de-papai malhado em academia quer brigar na rua pra se mostrar pra namoradinha e pros amigos, mas comigo não tem chance. Entro pra arrancar sangue, não estou nem aí pra fazer média. Depois que entrou, só sai quebrado, ganhando ou perdendo vai lembrar da minha cara.

    Nasci levando porrada de todo lado, o mais novo dos irmãos, então já estou acostumado. Sei que quem é grande bate e quem é pequeno abaixa a cabeça e torce pra aquilo durar pouco. Durou até os 10 anos, depois disso peguei um pedaço de pau de mais ou menos um metro e mandei meu pai vir com o cinto. Se a paulada não chegasse na hora, ia vir quando o filho da puta estivesse dormindo, bêbado, com alguma piranha. Ele sabia disso e nunca mais levei um tapa em casa. A cara que fez na hora foi a revelação, um puta dum covarde, estava louco pra bater mas corria de medo de levar o troco. Até hoje saio caçando de noite só pra ver essa expressão de novo, quanto maior o camarada, mais gosto me dá.

    Não apanhava em casa, mas continuei tomando surra nos internatos. Como sempre, quem estava por baixo torcia pra acabar logo e ir cuidar das feridas. Foi nessa época que decidi ser o homem de gelo. Nada me afetava, nem as porradas, nem as humilhações, nem a porra do trabalho comunitário com as senhoras burguesinhas, fingindo que estavam fazendo alguma coisa pelos pobres. Festa com caviar e vinho branco pra arrecadar dinheiro pra comprar arroz e feijão pra comunidade. Aquilo não me afetava, nem ter que ficar servindo bandeja pra aquelas dondocas sem nada o que fazer. Será que não tinham nenhum homem pra fodê-las? Eu não ia ligar de arrancar suas calcinhas perfumadas e mandar ver. Mas o homem de gelo não se importava nem com isso. Estava ali passando o tempo, fazendo hora até chegar a minha hora.

    A única coisa que me tirava do sério era o dia das mães. Não tinha homem de gelo nesse dia, alguém sempre acabava se dando mal. Inevitavelmente eu, e já que ia me foder mesmo, não me importava de arrastar mais um comigo. Todo mundo tinha mãe nos internatos. Um bando de cabecinhas raspadas e uniformes cinza, levando porrada e pedindo desculpas sem nem saber porquê. A gente era igual na maior parte do ano. Mas no dia das mães não dava pra segurar a onda. Chegavam as mães pra visitar seus filhinhos, um burburinho de vozes femininas, afagos e palavras de carinho. Como não lembrava da minha mãe, achava uma puta injustiça esse dia. O primeiro babaca que cruzasse meu caminho ia receber o troco, e estavam me devendo muito, então a coisa ficava feia.

    Da última vez escolhi um camarada do último ano, grandão e retardado. Todo feliz de ir falar com a mamãe. Como era bem maior do que eu, chamei pra uma briga de compassos. Terminou com um compasso enfiado no pescoço e chorando com medo de morrer. Não morreu, só que acabei expulso mais uma vez. Já não tinha muito lugar pra eu ir que não fosse mais parecido com uma cadeia do que com um colégio. Não reclamo de nada, o meu talento pra arrumar confusão não me trouxe só problemas, acabei arrumando esse emprego de leão-de-chácara, assim que saí do reformatório.

    É engraçado porque só de olhar um sujeito com o meu biotipo, mais pra corredor de maratona do que segurança, com camiseta de apoio, já balançam de medo: ou estou armado ou sou campeão de vale-tudo. Mas sempre tem um playboy bêbado querendo aparecer, trato esses de acordo, esculachando legal. Já estou com uns 3 B.O.'s nas costas, mas não vai dar em nada, o patrão livra a cara do pessoal da segurança, ele tem os contatos certos. Também se der estou pouco me fodendo.

    Trabalho num inferninho de Copacabana, hoje em dia ninguém chama de inferninho, é boate ou night-club. Mas a porra é um puteiro mesmo, não ligo de dizer. Trabalho bom, de 22 às 6 da manhã, deixam beber a vontade, só que não bebo, e as moças são gente fina. Umas fodidas que nem eu, mas com bom coração. Sempre tem uma ou outra não vale nada, isso a gente pode falar de qualquer um, em qualquer profissão.

