Finalmente o retorno de Ferumbras \,,,/
Uma semana é muito tempo, posta em torno de 3 em 3 dias que fica muito bom =D
Publicidade:
Jogue Tibia sem mensalidades!
Taleon Online - Otserv apoiado pelo TibiaBR.
https://taleon.online
Finalmente o retorno de Ferumbras \,,,/
Uma semana é muito tempo, posta em torno de 3 em 3 dias que fica muito bom =D
@Libra
Os cabeçudos da Coca
Acho que vou postar de 5 em 5 então.
3 dias eu acho muito pouco =/
··Hail the prince of Saiyans··
Havia lido ontem porém tinha outras coisas mais para fazer, então hoje dei uma parada e reli com mais atenção o texto.
Achei bastante interessante e com peculiaridades de bom gosto. No entanto os detalhes foram deixando o texto cansativo e acabei perdendo por várias vezes o interesse. Acho sim, necessário detalhes, pois acabam tornando a descrição mais real, entretanto tudo em demasia é ruim e não foi diferente no seu texto.
Tente ser mais suave nos detalhes alisando os contornos das frases e fazendo o leitor apreciar de forma mais natural a obra. O resto está razoavelmente bom.
Vou ler e apreciar a obra. Espero que melhore.
Tambêm depende do tamanho dos capitulos, alguns podem se extender mais que outros, e por ai vai...
A história esta boa, nada interrompeu minha leitura, mas você ja possui os capitulos prontos? >.>
realmente, creio que uma semana seria essencial, pois digamos que chegaria a tumultuar entre os capitulos, se você posta-se juntos, sem intervalos de tempo.
vou acompanhar.
Até!!
Bom rever uma história que fez tanto sucesso voltar.
Eu só tenho um trecho a reclamar. Ficou bem confuso, porque tu estava descrevendo um personagem e de repente tu volta à cidade.
No mais, não tenho muito a comentar. Eu gostei do que li, apesar de uns ter visto uns erros de escrita, repetições e outras coisas. Mesmo assim o texto está bom, e o enredo parece ter mudado em algum quesito pelo visto.Entretanto, havia pertencido a seus pais, mortos num naufrágio, e antes deles ao seu avô; todos cidadãos thaienses Sua ascendência histórica, inclusive, pertencera a cidade desde a época em que a capital do mundo era apenas um pequeno vilarejo.
De qualquer forma, eu acho que tu devia seguir tua idéia. Uma semana é um prazo razoável para dar tempo de todos lerem.
Estou esperando pela continuação da história que me atraiu até essa seção.
Se não me engano, a primeira versão do primeiro capítulo não tinha essa chave, tinha? Mas bem, as relações entre as cidades foram bem explicadas, e eu, que não conheço Tibia, consegui me situar bem. Os diálogos estão mais verossímeis (apesar de que eu tiraria os "traquinagens", puta gíria de velho meeeow /boça) do que antes.
O capítulo é meio longo e, como estava lendo no computador, cansou um pouco. Dei uma pausa no meio e continuei a ler, assim ajudou bastante a não cansar. Mas isso não vai impedir ninguém de ler.
A política das cidades foi muito bem trabalhada, parabéns. O texto está excelente.
A história não terá mais do que 3 leitores se o ritmo de postagens for assim tão rápido. Nem todo mundo visita a seção tão frequentemente. 10 dias seria o ideal, mas pode ser 5, já que o Kamus prefere assim.
Primeiramente obrigado pelos elogios.
Sobre o tempo entre os posts, resolvi que o intervalo mínimo será de cinco dias e o máximo de uma semana.
Acho que assim fica legal pra todos, non?
Elementals
Não tinha a chave, não tinha Diogo, não tinha o Esperança e não tinha muita coisa que vai vir por aí!
Ah, mudei o 'traquinagens' :riso:
Hovelst
Vou ver se mudo alguma coisa nesse trecho. Pessoalmente não achei muito confuso não.
