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Tópico: Draculinho

  1. #1
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    Padrão Draculinho

    Oi pessoal! td baum?
    bom, fiquei sabendo que estaum comecando a postar por aki roleplays tipo MAGO. intaum pensei ''vou postar meu Roleplay de vampiro" e eh oq vou fazer agora!
    por favor comentem!

    Prologo

    OBS: A obra a seguir trata-se de um conto totalmente fictício, fantástico e sobrenatural. Qualquer semelhança que ela possa vir a ter com a realidade não passa de mera coincidência. (huahuahuahuahuahu) Os cenários da história, tais como cidades, locais, etc. são inteiramente fictícios. (Exceto Sao Paulo)

    Apresentando os personagens

    Alexandro Luiz da Cunha, 14 anos, filho de Marta Mendes da Cunha e João Filipe da Cunha, nascido em Greenville, no dia 17/04/1980, residente de um apartamento no Edifício Le Blanc, desde de Novembro de 1993, era o filho único de uma família de classe média de Serro Azul, cidade de médio porte, a 500 quilômetros da cidade de São Paulo. Era moreno, olho verde, tinha 1,67 metros, 57 quilos. Era um garoto esforçado com os estudos. Nunca foi bom no futebol, basquete, handebol, ou nenhum outro esporte, não gostava muito de festas (talvez por sua timidez ou por não conhecer quem as freqüentava), por esse motivo, não tinha muitos amigos. Mas era um garoto muito inteligente e se dava muito bem nos jogos de carta e outros tipos de jogos que exigiam esse tipo de talento racional.
    Alex, como gostava de ser chamado, era um garoto um pouco inteligente, um pouco tímido, com dificuldades de relacionamento com outras pessoas, tinha poucos amigos, Luana, uma colega, Roger, que era seu vizinho, morava três andares abaixo de sua casa. Este era loiro, olhos castanhos.
    Roger e Alex eram amigos inseparáveis, e não tinham segredos um com o outro. Roger era o único que sabia, por exemplo, da paixão secreta que Alex tinha por uma colega de classe a mais ou menos cinco anos, garota esta chamada Luana.
    A garota era, por sinal, muito bonita em seus 1,64 metros, 50 quilos, seus longos cabelos morenos e seus grandes olhos negros.

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    Última edição por Player Two; 15-04-2005 às 01:13.

  2. #2
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    Capitulo I - Feliz Aniversário, Alex.