    É bom ser o homem de gelo nesse ambiente, me poupa trabalho e dor de cabeça. Tem um segurança aqui da equipe que acha que estou dando em cima da namorada dele. É polícia, se acha demais e espalha por aí que é de grupo de extermínio. Fica com raiva porque já percebeu que estou cagando e andando pra isso, e que se precisar afogo a cabeça gorda dele no vaso sanitário bem recheado da merda fedorenta dos gringos que vem pegar nossas putas. E a garota do cara é puta também, vai entender a mente humana. Pra gringo pode dar, pro fodido aqui não pode. O pior é que já comi mesmo, mas não quero roubar a mulher de ninguém. O homem de gelo não está nem aí, um dia vou morrer, só não vai ser pra um bosta que nem esse.

    Nesta noite o patrão chegou todo animado com um negócio grande que estava quase fechado, parece que ia rolar uns filmes pornôs pro mercado japonês. Então juntou a equipe e chamou os mais chegados pra comer umas putas no São Conrado. Coisa estranha sair de um puteiro pra comer putas em outro, mas achei que era tipo um dono de restaurante que vai jantar fora pra variar. De qualquer jeito, folga é sempre bem-vinda. Ficaram os novatos tomando conta do movimento, que era fraco em meio de semana. Até foi bom sair dali porque o clima estava bem deprê, só uns 3 ou 4 gringos tomando uísque batizado e pagando chá preto pelo preço de uísque pras meninas.

    No carro, o único sóbrio era eu, até o motorista estava chapado, mas o desgraçado dirigia melhor de cabeça feita do que careta. Dizia que tinha aprendido a dirigir fumado de maconha, então só pilotava doidão, senão nem lembrava onde era a embreagem. Falou assim mesmo, “pilotar”, se gabava de ser piloto de provas de um grupo de dublês de cinema. Se era verdade ou viagem do cara, não tentei descobrir. Além de mim, foram o polícia, que era chapa do patrão, e o patrão. Acho que os dois tinham feito academia da PM juntos, ou ele pagava propina há tanto tempo que acabou fazendo amizade, sei lá.

    Estava ouvindo as teorias do piloto quando quase atropelamos um cachorro vadio atravessando a rua, uma mistura de pitbull com vira-lata, com cara de faminto. Não foi culpa do motorista, o cachorro apareceu do nada, só os olhos brilhando na noite. Podia ser um gambá, ou uma cotia, só deu pra saber o que era porque, apesar do esporro da freada e do cavalo de pau, o bicho parou e ficou encarando o carro. Era como se ele é que fosse nos atropelar, e não o contrário. Pensei: Mas que filho da puta de coragem esse aí. Ia comentar quando o polícia sugeriu:

    _Bora nos divertir um pouco, pegar o cachorro e soltar lá no quarto das moças. Vai ser uma zona no clube.

    Achei a maior idiotice. Primeiro que não ia ser engraçado, depois que o clube já era uma zona, no sentido literal da palavra. O bicho podia cagar tudo, ia acabar mordendo alguém e devia estar cheio de sarna. Quem é que se diverte fazendo uma porra dessas, parecia um daqueles moleques de filme americano. Resumindo, já estava quase mandando o cara tomar no cu, quando o patrão me surpreendeu:

    _Beleza, mas vai ter que soltar na cama da tua garota, quero ver se tem peito de encarar a patroa_ O chefe falava rindo, cheio de cachaça, com a boca toda mole. Por isso que não bebo, o álcool transforma o homem num babaca completo, sem capacidade de raciocinar nem de se defender. Já o polícia era um babaca sem precisar de aditivo nenhum, nasceu assim, com a bunda virada pra lua dos babacas.

    _A matriz tá em casa, essa é a filial, o playground, saca?_ Tudo naquele cara me deixava puto, só estava inteiro ainda porque era útil pra contenção na boate e o patrão é quem decidia quem ia rodar e quem ficava vivo pra contar a história. Todo mundo riu da piadinha, eu não ri, mas ninguém ligava porque nunca ri de nada mesmo.