Yuuka
Sim, já tenho todos escritos, mas ainda estão em processo de revisão. Todos são mais ou menos do tamanho desse primeiro aí.
zack
Entendi o recado, espero melhorar isso mais adiante
··Hail the prince of Saiyans··
Capítulo 2 - Arieswar
Nossa vida é uma eterna espera por dias melhores do que aqueles que já são passado. Para o grande Aragorn Flynn Arieswar, que agora cavalgava tranquilamente por uma solitária estrada de terra que o afastava do Porto Norte e o levava até Thais, talvez não houvesse dias melhores do que os que já tinha vivido.
Por debaixo do corpo musculoso e do rosto inflexível coberto por uma bem-feita barba e cabelos curtos incrivelmente negros, havia uma alma cheia de sorte; talvez abençoada por uma estrela sagrada que brilhava nas horas em que precisasse de ajuda. Tal benção, creditada a Nornur, o deus do destino, tinha até então se provado em eficácia.
Nascido e criado no pobre vilarejo do Porto Norte, estratégica província thaiense por estar inserida numa área de influência da cidade de Carlin, o menino Arieswar parecia fadado à simplória vida de pescador como a grande maioria dos seus vizinhos, ou, com sorte, de colonizador de lugares distantes que haveriam de ser descobertos. Não era esse, porém, o plano de Nornur.
Sua habilidade para a luta, sempre acima da média, chamou a atenção do governo thaiense, ainda sob a tutela do falecido Yorik I. Afinal, graças a Arieswar boa parte dos cobradores de impostos mandados ao Porto Norte nunca retornaram do trabalho e então o Conselho Real decidira intervir para não perder de uma vez a soberania do lugar para Carlin.
Não foi preciso muito para descobrir que apenas a detenção daquele ainda muito jovem guerreiro resolveria o problema. No entanto o sábio Yorik teve uma idéia melhor. Contra quase todo o Senado resolvera “adotar” o menino para que este pudesse usar de suas habilidades em defesa de Thais.
Arieswar fora convidado a morar na capital e participar das suas academias militares, além de receber assistência educacional. Fora batizado em nome de Banor, o protetor dos humanos, e deixou para trás sua condição de forasteiro. Obviamente que sua majestade sofrera duras críticas por tal atitude, mas na sua cabeça estava óbvio que se tratava de um futuro combatente de elite, e que valia mais a pena ter alguém assim do seu lado do que como inimigo.
O tempo se encarregou de provar que, lapidado como um diamante, o menino tornar-se-ia um guerreiro completo. A decisão de Yorik I logo deixara de ser contestada e os críticos tiveram de dar o braço a torcer. Não por outro motivo senão mérito pessoal, Arieswar fora ascendendo socialmente e militarmente, até um dia ser convidado a fazer parte dos Guerreiros da Corte, título honorífico concedido àqueles responsáveis pela segurança particular do rei.
Sua nomeação viera de forma natural. Arieswar sempre fora um dos mais atuantes em qualquer posição militar que exercera anteriormente. Mesmo quando não era requisitado se escalava para participar de expedições e viagens. Não tendo família com a qual se preocupar, embrenhava-se nos mais inóspitos guetos para cumprir as missões da coroa. Não tinha também a tola utopia de submeter os povos que visitava aos seus costumes, o que garantia boa parte do seu sucesso. Respeitava para ser respeitado, e se um chefe tribal da floresta de Tiquanda tinha por costume comer serpentes e escorpiões, ele o acompanhava como quem desfrutasse do mel Darashiano; assim como assistia execuções humanas tradicionais na própria Darashia sem fazer objeções e, com tais atitudes, conquistava a admiração de todos.
Foi quando a morte de um dos quatro guerreiros da corte se mostrara como a oportunidade inadiável da convocação de Arieswar. Possuindo a confiança do rei e a cordialidade da maioria dos membros da administração thaiense, foi numa grande cerimônia que York I tocara-lhe o ombro esquerdo duas vezes com sua espada e promovera-lhe a um dos seus assistentes pessoais.