    Hoje é dia 12, estamos em Abril. Faltam só cinco dias pro meu aniversário. Minha mãe me prometeu que esse ano ela ia comprar umas coisinhas e que eu podia convidar uns amigos, então, vou falar com Roger e Luana no colégio.
    Como eu pensei, Roger aceitou e disse que não perderia por nada. Ele estava junto comigo quando eu fui convidar Luana pra aparecer lá em casa. Quando eu cheguei próximo dela pra conversar, eu pude perceber como minha mão tremia de nervosismo, coisa que sempre acontecia quando eu chegava perto dela. Eu me esforcei pra esconder que eu tava nervoso, mas acho que ela percebeu:
    - Oi Luana! Tudo bem? –eu fui logo cumprimentando Luana.
    - Olá Alex! Tudo e você? –respondeu ela, carinhosamente.
    - Tudo bem. Luana, você vai fazer alguma coisa na sexta à noite?
    - Não Alex, ainda não tenho nenhum compromisso. Por que?
    - É que eu estava pensando se você talvez não quisesse ir lá em casa pra... Bom, sei lá, ir me visitar. O que você acha?
    - Bom, eu não sei, eu posso pensar no assunto. Mas muito obrigada pelo convite. Eu te aviso se vou amanhã, está bem?
    - Ta bom! Combinado então.
    Ela pareceu não saber do que eu estava falando. Eu me senti um nada. Era humilhante convidar uma pessoa pra sua festa, quando ela nem lembra do seu aniversário, ou quando ela não tem a mínima idéia do que você está falando, pensando que você ta ficando louco. Logo que eu fui me sentar, ela chamou Roger:
    - Roger, você sabe do que o Alex tava falando?
    - Luana! Você não lembra? Sexta é dia 17! É o aniversário dele!
    - É mesmo! Tinha me esquecido! Coitadinho! Eu vou ir sim! Pode falar pra ele! Contem comigo.
    Eu me senti bem melhor quando Roger me contou que ele iria. O resto da semana eu fiquei ansioso pra que chegasse a sexta-feira. As tardes eram longas, muito mais que o normal, mesmo quando Roger me fazia companhia. Nem mesmo meu cão, um Husky, não me acalmava. Até Roger reparou minha impaciência, me alertou, mas não adiantou. O resto da semana foi aquele sofrimento.
    Até que chegou a sexta-feira. Já eram seis horas, os convidados ainda não tinham chegado. A sala não tinha nenhuma faixa de “Feliz Aniversário Alex!”, não tinha um bolo com velinhas, nem chapeuzinhos pra distribuir pros convidados que chegavam, como se via muito nos filmes e desenhos da televisão, mas eu estava todo arrumado, perfumado, sentado no sofá da sala, esperando os convidados chegarem.
    O primeiro a chegar foi Roger. Ele passou a tarde inteira me fazendo companhia, e tinha saído pouco antes de eu ter ido tomar banho, mas já estava ali. Ele trazia um pacote, bastante grande até, com um embrulho vermelho, que parecia ser exatamente o que eu queria. Era um livro que eu havia lhe pedido, sobre inferno e esse tipo de coisa (naquela época, eu acredita nessas coisas) e um outro livro, que falava tudo sobre Signos. Particularmente, eu não dava muita atenção pra essas coisas sobre signos e sol, lua, mas eu sabia que Luana era apaixonado por essas coisas, e já que ela viria pra minha festa, eu queria impressioná-la.
    Em pouco tempo, começaram a chegar mais e mais convidados, tios, avós, parentes de todos os tipos, mas ninguém da minha idade. Eu já começava a me preocupar com a demora de Luana:
    - Será que ela não vai vir cara?
    - Claro que vai, Alex! Acontece que Luana é uma garota como todas as outras. Ela deve estar em dúvida de qual sapato usar.
    Rimos um pouco, e fomos pro meu quarto jogar um pouco de videogame, enquanto ela não chegava. O volume da TV estava tão alto que eu nem ouvi quando o telefone tocou. A demora estava cada vez me preocupando mais. Até que eu ouvi baterem na porta. Minha alma encheu-se de alegria, meu coração bateu mais forte, ela havia chegado! Eu já tinha começado a tremer...
    - Filho, uma amiguinha sua ligou. Uma tal de Luana. Parece que é colega de vocês. Ela ligou avisando que não poderia vir pra cá hoje por que seus pais tinham uma janta importante, e ela tinha que acompanhá-los. Ela pediu que você ligasse pra ela amanhã. Vocês querem alguns docinhos?