    Decididos a pegar o cachorro, saíram o motorista, o polícia e o patrão. Saí por último, sem saco nenhum, torcendo pro bicho fugir correndo dali e melar aquela palhaçada. Mas o cão era teimoso, arreganhou os dentes e estava pronto pra arrancar o braço de qualquer um que chegasse perto invadindo seu território, mesmo que fosse aquele lixão onde a gente estava. Não dava nem pra se mexer perto da fera, quanto mais conseguir pegar no colo e colocar no carro. Aquela porra não ia dar certo.

    Tentaram jogar um casaco em cima do animal, que destruiu o pano como se fosse papel. Ele espumava, podia estar com raiva ou só puto da vida. O motorista não queria ser mordido e a situação começou a ficar perigosa: no meio da confusão o patrão acabou de um lado, o polícia do outro e o motorista e eu mesmo perto do carro, esperando pros malucos desistirem daquela façanha sem sentido e todos voltarmos pra casa. Só que agora o bicho se sentia acuado no meio dos dois, e ia atacar um a qualquer momento. Se pegasse a jugular, era um abraço.

    _Mete logo uma bala nesse merdinha e vamos embora, já estragou a brincadeira_ o patrão falava arrastado, bêbado, mas com a adrenalina dando uma chacoalhada nas ideias.

    Não dei tempo pro meganha pegar a arma. Empurrei o motorista, que caiu de lado, sentado no capô do carro e não se mexeu. Acho que nem estava respirando nessa hora. Depois fiquei parado na frente do polícia. O gordo suava, levou um baile do cão. Era bem mais alto do que eu, devia pesar uns 120 quilos, mas já tinha derrubado caras maiores e bem melhores do que ele. Não tinha medo na minha cara, não tinha nada pra se ver na minha cara, e o polícia se cagou do que ia acontecer. Ainda fez que ia sacar a arma do coldre quando gritei:

    _Não vai matar o cachorro não, caralho! Tá achando que estou brincando?

    Eu não estava brincando mesmo. E quando falava sabiam disso, só não estavam entendendo porque o homem de gelo tinha resolvido tomar partido pela primeira vez em toda sua vida. E o partido de um cachorro louco de rua, que devia estar cheio de sarna e bicheira. Ainda ouvi um último argumento do patrão como se fosse uma punhalada:

    _Presta atenção no que tu tá fazendo, cuspindo no prato que come.

    Porra, era o fim da picada. Aquele filho da puta do caralho ainda achava que estava me fazendo um favor de pagar um salário de merda e me mandar fazer o serviço sujo que não tinha coragem de fazer por conta própria. Eu sou o lixeiro, o limpador de latrina, o mal necessário, o pedaço de merda que não desgruda do sapato, e iam ter que me engolir, não estava ali pra conversa fiada:

    _Vou cuspir é na tua cara quando estiver no chão, seu veado, depois de dar um jeito em você.

    Foi só dar um passo pra frente e não deu tempo de pensar mais nada, o polícia ficou feliz de meter um balaço na minha cabeça enquanto eu discutia com o chefe.

    A cabeça caída no meio fio, os olhos vidrados fitando o vazio e o cachorro passando. Ia gostar de saber que tinha salvado a vida do cão. Pelo menos por mais um dia. Mas eu já estava morto nessa hora, o homem de gelo tinha bobeado e aberto a guarda. O mundo não perdoa quem dá mole desse jeito. Não reclamo, essa foi a vida que levei e, mesmo apanhando dela desde o dia que nasci, deixei muito osso quebrado pra se lembrarem de mim.


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  2. #2
    Avatar de Pernalonga
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    Tanto tempo sem comentar ou ler nada aqui, mas valeu a pena a demora.

    Tá muito foda!

    Não gosto de comentar sem nada de construtivo para dizer, sem dar uma critica legal e parecer mais inteligente do que eu sou - sejamos sinceros, né -, mas vou manter o post de qualquer forma.

    Só digo uma coisa, ficou perfeitamente frio, do jeito que eu espero que você queria que ficasse. Enfim, parabéns! Gostei muito!



    PS: eu realmente senti medo, ou apenas uma sensação esquisita, dele falando da compassada no pescoço do outro lá... Sinistro.

  3. #3
    Avatar de Ldm
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    Rapaz... Que conto foi esse! O enrendo inteiro foi muito bem trabalhado, e as sensações que esse texto me proporcionou! Nenhuma boa, mas ainda assim me agradou. Estranhamente, gosto muito de textos como o seu. É uma pena que não tenha participado do concurso, teria sido um grande concorrente (embora eu nem esteja participando, porra). Lhe desejo sorte com seus problemas e... Até.