Ainda havia, porém, quem dissesse que não se podia confiar totalmente naquele que já mudara de lado uma vez, mas Arieswar não se deixava levar por esse grupo. Sua vida era um exemplo de superação através do trabalho forte. Do menino franzino do Porto Norte agora só restavam vagas lembranças, vivas em raras ocasiões como a que acabara de ocorrer, quando fora a seu antigo vilarejo depositar flores no túmulo dos seus pais. Agora estava ali o homem Arieswar; forte, vencedor, realizado e parte do grande Sistema que regia o mundo.
O Sistema era como se chamava a monarquia por quem a fazia funcionar. Nem todos que participavam do Sistema conheciam suas regras ou sequer sabiam do papel que nele desempenhavam; isso não seria interessante. A idéia era que cada um cumprisse sua parte de forma instintiva, fazendo a máquina girar objetivamente. O Sistema podia ser dividido em dois grupos: os ativos, que planejavam o Sistema, e os passivos, que o operavam. Esse último era composto basicamente da plebe e de nobres alienados. Na parte ativa estavam os altos membros do clero e grande parte da nobreza.
Novato no Sistema, mas amadurecido por anos a serviço do exército, Arieswar sabia bem qual era a sua função: proteger o coração da monarquia. Como guerreiro da corte deveria escoltar o rei em todas as situações a fim de garantir sua integridade. Além disso, ele poderia receber missões especiais, ordenadas exclusivamente por sua majestade. Não cabia a ele questionar essas missões. Fora convocado para agir e não para pensar. O Sistema não admite muitas cabeças pensantes.
Mas aquela não era a hora de pensar em tudo isso. O cavaleiro tentava concentrar-se apenas na Festa de Fechar das Estações, que tinha o incrível poder de restaurar os ânimos da cidade.
Às vésperas do evento, sempre era possível sentir no ar expectativa de um grande dia para ser lembrado por tempos e tempos graças ao sentimento coletivo de união e harmonia. De fato as desavenças e desigualdades deveriam ser esquecidas para que se comemorasse a vida, um bem que unia todos os presentes. E foi exatamente esse ar impregnado de esperança que sentiu Arieswar ao chegar a Thais.
Cruzando o magnífico arco de pedra que era o portão Norte da cidade, ele logo viu a agitação que já tomava conta das ruas. Pessoas corriam apressadas, algumas levando consigo roupas que deveriam ser retocadas de última hora, outras instrumentos musicais que precisavam de afinação. Donos de bares e seus empregados levavam de um lado para o outro grandes caixas contendo vinho, rum e cerveja enquanto se esbarravam com os voluntários que decoravam a cidade com bandeiras e faixas coloridas.
A cena, que pareceria corriqueira ou até mesmo agitada demais para um expectador qualquer, para Arieswar era a plena visão de casa, pois aquilo era parte da sua vida; a vida de um homem urbano.
- Senhor Arieswar. – Chamou uma voz atrás dele. Cortando por completo seus pensamentos, percebeu que se tratava de Grof, o guarda-chefe do portão Norte – É um prazer vê-lo novamente! Como foi de viagem?
- Tudo tranquilo, meu bom Grof. Penso que está muito atarefado, não?
- Nem me fale. Sabe como sofro nesse entra-e-sai de Fechar das Estações. Época boa para o contrabando... eu e meus homens precisamos de atenção redobrada! Porém só quero lhe informar que o senhor Hesperides está a esperar por você em sua residência.
Arieswar agradeceu o recado e se despediu do guarda. Érebo Hesperides era um dos outros três guerreiros da corte e que, além disso, acumulava também o cargo de Dux, ou Duce (Guia) da cidade de Thais. Com isso, além do dever de proteger privativamente o rei, ele deveria comandar regularmente uma legião de soldados, receber prestações de contas do clero e dos Edis, funcionários públicos inferiores hierarquicamente e encarregados da preservação da cidade, do abastecimento, da polícia, dos mercados e das ações penais correlatas. Para completar seu currículo ele estudara medicina em Edron, famosa por sua excelente variedade de formações acadêmicas e militares, onde adquiriu o título de Druida ao dominar os conhecimentos sobre a natureza e o homem. Hesperides, portanto, era uma figura crucial no Sistema.