    Roger foi até a sala com mamãe pegar alguma coisa pra nós, pois ele sabia que eu não sairia cedo dali... Eu não reagi. Fiquei ali, imóvel, sem pensar em nada, sem me mover, sem respirar. Até que Roger chegou, e falou comigo:
    - Calma Alex. Ela quer falar com você. Vai ver, ela não podia vir mesmo. A gente mostra o livro pra ela no colégio. Ela vai gostar do mesmo jeito.
    Foi aí que eu me dei conta do que mamãe tinha acabado de me dizer. Eu me sentia muito mal. Fui correndo pro banheiro, me tranquei lá por alguma tempo. Segurei o choro. Mas foi por muito pouco. Eu quase vomitei. Quando voltei para o quarto, já mais calmo, e tendo percebido que isso não importava tanto assim, dizendo que estava me sentido bem, enganando a mim mesmo, Roger estava apreensivo. Mas percebendo minha calma, ele me passou o controle, era minha vez de jogar. Eu já não jogava tão bem quanto antes, e Roger percebeu que eu ainda estava perturbado.
    -Por que você não a convida pra sair? Talvez nós podemos ir ao cinema não acha? Bem, você sabe que, se convidar ela pra ir sozinho no cinema, ela vai pensar que você quer pedir pra ficar com ela, e ela pode não ir.
    -Mas é claro! Ótima idéia, cara! Amanhã, quando eu falar com ela, eu vou pedir isso mesmo. Que filme ta passando mesmo?
    -Não faço idéia. Vamos dar uma olhada? Liga o teu computador.
    Depois disso, jogamos mais um pouco de videogame, e depois ele foi pra casa.
    No dia seguinte, eu resolvi esperar pra ligar á tarde. Eu tinha acabado de sair do banheiro, e tava indo pra sala ligar. Minha tremedeira começou de novo. Eu peguei o telefone, disquei e começou a chamar. E chamou, chamou, chamou umas seis ou sete vezes, até que alguém atendeu:
    - Alô! Por favor, a Luana se encontra?
    - Ela falando. Quem é?
    - Oi Luana! Tudo bem? É o Alex!
    - Ah oi Alex! Alex, eu tenho que me desculpar por ontem, mas é que eu realmente não pude ir... Eu não podia faltar naquele jantar...
    - Ah, mas você me magoou muito Luana. Eu só vou aceitar suas desculpas com uma condição.
    - Que condição?
    - Eu quero que você vá comigo e com o Roger no cinema hoje à noite. Você quer ir?
    - Siiimm! Claro! Eu quero mesmo ver aquele filme que está em cartaz! Dizem que é muito bom! Eu vou sim! E dessa vez eu não falto! Vamos hoje.
    - Ta bom! Então a gente se encontra lá mesmo. Até mais tarde então.
    - Ta bom. Tchau!
    Meu inexperiente e jovem coração encheu-se novamente de alegria. Tudo parecia mais colorido, mais cheio de vida, mais alegre. Fui correndo para a casa de Roger avisá-lo de nosso compromisso, e ele também se animou muito. Combinamos que horas ele deveria passar lá em casa pra minha mãe levar a gente, e voltei pra casa pra me arrumar.
    No horário marcado, Roger chegou lá em casa, e fomos até o cinema. Combinamos que o pai de Roger viria nos buscar na volta. Luana ainda não havia chegado. Eu me senti mal só de pensar no que aconteceria se ela faltasse novamente. Mas dessa vez ela veio, e não demorou muito.
    Logo na entrada, Roger ficou para comprar algo pra comer, e Luana e eu fomos escolher alguns bons lugares nas cadeiras de trás. Roger demorou alguns minutos, mas nem percebemos a demora, já que estávamos conversando animadamente, enquanto o filme não chegava. Roger chegou com dois pacotes de pipoca, dois refrigerantes e algumas balas. Como eu e Luana estávamos sem fome, Roger acabaria comendo tudo aquilo sozinho, e certamente passaria mal, mas ele não quis me dar ouvidos. Então o filme começou.
    Eu estava me sentindo muito bem, sentado ao lado da garota amada. E ela também parecia feliz, apesar de que eu sabia que ela era uma ótima atriz. Mas acho que ela estava sendo verdadeira. E isso me satisfazia de tal maneira, que meu coração estava em paz, eu estava tranqüilo e em nenhum momento do filme me veio à cabeça sequer um pensamento ruim. E, como todas as coisas boas dessa vida, o tempo passou rápido demais para que eu pudesse aproveitá-lo o suficiente.