  4. #4
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    Wu Cheng, você é um capeta. Esse conto vale 1000

  5. #5
    Avatar de zack746
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    Wu Cheng, você é um capeta.²

    ^^

    Brincadeiras a parte, eu achei o texto muito interessante. No entanto ambientes sinistros é coisa que me causa calafrios, ainda mais de saber a mentalidade de um homem do tipo.

    Gostei do personagem, me pareceu convencente o suficiente para tudo aquilo, até mesmo dele ser o homem de gelo que morreu idiotamente.

    Existe algo estranho nesse texto, vou ler e pensar mais um pouco e comento. Sei que não é apenas o obvio...

    Até.




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  6. #6
    Avatar de O Bardo Sortudo
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    Achei o conto muito bem escrita. A narrativa é dinâmica e bem articulada, a história do cara ficou excelente. Porém uma coisa me desagradou. A repetição de palavrões, parecia que eu estava assistindo Tropa de Elite em alguns momentos.
    No mais escreva mais coisas nesse estilo, mas evite essa repetição.

  7. #7
    Avatar de Wu Cheng
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    Quando pensei nesta história, queria que fosse um soco no estômago, como os contos do Rubem Fonseca.

    Um troço meio desagradável de ler, mas que tivesse interesse suficiente pro leitor ter vontade de chegar até o final.

    O homem de gelo é mero espectador de sua própria vida, reagindo mais do que agindo.

    Nós o vemos desfilando sua moral peculiar, muitas vezes fazendo o certo pelos motivos errados.

    Mas um dia aquele cachorro de rua cruza seu caminho e ele resolve dar ao bicho uma chance que nunca teve.

    Ironicamente, quando decide mudar suas próprias regras e tomar as rédeas de sua vida, ela acaba.

    O final é trágico porque não poderia deixar de ser. É a trajetória de um desajustado, que prefere quebrar a se curvar.

    Confesso também que é um final piegas... afinal o personagem é digno de pena, se você pensar que faltou apenas uma mão que o acolhesse, como ele tentou fazer pateticamente, se reconhecendo no cachorro louco. Ou era ele o cachorro louco?
    Última edição por Wu Cheng; 27-09-2009 às 00:50.

  8. #8
    Avatar de Krirror
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    Nossa, muito bom. Espero que a moderação não apague por causa do palavreado.

    Ficou muito bom mesmo. Até me deu algumas idéias.
    ALISTE-SE!

    Exército Brasileiro.

    Marinha do Brasil.

    Força Aérea Brasileira.

    O Brasil precisa de VOCÊ para tornar nossa pátria mais forte.

    http://userbar.tibiabr.com/userbar/1...%20Krirror.png

  9. #9
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    Carai, muito foda.
    Posso salvar ele, colocar créditos e imprimir pra amanhã levar pra minha aula de literatura?
    Sério.
    _/_/_/_/_/_/_/

    .

    __________________________________________________ __________________________________________

    Última edição de GrYllO; 21-11-2009 às 21:11 Razão: Ser mais foda do que eu.

  10. #10
    Avatar de Wu Cheng
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    Desculpe pela resposta atrasada, não estou conseguindo entrar no fórum nem pra ler os comentários.

    Mas claro que pode levar a história para sua aula de literatura, é sempre interessante estimular o debate.

    Só não sei se irá agradar, principalmente se o professor for daqueles parnasianos ferrenhos, que gostam do Guarani, de José de Alencar.

    Meu conto está mais para:

    1) Rubem Fonseca (Feliz Ano Novo - não confundir com Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva, que também é bom mas não tem nada a ver);
    2) Paulo Leminski (toda a poesia, principalmente os haikais);
    3) Charles Bukowski (A mulher mais bonita da cidade); e
    4) Fausto Wolff (À mão esquerda), se quiser citar minhas referências.

    Seria interessante se conseguissem ler algum desses livros, ao invés de Lygia Bojunga e seu horrível A Bolsa Amarela, ou como era na minha época, Orígenes Lessa e seu Memórias de um Cabo de Vassouras. É surpreendente que continue gostando de literatura depois dessa lavagem cerebral.

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    Última edição por Wu Cheng; 13-10-2009 às 17:36.



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