A morada do druida situava-se na Praça dos Grandes Mestres, um reduto de paz e tranqüilidade entre tanto dinamismo urbano. Esquinando com tal praça, na Avenida dos Magos, estava a casa de Arieswar, já com uma visão frontal para toda a movimentação. Devido à proximidade entre os lares o guerreiro decidiu-se por passar primeiro no seu e lá deixar a muda de roupas que levara consigo para o Porto Norte e checar se tudo estava em ordem.
A casa de Arieswar, externamente, era impecável. Já por dentro nenhum dos seus poucos cômodos dispostos em dois andares era completamente arrumado; por onde quer que se andasse viam-se papéis ou peças de roupa, inclusive as das mulheres que levava para lá, jogadas pelos cantos. Coisa de homem solteiro, era seu argumento.
Já a caminho da casa do druida, Arieswar ficou a imaginar o que Hesperides teria para falar com ele. Assim como o cavaleiro, ele igualmente confidenciava certa desconfiança perante Tibiano. Isso por que sempre notara que Tibiano, mesmo antes de tornar-se rei, já propagava seus ideais de "cidadania thaiense" que aos olhos dos guerreiros pareciam xenófobos demais para uma cidade que vivia plena expansão. Contudo Arieswar e Hesperides evitavam conversar sobre o assunto até entre eles mesmos, apesar de que recentes capturas e aprisionamento de "bárbaros" que haviam sido considerados perigosos à sociedade reavivaram as discussões sobre sua política. Chamava a atenção de Arieswar inclusive o fato de que muitos dos seus atos, como as tais prisões, não virem à tona para a população, só tendo conhecimento aqueles que por alguma razão freqüentassem a fundo o Fórum Thaiense.
Chegando à Praça dos Grande Mestres, não pôde deixar de notar que, apenas a alguns metros de sua própria casa, entrara num ambiente completamente diferente. O local era quase um bosque de tão arborizado e silencioso. Uma verdadeira ilha de refugo na selva de pedras thaiense. Ainda levemente entorpecido pelo intenso cheiro das flores e da umidade do orvalho, batera levemente à porta do amigo.
- O que é uma árvore? – perguntou uma voz firme vinda de dentro da casa.
- Espírito cauteloso e consistente. – respondeu Arieswar.
- O que é uma flor? – tornou a perguntar a voz.
- Matéria vivaz e flexível.
- O que é um druida?
- Ambos.
O trinco da porta se abriu.
- Arieswar! – ninguém o chamava pelo primeiro nome – Que bom que chegou! Estava com medo que tivesse adiado sua volta! – falou um sorridente Hesperides recepcionando-o.
O druida era um homem alguns anos mais velho do que o cavaleiro,
o que ficava evidente pela grande quantidade de fios brancos que afloravam tanto dos seus cabelos quanto quanto da sua barba bem cuidada. Seus olhos verdes examinaram Arieswar de cima a baixo como numa rápida consulta médica antes de deixá-lo entrar.
- Aceita um café? Chá? – perguntou ele enquanto indicava uma poltrona ao lado da lareira.
- Prefiro licor. Mas não quero lhe dar trabalho, Érebo.
- Não, não. – riu ele – Na verdade eu já vou te dar trabalho demais no que tenho para te falar.
Arieswar se inquietou.
- Então fale logo, homem! Sabe que sou impaciente.
- Calma, não é nada demais. – tranqüilizou-o enquanto enchia uma caneca de licor – É que é um servicinho um tanto quanto...chato.