    Quando o filme acabou, Luana pediu-nos, com a delicadeza e profundidade de um anjo:
    -Desculpem, mas será que vocês se importariam de me acompanharem até em casa? Não é longe daqui, vocês sabem onde fica, eu vim até aqui a pé mesmo. É que meu pai está viajando, e minha mãe ficou sem o carro essa semana. Não é problema pra vocês é?
    -Claro que não Lú! –foi a primeira vez que eu a chamei assim, e isso me escapou com uma naturalidade tamanha, que me fez perceber o quão eu estava ficando íntimo dela- Nós vamos com você sim! Não podemos deixar uma dama como você andar sozinha por aí.
    -Obrigada pelo elogio, Alex. Você é mesmo um amor.- aquelas palavras me deixaram nas nuvens, eu me senti “leve”, mas esse momento foi quebrado pelas palavras de Roger.
    -Me desculpe, pessoal. Mas acho que não vou poder ir a pé. Acho que não tenho condições.- Roger fez uma cara dolorida e levou sua mão a barriga, o que nos fez rapidamente perceber que ele estava com dor de barriga.
    Nós rimos um pouco. Então nós esperamos um pouco até que a mãe de Roger chegasse. Então eu fui, com muito prazer, acompanhar Luana até sua casa, o que pra mim não seria problema algum, já que a casa dela ficava no caminho da minha. No caminho, conversamos sobre muita coisa, até que começamos a falar sobre meu aniversário:
    -Desculpe Alex, por não poder ter ido a sua festa, mas você sabe que eu tive lá meus motivos.
    - Luana! Não precisa se desculpar. Nós já conversamos sobre isso. Além do mais, essa foi a minha festa particular pra você.
    Eu só fui perceber o que tinha dito, quando olhei para ela e vi seu rosto vermelho, ela devia estar morrendo de vergonha. Mas era tarde demais pra que eu pudesse pedir desculpas. Já estava dito. Embora ela tenha se mostrado até um pouco aborrecida, eu estava criando coragem pra pedir pra ficar com ela naquela noite mesmo!
    - Mas não pense que eu esqueci de você. Eu comprei um presente pra você. Não se preocupe. Só que, se você não se importar, eu vou entregá-lo pra você outro dia.
    - Claro que não tem problemas. Eu não me importo. Nada me faria ficar chateado com você agora.
    Neste momento eu parei. Ela também parou. Eu estava me aproximando lentamente dela, olhei bem dentro de seus olhos, e pensei que ela também queria. Então, minha boca chegou perto da boca dela, seria uma fração de segundos para o nosso primeiro beijo se eu quisesse, pois eu poderia avançar ainda mais. Mas eu preferi tornar isso mais emocionante e esperar que ela avançasse um pouco. Porém, foi aí que eu quebrei a cara. Ou melhor, ela se afastou e virou-se:
    - Bom Alex. Nem tinha percebido o por que de você ter parado, mas agora, olhando bem, eu to vendo que aqui é a minha casa. Hehehehehe! –ela quis se livrar de forma irônica, mas eu não sorri.
    -Sim, é verdade. Acho que então, eu vou indo não é mesmo. Bom, nos vemos segunda-feira, na aula não é?
    -É, sim. Segunda. Isso. E eu vou levar seu presente heim! Não se esqueça. Tchau.
    Depois da decepção, eu parti. Pois agora, ela sabia que eu gostava dela. Mas eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela entenderia o que eu sinto por ela. Simplesmente, essa hora chegou.
    Eu me senti desprezado. Foi isso que me aconteceu. Mal podia esperar pra ver a reação de Roger, quando eu contasse aquilo pra ele. Não sei explicar o por que, não tinha nada para comemorar, mas eu estava otimista, pois agora, era questão de tempo até chegar um momento em que eu teria de me declarar para ela, e eu estava otimista quanto a isso. Talvez fosse isso, mas eu não deveria estar...
    Mas, eu não estava preparado para o que aconteceria comigo nos próximos minutos. Realmente não estava preparado. Mal sabia eu do terror que me aguardava...