O cavaleiro sentou-se na poltrona ainda irrequieto. Correu os olhos pela casa e, como sempre que ali estava, reparou nos belos quadros, tapetes e vasos com os quais Hesperides decorava sua sala de estar. Uma porta à esquerda, sabia Arieswar, o levaria a uma enorme biblioteca particular onde o druida passava horas a fio estudando, trabalhando ou se divertindo com os mais variados livros.
- Tome aqui. – Hesperides entregou-lhe a bebida – Primeiro me diga como foi lá no Porto Norte.
- Nostálgico. – respondeu, tomando uma grande golada – Mas muito revoltante, sabe? Aquilo está cada vez pior. Carlin quer tomar a região e têm soldados nossos saindo pelo ladrão. Queria fazer alguma coisa para ajudar.
- Você já fez muito por aquele lugar, Arieswar. Se não fosse você aquela vila já teria se tornado uma bagunça há muito tempo.
- Não diga besteiras. Ela só existe atualmente pela sua importância estratégica, você sabe. Enfim...fale sobre o trabalho que tem para mim.
- Então... – e ele ajeitou-se na poltrona – Lembra-se que já há algum tempo existe uma cadeira de Tribuno livre no Senado, não? Desde a morte de Pedro Baltazar.
- Sei. – respondeu ele. Os Tribunos eram os representantes populares no Conselho, apresentando proposições de caráter político, administrativo e militar. Com os tribunos, os plebeus ficavam garantidos contra a arbitrariedade dos magistrados mais ricos uma vez que estes detinham o poder de intercessio, ou seja, podiam vetar, exceto durante guerras, ordens ou decisões dos tais magistrados. Eram, portanto, figuras extremamente importantes para a massa e para o Sistema.
- Pois bem. O Conselho decidiu então convocar para essa vaga o capitão Diogo Natarde, que chegou a cidade enquanto você estava fora.
- Acho uma ótima idéia! Natarde é um homem inteligente, viajado, justo. Além disso ele é conhecido pelo povo.
- Exato. Mas você sabe que não lhe agrada a idéia de residir fixamente aqui em Thais. Por isso vou pedir que você o leve amanhã ao Fórum para que ele possa conhecer melhor a administração pública e, quem sabe, despertar o interesse pela coisa.
- Amanhã? Mas amanhã é o dia da festa! Ah, Érebo, será que você não pode pedir pra outra pessoa fazer isso?
- Justamente por ser o dia da festa que preciso de você. O Fórum estará fechado e não posso confiar a qualquer um a chave dos templos.
O Fórum Thaiense era o principal centro comercial e administrativo da cidade. Ali, entre lojas, praças de mercado e de reunião estavam os principais prédios do governo, ou templos administrativos, como eram conhecidos.
- Não tenho mesmo opção? – insistiu Arieswar.
- Essa é uma missão dada não por mim, mas pelo Conselho. Como amigo estou te pedindo, mas como Dux, ou seja, seu superior, estou ordenando. Sinto muito cortar sua manhã de feriado, mas pense que isso é importante. Eu mesmo iria se não estivesse atarefado.
- Se é assim, que seja. Mas e quanto ao capitão? Já está sabendo de tudo isso?
- Acanthurus foi encarregado de informá-lo. Por sinal, neste exato momento ele deve estar pela casa dos Pepelu, onde Diogo está hospedado.
Arieswar resmungou alguma coisa indecifrável. Ele nunca fora muito simpático com Crispin Pepelu, que sempre lhe pareceu um boa-vida e preguiçoso. Passou um tempo em silêncio para então falar:
- Se é só isso, estamos acertados. Preciso descansar. Amanhã passo aqui e pego as chaves.
Hesperides e ele apertaram as mãos e trocaram umas últimas despedidas. Arieswar bateu a porta e voltou a contemplar a Praça. Mal sabia ele que o próximo dia seria o mais longo da sua vida.
****
Enquanto isso, Pepelu e Kala estavam no seu quintal à espera de que a pequena e inusitada reunião entre o guerreiro da corte Corleo Acanthurus e o seu hóspede, Diogo Natarde, se encerasse. O convite à uma vaga de Tribuno para o capitão pegou a todos de surpresa e Pepelu, que conhecia Diogo como ninguém, tinha dúvidas se ele aceitaria a proposta. A única certeza é que mesmo depois de tantos anos, bem ali em sua casa, um pouco do passado Diogo havia trazido com ele: ainda era o queridinho. Ainda era o centro das atenções.
- Amor, eles estão saindo. – mostrou Kala.
O capitão Natarde abria a porta dos fundos e agora cruzava o quintal para encontrar o casal. Acanthurus enconstou-se em uma árvore próxima para que o três pudessem conversar sozinhos.
- E então, Diogo? – perguntou Pepelu – Será que vamos ter o prazer de sua companhia na cidade?
- Creio que você vai morrer sem esse prazer. – comentou ele, bem-humorado – Eu não nasci pra isso. Acho que seria um desrespeito com o povo aceitar o cargo e abandoná-lo.
- Eu já esperava. E agora? Será que ele tem uma idéia de quem possa ser indicado?
- Ele não, mas eu estou olhando para o meu agora.
Pepelu tomou a resposta como brincadeira, mas o capitão insistiu:
- Não vejo nenhum empecilho para isso, Pepelu. Você é um homem sério, honesto e que certamente agradaria aos thaienses. Está construindo uma família e trará uma boa reputação para ela. Sem contar que a remuneração é de primeira.
- Ah...eu sei, mas...eu não estava esperando por essa, sabe?
- Isso não é desculpa. Algumas oportunidades na vida não pedem licença para passar e mesmo assim você tem que tratar de agarrá-las com força.
- Sim, mas...e o Armazém?
- Ora, Kala pode tomar conta dele. Talvez não de imediato por causa da gravidez, mas com certeza suas tarefas ainda terão um bom prazo para serem iniciadas.
Pepelu e a mulher trocavam olhares. Diogo sentiu que o que pesava na sua resposta era a surpresa da situação, mas que o tempo certamente o faria mudar de idéia.
- Vamos fazer assim. Amanhã pela manhã fui convidado a visitar ao Fórum. Você irá no meu lugar.
Pepelu olhou mais uma vez para Kala, que com um aceno de cabeça incentivou-lhe a aceitar. Olhando agora para dentro de si ele viu que a resposta era a mesma.
- Tudo bem.
- Ótimo. – falou o capitão com um largo sorriso – Vou repassar isso a Acanthurus então.
Pepelu estava a um passo de trocar seu papel de passivo à ativo no Sistema. Era, portanto, uma decisão capaz mudar sua vida; ele só não esperava que acontecesse tão imediatamente como seria.
··Hail the prince of Saiyans··
Última edição por Kamus re; 16-08-2009 às 21:42.
Ora ora, eu adoro esses acontecimentos inusitados e surpreendentes de tão previsíveis. Se Arieswar detesta Pepelu, o escritor sente-se tentado a juntar os dois em alguma hora. Eu confesso que não imaginei nesse último acontecimento, me pegou desprevenido e me deixou de certo modo ansioso pelo próximo capítulo. Se me lembro bem da versão original (o que significa que não lembro nada), esse foi um capítulo mais completo e "pomposo", criando situações interessantes e estimulantes. Já criamos um conflito logo de cara. Conflito esse que creio que vai infestar muitas e muitas linhas do texto que ainda vamos ler.
Impecável, posso dizer. Não reparei erros por estar muito mais interessado em ler, imaginar e compreender. E tirar conclusões, como sempre. Não sei se eu mudei ou se esse texto ficou melhor, mas ao ocntrário da última vez, estou até gostando de Arieswar. Mas tudo pode mudar.
Esperando ansiosamente pelo capítulo terceiro. E parabéns pela história, está crescendo muito bem
Manteiga.
Dezesseis anos depois, estamos em paz.