  3. #3
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    Bom, devido ao grande numero de comentarios e visitas, vou continuar :p
    sei lah... eu acho o capitulo meio grande... deve ter espantados alguns admiradores uahuhauha
    vou diminuir...

    Capitulo 2 - A morte de Alex. Ou o nascimento?

    Eu voltava para casa, tomado por um sentimento intruso em mim, sentimento que me invadia de forma da qual não deveria. Eu não estava preocupado com ladrões, assaltantes ou qualquer outro marginal, e não eram eles quem eu deveria temer mesmo naquele momento. Nenhuma criatura nesse mundo seria capaz de acabar com a minha alegria naquele momento. Algo muito pior me aguardava...
    Eu estava com certa pressa, para que o dia seguinte chegasse, e encontrar minha amada novamente. Então, resolvi pegar um atalho, para chegar mais depressa em casa, e poder dormir para que o sol nascesse novamente (embora eu tivesse receio de não poder pregar o olho à noite toda, de tanta ansiedade). Mas essa foi a pior escolha que eu poderia ter feito. Por causa de um simples atalho, eu, de certa forma, perdi minha vida...
    Era uma rua muito deserta. Na direção oposta à minha, vinha caminhando um garoto, muito bem vestido por sinal, roupas de muito bom gosto. Eu já o tinha visto algumas vezes, quando saía para jantar com meus pais pela noite. Quando ele passou do meu lado, pediu, educadamente:
    - Com licença, tens relógio meu rapaz?
    - Sim, faltam cinco pra meia-noite.
    - Puxa, já é tarde! E é nessa hora que surgem os “lobisomens”, não é verdade?- disse o garoto, fazendo-me rir, e ele, percebendo aquilo, perguntou -Qual é a graça? Não acreditas em vampiro, lobisomens e outros seres das trevas?
    - Ora, por favor! Isso não passa de histórias pra assustar criancinhas! Eu tenho mais o que fazer!
    -Se eu fosse você, acreditaria...
    Dizendo isso, o garoto se aproximou de mim, e com seus dentes, mordeu meu pescoço. Apesar de eu saber o que ele estava fazendo, eu senti um êxtase tamanho, que não pude reagir, mas, de certa forma, eu não queria que ele parasse. Mas esse prazer, durou só nos primeiros momentos. Logo, aquilo se transformou em dor, sofrimentos e angústia. Eu queria reagir, mas ainda não conseguia. Dessa vez, eu me sentia fraco e frágil. Quando ele parou, sua boca transbordava em sangue, espumava de sua boca, escorria por seus caninos.
    É, talvez eu devesse mesmo acreditar em vampiros.
    Ele levou seu punho à boca, e mordeu, abrindo buracos por onde escorria muito do rubro, borbulhante e valioso sangue. E eu, totalmente fora de controle, me debatia, esperneava, mas eu apreciava algo do qual sempre me causou enjôo. Eu precisava daquilo. Meu sofrimento era tanto, que eu acho que isso estava afetando meu lado psicológico, e mexendo com meus sentimentos. Eu queria o seu sangue...
    Meu alívio foi enorme quando ele levou seu braço até minha boca e derramou sangue nela. Minha satisfação foi imensa. Mas eu entrei em desespero, por eu não havia saciado minha sede do quente e saboroso sangue dele. Deu-me somente três gotas de sangue.
    Ele afastou-se de mim, mas eu rastejava atrás dele, desejando seu sangue e eu não media esforços para isso. Ele então lambeu sua mordida, fazendo com que o ferimento sumisse como que por efeito de algo sobrenatural, como magia. E a falta do meu novo “combustível”, era pior do que qualquer outro tipo de dor. Eu não imaginava como seria um ferimento causado por um corte, ou coisa parecida. Mas não poderia ser mais doloroso e aterrador do que aquilo que eu sentia naquela hora. Nada poderia ser pior. Mas talvez eu estivesse enganado. Afinal, sempre que uma situação está ruim, ela pode ficar ainda pior.
    Ele ficou observando meu sofrimento. Eu jurei para mim mesmo que, se eu sobrevivesse ao que eu estava vivendo, eu me vingaria. Ninguém tinha o direito de causar tanta dor a outra criatura, por pior que ela fosse. Nada dava esse direito a alguém, e ele certamente não parecia ser diferente. Mas tanta foi minha raiva, que eu mal pude perceber que minha visão estava se escurecendo. Tudo ficou preto. Eu apaguei.



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